junho 29, 2015

A Emoção Vista de Outra Forma




"Emoções ou sentimentos são estados de desiquilíbrio da força."

Parece algo tirado do filme "Guerra nas Estrelas".
Acredito que o autor tenha tentado denominar de alguma forma a energia que constitui a expressão do espírito - esse "algo" que anima a matéria.

E penso que a "força" seria a energia gerada pelo efeito existencial.
Vou denominar aqui de efeito-existência.

Entendemos como super natural que sejamos regidos pelos sentimentos - raiva, tristeza, dor, amor, alegria, medo, vaidade.
De fato o é porque definem nossa natureza corrente.
Tal fato pode assumir outra visão se visto por outro ângulo, utilizando outro referencial.

As religiões têm em comum que os efeitos das nossas ações formariam o nosso resumé, utilizado em nosso julgamento por uma divindade.
Seja essa divindade interna, nós mesmos através da nossa consciência, ou externa, algo como Deus.

A divindade pode ser vista como alusão a um novo referencial - uma outra forma de vermos a nós próprios.

Porém, e se pensarmos em outra direção?!...
E se o sentimento for apenas uma representação instável do desiquilíbrio do efeito-existência?

Instabilidade nos remete a pensamentos de controle.
Controle é de certa forma repressão, limitação de algo que pode fugir do desejável.
Se há controle, há presença de desiquilíbrio.
A ausência de desiquilíbrio dispensaria qualquer controle.

Eu penso em "equilíbrio" como um estado natural, estável por natureza, onde não há alegria porque inexiste tristeza, onde não há controle porque inexiste desarmonia.
Equilíbrio representa estabilidade, não há alternância de estados emocionais.
Desaparecem os conceitos de dor-conforto, alegria-tristeza, enfim toda a dicotomia emocional que nos rege.

No estado de plenitude a energia fluiria com intensa harmonia e portanto inexistiria sentimento tal como o conhecemos.
A ausência de sentimento é por nós interpretada como algo frio, sombrio e doentio, porque não conseguimos imaginar nada diferente daquilo que não carregue a emoção em alguma de suas formas.

Faz sentido pensar que o estado de equilíbrio puro aproxima-se de algo como não estar feliz por não ter tristeza.
Não se sentir confortável, por inexistir dor.
A dicotomia é substituida por uma forma única, pura e estável.
É o estado da alma que transcende em direção à unicidade.
A razão não mais sobrevive como uma entidade autônoma, disputando seu espaço com os sentimentos, como se cada um deles fosse parte de um quebra-cabeça instável, mutante onde as peças repentinamente perdem seus encaixes pois que se transformam em outras durante o processo evolutivo em busca de harmonia.

Tal como a luz pura, seríamos algo como um lazer do efeito-existência.
O lazer porém é direcionado, ao passo que essa energia emanada do efeito-existência flui como uma frente de onda contínua gerada pela forma-pensamento.
Forma-pensamento é um termo tirado da literatura espírita onde o ser não mais faz uso da forma corpórea.

Toda a nossa vida parece girar em torno do controle e melhoria dos nossos sentimentos.
Nossos erros são em sua grande maioria gerados por disfunções emocionais.
Nossos meios de correção passam pela necessidade de educarmos, aperfeiçoarmos e reavaliarmos emoções-ações.
Nossas ações são ditadas pelas emoções.
Nossa vida e as consequências que suportamos são presas das mesmas.

Fica claro que a nossa existência tem como objetivo principal a educação emocional, que se nutre do aprendizado constante que por sua vez abre os horizontes da percepção, agilizando a correção comportamental.
Afinal, o nosso comportamento é efeito de sentimentos somados.


É por isso que é difícil imaginar algo diferente disso, e supor que amor não é sentimento mas uma forte energia de harmonia agregadora, construtora, buscando induzir tudo o mais no mesmo sentido que trafega.

Amor é a nossa concepção mais pura de sentimento.
Também muito confundida com os impulsos hormonais e as carências emocionais.
Muitas vezes que pensamos amar, na verdade buscamos suprir necessidades pessoais, tais como a fuga da companhia de nós mesmos, ou o meio de equilibrar necessidades físicas.

O estado de plenitude não carrega esse tipo de amor.
Transcende a isso.

