setembro 26, 2023

Instintos Básicos e as Consequências Sociopolíticas



SERIA ISSO MESMO???


Existem frases soltas que parecem tão verdadeiras!!!

Este texto é uma pequena viagem que nos ajuda revisar coisas que sentimos verdadeiras, mas seriam realmente verdadeiras?

Seria o sentimento puro, na sua forma não elaborada, o melhor conselheiro?


Eu convido você a um mergulho sobre o tema.


Haverá um tempo em que o comportamento autodestrutivo e genocida será considerado um crime mundial não tolerável, um tipo de transtorno mental gravíssimo, ainda mais sério que o transtorno dos assassinos seriais, uma vez que seu efeito é coletivo, em larga escala.

No presente milênio é inconcebível o pretexto que justifica a invasão territorial que busca submeter a cultura de uma população à outra.


Mesmo que a tolerância levasse a uma fragmentação cultural-geográfica, ainda assim pouco importaria pois diante da necessidade de interagir comercialmente encontraríamos os caminhos da convivência pacífica, ou insidiosamente menos assassina.

A intolerância religiosa e cultural vem servindo de trampolim para déspotas ao longo dos séculos, cujo exemplo mais popular é o de Hitler, e infelizmente tal prática continua pujante onde o princípio é o mesmo, porém só mudam os nomes e os locais.

Os horrores da WWII, segunda guerra mundial, nunca terminaram.

Judeus foram substituídos por outras etnias e o assassinato indiscriminado é parte do cotidiano ora ali e acolá sempre a pretexto de alguma desculpa.

Nada justifica a pretensão de que uma única pessoa tenha todas as respostas e que esta utilize a morte como instrumento de manutenção de seu poder.

É algo tão intensamente absurdo que as côrtes mundiais condenem assassinos, contudo tolerem líderes que praticam assassinato coletivo, em massa. Esses tribunais têm respostas lentas para o óbvio e pouco efetivas.


Se não houvesse ameaça, também não fariam diferença as subdivisões sociais refletindo-se geograficamente.

Você não pode matar uma ou mais pessoas para satisfazer seus interesses, mas pode matar milhares para sustentá-los. 

Pessoas assim também seguem seus instintos — lembre-se da imagem acima.


Eu não mais consigo perceber tais côrtes como expressão de justiça, mas sim como um "patch" (remendo) às necessidades menores de um país para manter a ordem social sobre os mais fracos, quando deveriam trabalhar para penalizar líderes que realizam assassinatos coletivos, operando livremente porque as nações não encontram maioria segura acima de interesses menores para estabelecer uma ordem social efetiva. O que temos mais próximo disso seria a ONU(Organização das Nações Unidas) e UN (United Nations/Nações Unidas), ambas enfraquecidas por falta de um consenso mais agregador entre as nações.

 

Nossa sociedade torna-se competente para criar enxames de equipamentos inteligentes que são capazes de coordenar ataques grupais via dispositivos eletrônicos para promover destruição em larga escala, mas ainda incompetente para administrar seu próprio poder de destruição.

Retornando ao passado longínquo, veremos que os Herodes, os Calígulas e toda sorte de psicopatas continuam recebendo apoio porque a vida humana só importa para enriquecê-los e é tida tão desprezível como um objeto descartável.

E o povo seguindo mais o seu instinto que a razão é mero combustível de sua própria incineração.


Ainda vivemos sob o domínio dos instintos básicos primários.

Não somos uma raça avançada, pelo contrário, quanto mais primitivo o ser, mais preponderantes são os instintos básicos.

No sentido inverso, à medida que a civilização progride em todos os aspectos, a compreensão vai controlando esses instintos primários e posteriormente substituindo.

Se você gosta de ficção, vai se lembrar de Spock em Star Trek, personificando apenas um lado desse crescimento — a racionalidade sobre o sentimento.

O outro lado é o aperfeiçoamento do sentimento em si através do amor, onde o maior mestre de todos foi o filósofo da Galileia, reconhecido por seus conhecimentos como rabino embora não excerce tal função oficialmente.

Quando faço referência a Jesus, insisto em despojá-lo das interpretações e influências de facções e credos religiosos, vendo-o exclusivamente como um filósofo e um ser com poderes transcendentais que sinalizam as incríveis possibilidades que o futuro dessa evolução pode atingir.

Os instintos básicos quando alimentados sem as forças da razão e do amor ao próximo conduzem o indivíduo às suas expressões mais animalescas que, uma vez frequentes, induzem às mais variadas neuroses.

A neurose humana por poder e discriminação sustenta a máquina da guerra, tornando-se um dos vetores de transformação tecnológica e cultural mais intensos de toda a história da humanidade.

A ironia vem do efeito colateral em que a procura de poder e defesa vai nos enfraquecendo e nos destruindo à medida que a estratégia não visa conciliação mas submissão ou destruição.

A natureza tem seus próprios caminhos.

Se de um lado nosso atraso serve de estímulo à competição e esta à evolução, do outro, as nossas ações destrutivas tornaram-se tão intensas pelo avanço da tecnologia que as suas consequências respingam por todo o planeta.

A autodestruição decorre da degradação socioambiental cada vez mais intensa, fortalecendo a criminalidade e o desequilíbrio climático.

Há algumas décadas iniciamos a competição onde países buscam substituir homens por máquinas como estratégia mais eficiente de produção,  ataque e defesa, todavia, não existe o mesmo empenho no desenvolvimento social. Não há sobra de recursos diante da sede dessa competição e do dreno de capitais dedicados à corrupção, seja ela do gênero político, comercial ou como estratégia de defesa pelas mãos da espionagem e da sabotagem.

Líderes obcecados com a necessidade de justificar a imposição de poder territorial e cultural como a cola que mantém a hegemonia geográfica e, dessa forma sustentam seus "reinados", atropelam os esforços dedicados às necessidades sociais já que não é a sociedade de fato o que lhes importa, mas o poder que dela provém independente da sua condição degradante.

Tais líderes que estimulam tal panorama são responsáveis não pelo genocídio mas por vários crimes genocidas. Não se contam apenas aqueles que morreram em combate, sejam civis ou militares, porém também aqueles que por falta de amparo social acabaram com suas almas mortas pela desesperança, pelo despreparo e pela fome, ou simplesmente não sobreviveram à falta de assistência médica de que precisavam.


O povo sente mais do que pensa, seguindo seu instinto, seu coração, e nem percebe que troca coisas preciosas por ninharias tal como aquelas nações indígenas fizeram porque mediam o valor de troca por sua própria noção de valor subjetivo. Eles não faziam ideia do valor real para quem adquiria o seu bem, pois viam apenas o seu  lado, trocando pedras preciosas por bugigangas.

Assim também continua agindo a população entregando seus dados por ninharias, sua liberdade pelo voto manipulado pela demagogia, seu futuro por pequenas vantagens quando relativamente comparadas aos valores que elas representam sob outros aspectos ainda mais importantes.



Diante dos fatos, podemos perceber que os instintos básicos podem ser um aliado, ou um inimigo.

Seria o sentimento puro, na sua forma não elaborada, o melhor conselheiro?





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