abril 21, 2024

Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.5

   Israel, A Jihad e O Mundo


Quais as forças principais que movem o mundo?
Podemos imaginar algumas principais, na seguinte ordem:

1- Recursos naturais.

2- Organização socioeconômica.

3- A natureza do instinto humano.

4- A força da ideologia.



Os recursos naturais pavimentam os caminhos de construção e organização socioeconômica.

As estrutura socioeconômica é sustentada por:

- estruturas formais, ou seja, aquelas que estão amparadas legalmente pela sociedade de acordo com a cultura predominante de seu povo.

- organizações à revelia do sistema que vivem do crime, ou seja, justamente daquilo que a sociedade não apoia explicitamente.

- estruturas políticas através de uma malha simbiótica que conecta todos os pontos acima.


A NATUREZA HUMANA


A natureza do instinto humano é a premissa básica que define a sua existência e as suas necessidades comuns, tais como alimentação, sexo, sentido de segurança, sentido de felicidade e propósito de vida, etc.


A IDEOLOGIA

A força da ideologia é a última que se consolida uma vez que as anteriores estejam razoavelmente atendidas.

A ideologia é um instrumento do instinto de sobrevivência que serve como a bússula de um barco em direção a um destino desconhecido e apenas sonhado e que nem sempre é exequível ou real, mas nasce de uma certeza pessoal de cada um.


QI/QE

Ainda é preciso lembrar que quanto menor for a vocação racional do indivíduo, maior é a participação do sentimento nas tomadas de decisão.


Todos os três fatore acima (natureza, ideologia e QI/QE) formam o conjunto de fatores básicos que norteiam os movimentos humanos através de um processo complexo de carácter iterativo e interativo.


Este quarto capítulo da série busca a visão no sentido inverso ao da lista acima, ou seja, do "QI/QE para os recursos naturais, invertendo a prioridade da abordagem, para enriquecer nossa capacidade de compreensão ao acrescer mais informação que irá aos poucos colando os pedaços desse fantástico quebra-cabeça: o comportamento humano.


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A FUGA DAS ESCOLAS E A NECESSIDADE DE SOBREVIVER BEM SEM O DEVIDO PREPARO


A rejeição ao aprendizado ou a falta de recursos para estudar coloca o indivíduo em desvantagem social.

Sem preparo, o caminho do crime é a opção mais bem remunerada.

A dificuldade de realizar coisas simples, tal como como ler um texto e entendê-lo, vira a fonte de desinformação que forma uma realidade distorcida e incompatível com a realidade e que não pode ser percebida porque os canais de entendimento ficam comprometidos pela incompetência pessoal.

Então, uma pessoa assim, aprende pelos outros, ou seja, vive de seguir pessoas, de copiar comportamentos e pensamentos. É mais fácil.

Este comportamento leva a outra consequência grave.
O cérebro é como um músculo que precisa do exercício do raciocínio.
Uma pessoa acomodada a copiar outros tem mais dificuldade de pensar por si mesma.

Pessoas assim elegem outras e se tornam seguidoras.
Elas optam por seguir o cardume, a boida, sem ao certo saber para onde estão indo, mas apenas vão porque os outros também vão.

Neste processo falta personalidade, capacidade de racionalizar e se destacar como um indivíduo único capaz de pensar por si mesmo. Afinal de contas, os seus erros quem paga por ele é você e não o seu "influencer"!!!



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IDEOLOGIA RACIAL - OS EFEITOS DA WW2 E UMA REVISÃO DE SEUS PRINCÍPIOS


Os EUA saem como heróis que mudaram o curso da WW2 consolidando sua fama de libertadores e guardiões da liberdade humana.

De fato, os japoneses deram um tiro no próprio pé com o ataque a Perl Harbour, fazendo ingressar na guerra um país continental que desequilibrou as chances alemãs e japonesas.

Os estadunidenses também puderam chegar primeiro ao domínio da arma nuclear, já que a Europa estava soterrada pela destruição do conflito mútuo e ecomicamente fragilizada.

Hiroshima e Nagasaki encerram definitivamente o conflito mundial da WW2, diante de uma contabilidade cujo balanço seria ainda pior sem uma medida drástica.

Uma guerra que durou 6 anos e matou por volta de 60 milhões de pessoas.

Essa aura de libertadores sustentou o modelo americano de vida vendido para o mundo todo através de Hollywood, sua indústria cinematográfica que excedeu a qualidade mundial à época, porém essa mesma aura escondia suas manchas encharcadas de sangue pelos conflitos internos da guerra de sessesão e outras que sustentaram a mesma base dos princípios de Hitler — a discriminação racial —, trocando judes por negros, ou seja lá o que fosse porque a discriminação sempre encontra um motivo mesmo que seja irrelevante.

É algo muito peculiar que dois países enfrentando os mesmo problemas têm finais completamente diferentes dadas as proporções de destruição mútuas de que foram capazes.

Soterrados pela propaganda, dificilmente pensamos nisso.


Discriminação é apenas uma válvula de escape da crueldade egocentrica da alma humana que precisa de uma justificativa para expor-se.

A discriminação racial de Hitler foi drástica, mas outros países não ficam atrás como o próprio EUA, assim como Inglaterra, Índia, Rússia, China e etc. 

Talvez apenas sobre um país isento de culpa.
Se existir esse país, provavelmente não é habitado por humanos.

E quando eu vejo o que o ser humano é capaz de fazer, sinto medo de mim mesmo e me dá calafrios quando o povo esquecido, ou sem informação começam a erguer as barricadas das diferenças.

O sentido humanitário é muito relativo e depende de cada cultura e do estado de alma predominante.

Quantas vezes nós utiizamos o "senso humanitário" dos dois lados das nossas almas, colocando o bem como fachada para o mal que desejamos consolidar?

Então sou levado a ponderar...

Quantos judeus precisavam ser eliminados para compensar o prejuízo social com que Hitler justificava seu extermínio?

Quantos palestinos ainda precisarão morrer para compensar aqueles que morreram no fatídico ataque do Hamas a Israel?

Quantas etnias ainda precisarão ser expurgadas para trazer a sensação de equilíbrio aos seus genocidas, seja no Oriente, no continente africano ou americano?

Quantos povos nativos ainda atrasados tecnologicamente precisaram viver em locais separados à margem do progresso a pretexto de uma proteção cujo tempo dissolve na necessidade intrínsica da evolução humana?