Neste contexto, passa a fazer muito sentido a afirmação que o "céu está dentro de nós".



junho 26, 2015

Mudando de Vida



Tenho o hábito de passar algumas horas pensando, exclusivamente filosofando com o objetivo de encontrar soluções que norteiem o espírito.
Normalmente saio desses momentos com bons resultados, pequenos grãos de conhecimentos.

Eu buscava uma maneira de lidar com a emoção que melhorasse a eficiência do controle.
Existe um método que emprega a substituição de uma emoção por outra.
Funciona, mas é restrito.


Encontrei alternativa que está sendo mais eficaz para mim e alavancou a eficiência do meu controle sobre a emoção.

Baseia-se no seguinte princípio:

Toda emoção é fruto de uma crença-objetivo.
Corrija a crença-objetivo.

Por exemplo, se está sofrendo por vaidade, concentre-se em aprender humildade.
Se está sofrendo por alguma perda material, concentre-se em desenvolver o desprendimento e aproveite para crescer em coragem.
Isto é, escolha uma nova crença-objetivo para aquele contexto que lhe resgate o equilíbrio.

Afinal, tudo é oportunidade de crescimento dependendo da forma como vemos, ou seja, da nossa crença-objetivo.


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Desenvolvendo o Conceito

De tão simples, parece óbvio, o que nos leva a fazer pouco do princípio.
No entanto, pense através de exemplos.
Por que estou com medo?

A resposta genérica geralmente é porque teremos que enfrentar algum situação de extremo desconforto, tal como dor intensa, moral ou física, formas de carência (perda de entes queridos, bens físicos),  etc.
O subsídio para o julgamento é decorrente das nossas crenças-objetivos.
Primeiro elegemos aquilo em que cremos.
Os objetivos são gerados a partir do conjunto de crenças que de tão impregnadas em nosso pensamento, passam a definir a nossa natureza através do nosso comportamento.

Um objetivo ameaçado gera profunda ansiedade, medo, angústia, etc.
Um objetivo perdido, não alcançado, gera frustração, depressão, tristeza, etc.
Um objetivo atingido gera sensação de poder, alegria, segurança, etc.
Um objetivo perdido pode exigir revisão das crenças-objetivos, ao passo que um objetivo alcançado reforça o conjunto crença-objetivo.

Evolução é mudança, sem o que, não aperfeiçoamos nem corrigimos os erros de um processo.
Alterar uma crença-objetico é um processo doloroso porque fere o senso de dignidade, orgulho, sentimento de segurança, padrão de comodidade, etc.
Por isso, o processo de aprendizado geralmente é acompanhado pela dor.

Diante do exposto, se nos dispomos a “reconhecer as necessidades de ajuste do conjunto crença-objetivo” com maior flexibilidade, diminuímos a sensação dor.
Para alcançarmos isto, é necessário antes alterar dispositivos do sistema crença-objetivo que estão emperrando o processo.

No fundo teimamos em remanescer na zona de conforto, mesmo em detrimento do progresso. Ou seja, queremos é estar bem, mesmo que isso signifique estagnação.
Isto é, no fundo, nossa crença-objetivo poderia ser resumida assim: “melhor um estagnado feliz que um andarilho sofredor – afinal para onde estamos seguindo?”.

Realmente acreditamos que estar bem, sentir-se bem, é sinal de sucesso e representa nossa crença, que por sua vez nos lança em objetivos de buscar isso a qualquer custo.

Resolvi repensar essa “crença-objetivo”.
Lembrei que...
Tudo é temporário nas dimensões em que trafegamos.
A dimensão “tempo” garante a incerteza do amanhã.
Portanto o tempo sempre será ameaça do sucesso, porém àqueles que ainda não o alcançaram é sinônimo de esperança.
Tão logo o sucesso seja alcançado, o tempo se converte em ameaça novamente.
Quando o sucesso se vai, o tempo novamente se converte em esperança.
É um sistema cíclico, instável por natureza.

Essa característica é intríssica ao modelo crença-objetivo que o sustenta.

Como melhorar a sustentabilidade?
Não há como, se não alterarmos o modelo crença-objetivo que funciona tal qual um “modelo matemático” do sistema.
Se queremos alterar os resultados, precisamos alterar “as equações”.
Precisamos de outro “modelo metemático”.
Comece a repensar tudo aquilo que não agrega estabilidade ao modelo.



Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.5

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