junho 17, 2024

Revendo Conceitos Independentes de Religião na Construção de Nós Mesmos


 

O ser humano cria tantas formalidades que o objetivo principal na construção de nós mesmos acaba em segundo plano, mas o que importa mesmo é a forma pela qual conseguimos entender conceitos simples e se os praticamos, porque teoria sem prática é como água parada. Adoece.

Toda a complexidade por teologias parecem mais um expressão do ego para justificar uma posição privilegiada na escola do aprendizado da alma.

E quando se pensa nisso, recorda-se o exemplo de Jesus,
Ele próprio sempre simplificou seus ensinamentos, resumindo-os em conceitos simples passados através de parábolas, que são nada mais que historinhas tal como uma professora conta para as suas crianças em sala de aula.

Religiões são produtos humanos.
Têm seu valor, mas ainda assim continua um produto humano porque foi criada pela mão do homem com base em eventos interpretados por um grupo. 
Muitos desses produtos vêm com embalagem mais rebuscada que seu conteúdo exige.

A embalagem de um produto sempre serviu para impressionar aqueles que não podem avaliar o produto por ele mesmo e precisam do apelo da apresentação. 
Embalagens são o apelo ao ego pelo ego que deseja afirmar-se.

Formalidades agregadas às religiões servem mais como um meio de distração ou uma desculpa para distanciar-se do objetivo principal que é a construção do EU em direção ao amor.
Atrapalha mais que ajuda. Distrai mais que constrói na prática, mas é conveniente quando o compromisso maior precisa ser posto em segundo plano.

Aparências são externas e as lições de Jesus foram direcionadas na construção interna, íntima da nossa natureza espiritual, e se necessário resumir em apenas um princípio, poderíamos apoiá-lo na mensagem central dele: O Amor.

Todas as outras qualidades parecem contruídas a partir desse princípio básico.


ACEITAÇÃO

Podemos pensar em ao menos dois tipos de aceitação: passiva e ativa.
A aceitação passiva acomoda-se.
A aceitação ativa trabalha para extrair o máximo dentro dos limites que lhes são impostos.
A aceitação passiva é mais abandono que empenho.
A aceitação ativa é mais empenho para extrair o máximo do que temos e podemos.
A aceitação passiva cheira a uma desculpa para o abandono.
A aceitação ativa exige amor à oportunidade e aos princípios que a sustentam.

RESILIÊNCIA

Resistência e superação exigem amor às nossas convicções.
Sem isso, caímos na aceitação passiva.


A fé é o exemplo maior da dependência do amor.
Sem ele, a fé torna-se uma ferramenta de destruição e violência.
Fé por fé não é um bom sentimento se não passou pelo crivo do amor, ou ao menos do respeito ao próximo quando não podemos ainda amar.


HUMILDADE

Humildade sem amor é como um rótulo falso disfarçando as garras do ego.
Humildade precisa estar consolidada sobre o amor que não ofusca porque se sustenta da consciência de que nossas qualidades devem servir como amalgama social através da capacidade de evitar a impermeabilização que nos conduz ao egocentrismo.


A CONSTRUÇÃO DO EU


Amar não é suprir-se da necessidade da presença de alguém.
Isto é carência.
A solidão não abre o vácuo que nos traga o equilíbrio porque aprendemos a amar a nós mesmos e a nos suprir do amor dativo que se alimenta da doação e que constrói paulatinamente a nossa capacidade de renúncia a si mesmo em prol do próximo, onde o exemplo maior foi Jesus.

O amor é a matéria prima essencial e básica na elaboração de todas as qualidades quando desejamos encontrar a felicidade interior, porém é a mais rara de todas e uma das nossas últimas conquistas à verdadeira felicidade quando damos as mãos à humildade. 


UMA FASE PASSAGEIRA


Atualmente caminhamos no aprendizado do amor pelo desamor.
É só uma questão de tempo.

A vida sempre prosseguiu suas mudanças depois que o auge do desequilíbrio é sucedido pela reconstrução.

O desequilíbrio é apenas um estado instável e por isso tem um futuro finito mesmo que sobreviva por um longo período, porém não é eterno justamente por sua natureza instável e transitória entre estágios e acaba desabando por sua própria inconsistência ou sendo substituída pelo aprendizado que autentifica um passo à frente na longa trajetória da evolução.










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