É por isso que "sentindo humanitário" está indissoluvelmente associado à agregação, ao sentido de compartilhamento e soma de esforços.

A ONU é incompetente para estabelecer essas bases porque seus participantes também o são.


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IDEOLOGIA RELIGIOSA - JIHADISMO IRMÃO SIAMÊS DAS CRUZADAS CUJAS ORIGENS SE PERPETUAM


Por exemplo, os objetivos do movimento Jihadista remetem às Cruzadas.

As Cruzadas reuniram fins militares, econômicos e religiosos pela força militar a pretexto de libertar Jerusalém (a Terra Santa), que representa parte da simbologia cristã.

Nas Cruzadas temos a violência justificada por ideologia e interesses socioeconômicos, o que se assemelha às justificativas do movimento Jihadista e à maioria dos movimentos que se utilizam da fé para promover mudanças à força bruta sobre outros.
 
A estratégia do terrorista apoia-se na estratégia da chantagem.

A chantagem trabalha o princípio que, diante da impossibilidade de um enfrentamento direto, utiliza-se de algum artifício que atinja o ponto fraco do inimigo para submetê-lo, já que pelos meios usuais não é possível, o subterfúgio torna-se a estratégia de solução.

Nos regimes democráticos, ou mais democratizados, a opinião pública é o ponto fraco do governo.

O Nazismo era um partido de extrema direita  e portanto acreditava no mesmo tipo de estratégia para promover suas mudanças.

Cabe lembrar que ao extremista o valor da vida tem um significado inferior diante de um propósito maior: o objetivo da causa sobre a qual empenham a sua bandeira.

Extremistas colocam a vida humana em segundo lugar porque esta pode ser justamente a causa do problema. Não há aderência à crença da transformação do indivíduo já que o seu valor é intrinsicamente ligado à sua origem. Neste caso, se a origem é considerada ruim, a solução caminha pela destruição inequívoca da mesma.


O Jihadismo vai se alastrando pelo oriente e África.
Boko Haram no oeste e al-Shabaab no leste.





E por que o Jihadismo se alastra?

As condições sociais extremas são vetores deste crescimento.

O indivíduo sem recursos, sem preparo é presa fácil.
Não precisa da imposição da força mas tão pouco é hábil para não ceder à logica torcida que parece trazer uma solução digna para a sua miséria, nem mesmo que seja pela imolação de si mesmo.

O indivíduo despreparado e vulnerável lembrando que fé da forma como é cultivada pelos hábitos religiosos dispensa critério racional já que "lidaria como uma força maior incompreensível".

É o ato da crença pelo ato do sentimento daquilo que é correto, mas não necessariamente racionalizado, ou daquilo que seja a verdade, mas não necessariamente comprovada.

Logo vê-se que a fé através da percepção do sentimento sem subsídios mais qualificáveis à qualidade do pensamento é mero instrumento de arrigimentação de almas em rebanhos de seguidores que abandonam o direito à própria liberdade de pensamento pelo comodismo da segurança de se sentirem seguros por pertencerem a um grupo, como se quantidade garantisse a qualidade dos princípios. Se assim fosse, a Alemanha Nazista teria sido um poço de virtudes, já que tomou conta da grande maioria do povo alemão. É o famoso efeito de massa, ou de cardume, quando um grupo chama atenção dos demais que passam a seguí-lo simplesmente impressionados pelo número de adeptos.

É uma grande desafio de personalidade alguém sustentar um pensamento diverso da maioria.

Um movimento se alastra porque obtém eco social que atende à comodidade do indivíduo.


O Hamas infiltrou-se na sociedade de Gaza e manteve-se em crescimento graças a esse viés e ao apoio político de Israel que fez vistas grossas e até contribuiu com capital que foi desviado para os propósitos reais que aguardavamo futuro para desabrochar.

Do contrário seria muito difícil ao Hamas, e qualquer outra organização, sobreviver sem o apoio da população porque as delações comprometem gravemente as operações.

Você não consegue cavar um buraco imenso que vai resultar em uma cadeia de túneis sem que a população feche seus olhos para os "seus tatus".

O mesmo fenômeno ocorre em outras regiões onde as condições sociais são semelhentes e portanto propícias, já que a miséria e a ignorância é impotente contra a brutalidade de grupos armados ou a má fé do pseudoargumento — o famoso fake news da visão doutrinária de massa.

O Jihadismo não se trata de um movimento isolado, mas de uma cadeia de movimentos afins, embora com diferenças entre eles, porém a base central é comum.

Israel poderá sufocar o Hamas, mas dificilmente conseguirá exterminar suas sementes, cujo adubo reside nas próprias falhas de relacionamento entre mulçumanos e israelenses através das divergências de objetivos e pela forma como se relacionam mediante uma guerra fria constante externadas em violências de assentamentos étnicos, conflitos de ruas e assassinatos raciais.

Também não existe negociação duradoura com movimentos radicais porque fere seus objetivos nativos que é a dominação pela força.

Toda negociação apenas ganha mais tempo para grupos extremistas agirem melhor organizados.


A contenção do extremismo pelo extremismo apenas conduz ao genocídio infrutífero e contraproducente.

Infrutífero porque não consegue resolver o problema, e contraproducente porque através do ressentimento estimula ainda mais o ódio que fomenta as suas bases.


A alternativa para a solução do problema nasce da capacidade de se moderar a contenção do extremismo paralelamente à melhoria das condições sociais desses povos mais suscetíveis às doutrinações extremas, porém não resolve a natureza agressiva daquela comunidade, mas pelo menos atenua.


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IDEOLOGIA POLÍTICA - O DISFARCE DA DISPUTA DE PODER


Vejamos Myanmar, antiga Birmânia, um país no sul da Ásia.

Aquela nação nas mãos de 
Aung San Suu Kyi, a presidente do partido "Liga Nacional pela Democracia', concentrava a atenção social pelo convívio da liberdade de ideias democráticas.

O general 
general Min Aung Hlaing tomou o poder a pretexto de sanar a corrupção, encarcerou Aung San e impôs a ditadura.

Isso fomentou reação em massa, e enquanto Aung agregava a atenção popular, Min tornou-se um dispersor de opniões reativas, motivando a reação de vários focos de oposição, elevando os conflitos em Myanmar.


