1° Revisão
Quando
entrei no Gmail, na minha caixa pessoal, havia o seguinte aviso:
A image da comunicação foi posta aqui, porque por alguma razão o "Blogger" não aceitou.
Confesso
que parei para decidir se iria ou não habilitar o serviço.
As facilidades que a IA oferece são tentadoras.
Muito, muito tentadoras!
Então comecei a pensar como alguém em frente de uma vitrina babando pela
mercadoria ali exposta, um de seus sonhos de consumo enquanto decide se compra
ou não.
Neste momento particular imaginamos em nossos sonhos dourados todas as
vantagens que vamos colher da nova aquisição, colocando em segundo lugar tudo o
mais, porque o sentimento do momento, preso do ímpeto do desejo reprimido, não
vê outra coisa que a própria satisfação.
A realidade vem depois, quando a fatura do cartão de crédito chega, ou pelo uso
quando caímos na real e descobrimos que não era tudo aquilo que imaginávamos.
Um dos sonhos mais almejados, acredito por todos nós, é achar as coisas que
guardamos em um local, de preferência bem “facilzinho” que acaba virando uma
bagunça pela quantidade de coisas acumuladas, uma quase “caixa de pandora”, mas
que pelo menos nos conforta com a sensação que não está perdido. Está lá, em
algum lugar, mas está lá.
Quando eu tiver tempo eu procuro... 😊 Um dia!...
IA tem o poder de facilitar a busca achando aquelas coisas que às vezes, de tão
difícil, pensamos que perdemos, sem contar com o tempo gasto na procura.
IA também tem o poder de sumarizar, agregar e no futuro, certamente poderá até
dar alguma organização à nossa bagunça.
Esses são os pontos positivos.
Babei!
E você, não?!
Analisando
pelo lado positivo, resta analisar pelo outro lado, como sempre “girando o
cubo” das perspectivas possíveis.
IA também
pode extrair perfis, selecionar dados pessoais, capturar uma série de
informações que nem mesmo o seu amigo mais íntimo conheceria.
Habilitar IA vasculhar seus documentos e e-mails é o suicídio da privacidade,
porque IA não oferece segurança, ao menos por enquanto, mas certamente vão
começar a oferece-la como se fosse real. Fala sério!!! (depois eu explico em outro post o porquê!,
me lembra de escrevê-lo 😊)
O ponto fraco de habilitar IA em nossos documentos é que geralmente pensamos
que não temos nada a esconder ou proteger, mas... o tempo passa... você esquece
que seu “fofoqueiro virtual” está lá, usando todo o poder de sua inteligência
digital para levar todas as informações para seja lá quem for, que só Deus sabe
quem e com que intenções estão coletando hoje e que poderão mudar amanhã. Sabe
como é, né! Grana é grana!!!
A gente esquece, e como não temos meios de controlar tudo, porque pelo hábito
vamos informando o nosso e-mail em mil lugares e para mil pessoas. Nem sabemos
ao certo para que repassamos nosso e-mail, ou nossos e-mails.
Então você resolve criar um e-mail privativo, mas e os e-mails antigos quando
você nem pensava em tudo isso?!
Então vamos inverter, vamos usar o velho para o privativo!
Sem chance, né!!! (precisa explicar?)
A questão é que não tem jeito.
E-mail é privativo por natureza.
Muita coisa que chega não é, mas outras podem ser...
Seus documentos pessoais também.
Quanto a estes você pode até criar uma pasta local, ou na nuvem, para deixar lá
o que não deve ser compartilhado.
A questão é:
“Você nunca vai falhar na sua organização?”
Eu
particularmente, pela experiência acumulada em mais de 30 anos usando máquinas
digitais para guardar tudo, porque abandonei o papel desde a década de 90
(acredite se quiser, mas pode acreditar), quando naquela época tínhamos
tijolões (aqueles telefones móveis pesadões com bateria enormes) e “3Com”, um
aparelho parecido com o celular de hoje, mas que não tinha telefonia embutida,
apenas as funcionalidade de arquivar informações de forma parecida àquela que
usamos hoje, mas sem serviço de nuvem.
Nunca me arrependi por ter abandonado o papel, porque achar informação numa
agenda ou papéis soltos, formando grandes arquivos de pastas suspensas, era
simplesmente um pesadelo.
O lado negativo é que de vez em quando eu preciso escrever um pouco e treinar a
minha assinatura, porque a mão ficou tão viciada em digitar depois de tanto
tempo sem escrever, que quando escrevo parece uma experiência nova! Surreal
né?!
Eu olho para uma caneta daquelas com tinta, não aquela que usamos nos recursos
digitais, e parece algo antigo, muito antigo, mas que eu gosto, tenho carinho e
até tento encontrar uso para elas...
Com essa experiência de digitalização eu aprendi que não há como a gente não
falhar em nossas organizações pessoais, mesmo porque o modo de organizar muda
com o tempo, seja por necessidades diferentes, ou através de uma forma nova de
ver as coisas por outras perspectivas.
O leitor pode acreditar nisso porque minha obsessão em como organizar as minhas
informações levaram-me a criar uma app para isso, o drillback. Logo, logo
disponível ao público.
Quanto à
minha experiência com IA, começou a 20 anos atrás quando me formei com uma tese
individual na área.
Contei a minha experiência porque os leitores jovens tendem a imaginar a
necessidade que defini o hoje como algo estático. Só o tempo mostra que somos
mutáveis, e, portanto, evolutivos.
Uma coisa é certa: as coisas mudam.
A vida não é estática.
Amém!!!
E a morte é
renovação, transposição para um novo estágio de aprendizado, e nunca o fim!
Melhor
que duvidar, é alegrar-se com isso.
Sua alma nunca deixará de existir e evoluir.
Então pense muito bem antes de ir habilitando serviços de IA que trazem a
materialização de um sonho à primeira vista e o pesadelo da arapuca amanhã pela
da perda de individualidade a longo prazo, cuja necessidade de preservá-la só
vai descobrir quando será tarde demais.
A gente nunca sabe na vida quando a individualidade pode se tornar uma benção,
ou mesmo um bote salva-vidas.
Eu não habilitei IA em meus documentos e e-mails, e jamais vou habilitar, mas ainda
assim não me sinto seguro.
Por que?
E se formos “habilitados”, queiramos ou não??!!
Acredito que estejamos vivendo o fim de uma era com alguma privacidade digital.
A pressão política, econômica e social por medidas preventivas de segurança
certamente irão mudar as regras de hoje que ainda adicionam alguma segurança.
Hoje, você dirigi seu carro digitalizado.
A IA, se vacilar, poderá ser dona da sua vida pessoal, e seu celular rastreando
tudo.
Uauuuu! Você virou uma marionete, porque tendo tanta informação será muito fácil
manipular você e os seus.
A vida
privada retornará àqueles que presam a liberdade fora do mundo digital.
Carros não digitalizados, originalmente ou não.
Sistemas de informação desconectados.
Sistemas de informação conectados por computação quântica reunindo um volume de
dados de segurança brutal em substituição às senhas, constantemente alterados,
algo que nossas máquinas populares ainda não podem fazer.
Enquanto isso, na transição em os dois mundos, do digital para o quântico,
preserve-se o quanto puder, porque ninguém “pode com o amanhã e as suas
surpresas”.
Apesar disso tudo, eu amo IA, mas é como mulher bonita!
Fica esperto!
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