Este post é fruto de uma asserção de uma querida amiga católica que afirmou que reencarnacionistas não são cristãos.
Em parte ela está certa, porque nem toda crença "reencarnacionista" necessariamente adota "Jesus Cristo" como seu líder religioso.
Ocorre contudo, que isso aplicado no Brasil, tem cunho diverso, já que a maioria dos reencarnacionistas acreditam fundamentalmente em Jesus Cristo como um espírito da mais alta hierarquia moral, carregando um conhecimento estraordinário, que viveu o que acreditava até as últimas consequências, até seu último suspiro.
Aqui transcrevo a resposta que compartilho na rede, e que pode ser útil a muitos outros.
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Vi o link que carinhosamente me enviou.
Obrigado.
Aqui vai a minha opinião.
Pela descrição que fez da sua vivência de espiritismo, vejo que tem pouca experiência sobre esse assunto, o espiritismo, daí seu desconhecimento sobre o mesmo.
O padre, em seu vídeo, cria uma definição própria para cristão e cristianismo, como se os católicos, ou mesmo a Igreja, pudessem possuir a propriedade sobre este assunto, ou seja, sobre Cristo.
Como Cristo veio para todos, e viveu no meio dos gentios, acredito que esse sentimento de tomar para si o direito de definir algo que não lhe pertence é bastante inadequado.
Cristo é uma figura pública e o conceito de cristianismo, por conseguinte, também o é.
Existem outras definições para Cristianismo, mais humanas, mais ecumênicas e que refletem melhor o espírito do cristianismo de acordo com os ensinamentos de Jesus.
Eu particularmente adoto aquela definição que diz que Cristão é todo aquele que crê em Jesus Cristo, independentemente das diferentes formas em que a fé se manifeste.
Simples Assim!
Todos os Kardecistas, independentemente do que o padre possa supor, amam e veneram profundamente o maior de todos os mestres, "Jesus Cristo", intensivamente divulgado em sua literatura.
Jesus, como sabe, viveu entre os gentios e combateu manifestações dessa natureza, que sugerem castas, sentido de posse ou propriedade e outras manifestações inadequadas com a sua grande mensagem de amor ao próximo e confraternização.
Eu não vejo isso na postura desajeitada desse padre.
Pelo contrário, é incoerente com o espírito do próprio Cristianismo.
Nenhum credo, seja o Católico ou qualquer outro, possui o direito à propriedade sobre tais definições, mesmo porque o Catolicismo só surgiu bem depois da morte de Cristo, assim como as outras religiões.
Portanto, nenhuma Igreja, de qualquer credo, detém qualquer privilégio ou propriedade.
Eu sou cristão, porque acredito em Cristo.
E não é um padre, uma congregação, uma Igreja, que tem a autoridade para definir o que sou, exceto Deus e as nossas próprias consciências, pois a seu exemplo, eu também escolhi livremente no que acreditar.
Por isso, devido a essa incoerência de atitude com o espírito de fraternidade pregado por Cristo, que eu venha a concluir que a mesma seja fruto de "desconhecimento".
Como disse, não me queira mal pela sinceridade em resposta à sua própria sinceridade.
Acho legal a gente conhecer pontos de vistas, cada um preservando o seu, desde que se evite afirmar coisas que firam e suscetibilizem o próximo, tal como essa definição "inadequada" sobre o Cristianismo, porque isso não é uma atitude aconselhável, bonita e nem mesmo reflete o espírito cristão.
Por isso, eu respeito todos que acreditem no Cristo, ou no bem, e que em síntese procurem "amar ao próximo como a si mesmos".
O resto é menos importante! :-)
Recebi a sua opinião e te agradeço pela atenção.
Em resposta, apresentei também a minha.
Bacana isso!
Abraço!
Deus te abençoe e certamente está.
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