À medida que se analisam os processos em várias localidades do mundo, percebemos que, embora as causas e os fatores culturais sejam diferentes, existe um padrão comum.

Quando as lideranças deixam ou criam um vácuo de perspectiva, o caos se estabelece pelo radicalismo.

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IDEOLOGIA E RADICALISMO

E por que o radicalismo continua se alastrando em todas as sociedades? 

Porque faz parte da crença que acredita no “vai ou racha”, que não dialoga, e quando pode impõe pela agressividade que sustenta sua natureza. 

É o momento social que predomina o mundo através de pessoas que sintonizam com este tipo de pensamento, e que numericamente fazem a diferença que alimenta esse status-quo.


As eleições de líderes extremistas demonstram isso.
Eles realmente acreditam numa virada, mas acabam mesmo virando o próprio barco, e afundam, cedo ou tarde.


No Brasil saímos de um radical de direita.
Seu desempenho fomentou o retorno do Jedi, ao menos pela visão do STF...

Hoje temos um presidente com viés de esquerda que acena para governos também fomentadores desses extremismos que deveria substituir com aproximações mais democráticas que autocráticas.

Então o Brasil vê-se na contramão da sua história política buscando afinidades com Rússia, Irã e Iraque, tornando claro que trocamos seis por meia-dúzia, sem conseguir evitar o viés autocrático que ensaia cooperação com regimes totalmente inadequados até mesmo à natureza do povo brasileiro.


Será que até lá o STF efetiva outra mágica no revés das interpretações jurídicas?
Voilà!! E sai outro coelho da cartola!


Tais mágicas vão desgastando a credibilidade nas instituições jurídicas da nação, roubando ainda mais a estabilidade das instituições, porque coelhos depois que saem da cartola, quando soltos, reproduzem-se rapidamente. Todo mundo sabe disso, né!  :-|

Observa-se o efeito pelo que vem ocorrendo com o direito trabalhista que nas instâncias inferiores vão promovendo jurisprudência contrária ao STF.

Fala sério! Aberração pura!

Isto não poderia existir nunca, e se existe, sinaliza o desgaste das instituições maiores que com suas arrojadas visões promovem seu desgastando, fazendo perder a aura daquela autoridade que impõe o respeito necessário para manter a harmonia das instituições.

As instituições estão indo para o ralo o que favorece a instalação de um virada despótica e autocrática a pretexto de por ordem na casa. Já vimos este filme várias vezes, tanto aqui como lá fora.


Uma coisa o radicalismo tem de positivo, acredite se quiser, caro leitor!
A fé e a energia que colocam na disseminação de suas ideais é incontestavelmente eficiente, embora seus métodos sejam condenáveis e  seus objetivos insustentáveis.

Se pessoas não fanáticas tivessem o mesmo empenho das fanáticas haveria um equilíbrio de forças atenuando os excessos extremistas.

A sociedade parece dividida em acéfalos, apáticos, idealistas, simpáticos, antipáticos indiferentes e os antipáticos fanáticos.

O último grupo ganha disparado na capacidade de ação, sendo que os simpáticos parecem prover a crítica sem o mesmo empenho da ação, restando aos idealistas uma luta solitária e nada efetiva.

Infelizmente, parece que uma facção moderada só age mesmo pelo desespero, quando às vezes já é tarde demais.

Ou seria apenas comodismo?
Ou ainda seria efeitos da ignorância no sentido de não ter noção clara do que acontece?


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IDEOLOGIA E OS IDEALISTAS


Greta Thunberg, agora adulta, continua no mesmo embalo de sua carreira infantil, e desperdiça a oportunidade de imprimir um novo cunho aos seus propósitos aproveitando seu carisma e a sua energia naturais através de uma nova estratégia mais coerente com as necessidades do momento atual da sua fase madura.

O auge do tempo da reclamação já passou e parece que ela ainda não entendeu isso, já que nas palavras dela, "reclamar é o que sabemos fazer".
Quando escutei isso numa entrevista do YouTube, abaixei a cabeça e remeti via email o endereço de um post. Ela leu, ao menos o servidor registrou o acesso tão logo o email foi enviado, mas ficou nisso, sem echo. Parece ter ouvidos apenas para os brados de reinvidicações.


O mundo todo já está mais que consciente das necessidades de se preservar o meio ambiente.
Estamos fritando gradualmente num calor progressivo ao sabor de um clima cada vez mais perverso.

Agora, o que o mundo precisa é da estratégia socioeconomica que avance no progresso desse propósito de reverter o preço causados pelos estragos das necessidades do nosso progresso.

Soluções como o "Mercado de Carbono", Fundo Verde (EUA), e outras ações que visam dar novos rumos à nossa cadeia de transformação mundial mediante vantagens econômicas, porque nós humanos chegamos até aqui pela necessidade econômica e só sairemos desse impasse climático pela mesma forma.

Você pode gritar, bradar até a exaustão frases de efeito quando o que faz realmente diferenção é o canto da sereia dos lucros que a necessidade econômica impõe.

Greta precisa encontrar seu novo papel nessa estratégia, construindo um novo personagem que traz mais solução que reclamação, do contrário pode acabar contaminada pelo virus do radicalismo que busca chamar a atenção de qualquer maneira, ou ainda, terminar esquecida e frustrada depois de grande contribuição cuja fase já passou. Tudo passa!

Talvez ela pudesse remeter suas energias para uma carreira política que é o meio de influenciar as novas políticas que formarão as bases do novo mundo, papel este mais adequado ao adulto que ela é hoje.

Então, Thunberg!
Um partido novo? O GP (Green Party)?


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A NASCENTE DA RADICALISMO IDEOLÓGICO NAS ORIGENS DA MISÉRIA


Como nasce um radical?


Veja
https://www.estadao.com.br/politica/comando-vermelho-atua-em-13-estados-e-no-df-conheca-a-historia-da-faccao-que-esteve-no-mj/

Radicalismo surge do sentido de impotência pelos meios convencionais aliado à natureza do indivíduo que é naturalmente mais agressiva.

É difícil pensar em alguém radical sem agressividade, porque o radicalismo impõe métodos extremos que terminam num destino comum de confrontação com o status quo a qualquer custo.

A pobreza sofrida por uma pessoa de natureza agressiva é o vetor da sua aproximação com o crime, onde encontra os meios de solucionar rapidamente seus problemas.
Assim como o crime tira vantagem da pobreza para construir sua rede operacional, a radicalização procura da mesma forma os meios de patrocínio a qualquer custo de suas atividades.

