setembro 04, 2022

Na Mão Suprema, o Mal Converte-se em Bem






Diante de tantos eventos negativos, certamente todos nós já experimentamos a tristeza ou a depressão querendo alimentar a desesperança em nossos corações, quando nos perguntamos "o que será do futuro, dos filhos, da coletividade?...".


Na mão do Supremo, o Mal converte-se em Bem!
...porém cobra seu preço em sofrimento.


Olhando o passado, através de seus eventos, fica mais fácil alimentar a certeza que o mal é autodestrutivo, e portanto, temporário.
Ele parece eterno por estar indefinidamente em nossas vidas, mas na verdade o mal é como sementes doentias que logo são transformadas lá na frente em colheitas proveitosas.

A sensação de "eternidade" do mal e de seu aparente "poder" não vem da sua natureza, mas da sua repetição frequente, porque ainda precisamos caminhar mais pelas tentativas inadequadas que por aquelas melhores que serão o nosso cotidiano assim que atingirmos um grau de lucidez maior. Então, neste momento, o mal será como uma ocorrência espúria em nossas vidas, um obstáculo menor.

O mal não se sustenta por si mesmo, por isso precisa repetir-se como forma de sobrevivência.
Os eventos mostram isso. Vejamos alguns dos mais famosos pela repercussão que tiveram.

Quando pensamos na colonização da Índia pelo Império Britânico, podemos ver dois lados.

A colonização de um povo sobre outro geralmente é imposta, o que gera subserviência e leniência à cultura estrangeira. É uma forma de escravidão mais amena, onde os grilhões não forjam a liberdade individual mas ainda impõem que o coletivo seja um provedor de recursos dos colonizadores, portanto atendendo antes aos interesses destes.

A cultura indiana era muito distante da ocidental. Isso não é um problema, mas reduz a interação entre elas.
Hoje, os hindus têm o inglês como o seu segundo idioma.
O idioma, que antes era barreira, hoje é o meio que provê benefícios de aproximação e cooperação mútuas.
Seus hábitos e cultura mesclaram, enriquecendo-os, e portanto tornaram-se mais próximos das vantagens que a cultura ocidental tem por oferecer, somando-se àquelas da oriental.
Todas as partes ganham.


Outro exemplo de carácter global — Hitler!!


Uma catástrofe para o mundo e para a Alemanha que amargou, e que ainda amarga, os resquícios de seus excessos.

Nasceu de uma justificativa genuína que buscava retomar a dignidade do povo alemão, entretanto, foi transformada pelo ódio em ferramenta de sua própria desgraça pelos excessos e desrespeito de toda ordem onde a vida humana resumia-se a números.

O mundo conheceu a consequência do despotismo fanático.
Ao que parece, contudo, essa experiência ainda é insuficiente para evitarmos tais excessos definitivamente.

Continuamos alimentando polarizações exacerbadas e políticas despóticas sustentadas por aqueles que tiram vantagem da ignorância e da incapacidade de lembrança da maioria, consagrada pelo povo que não pode acumular o conhecimento necessário para entender melhor o mundo em que vive, e portanto vive à deriva da mentira.

O mundo, entretanto, diante do esforço de guerra na busca de se proteger da grave ameaça, promoveu  um avanço acelerado pelas necessidades competitivas que esta impõe através do engenho humano que não poupou esforços.

Nasce a utilização do computador ainda em seus estágios iniciais, porém ainda sim melhor do que havia à época, como uma máquina mais veloz para quebrar os códigos das comunicações inimigas. Tivemos o radar, o sonar e tantos outros feitos da engenharia, incluindo os foguetes desenvolvidos na Alemanha nazista por Wernhen von Braun, que mais tarde migrou para os EUA dando impulso à NASA.

A mesma semente que buscava destruir a Inglaterra e mudar o curso da história (essa foi uma das últimas esperanças do sonho de Hitler), tornou-se a semente que fomentou, nas mãos certas, o progresso tecnológico que expande os horizontes do homem além dos céus em que nasceu.


Putin


A Ucrânia representa um marco no nosso milênio, quando um povo torna-se disposto a doar a vida em troca de sustentar sua identidade patriótica, colocando um ponto final na crença que a conquista pelas armas, por si só, seja suficiente para expandir fronteiras. Tudo isso ao custo de muito sofrimento e muitas vidas.

Os EUA e os países aliados no esforço de apoio à Ucrânia, agora mais maduros pelas experiências anteriores acumuladas em suas incursões orientais, souberam conter-se, sem contudo omitir-se. 
Apoio que um povo fez e faz por merecer através da sua determinação e resistência.

Uma OTAN desprestigiada e questionada quanto à possibilidade de sua substituição por algo mais europeu através de proposta do presidente francês Macron, acabou revertendo a tendência sectarista em processo de percepção da necessidade de aumentar esforços europeus e americanos conjuntos.

Reviveu, energizando o conceito comum que as nações europeias e americanas têm sobre liberdade, respeito e proteção, fazendo renascer a Fênix da união ainda mais forte e consciente da sua necessidade de unir esforços em torno de um ideal único que vai abrir caminho para uma política mundial  e universalista.

É o começo daquele caminho para o futuro longínquo das "federações intergalácticas" através da engenhosidade das ficções, cuja imaginação precoce, porém madura, é capaz de ver o mundo como um processo evolutivo.


Então podemos imaginar...


O "mal" deve carregar um sentimento de frustração tão intenso quanto seu esforço de destruir o bem.

Quanto mais o "mal" apressa seu passo, mais acelera o avanço em direção ao bem, porém não sem cobrar seu pesado tributo em sofrimento.

"Deus escreve certo por linhas tortas."

Este dito remete para alguns dos pensamentos de Gandhi:


"Remember that all through history, there have been tyrants and murderers, and for a time, they seem invincible. But in the end, they always fall. Always."

"Lembre-se que ao longo da história, houve tiranos e assassinos, e por um tempo, eles parecem invencíveis. Mas no final, eles sempre caem. Sempre."







"When I despair, I remember that all through history the was of truth and love have always won."

"Quando me desespero, lembro que ao longo da história a verdade e o amor sempre venceram."



Einstein era um admirador de Gandhi. 
Muitos foram seus comentários de elogio.








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