O mau humor do Jabor é velho conhecido de todos nós.
Seu estilo marcante seguido de ritmo forte, definido mais pela chibata da crítica ácida que o afago da solução, surge sempre indignado diante da própria incompreensão.
Eu agradeço ao Carnaval pelos seus quatro maravilhosos dias quando o “meu avião já vai aterrissando de barriga” precisando loucamente de uma pista de pouso e descanso.
Os foliões provavelmente agradecem ao Carnaval pela oportunidade, através da sinergia coletiva catalisada pelo pretexto de um tema, de explodir em alegria e disciplina, porque do contrário a escola perde pontos.
Ironia brasileira genuína que reúne sentimentos díspares na festa da emoção, do capricho e da luxúria sob o contexto de regras rígidas na busca do ritmo impecável pela vitória, fazendo parecer que o sincretismo do impossível, disciplina e paixão, resolvam suas diferenças na avenida pela metamorfose de uma experiência que parece ser única no campo do sentimento.
Independente de todas as desvantagens que possamos carregar como um povo e uma nação, nossas características únicas dão asas à esperança, a grande aliada na trajetória do amadurecimento coletivo na construção de um amanhã que todos sonham.
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