Nos países onde predomina  o cerceamento da educação e portanto o cidadão tem um horizonte mais restrito de compreesão, aliado às restrições de oportunidade, terminam encontrando nos meios radicais o seu sustento de acordo com os padrões que observa mas não pode alcançar pelos meios comuns.

Países que sustentam radicalismos também sustentam a indústria e o tráfico da droga que pruduzem como meio de subvencionar sua guerra ao mesmo tempo que infraquece a sociedade do inimigo que a consome. É extremamente conveniente. 

Fica difícil desassociar o crime das atividades radicais, porque radicalismo é isso mesmo: o fim sem importar os meios, mesmo porque a natureza do fim importa apenas aos seus criadores que entende que a força é o único meio de resolver as questões.

A droga é o produto perfeito do ponto de vista exclusivamente comercial porque ninguém obriga o consumidor a consumí-la, exceto ele próprio, exigindo apenas uma "propaganda" inicial para cativar o consumidor no início do consumo. Uma vez que o consumir está "iniciado", ele é cativo.
Um ser cativo resume o sonho e o propósito do processo ditatorial em que se baseia o radicalismo.
São coisa diferentes, cuja relação simbiótica é tão intensa que parecem uma coisa só.

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Concluindo


Mulçumanos/Israelitas, Russos/Chechenos/Cáucaso, China/Xinjiang Uighur, USA/Color People(indíginas, negros, sulamericanos, etc.) fazem parte de uma lista infinita onde apenas alguma diferença justifica a existência do ódio e da morte.

A solução existe para o dilema do radicalismo, seja político, racial, ou regional, como é o caso de nós brasileiros carinhosamente alcunhados de "macaquitos" pelos nossos queridos vizinhos argentinos.

Ela vai nascer quando a parcela que não participa do radicalismo tiver o mesmo empenho de transformação.

Atualmente não ser radical serve mais como uma desculpa cômoda.

E pensando bem, combater a agressividade com inteligência é divertido.
Eu gosto de ser um "macaquito", comedor de bananas, uma fruta saudável, fantástica e prática.
Macaquitos são inteligentes, incansáveis e até emprestam dinheiro!  :-)

Levar na esportiva torna-se a melhor parte nesse jogo do ódio.
Enquanto isso, precisamos cuidar da população porque o descuido, sua segregação e abandono são a fonte do desespero e do radicalismo.

Por mais "brega", "démodé", ingênuo, fora de moda ou cheirando a mofo e fanatismo, lembro-me de uma frase muito divulgada no meio Kardecista: 

"Fora do amor não há solução".


Qualquer alternativa diferente é mero bumerangue da esperança que busca no vácuo do respeito ao próximo a solução do problema que dele mesmo nasce.


Se não podemos amar, precisamos ao menos começar a aprender a conviver para que possamos sobreviver ao futuro.




Referências:










dezembro 06, 2023

Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.3

 




Um mundo dividido em dois blocos.

Um bloco liderado pelos EUA, formado pelos países que apoiam democracias e outro bloco formado por China, Rússia, Coréia do Norte, Irã, Iraque, Afeganistão, Paquistão além de outros jogando dos dois lados conforme a maré, porém simpáticos às autocracias, ou seja, aos modelos centralizadores, as famosas ditaduras.

Os blocos buscam conciliar interesses econômicos e políticos como meio de combater os modelos divergentes, apesar de que entre eles próprios as relações seriam inamistosas se não fosse o objetivo comum que os une temporariamente.

Outros países buscam flutuar sobre as correntes principais em busca da vantagem própria, já que não estão plenamente à vontade nos cenários predominantes, como é o caso da Índia.

O mundo não goza de um patamar centralizador que seja suficiente para dar suporte ao papel preponderante da ONU e  da UN no afã de garantir a preservação de relações mais equilibradas entre as nações conflitantes, ameaçando até mesmo o sentindo e a utilidade de suas existências como organizações efetivas. 

A ONU tornou-se mais uma espécie de "área neutra" para a discussão de conflitos cuja solução fica sempre para uma próxima oportunidade, ou seja, na prática é apenas um playground do desabafo e do exercício do ego.

O terrorismo é uma estratégia de guerra sustentada pelo radicalismo.

É também o meio ideal quando a superioridade do inimigo impossibilita o confrontamento convencional, direto, mas faz-se necessário disputar  liderança a qualquer custo.


O "eixo", sob o comando nazista de Hitler, foi o maior exemplo de guerra convencional e terrorismo aplicados conjuntamente, em larga escala, algo jamais visto até então, onde o delírio de hegemonia de três nações tentou se impor sobre todas as demais.

Infelizmente, esse tipo de delírio parece que também foi globalizado.
Vai se formando um grande bloco de enfrentamento em defesa de regimes que concentram poder e o desejo de dominar o modelo mundial socioeconômico através de uma visão impositiva através da força bruta.

Este bloco autocrático por sua vez também não se sustenta sem que haja o inimigo comum que serve como "cola" às suas diferenças. Se o bloco sair vencedor, um novo ciclo de disputa inicia-se entre seus participantes, exatamente como aconteceu na WW2 com relação à cooperação da Rússia junto aos aliados.

Felizmente, àquela época o problema era pequeno porque o poder de destruição também o era, porém hoje o problema é grande e o planeta é que se tornou pequeno para tanto conflito com tanto poder de autoexterminação.


Extermínio de civis desarmados servindo a um propósito ideológico e desrespeito às convenções faz parte da base do radicalismo, lembrando que Hitler era um radical de extrema direita.

Stalin, um radical de extrema esquerda, também não ficou atrás, agregando o sentido de matança dirigido  até mesmo contra seu próprio povo.

O leitor já se perguntou de onde saem tantos recursos que alimentam as retaliações atuais de países pequenos e grupos armados com menor poder econômico que ainda assim buscam enfrentamento com grandes potências?

Uma conta simples dá uma ideia do volume absurdo de capital que se faz necessário.
Já procurou saber o custo de um míssil?
Então multiplique por milhares deles.

Além de mísseis também é preciso tudo o mais, como veículos, construções (fortalezas, túneis, etc.), armamentos diversos, contraespionagem, logística, sustentação de tropas (alimentação, vestimenta, treino, etc.), subornos e uma lista infinita de necessidades extremamente organizadas e planejadas, lembrando que organização custa caro.

