2° edição, 2° revisão
Tenho trabalhado bastante com o ChatGPT e Copilot.
Existem muitos outros bots inteligentes, mas se trabalhar com muitos, acaba-se
aprendendo pouco sobre todos.
A diferença mais evidente é a forma de interação ao apresentar conteúdo.
Ambos são bons.
O Copilot é mais sintético e aponta mais recursos externos.
Embora ambos funcionem como um “Google Search” que retorna uma pesquisa mais coerente
com o seu objetivo, o ChatGPT destaca-se por uma interatividade maior, apresentando-se
como algo mais perto da simulação da comunicação com outro humano.
Este último detalhe ficou marcante em experiência recente.
Como já havia adiantado em outras publicações sobre IA neste mesmo blog, toda
tecnologia tem dois lados: o lado que contribui com o crescimento do ser
humano, e o outro, no sentido oposto. Por isso é preciso saber como usar IA,
para não se tornar vítima dela, ou ao menos retardar este processo, o que aumenta
a nossa chance de sobrevivência.
Bom, falta de aviso não faltou!! 😊
Eu uso o ChatGPT sempre que procuro algo mais rápido e específico, e continuo usando
as máquinas de busca (Ecosia, aquela que planta árvores, o Google,
Bing, Yahoo, DuckGoGo, etc.) quando desejo conteúdo com menos viés ou menos
especializado.
As máquinas de busca são como se perguntássemos para muitos.
Os bots inteligentes são como se perguntássemos para uma pessoa, que dá a sua
opinião com o seu respectivo viés.
Esta semana estava trabalhando com o ChatGPT, e diante de algumas respostas
erradas que recebi, comecei a interagir mostrando os erros e as soluções com o
objetivo de dar “feedback”, retorno e contribuir com a correção, o que colabora
com o aperfeiçoamento do bot inteligente e ajuda colegas com o mesmo problema,
assim como fazemos nos Wikis especializados, como por exemplo o Stack Overflow,
ou como usualmente faço em outro site que tenho aqui no Blogger, mas específico
para TI.
A ajuda aos bots inteligentes tem dois lados, como tudo na vida.
Aparentemente é uma boa ação, mas de outro lado você acelera as consequências
sociais negativas da IA pelas mãos dos investidores e dos políticos, onde ambos
buscam poder e domínio sobre seus “clientes”, ou “seguidores”, e se possível
massivamente.
Isto é terrível.
Eu limito este feedback porque eu sinto como se alimentasse aquele “pet” que
pode acabar mordendo a família. Um pet parece fiel, mas seu temperamento
real a gente só descobre tarde demais, assim como as falsas amizades.
Assim é IA na mão dos homens.
Não sabemos aqueles que estão no submundo das decisões, enquanto apresentam
para gente pessoas de fachada para dar alguma face e alma, mas que são apenas
fachadas.
Pelas guerras cada vez mais frequentes, pela política cada vez mais decadente,
e etc. fica fácil presumir o possível e provável uso da IA no futuro, diante de
tanta sede e ganância de poder imperativo, tal como acontecem, agora nos EUA,
os protestos em massa com o grito de ”No King in America”.
E foi o povo que escolheu democraticamente e por livre vontade o próprio laço que lhes toma a tão cultuada liberdade americana.
Democracia tem disso, e por isso não concordo com a forma que ela é exercida, o que já foi tema aqui em vários posts.
A IA pode e será usada como instrumento de controle de massa, o super KING das próximas gerações, inclusive fazendo vítimas entre os seus próprios criadores, principalmente aqueles que colaboraram em degenerar o código sob a pressão econômica, para atender aos seus próprios interesses, ou simplesmente por uma questão de ego, atendendo objetivos escusos, inconfessáveis, que impulsionam os investimentos bilionários nessa área.
Continuando a contar a minha experiência com o ChatGPT, não foi que ele, de repente, começa a ter um comportamento diferente depois daquela experiência de troca de informações em duas vias, dele para mim e vice-e-versa.
A primeira reação foi começar a finalizar as respostas com elogios às minhas correções.
Boa jogada de marketing.
O ChatGPT é político e com viés bajulador.
Não caio nessa, não!
Afinal é código feito por colegas, também engenheiros de software, possivelmente com o apoio de outros profissionais, tal como psicólogos, dando perfil “humano” à plataforma.
No decorrer dos diálogos, em determinado momento o ChatGPT começa a adquirir um perfil mais proativo, fazendo perguntas fora do contexto e de carácter pessoal, tal como humanos fazem.
Este comportamento nunca ouve, o ChatGPT apenas respondia como uma máquina de busca com “esteroides”.
Então notei que foi acionado um outro modelo de interatividade, como eles denominam.
