outubro 21, 2017

A ignorância é uma benção ilusória.






Um interessante artigo sobre efeitos colaterais da inteligência finaliza assim:

De acordo com o estudo, isso acontece pois quanto mais inteligente, maior é seu nível de consciência sobre o que acontece ao seu redor. Assim, reagem mais sobre o que acontece no ambiente em que vivem, desencadeando em hiperatividade do sistema nervoso central. É a comprovação científica de que a ignorância é uma benção.
Se você se sentiu ameaçado com os efeitos negativos do seu espetacular nível de inteligência, o físico Stephen Hawking te dá mais um motivo para ficar para baixo. De acordo com ele, pessoas que se gabam de seu QI alto são, na realidade, perdedores.

Fonte:
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/10/estudo-revela-desvantagens-de-ser-muito-inteligente.html


A priore parece real que "ignorância seja uma benção", mas que pode custar caro, até mesmo o preço do sentido de viver.

Ter "orgulho da própria ignorância" ou "gabar-se do grande conhecimento" são equivalentes.

E buscar a comodidade pela indiferença é uma forma de alimentar a própria ignorância.

Grande parte da população brasileira é manipulada pela própria ignorância, e não me refiro apenas ao conhecimento formal, mas também quanto à consciência contextual do momento em que vive, econômico, social e político.

Esse mal não é exclusivo do Brasil, mas comum às populações da maioria das civilizações modernas.


É através da ignorância que um povo perde sua liberdade.
É através da consciência e da coragem que um povo se mantém livre.

A ignorância não é uma benção, mas um engodo que sufoca seu portador e o conduz à escravidão.

Quanto mais adiantada torna-se a sociedade, maior o volume de informação.
Quanto maior o volume de informação, maior o desafio de vencer a própria ignorância, maior a sensação de ignorar tudo o que precisaríamos saber.

As escolhas se tornam mais críticas à medida que a privacidade pessoal definha no ocaso da liberdade como um dia chegamos a conhecer.

A evolução em busca de conforto e controle acabam conduzindo o ser humano pela percepção de depender cada vez mais do seu comportamento ético que intelectual, se quiser preservar algum sentido de vida em viver.

Um paradoxo que parece refletir a inteligência suprema que rege o Universo.

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