É algo colossal, que flui com a pujança de um rio Amazonas, e que se fosse empregado de outra forma, já teríamos resolvido boa parte dos nossos piores desafios, tais como a poluição, o aquecimento planetário e etc.

Provavelmente a disseminação de doenças já estaria sob o controle mais efetivo pela vacinação proficiente contando com o suporte à vida pela oferta de água potável de qualidade e saneamento básico porque saude e educação continuam sendo os melhores meios de prevenção.

No passado os meios reguladores exercidos por um poder de destruição bem menor, cuja sustentação econômica era mais frágil, amenizava as consequências posteriores aos conflitos.

Com a evolução tecnológica, as atividades econômicas foram se libertando de restrições locais, incluindo não só aquelas lícitas como favorecendo também as ilícitas.

As drogas estão na base dos sistemas paralelos ao poder constituído, por serem extremamente lucrativas, uma vez que são sustentadas por uma base mundial de escravos completamente dominados pela dependência química que não oferece escolha — algo muito conveniente a todos os regimes que precisam consolidar poder independentes do viés político que se queira agregar a eles.

As drogas têm ainda um efeito dobrado, muito conveniente àqueles que vivem como abutres da indústria da morte.

Ao mesmo tempo que as drogas suprem com fartura de capital às necessidades bélicas, também minam a sociedade do inimigo que é inundada com apelos de solução emocional através de seu consumo.

Como diz o ditado: "Mata-se dois coelhos com uma única cajadada".

Assim, o povo da nação inimiga vai perdendo sua liberdade, sua capacidade de dicernimento que atende apenas à satisfação do vício, enquanto sustenta a indústria do terrorismo e do crime mundial.

Grupos radicais são apoiados por países, porque isto atenua o envolvimento direto do Estado na ação criminosa, exercendo a função de um proxy de guerra, ou um proxy do crime, porém ambos com objetivos comuns em penalizar o inimigo obtendo disso o lucro para a continuidade dessas mesmas ações, indefinidamente.

Vamos ilustrar com um exemplo simples.
O Irã é um dos países que contribuem com o Hamas.

Lembrando que o Irã também sofre sanções econômicas, de onde este país tira tanto capital já que não é uma potência econômica? E por que o interesse desse tipo de patrocínio?

O interesse é sempre desestabilizar o bloco adversário na tentativa de obter mais uma vantagem na direção da longa trajetória de conquista que sonham obter algum dia lá na frente de um futuro sombrio de um mundo tomado à força, pelas mãos da morte que nega tudo o mais que não seja espelho de suas convicções funestas meramente baseadas no desejo de poder infinito.

É a eterna reedição dos romanos, dos vikings, das cruzadas, dos conquistadores, dos nazistas e de todo tipo de ambição a qualquer pretexto, que sempre se extingue, de uma forma ou de outra, mas que condenado o mundo a essa pena perpétua de constante conflito e sofrimento com nomes diferentes, comandada por alguns que se acham "dirigidos por uma força maior", seja de Allah, Joshua, Cristo, Deus, ou "whatever", mas cujo resultado é sempre a causa de sofrimentos extremos, morte e destruição.

Deus de verdade é vida pela reeducação através da construção constante de um amanhã melhor, mais feliz, mais leve.


É nesse jogo sinistro que as drogas assumem papel vital em nosso incrível contexto contemporâneo.


Hoje, no mundo, talvez a droga seja uma das commodities mais rentáveis, sendo perfeita às necessidades da criminalidade justamente por ser proibida, por ser ilegal.


É o negócio mundial perfeito às necessidades de prover grandes capitais. 
Afinal de contas, o crime só subsiste quando se sustenta do proibido!


A China é hoje a maior produtora de insumos para a produção de fentanyl, segundo algumas fontes, ou certamente um dos maiores produtores da droga campeã de causa mortis dos EUA. 

A máfia russa sustenta-se de uma boa fatia do tráfico mundial.

Convém lembrar que o ópio sempre foi uma tradição econômica no Oriente.
A rota "Golden Crescent"é formada por Irã, Iraque, Afeganistão e Paquistão.


O Talibã subsidiou e subsidia sua economia com uma série de atividades criminosas, onde as drogas representam boa parcela de contribuição.

Na América, de Norte a Sul, temos Canada, EUA, México, Colômbia, Venezuela, Paraguai, Brasil e etc., mas um "ETC" bem grande.

Precisamos lembrar que tanto o produtor da droga quanto o consumidor são responsáveis.

Sem o consumidor, não existe produtor.
Sem o produtor não existe incentivo ao consumo.

Toda corda tem no mínimo duas pontas, e por isso é preciso cuidar de todas.

Ambos, produtor e consumidor, são coniventes e sustentam o crime que é uma das grandes fontes de patrocínio às ações radicais, tais como sequestros, guerras, terrorismo e etc., pois têm a mesma origem e propósito: imposição, violência e morte.

É IMPORTANTE lembrar que o crime é uma atividade de natureza radical.
Não existe criminoso de vida longa sem ousadia extrema e radicalismo.

O criminoso encontra na autocracia seu meio, seu braço forte para se organizar e disputar seu lugar à força, porque o crime não fala outro idioma exceto  a linguagem do mais forte. Ponto final!

O crime só negocia diante de ameaça à própria subsistência, do contrário controla.
Não tem meio-termo.


Executivos, políticos, artistas, intelectuais diversos, empresários, famosos ou não, consomem o produto que publicamente condenam, mas que na intimidade utilizam, seja esse consumo exclusivo para o uso pessoal ou não. E pessoas notáveis, quando não estão diretamente envolvidas, têm algum parente que os atingi diretamente.

Então querem atenuar o carácter criminoso da droga quando a quantidade é para uso pessoal!

O fazem exclusivamente por conveniência pessoal, quando o que importa mesmo é que uma vez adquirida, torna o comprador um consumidor conivente e corresponsável por alimentar o sistema criminoso que deteriora a sociedade em que todos vivem, inclusive ele mesmo, sustentando todo tipo de atividade ilícita, seja pelo terrorismo, pela guerra, ou pela violência que se impõe como a autoridade que deseja comandar as nossas vidas, seja através de um governo autocrático ou através de "gangs do medo" que definem as regras nas comunidades.

