agosto 20, 2023

Todos os Caminhos Levam a Roma e Roma Leva à Guerra

 




Eu não sei você, mas acredito que a maioria de nós via a China como um produtor de produtos descartáveis, preços mínimos e qualidade compatível com esse precinho.


Eu não posso deixar de elogiar a estratégia chinesa ao se aproveitar da ambição dos regimes democráticos do mundo capitalista que migraram tecnologia e capital para um país cuja população não tinha trabalho e fazia fila nas portas das empresas que apressadamente iam surgindo com a ajuda do capital externo viabilizado pelo governo chinês, outrora um país com pudores à inicitiva capitalista.

Foi um golpe de mestre da política chinesa buscar aproximar-se do ocidente, um lobo sob a pele de cordeiro na execução de uma plano astuto.

EUA foram um dos patrocinadores do que a China é hoje!

A China devia agradecer a pessoas como "Steve Jobs" cujo amor pelo capital não pensou nas consequências políticas do amanhã, apenas no lucro do agora.

E assim o povo chinês tornou-se um dos maiores consumidores do mundo dos iPhones.


Tudo isto foi ontem!

Hoje, os EUA entenderam o erro e buscam corrigir protegendo seu "know-how" a todo custo, enquanto a China continua trabalhando na sequência desse processo de transferência de tecnologia através da espionagem e novos planos para atrair o capital estrangeiro em fuga desde que ela, a China, deixou a carapuça de lado mostrando a que veio depois da capitalização provida com a ajuda do ocidente.

 Invasão de territórios (Ucrânia e Twaian) e genocídios etnicos diversos, tudo em nome de um regime que presa pela supressão dos direitos individuais até tornar seu cidadão uma mera "galinha poedeira".

Passado o tempo, as ações chinesas e russas vão demonstrando as intenções que souberam disfarçar como "ideologias abandonadas do passados e sucumbidas sob a modernização pela globalização" — uns dos equívocos administrativos cometidos pelos líderes Europeus com a participação ativa de Angela Merkel (ex-chanceler alemã de 2005 to 2021) quando acreditaram que um lobo possa transformar-se em cordeiro.

É o desespero pela solução de matriz energética de menor custo fazendo cerrar os olhos para história e o senso comum sobre a natureza humana que não muda os objetivos de um longo curso histórico. Seria o mesmo que abandonar todos os esforços iniciados por Mao ou Pedro o Grande.

À medida que a Europa acordou de seus sonhos e os EUA de seu encanto pelo business globalizado, despertaram para o pesadelo da realidade que quiseram acreditar fazer parte de uma conjuntura que seria regulada pela interdependência da malha de interação comercial que seria suficientemente forte para sustentar o equilíbrio mínimo que provê a paz mundial em moldes aceitáveis.


Agora chega o momento em que os erros de Xi e o despertar de um mundo mais consciente vão causando à China o revés de seu crescimento pujante, em parte sustentado pela força do ocidente, em parte pela força de trabalho de seu povo aliada a um adequada política econômica de seu governo.


Hoje, a China sufocada pelo desemprego que deixa os jovens à deriva e pela crise imobiliária que desestabiliza sua economia, ao mesmo tempo que ela aumenta os gastos com os preparativos de confrontos bélicos, vai devolvendo de forma indireta aos EUA os favores recebidos de outrora.

Hoje os EUA são um país dividido internamente de forma muito mais intensa e radical, seguindo a tendência do panorama sociopolítico mundial das democracias pela radicalização bipolar. Esquecem, no entanto, que esse país tem uma força extrema quando é capaz de conciliar as diferenças internas unidas por uma necessidade externa maior.

A guerra que tememos para o futuro — que nunca venha acontecer—, de fato recrudesceu, pois nunca deixou de existir nos bastidores econômicos e políticos.

As guerras convencionais pelas armas de destruição são normalmente precedidas pelas econômicas e políticas. E hoje, essa guerra é declarada através de sanções econômicas, protecionismo tecnológico e a reconstrução de alianças amortecidas. Tudo isso com o molho da intimidação sino-russas através de passeios de suas frotas próximo às fronteiras americanas do Alaska e dos sobrevoos de jatos chineses sobre Twaian, sem falar das tradicionais e tão preferidas bombas de Putin sobre a Ucrânia.


