fevereiro 12, 2018

Democracia Plena é Utopia Contraditória


                   Huck atrai segmentos lulistas e precisa anular rejeição da elite


Perfeitamente compreensível!

Uma das utopias da democracia pura é distribuir direitos iguais para competências diferentes.
Oras, nada mais desigual!

A “Democracia Plena” é um contrassenso, pois em defesa da igualdade pleiteia-se algo extremamente desigual e injusto, atribuindo-se direitos iguais para pessoas diferentes.

Entendemos que um criminoso não possa votar, mas não conseguimos perceber que uma pessoa despreparada também o possa fazer em questões que não alcança.

Seria o mesmo que comparar em capacidade de percepção um indivíduo com anos de estudos àquele que gastou seu tempo com diversão fútil, à frente de programas populares da TV, noitadas, etc.

Uma das alternativas, não a melhor porém menos infeliz, seria conceder poder de voto federal àqueles que ao menos tivessem o segundo grau.

O eleitor para presidência e senado, deveria apresentar um perfil mais compatível com a relevância do cargo eletivo, de modo a não se valorizar apenas o nível de escolaridade mas levar em conta também o “papel” que o indivíduo ocupa na sociedade, seu passado, etc.
Por exemplo, um indivíduo com segundo grau pode ser um excelente empresário, ao passo que um estudante universitário um mero comunista teórico porque ainda nem mesmo viveu a vida na prática...

O eleitor sem nível de instrução continuaria votando para os cargos regionais, já que ele, neste caso, teria mais oportunidade de votar conscientemente em questões de sua própria região, já que as conheceria melhor.

Em nível federal, a temática é bem mais complexa, o que o leva o indivíduo despreparado a votar pela “familiaridade” e “simpatia” que tem pelo candidato.
Esta foi a percepção de Lula ao construir sua candidatura, especialmente pelo nordeste.

O status quo atual do nosso processo eleitoral empobrece os resultados democráticos e desvirtua seus fins, apresentando resultados incompatíveis com a realidade, dividindo a nação em norte e sul, oferecendo oportunidades de manipulações extremas pela media, principalmente suscetíveis àquela massa conectada à TV por seus programas singelos, outras vezes nem tanto, por falta de maturidade mental.
Eleitor imaturo = Democracia imatura = Resultados ruins ou péssimos.

Hoje em dia, selecionar os eleitores é factível.
Temos possibilidades de colher dados, comunicação ampla via Internet e bancos de dados poderosos com sofisticados algoritmos, media social, etc.
Ainda assim, tal solução não é perfeita, pois seu processo também pode ser deturpado, mas ao menos tornaria as coisas mais difíceis.

Só assim, a democracia ajustada à capacidade de percepção e interação social, poderia auferir resultados compatíveis com aqueles que esperamos na melhoria da qualidade e conscientização dos resultados democráticos.
Fora isso, só milagre, coincidência, etc.

O destino de uma nação não pode depender de milagres, da sorte, do acaso.
O destino de uma nação é construído pela sua competência coletiva mediante uma organização própria para compatibilizar suas diferenças internas.

“Nada mais desigual que tratamentos iguais para pessoas diferentes.”
O contrassenso da “Democracia Pura”.
Um conceito que nem mesmo subsiste por si próprio.

A Democracia Plena é uma utopia contraditória que só favorece a corrupção.

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