Está tudo conectado, literalmente, através de uma teia única.

No Brasil, deram o azar que descobriram a primeira dama do crime (a mulher do chefão do CV) fazendo uma visitinha ao MJ e sendo recebida por quem é indicado pelo próprio presidente como futuro ministro do STF. 

Diante da notícia ainda mais acrescida da atenção que desperta o estado caótico da segurança, buscaram amenizar levando o exército para fazer rondas inúteis, o que não é função das forças armadas.

Pura propaganda! Pura distração! Puro desperdício de nossos impostos!
Ninguém comprou o macete político, muito menos a imprensa.

O crime hoje tem endereço certo, portanto se algum dia houver de fato o empenho no seu extermínio, sabem exatamente onde encontrar os focos de problemas e o que fazer para terminá-los,

É necessário legalizar as drogas e regulamentá-las, roubando do tráfico o filão de lucro que o sustenta.

Legalizar as drogas, por si só, não vai resolver o problema de consumo, mas vai penalizar o tráfico, que então deixa de ser tráfico e vira apenas contrabando, porém sob as regras da competição.

Disto resulta a redução dos lucros e o aumento da competitividade entre a produção legalizada local e o contrabando distante que precisa também competir arcando com os riscos da distribuição informal, tornando o negócio bem menos atraente.

Um bom exemplo disso aconteceu no início do século XX nos EUA, onde a máfia encontrou na criação da Lei Seca estadunidense um de seus maiores subsídios para sustentar e formalizar o crime organizado. Al Capone que o diga, pois a venda de álcool foi um de seus meios para o seu apogeu e subsistência, porque crime organizado só existe com muito capital, porque organização, volto a repetir, custa caro.

A extinção  da lei seca estadunidense foi um golpe duro nas finanças dos grupos mafiosos que precisaram procurar outra fonte que substituísse a produção de álcool ilegal, que deixou de ser interessante, encontrando nas drogas alucinógenas o seu novo e enorme filão econômico.

Se a política de legalização das drogas alucinógenas for adequada, grande parte da receita que hoje sustenta o crescimento do crime poderá ser revertida em benefício social. Atualmente, todo lucro finda na mão do criminoso para investir em mais criminalidade. 

Criminosos só sabem fazer isso.
Eles são profissionais especializados no ilícito.

Hoje, a renda obtida através das drogas patrocina a infiltração do crime no governo pela sedução através da corrupção, enfraquecendo-o cada vez mais ameaçando a soberania das forças institucionais, seja pela dominação de seu topo hierárquico, como é o caso em muitos países onde os cartéis da droga já competiram com o governo, e portanto com as forças armadas, e hoje estas fazem parte do circuito de sustentação do crime organizado.

Se o Brasil continuar seguindo o rumo atual, muito provavelmente acabará como Colômbia, Venezuela, etc. A nossa sorte é que o Brasil tem dimensão continental, mas isto não é impeditivo, pois a organização criminosa sustentada pelas drogas tem dimensão planetária.


Na Venezuela o tráfico de drogas é organizado "não oficialmente" por indivíduos também responsáveis pelas forças institucionais daquele país. Em sumo, o crime infiltrou-se profundamente no poder governante. Isto, porém, não é uma novidade única daquele país.

Então o leitor se pergunta por que o radicalismo ganhou tanta força?!

A droga provê o capital.
A força do crime reside no capital.

O crime é por natureza radical e despótico.
O despotismo é o meio organizacional natural do crime, a exemplo dele próprio.

E você pensa que isso é tudo?
Nada disso... 

O crime adquiriu uma faceta muito mais  sofisticada, ficou muito mais inteligente.

Ele entendeu que parte do capital também precisa ser aplicada em atividades lícitas, porém utilizando a força bruta para quebrar a concorrência estabelecendo uma nova ordem econômica sob o escudo da lei, que por sua vez vai sendo "flexibilizada" pelo lobby político que ele sustenta.

O exemplo disso é o que o ocorre no México com a produção de abacates.

Cartéis da droga diversificaram seu modelo econômico subjugando os produtores de abacate.


Onde existir um produto cobiçado, bom gerador de receita, ilegal ou não, a força do capital aliada ao modelo da violência toma conta, porque à medida que o crime se torna tão rico, vai comprando tudo, por bem ou por mal.


Outro exemplo ocorre  com a pesca do atum, que regulamentada para preservar sua sustentabilidade, sofre pela transgressão imposta por atividades criminosas.


Isso torna tudo muito mais sério, infinitamente mais triste, porque o consumo de droga mundial está "modificando o modelo econômico" do mundo contemporâneo.

As pessoas quando pensam em tráfico de drogas, dificilmente também pensam na intensa degeneração que se está operando em todos os patamares, não só sociais, mas também econômicos e políticos.


O drogado sustenta esse sistema como mero escravo do vício a que se voluntariou espontaneamente ao tentar fugir de si mesmo ou experimentar uma diversão radical para fugir de uma prisão caindo em outra pior, uma armadilha fatal e espetacular, quase infalível.

Se o modelo continuar se expandindo, inevitavelmente as democracias serão submetidas, porque a base econômica estará paulatinamente corrompida por um modelo em expansão incompatível  com o exercício da liberdade individual.


É!... 
Agora o leitor pode começar a entender o tamanho das consequências, dos danos colaterais.
E venho escrevendo sobre este cenário há alguns anos em posts anteriores, aqui mesmo neste site.

Infelizmente, as antevisões de todos os artigos foram se consubstanciando.

O fracasso político da extrema direita fomentando o retorno retumbante de Lula que surgiu qual Fênix das cinzas de suas mazelas do sistema judiciário e da transformação do modelo econômico social.


Eu, na verdade, gostaria muito mais de escrever que a Branca de Neve e os sete anões encontraram a fada madrinha que os tornou lindos e glamorosos. Então todos os anões deixaram de babar na Branca de Neve, casaram, e a Branca pode então tomar um bronze à sós com seu príncipe em alguma praia que ainda não estivesse completamente tomada pela poluição plástica ou pelas fibras de tecidos das vestimentas que são despojadas ao longo dos séculos, muitas vezes sem necessidade, apenas pela vaidade.

Sinto muito, leitor!
Vou ficar devendo.
Mesmo!
Parece que fada madrinha não existe, ou está se drogando em algum canto junto com os anões e a Branca de Neve.