Há males que vêm para bem!

De certa forma, a China e a Rússia agora retribuem aos EUA e à Europa o estímulo que receberam para seu crecimento econômico, mediante o retorno à conscientização da importância do crescimento da economia interna de um país em detrimento da economia globalizada e pela ressucitação da necessidade de união de forças politicamente afins (OTAN).

A globalização não é um remédio sem dosagem e deve equilibrar-se com os níveis de sustentação de empregos e desenvolvimento de recursos internos de um país.


Bom, tudo isso reflete o jeitinho chinês e russo de agradecerem, ameaçando fronteiras e a liberdade de seus vizinhos, cujo efeito colateral positivo vai revitalizando os valores ocidentais corrompidos pela economia farta, pela corrupção e pela sustentação dos hábitos que vão gerando o terceiro partido político nascido do tráfico e de qualquer atividade que possa ser exercida pelas regras da criminalidade para a solução da competição econômica via tráfico, extorção, sequestro, assassinatos, etc. É a ditadura no seu mais alto grau de brutalidade.

As projeções feitas em publicações anteriores aqui neste mesmo site, tornam-se uma realidade tangível diante dos últimos acontecimentos no Equador.

O que antes só poucos tinham olhos de ver, agora até os quase cegos podem visualizar, excetos os cegos pela desinformação e ignorância fruto do desinteresse.

Outros países onde o "terceiro poder" já compete com o poder institucional poderão seguir a mesma trajetória desse destino cruel, ou pela metamorfose lenta que vai contaminando seus oponentes, ou pela ruptura abrupta através das armas.

As estratégias são sempre as mesmas.

Ou se toma o poder pela força quando há superioridade, ou mina-se o poder contaminando seus elementos e tornando-os parte do processo que deseja assumir o controle através do estímulo principal que move a sociedade: riqueza material através da inconsciência do egoísmo e cupidez — a corrupção.


Enquanto isso, a democracia não passa de alavanca para o dinheiro que compra a propaganda e ilude o povo independente de sua origem criminosa, fazendo a grande massa servir como trampolim para os seus objetivos.


Eu não acredito em democracia que prega direitos iguais para todos independente da meritocracia.

Ou seja...
"Nada mais desigual que direitos iguais para pessoas diferentes quanto aos esforços, méritos e atitudes".


Equivale a jogar por terra o estímulo ao prêmio pelo esforço, pela vitória através da luta e do sacrifício, nivelando tudo por baixo.

Democracia assim só serve mesmo aos propósitos comunistas, autocráticos, ditatoriais e criminosos que a utilizam como meio para tomar o poder, que tão logo tomado, encerram as pretensões democráticas anulando as eleições.
É como um exército que destrói a ponte após a sua passagem para impedir que o inimigo a use.



Democracia, sim! 
Sempre, mas com meritocracia!

Voto igual para todos, desprestigia o mérito.
Torna-se mercadoria barata, de saldão!

E assim, o cidadão achando-se respeitado pelo direito ao voto indiscriminado vai entregando a sua liberdade aos propósitos opressores pela inconsciência ou incapacidade de distinguir e saber utilizar essa ferramenta — a democracia — com o critério necessário à sua própria proteção, como guardiã de seus direitos.


Então nos perguntamos: 
"Por que o mundo retrocede ao reinado do despotismo pelas mãos da guerra?"

Olhe para o passado e verá que as civilizações onde a ignorância verdejava, cresciam as ervas daninhas da submissão ao despotismo.

Muitos imaginam que a liberdade individual plena é incompatível com o estado de direito coletivo, resultando em anarquia.

O estado de direito individual pleno é compatível com o coletivo quando a compreenção de nossos limites e desse direito tiverem sido equilibrados com os direitos do próximo, quando então, o erro se torna um evento gerado por uma minoria e não uma avalanche de acontecimentos incontroláveis.

No caos, estabelece-se a ditadura como remédio amargo ao retorno da pacificação, mesmo que sob o estilo de poucos com os benefícios maiores a eles próprios.



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