janeiro 21, 2021

Capacidade de Comunicação e Interação Sociais Versus Fisiologismo

 




A sociedade cobra capacidade de comunicação e interatividade social seja no convívio pessoal ou profissional.

Simpatia, capacidade de relacionamento cordial e pacífico começam a despontar como requisitos com prioridade superior à competência exigida.


A “priori”, soa bem!
Parece o despontar para um novo mundo, onde a paz e o entendimento são as metas sociais.

Na prática, sabemos bem que as metas sociais subjugam-se às necessidades existenciais, e estas só têm solução de continuidade mediante a competência em lidarmos com os desafios da sobrevivência.

No mundo virtual das filmagens, heróis populares despontam nas telas com os mais variados perfis, desde aqueles que se afastam dessa interatividade social, como outros cujo relacionamento nada parece com o padrão desejável, e o sucesso desses heróis vêm mesmo da excelência que sua competência promove em defesa de nossa subsistência.

Disso, podemos concluir aplausos para dois padrões antagônicos:
- carisma acima da competência
- competência acima do carisma

Existe, portanto, espaço para ambos, exceto quando o fisiologismo rege os objetivos sociais de aprovação. Neste caso é melhor se livrar do herói que põe em risco os interesses de um grupo em detrimento da preservação do sistema.

Esse é o papel do vilão!
Sempre presente na tela assim como no cotidiano de nossas próprias ações.

Decisões fisiológicas amparam-se na necessidade de fomentar o “carisma” social como justificativa de apoio às suas estratégias pessoais, geralmente em detrimento do bem comum.

É comum que uma pessoa buscando excelência em algum processo seja hostilizada por aqueles que têm algo a perder, mesmo que o bem geral tenha tudo a ganhar. Nestes casos, a submissão aos propósitos fisiológicos do grupo é classificada como “capacidade de comunicação e trabalho em grupo”, rotulando o comportamento adverso como “socialmente inadequado”.

A sociedade constantemente trabalha para amenizar sua transparência e atender seus interesses pessoais acima dos demais e nisso resume a disputa mundial que vai degradando o planeta.

Como “parece mais fácil achar um planeta novo que consertar o velho, concertando as propostas que o preservem”, gasta-se mais em pesquisas siderais que projetos de recuperação ambiental, porque sustentar a egolatria está acima do sentido de sobrevivência enquanto temos como sobreviver.

E numa eventual migração do planeta, dificilmente haverá naves para todos, consagrando nosso egoísmo genocida.

Amenidades, termos "socialmente adequados" e outros disfarces utilizados para encobrir disfunções da alma sempre demonstram sua verdadeira natureza pelos resultados que produz, mais cedo ou mais tarde.


Toda fantasia sempre encontra a realidade, mais cedo ou mais tarde.


 

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