Achou que terminou?!
Negativo!


Não temos apenas a droga química na base da economia.
Temos também a ideologia vendida como droga psicológica, somando ao processo que vivemos.
Aliás, são as duas drogas mais consumidas no mundo: uma concreta e a outra abstrata.

E para finalizar este texto, talvez eu escandalize o leitor com uma opinião não muito usual.

E se o capital se empenhasse em pesquisas científicas que viabilizassem a criação de uma droga menos nociva, mas cujo efeito de fuga fosse similar aos efeitos das drogas atuais, entretanto sem o vício de dependência química tão desesperador que  acaba conduzindo à morte?

Uma boa droga seria a única alternativa de solução à redução de consumo da má droga que patrocina todo o lixo decorrente das ações de mentes criminosas, tal como abutres que se alimentam da deterioração de outros seres vivos.

Não temos como estancar o consumo porque ele faz parte do desejo do indivíduo.
Só resta a solução de ajudá-lo de outra forma.
Não adianta chibata, prisão, violência ou qualquer outra forma que só vai agregar mais força ao radicalismo e ao desejo de fuga da realidade.

A "droga do bem" (ou a droga menos nociva) seria um golpe fatal no consumo ilícito, já que a "boa droga" ofereceria uma meio legal de consumo para o cidadão incapaz de conviver com a realidade sem promover tantas penalidades à sociedade e a ele próprio.

Então... Diante de uma nova perspectiva...

Sobraria ao crime o trivial variado, ou seja, o sequestro, o roubo, a extorsão e etc., porém sem o rio de dinheiro da dependência química com propriedade exclusiva de produção e distribuição que o torna tão poderoso.


Continuar combatendo o tráfico de droga e seu consumo usando as mesmas estratégias do crime — radicalismo e violência —, apenas contribui com o seu crescimento, algo que está mais que demonstrado pela realidade atual.

... Então, se continuarmos assim, haverá um tempo que o crime não mais dependerá das drogas, mas a economia dependerá do crime.


Depois de você ler este post, o astral deve ter pesado diante de um futuro que parece pouco promissor.

É uma oportunidade para você testar a sua fé!
Se de fato Deus é supremo poder e se nada acontece sem que o Pai dê permissão, na hora certa, o curso dos acontecimentos toma novo caminho.

Afinal de contas, existe apenas uma maneira de entrar na vida, mas infinitas para sair dela.


Enquanto isso, precisamos agir e fazer a nossa parte na construção de um amanhã melhor e pela sustentação de uma consciência tranquila que nos subsidie o equilíbrio físico e emocional, sempre lembrando que:

"Portanto, não se preocupem, dizendo: 'Que vamos comer?' ou 'Que vamos beber?' ou 'Que vamos vestir?'

Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas.

Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês."

Mateus 6:31-33


"Por isso digo: Peçam, e será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta será aberta.
Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta."

Lucas 11:9-10


novembro 17, 2023

Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.2


Nos posts anteriores, abordei o radicalismo sobre alguns aspectos.

Adiantei que a posição estadunidense sob o comando de Biden tinha escolhido uma retórica nada adequada nem conciliadora, porque entre israelenses e palestinos não é possível determinar um culpado, mas sim uma situação que acumula as desmazelas de ambos ao longo do tempo e que seria necessário repassar o presente sob novos olhos para que haja um futuro mais promissor.

O presidente estadunidense já paga seu preço por seu posicionamento afoito diante do conflito em virtude de forte reação interna e externa ao EUA, lembrando que ele caminha para disputar novamente as eleições presidenciais.

Israel ocupa uma área que desde a sua formação é contestada e disputada não só geograficamente mas ideologicamente. Conflitos levam ambos os lados a situações extremas.


O Hamas usou da estratégia mais árdua possível com a política israelense que tem lutado pela sua soberania na região com a intensidade econômica de sua soberania.


Não existe outra maneira de se combater o radicalismo que não seja desfavorecer os fatores que o impulsionam, tal como um físico reduz a temperatura para diminuir a reação em cadeia, do contrário o processo sai fora de controle.

A Jihad expõe o radicalismo como um produto religioso cuja fidelidade não conhece limites.

Em contrapartida, todos nós sabemos que Israel é teocrático por natureza e disputa as diferenças com a mesma convicção religiosa que os mantém unidos através do mundo.

Grupos ideológicos radicais são formados por extremistas que acreditam que a força é o meio de se promover mudanças.

É preciso, no entanto, de massa crítica, ou seja, de um número de pessoas que seja suficiente para impor o processo à força. 

Seguindo os padrões proselitistas da religião ou da política, ou seja, a mesma estratégia para alavancar adeptos, as convicções fanáticas vão sendo inseminadas nos meios sociais mais propícios, onde a carência torna-se o vetor de adesão, tanto do ponto de vista econômico quanto psicológico, ou pelas mãos da tradição cultural.

Unir religião e política é a forma convencional mais intensa de promover poder.

A teocracia é uma velha ferramenta de liderança, tão velha como a humanidade, mas seus efeitos são ainda imbatíveis.
A situação fica muito difícil quando o embate ocorre através de bases teocráticas.


É latente que uma parte da nossa sociedade avança com uma velocidade invejável deixando à deriva dois quesitos fundamentais ao equilíbrio de seu próprio avanço:

- o equilíbrio do ambiente físico que a sustenta, e

- o equilíbrio do ambiente psíquico de onde emerge e se sustenta.

A solução ao radicalismo vem da construção e da distribuição desse progresso de crescimento e oferta de recursos de forma mais equânime, não pela esmola como pregam os demagogos, mas pelo favorecimento dos meios que permitam ao indivíduo integrar-se ao processo. O indivíduo estimulado pela possibilidade da integração torna-se mais impermeável às sugestões do radicalismo, pois ele passa a ter algo a perder, do contrário, diante do caos provocado por sua miséria pessoal. a desconstrução dos outros já é alguma coisa que compensa o vácuo da frustração.


A concentração do progresso é como uma bolha social.

Não se sustenta por si só, isoladamente.

A forma de conter os processos radicais é reduzir os fatores que contribuem para a sua proliferação, da mesma forma que se controla uma lavoura, uma reação atômica, etc.

Como sabemos, os inseticidas conseguem apenas controlar as pragas de uma plantação, porém jamais exterminá-las.

