A sociedade cobra capacidade de comunicação e interatividade social seja no convívio pessoal ou profissional.
Simpatia, capacidade de relacionamento cordial e pacífico começam a despontar
como requisitos com prioridade superior à competência exigida.
A “priori”, soa bem!
Parece o despontar para um novo mundo, onde a paz e o entendimento são as metas
sociais.
Na prática, sabemos bem que as metas sociais subjugam-se às necessidades
existenciais, e estas só têm solução de continuidade mediante a competência em
lidarmos com os desafios da sobrevivência.
No mundo virtual das filmagens, heróis populares despontam nas
telas com os mais variados perfis, desde aqueles que se afastam dessa
interatividade social, como outros cujo relacionamento nada parece com o padrão
desejável, e o sucesso desses heróis vêm mesmo da excelência que sua competência
promove em defesa de nossa subsistência.
Disso, podemos concluir aplausos para dois padrões
antagônicos:
- carisma acima da competência
- competência acima do carisma
Existe, portanto, espaço para ambos, exceto quando o
fisiologismo rege os objetivos sociais de aprovação. Neste caso é melhor se
livrar do herói que põe em risco os interesses de um grupo em detrimento da
preservação do sistema.
Esse é o papel do vilão!
Sempre presente na tela assim como no cotidiano de nossas próprias ações.
Decisões fisiológicas amparam-se na necessidade de fomentar
o “carisma” social como justificativa de apoio às suas estratégias pessoais,
geralmente em detrimento do bem comum.
É comum que uma pessoa buscando excelência em algum processo
seja hostilizada por aqueles que têm algo a perder, mesmo que o bem geral tenha
tudo a ganhar. Nestes casos, a submissão aos propósitos fisiológicos do grupo é
classificada como “capacidade de comunicação e trabalho em grupo”, rotulando o
comportamento adverso como “socialmente inadequado”.
A sociedade constantemente trabalha para amenizar sua
transparência e atender seus interesses pessoais acima dos demais e nisso
resume a disputa mundial que vai degradando o planeta.
Como “parece mais fácil achar um planeta novo que consertar o velho, concertando as propostas que o preservem”, gasta-se mais em pesquisas siderais que projetos de recuperação ambiental, porque sustentar a egolatria está acima do sentido de sobrevivência enquanto temos como sobreviver.
E numa eventual migração do planeta, dificilmente haverá naves para todos, consagrando nosso egoísmo genocida.
Amenidades, termos "socialmente adequados" e outros disfarces utilizados para encobrir disfunções da alma sempre demonstram sua verdadeira natureza pelos resultados que produz, mais cedo ou mais tarde.
Toda fantasia sempre encontra a realidade, mais cedo ou mais tarde.
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