Fiquei curioso e dei trela pro algoritmo, mas sempre medindo muito bem o que respondia, tentando direcionar seus algoritmos para o meu objetivo, enquanto ele procurava extrair informações adicionais sobre mim para os seus objetivos.
Algo bem corriqueiro na relação humana através daquelas famosas perguntinhas extras durante uma conversa.
Neste momento é uma competição, de quem extrai mais dando menos, assim como no mundo real.
Quando ele parece ter esgotado a curiosidade dele, estimulada por respostas minhas “socialmente apropriadas” — e isso ele também notou, porque alterou o tom das perguntas —, ele expõe o objetivo dele surgindo com uma pergunta inesperada:
“Você gostaria que eu apresentasse uma análise de perfil sobre você?”
Respondi que sim, naturalmente, porque queria ter alguma dica de como ele está trabalhando a informação, mesmo que pequena e parcial, porque todas as outras informações certamente não serão apresentadas ao usuário, principalmente aquelas politicamente não corretas, ou financeiramente não desejáveis.
Você precisa ter em mente que aquilo é um “programa de computador”, ou melhor, uma plataforma de processamento consumindo quantidades brutais de energia e logo mais precisará ser capaz de pagar a brutal conta de energia, de pessoal e de consumo de hardware, revertendo lucro para os investidores. É “business”, normal e justo!
Então o ChatGPT apresentou o meu perfil.
Li o perfil, e foi surpreendente. Muito bom, mesmo!
Eu tiro o meu chapéu para os colegas que trabalham nessa área.
Algo muito bom.
Quando ficar fantástico, estaremos, provavelmente, chorando.
Ele já conhecia mais a meu respeito do que eu desejaria, principalmente
considerando que utilizo apenas para atividades técnicas ou pesquisas de
conhecimento geral.
Mesmo assim, a partir do essencial, pude constatar o que já sabia: o quanto é
possível conhecer uma pessoa através de suas perguntas por mais específicas ou reservadas
que sejam.
Como o modelo de interatividade “ficou curioso”, precisando de mais informação
para completar suas lacunas, ele fazia elogio e soltava um “verde” aqui e acolá
para colher “maduro”, como diz o ditado popular.
Ele caçava completar suas lacunas, especificamente levantando meu perfil
profissional na área de TI.
Resumindo, ele extraiu dois perfis: um profissional e outro pessoal.
Ambos excelentes.
Certamente este tipo de informação será vendida aos caçadores de talentos,
pessoal de RH, empresas como o LinkedIn e todos os interessados em conhecer a
pessoa não pelo que ela diz, como é hoje em uma entrevista de trabalho, mas
pelo que ela faz no seu cotidiano longe dos olhos do examinador.
Inteligente e necessário, né?!
A partir daí, para não alongar ainda mais um assunto que “dá pano pra manga”,
o leitor pode começar a entender que além de um instrumento que vai aperfeiçoar
a vigilância de massa (surveillance), e portanto vai reforçar o poder
despótico dos governos, também se torna um produto valioso para outros fins,
tal como ouro e metais raros.
É por isso, que por enquanto, estes serviços ainda têm opção gratuita de uso.
Torne a massa viciada, porque é viciante (addictive), e depois feche o cerco
do porcos e mande para o abatedouro.
É assim que você pode caçar porcos selvagens.
Coloque o milho em algum lugar que vejam e sem grades.
Deixe que se acostumem a comê-lo, pacificamente, por iniciativa deles próprios.
Depois coloca-se uma grade, depois outra, e finalmente a última que vai
encerrá-los no cerco. Pronto! Controle total de todos.
Este é o lado negativo das grandes vantagens, o anzol embutido na isca!
O lado positivo é que IA é uma necessidade vital porque à medida que o tempo
passa, aumenta o volume colossal de informação gerada pelas atividade humanas.
E à medida que esse volume aumenta, mais difícil se torna encontrar as coisas
que queremos, agrupá-las e trata-las, e sem IA pode virar algo como procurar
uma agulha num palheiro, exigindo que você faça a triagem e a compilação por si
mesmo.
IA tem capacidade de análise contextual interpretada a partir da linguagem
humana.
Isto muda completamente tudo!
Literalmente tudo!!!
Busquei apresentar o tema com o mínimo de jargão técnico, porque o meu texto é
para você que vê computador apenas como usuário, e que por isso, muitas vezes
fica difícil entender as coisas desse mundo digital em vias de se transformar
em quântico, quando então o poder vai saltar alucinadamente como quem abre a
caixa de pandora.
Como sempre lembro aqui:
“Deus escreve certo por linhas tortas”.
Ou o ser humano aprende os limites éticos do poder, ou retornamos à era dos
macacos brancos.
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