setembro 16, 2018

O Risco da Extrema Direita como Estratégia Para Conter a Extrema Esquerda





Dr. Ciclano, meu querido amigo!



Espero, e muito sinceramente mesmo, que se havendo uma eventual vitória de Bolsonaro, que seu governo consiga ser suficientemente bom para reverter a opinião pública, revertendo também o quadro descrito no post anterior.

A maioria dos partidos são de esquerda ou com viés de esquerda.

Um governo não governa sem apoio.

Negociação significa mais conluio, porque ninguém mistura água com óleo sem um tensoativo ($$$).
O spread será altíssimo, e diante da uma alta taxa de risco, uma eventual reincidência de falha da direita, e diga-se de passagem, extrema direita, mergulhará o Brasil em total decepção e desesperança, arremetendo o povo definitivamente aos braços da esquerda.

A retrospectiva feita no post, deixa claro que a esquerda cresce à sombra das falhas da direita, bafejada em sua estreia pelo vento da sorte.

Neste cálculo de risco, deve-se também incluir que será necessário que a extrema direita também venha a contar com a mesma sorte que o primeiro governo de esquerda teve, onde o panorama econômico interno e internacional comungaram para o melhor.



É uma estratégia, sem dúvida, de muito, muito risco...

Sinceramente, diante de tanto risco, meu coração verde, azul e amarelo, preferiria que, decepção por decepção, houvesse a população decepcionar-se com a esquerda, não a esquerda de Lula neste momento, antes que com a extrema direita, de modo a enfraquecer essa eufórica ilusão pela conscientização de um movimento que vive das boas lembranças da sorte e mal conhece as agruras das vicissitudes, já que mais contestou, protestou e criticou do que governou, e quando o fez, mergulhou o país na corrupção tão intensamente; demonstrações estas ainda assim insuficientes para uma população com tendência à idolatria, ou seja, onde a fé, a empatia e o carisma superam a capacidade de racionalizar, levando pessoas às venerações cegas até mesmo às evidências mais contundentes, a ponto de rejeitá-las como inverdades.


O “cenário Brasil” atual é delicado e reúne todas as condições que atiraram seu povo em regimes esquerdistas totalitários, levado pela devoção ao seu líder, mais do que pela capacidade de decidir pela razão encharcada de decepção.


A melhor estratégia reúne oferecer a experiência que conscientiza, no lugar daquela que se opõe radicalmente, acirrando ânimos, mesmo diante de uma vitória, que também será negada a exemplo da corrução que insistem ignorar.


Não existe muita virtude nos extremos.

In medio stat virtus.







PUBLICAÇÃO UOL - A GUERRA POLÍTICA E FAKE NEWS



O UOL publicou hoje uma pesquisa feita sobre as "Fake News" e a estratégia de guerra política na polarização partidária. UOL Fake News e guerra política e [des]informação Por volta de uma semana atrás, publiquei dois posts no meu blog procurando mostrar os riscos da polarização entre esquerda e direita. Houve gente que até negou essa polarização, seja por incapacidade de percepção ou má fé. Outros a defenderam... É bom lembrar que os extremos conduzem às situações extremas. Em 16/09/2018 - O Risco da Extrema Direita como Estratégia Para Conter a Extrema Esquerda Em 15/09/2018 - Um Resumo Para Entender o Brasil das “Eleições 2018” de Uma Forma Simples e Seu Possível Futuro...

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