setembro 28, 2025

Minhas Aventuras Com ChatGPT

 

1° Edição,  revisão


O que me motiva a contar esta experiência com o ChatGPT é ilustrar que essa ciência, quase no estado da arte, mas que ainda não é pura arte, pode conduzir o usuário menos avisado a situações infelizes.

Nos últimos dias de férias, resolvi testar aprender algo novo, a partir do zero, apenas usando o ChatGPT.
Sempre estudei mediante livros digitais e consultas diversas, mas os tempos mudaram, e tudo exige mais agilidade.

Então por que não tentar algo novo em novas eras com algo novo?

Antes, preciso passar ao leitor meu backgound.
Sem ele, o entendimento do contexto perde parte do sentido.

Eu sou Bacharel em Informática com ênfase em análise de sistemas.
Apaixonado por TI no que se refere à ciência de lidar com dados.

Ao longo do tempo eu me especializei em engenharia de software, mas a minha tese de formatura como bacharel foi na área de IA. Não deu para seguir carreira em IA àquela época (2004), porque no Brasil não existia campo.

Nestes últimos dois dias e meio, a partir da data de publicação desse post, eu decidi começar uma área nova de conhecimento em TI com a ajuda do ChatGPT, e o resultado descrevo a seguir.

O ChatGPT apresentou valiosas contribuições, mas acabou caindo no próprio loop (ou seja, uma iteração repetitiva) onde ele oscilava entre as soluções.

Eu percebi que ele havia se perdido, como também havia perdido o contexto das perguntas ao longo daqueles dias.

Eu quero antes parabenizar a equipe do ChatGPT.
Gerenciar contexto é algo extremamente complexo, acredite leitor.
Então isto não desmereceu o serviço.

Nesta ocasião, mostrei ao bot que ele havia perdido o contexto, ajudando-o a se recompor.
Funcionou.

Ainda assim, ele não conseguiu seguir adiante.
Repetia-se num loop alternante entre as premissas passadas.

Então, é neste momento que entra em ação a IV (inteligência verdadeira), ou seja, a nossa! :-)

Mostrei a ele que estava em loop, e em seguida comecei a apresentar as soluções que ele não havia conseguido inferir a partir das informações que ele mesmo passava.

Mostrei onde estavam os erros e qual era a solução de saída.

Parabéns à equipe do ChatGPT.
O sistema foi capaz de absorver o feedback, entendendo a falha, bem como a informação nova para que pudéssemos seguir adiante.

Desatolei o ChatGPT.

Mais adiante, apresentei outras correções ao código que ele sugeria.

O que de fato é desagradável no ChatGPT é que ele perde o contexto de quem apresentou a sugestão, ou seja, ele mesmo, e passa atribuir a você a responsabilidade das falhas que são responsabilidades dele.

Mostrei isso a ele, e ele parou.
Parabéns novamente à equipe do ChatGPT.
Ponto a favor.

O segundo ponto a realçar é o excesso de autoconfiança que o algoritmo do ChatGPT possui, como se sempre pudesse corrigir o seu código como se ele fosse um "deus".

Mostrei que as correções eram incorretas, e ele aceitou, refazendo-se.
O tom de presunção do ChatGPT precisou ser tratado com a evidência de seus próprios erros.

A parte boa é que ele reconheceu, e aí que não, porque estaria incorrendo em erro grave.

Ao final, ele sossegou e reconheceu suas limitações.

Eu, da minha parte, fiquei agradecido à equipe do ChatGPT porque, apesar de todas as limitações, o teste de aprendizado sem livros foi mais rápido que a forma convencional de aprendizado, porque aprendi a ler nas entrelinhas dos erros do ChatGPT o conhecimento prático que livros dificilmente podem oferecer, do contrário, tornaria seus textos longos e poluídos.

Nasce uma nova forma de aprendizado, embora necessitando de aperfeiçoamento.

É inequívoco o valor desses serviços inteligentes.
Só nos resta sermos adaptativos para transformá-los em algo útil a nós, e não em nossos substitutos.

Fico muito, mas muito feliz que o ChatGPT tenha todas essas falhas.
Eu continuo tendo mais valor como ser humano, não é?! :-)
E você também! Não ria não!!! 

Vou torcer, pelo bem das gerações futuras, que esta centelha de inteligência leve ainda muito tempo para ser agregada aos serviços de IA, dando tempo ao ser humano para manter-se relevante até que se possa lidar com esta nova ciência sem a ameaça de nossa própria substituição.

A vida só faz sentido enquanto o ser humano faz sentido.
Se as máquinas tomarem o nosso lugar, o planeta Terra será mais alguma coisa rodando no Universo obedecendo leis físicas sem o dom da vida.

Temos no Universo milhares de planetas assim, inertes, sem vida.
A Terra faz diferença porque, junto com toda a natureza, carrega a centelha de algo precioso, que sinceramente, espero que NUNCA a ciência alcance substituto: a verdadeira inteligência, a centelha da vida!



Cá entre nós, eu acredito que este seja o limite da ciência, assim como é o nosso limite com Deus.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Máscara Caiu - Quando Os Defensores da Democria Mundial Adoecem

  1° Edição,  1°   revisão Eu escrevo esse  post  com extrema tristeza. Minha educação sempre esteve pousada sobre dois pés: Um na liberdade...