As deficiências emocionais do ser humano fazem parte de nossas vidas assim como os insetos, fungos, virus e outras formas de vida que não se pode exterminar, contudo o controle é suficiente para promover uma boa colheita. Alguma perda faz parte do processo.

A guerra é como um agricultor tresloucado, que tomado por radicalismo na sua intenção de exterminar as pragas da lavoura queimasse todo o seu solo e despejasse toneladas de pesticidas.

Ao final, só conseguiria destruir o próprio solo e envenenar a terra, os rios e os lençóis subterrâneos que alimentam a vida, trazendo para si mesmo e para os outros um resultado desastroso.

O tempo passa e as pragas sempre voltam.
Sempre voltam!

Se Hitler que tanto se empenhou em numerosos processos de exterminação em massa de judeus estivesse ainda vivo, certamente diante da criação de Israel e sua evolução como país pujante, viria isso tudo como uma pá de cal sobre suas convicções sobre a efetividade da matança que patrocinou através de seus sonhos alucinados e radicais.

Guerra é uma solução tão desajeitada quanto temporária, cujo custo é altíssimo, não apenas socialmente, mas também nocivo à preservação climática do planeta e à economia, quando os recursos poderiam ser empregados na construção da qualidade de vida humana, e não na sua destruição como meio de solução. Dessa qualidade de vida distribuída adviriam as bases sociais para liquefazer tanto radicalismo pela redução das frustrações acomodadas pelos confortos sociais.

Fala-se tanto em ativismo e novas “leis verdes”, porém guerra é um assunto posto mais de lado, quando deveria ser um dos tópicos mais relevantes. E ao invés de combatê-la apenas pela proibição, seria desestimulada pelas ações conjuntas da economia mundial.

Não faz mais sentido a guerra territorial que precisa ser substituída pela cooperação comercial indistinta de fronteiras.


Destruir uma sociedade e seu planeta por disputa de quem vai mandar naquele espaço econômico é tão insano e primitivo quanto achar que por se ter extrema certeza do que se pensa é justificativa única e necessária para que se imponha o pensamento próprio aos outros a qualquer custo.


Dessa forma, a guerra é um loop interminável que tenta impor algo que alguém buscou impor antes, pois isso trata da outra faceta da "economia verde" que é tão relevante quanto à preservação do carbono no solo terrestre quanto é preservar e conter o equilíbrio do indivíduo em sua localidade nativa evitando migrações em massa, pois uma coisa advém da outra.


Veremos nos próximos artigos da série alguns exemplos através da história, uma vez que o ser humano vem repetindo os mesmos erros há  séculos.

O interessante é que o momento vivido traz o sabor do novo, quando na verdade é uma repetição que se aproveita do esquecimento ou da ignorância de nosso próprio passado.


novembro 15, 2023

Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.1

Existe solução para o radicalismo?


Este artigo é o primeiro de uma série, já que o assunto é extenso por natureza e bastante controverso.


A resposta curta é que existe e depende que o avanço socioeconômico não deixe vácuos de crescimento tão acentuados em parcelas de civilizações, além do que, o número de radicais que influenciam os destinos globais não se torne uma superioridade numérica às demais opções.


Se o processo de contenção não for um trabalho contínuo, à medida que o tempo passa, o acúmulo do problema poderá atingir o ponto de massa crítica onde não haverá espaço para outras soluções que não sejam igualmente radicais.

É similar ao que acontece com uma explosão atômica, porém aqui, seria de ordem social, varrendo democracias e formas de governo que não possam competir com o novo modelo emergente.

A guerra armada contra o radicalismo é a solução igualmente radical para conter o radicalismo.

A frase acima parece incoerente, mas a coerência do radicalismo é restrita mesmo: atende apenas à imposição de interesses pela força.

Conflitos armados poderão ser reduzidos substancialmente quando a sociedade for mais eficiente para amenizar os vetores que fomentam o radicalismo.

O radicalismo tem ao menos três facetas:

- radicalismo emergencial,
- radicalismo incentivado,
- radicalismo nascido da natureza agressiva intrínsica ao indivíduo.


radicalismo emergencial torna-se desnecessário quando o radicalismo incentivado perde força à medida que seus vetores foram atenuados por soluções proativas.

O radicalismo que é fruto de agressividade extrema não tem solução porque faz parte da natureza do indivíduo, e o seu controle obedece apenas ao princípio da superioridade numérica para que possa ser contido, mas improvavelmente eliminado, porque mudar um indivíduo com características que marcam a sua natureza é um processo longo, de ordem muito pessoal, cujos resultados são pequenos sem que o mesmo deseje tal mudança.


E por que um indivíduo muda seu comportamento?

Geralmente pelo desconforto ou sofrimento que agregam penalidades que ele não deseja mais suportar.
Enquanto isso, dificilmente haverá espaço para mudança enquanto ele entende que o sofrimento que lhe é causado vem de terceiros, ou de contextos sociais, e não dele mesmo. 

Enquanto há justificativa, a inércia mantém o indivíduo sob o apanágio da própria desculpa.


Também é necessário lembrar que um indivíduo esta imerso no 
processo humano que é uma colcha de retalhos e que quando buscamos respostas muito simples através da política ou da luta armada, apenas continuamos a patinar na mesma ladainha que ao longo dos séculos retém o ser humano neste "loop" (ciclo) enfadonho de repetições dos mesmos problemas porém com nomes diferentes.

Você verá que a série conecta contextos aparentemente muito diferentes, mas que são na verdade partes de um mesmo todo, que exercendo sobre o indivíduo uma influência comum, indutora de seu comportamento, vai arregimentando novos radicais.


O texto foi construído como a engenharia constrói uma ponte grande, quando os pedaços menores são elaborados à parte e depois unidos. 
Esta união de pedaços é justamente o propósito da série, demonstrar que os acontecimentos estão interligados e que não são isolados, mas fazem parte de uma causa comum, cujo tratamento ainda não adquiriu consciência sociopolítica proficiente que possa alternar nossos destinos em curto prazo.

E se você for um radical, ou imediatista — do tipo muito apressado querendo tudo para ontem— , esta série é excelente para testar a efetividade da sua crença, desde que a sua vontade de agir seja tão intensa quanto a de pensar antes de fazê-lo, porque depois pode ser tarde demais.


Arrependimento não faz o relógio retroceder.



Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.5

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