julho 14, 2023

Justiça Com Imparcialidade: Até Onde É Possível?






Este artigo foi renomeado.
Ele foi criado a partir da análise do "Zum Zum Zum" Sobre Sua Excelência Roberto Barroso do STF.

Sua Excelência, o ministro Roberto Barroso fez declarações e por elas está sendo penalizado.

Justo ou injusto?

Se a sua alma está repleta de ódio, partidarismos político ou extremismos de toda ordem, nem é preciso responder porque a Web está repleta de comentários assim.

A cultura da sociedade apoia a hipocrisia como meio social de convivência e estratégia ética.

Falar explicitamente algo é considerado socialmente inadequado.

O estadunidense é direto, tem essa cultura, diferente de nós, brasileiros, que interpretamos isso como falta de educação, ofença e comportamento inadequado.


É mais do que claro que o STF vem trabalhando no sentido de proteger a democracia de uma tendência não só nossa, aqui do Brasil, mas mundial.
Esta percepção vem melhor detalhada neste post anterior a essa notícia:

Ditadura é Escolha do Povo — Um Anzol Político: Uma Armadilha Fácil de Entrar e Difícil de Sair


Quanto mais extremista é um povo, mais ele se aproxima da ditadura.

Esse é o destino do extremismo.


Todo juiz é antes um cidadão.
Imaginar que um juiz possa julgar isento das suas crenças pessoais, de forma totalmente imparcial, é algo idílico, ingênuo e mesmo surreal.

Você, nos seus julgamentos pessoais do dia a dia, também não consegue desvestir-se de toda a sua cultura e personalidade. Se você o fizesse, então provavelmente não poderia julgar porque sua mente seria um "saco vazio de princípios", e sem princípios ninguém julga.

Você é o conjunto de princípios e crenças (crenças não são arrazoadas, apenas aceitas por um ato de fé pessoal) que regem seu comportamento e ditam suas atitudes.

Podemos exigir de uma corte imparcialidade que não atinja o cerne da sua crença pessoal, pois além disso a imparcialidade exigiria limpar de sua alma quem você mesmo é.


Não faz sentido crucificar Sua Excelência, o ministro Roberto Barroso porque Sua Excelência disse aquilo que todos nós já sabíamos, mas não foi posto de modo explícito.

Este tipo de julgamento é meramente hipócrita, mas difícil de ser visto como tal pois nossa cultura endossa a hipocrisia como uma norma daquilo que é socialmente correto.

Quantas vezes temos que silenciar para não dizer o que todos sabem porque sabemos que se falarmos seremos penalizados?

O STF vem adotando uma tática extrema, bastante questionável, revertendo seus próprios julgamentos com base em provas ilícitas, como foi o caso da anulação de três julgamentos de Lula.

Se provas ilícitas não podem servir para medida processual, a não ser para beneficiar réus, então porque as mesmas não poderiam também servir para a sua condenação? Oras... se são boas para isentar, então não seriam também boas para penalizar?!!

Vê-se que a própria Lei que nos rege vai sendo contaminada de flexibilidades que só atendem aos interesses da criminalidade.

Então?
O Ministro Barroso apenas disse o que todos já sabiam, ao menos àqueles que prestam atenção.


Seria o ministro que deveria ser corrigido ou a situação a que chegamos?






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