O filme surpreende pela forma original de tratar um assunto bastante conhecido e
controverso – A Reencarnação, ou as sucessivas vidas de uma mesma alma, que
através de experiências repetidas vai crescendo na compreensão de que as suas ações
refletem num contexto comum muito maior, retornando seu efeito, positiva ou
negativamente, compondo dessa forma o seu próprio futuro muito além da existência
carnal de uma única vida, bem como multiplicando consequências por toda a
cadeia formada pelo universo de almas que compõem aquela imensa comunidade de
espíritos em graus adjacentes de evolução.
O que se destaca no filme é que a mensagem é extremamente
lúcida, sintetizada no princípio de que sejamos almas conectadas umas às
outras.
Uma forma simples de entender um fato inegável – a nossa
vivência obrigatoriamente depende de outra e, por conseguinte, os seus atos
refletem nesta longa cadeia de interações.
Isto lembra o “efeito borboleta”.
Aos poucos vamos constatando que visões diferentes não
passam de um mesmo princípio visto sob ângulos diferentes, a exemplo de uma
pessoa que poder trajar vestimentas diversas, sem contudo alterar sua natureza.
O título em português é muito feliz, pois afinal, o filme ilustra
a viagem da alma, fazendo jus ao roteiro intrincado por múltiplos eventos dos
mesmos personagens em “tempos” de existências diferentes.
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