junho 26, 2010

Um noite muito além do que sou...

Retornava do cinema, enquanto dirigia meu velho, fiel e eficiente carro, um Palio. Rodando ligeiro e veloz, acompanhando meus pensamentos, fui muito além daquilo que posso pensar normalmente.
O sentimento não foi de algo novo nem tão pouco antigo, mas sentia como algo meu que estivesse escondido de mim mesmo há muito tempo, sem que eu soubesse da sua existência. É como encontrar algo que nunca soube que tinha, mas no entanto com a sensação contraditória de reencontro.
O pensamento surgiu de forma espontânea, transportando-me para uma forma de ver a vida muito além de tudo que havia até então percebido. As coisas adquiriram outro sentido. As verdades mais concretas encontraram alternativas concorrentes à altura. Eu percebi claramente que a nossa percepção é mesmo muito restrita.
Sofremos, retemo-nos nesse sofrimento, torturamo-nos e tudo porque desconhecemos ou não conseguimos enxergar uma forma mais libertadora de interpretar o cotidiano.
Transcender a si próprio foi a melhor sensação de liberdade e paz de espírito que experimentei.

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