É mais um exemplo de radicalismo o recente massacre ocorrido em Buffalo (EUA), onde um atirador disparou contra as pessoas no supermercado motivado por crenças supremacistas adotadas por Republicanos nos EUA, atualmente partido de extrema direita, que tornou-se ainda mais exacerbado depois de Trump.
Segundo o noticiário internacional, o autor do ataque motivou-se pela "doutrina da substituição", cujo autor Camus é um escritor militante da esquerda cultural da França na década de 60 e teórico usado pelos supremacistas brancos.
Como tem sido constantemente frisado neste site, os extremos se confundem, e os fatos vão comprovando e falando por si.
EUA, um país consagradamente democrático e anticomunista, acaba contaminado por doutrinas de esquerda ameaçando o "país da liberdade democrática mundial" que moveu e move "céus e terras" para protegê-la, o que "justificou" a sua participação nas guerras da Coréia e do Vietnã.
No Brasil, a extrema direita é hoje representada por Bolsonaro.
Da primeira lição aprendida com o cenário mundial conclui-se que extrema direita acaba trilhando os descaminhos da esquerda.
É uma pena que tantas pessoas ainda não percebam que a reação de rejeição aos partidos de esquerda, atualmente representados por Lula, acabe por atirá-los em solução cujo "tiro pode sair pela culatra" — expressão à gosto do clima belicoso do "Partido Bolsonaro", já que ele não tem partido, mas o partido que o tem, o que é comum aos partidos de extrema direita, a exemplo do "Partido dos Trabalhadores Alemães (Deutsches Arbeit Partei, ou DAP)", como era denominado o partido no início da carreira de Hitler durante suas campanhas eleitorais na Alemanha, e que posteriormente evoluiu para o partido nazista quando então o partido passou a ser o próprio "Hitler", como ocorre nos casos dos ditadores onde o "partido que o tem", já que o ditador é o partido.
O leitor se for atencioso, irá conectando os pontos que formarão a imagem das possibilidades brasileiras.
Outro tópico interessante, que vai se encaixando na sequência da degradação da democracia no mundo, é o exemplo do que ocorreu na Rússia, publicado ainda hoje (17/05/2022) na BBC, onde um coronel aposentado expõe a realidade da delicada posição militar da "operação especial russa", conforme eles denominam por lá, furando o bloqueio de informações imposto por Putin através de forte censura que mantém o povo desinformado, buscando fazê-lo acreditar que a Rússia está sob a ameaça mundial, ou seja, o contrário da realidade imposta pelos fatos pois a Rússia que representa a ameaça como o país agressor ao invadir seu vizinho na esperança de uma conquista fácil, relâmpago, como aquela em que Israel se consagrou na guerra de 6 dias (Six-Day War).
É notável a coragem desse militar aposentado e a forma educada e sagaz com que vai se opondo à apresentadora daquele programa semanal russo de 60 minutos, buscando mostrar e sinalizar ao povo russo que as coisas não são bem assim como o governo tem noticiado, driblando a apresentadora que vai visivelmente apresentando tom de voz e expressão agressivas.
Desse exemplo, podemos tirar mais outra lição de um tópico tão cabalmente ilustrativo:
Não acreditar necessariamente naquilo que um governo publica, principalmente quando tem veia ditatorial e extremista, mesmo disfarçado em governo eleito pelo povo, já que isso não serve de base uma vez que Putin foi eleito pelo povo, Hitler foi eleito pelo povo, e assim por diante, uma vez que o povo não sabe bem o que elege já que uma boa parte dele não condiz com o perfil necessário para avaliar adequadamente a escolha do líder de uma nação.
O exemplo russo serve para qualquer país, inclusive o Brasil.
Acreditar em propagandas governamentais é um sinal de desinformação cultural, ingenuidade e falta do conhecimento contemporâneo para entender o contexto do país onde se vive.
A solução para a desinformação é o cruzamento de informações através do maior número de fontes possível e mesmo assim, sempre paira no ar a necessidade da comprovação pelos fatos posteriores que irão reafirmando ou desmentindo as informações que vamos colhendo.
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