fevereiro 12, 2023

A Fantasia Que Substitui a Compreensão


Como comentei no último post, política caiu numa "mesmice" muito chata (really boring), um repeteco sem imaginação! 

Enquanto o presidente Lula vai à luta para tentar alçar vôo em sua tentativa de projeção internacional às custas de Biden, pois que lhe seria o trampolim para liberar-se dos grilhões do passado através do prestígio internacional, e por conseguinte readquirir o poder que já teve e busca reconquistar, vamos falar de algo realmente novo em nossas vidas e bem mais interessante — Inteligência Artificial.

Li hoje um artigo, enquanto descansava depois do almoço, sobre um assunto que comenta que "cientistas" tinham descoberto capacidades extras de programas de IA (Inteligência Artificial) que não haviam sido programadas.

Coloquei a palavra "cientistas" entre aspas propositalmente, pois duvido que reais cientistas se prestassem a uma reportagem como aquela.

O artigo a que me refiro, está neste link:
Scientists Made a Mind-Bending Discovery About How AI Actually Works

Resumindo o artigo, ele informa que fizeram um experimento com algoritmos de IA e que puderam constatar que a aplicação era capaz de obter resultados sem treinos, ou seja, obter mais capacidade de análise que a esperada.

Trocando em miúdos para o leigo, algoritmos são programas, ou seja, o modo de fazer as coisas em uma aplicação.

A "IA" é normalmente baseada em um algoritmo que necessita de treino, ou seja, é um programa que precisa rodar várias vezes com os dados que queremos que ele "aprenda".

Na verdade, não existe aprendizado no sentido que nós humanos emprestamos.
Buscando simplificar o assunto ao máximo para torná-lo digerível, "aprender" nessa área de IA seria algo como uma equação paramétrica onde você possui pesos, ou seja, variáveis, cujos valores vão sendo ajustadas durante os "treinos" para que a equação funcione.

É algo absolutamente sem vida própria, sem alma alguma.
É uma outra forma de lidar com a matemática, e portanto é algo que pode ser entendido como um programa que tem uma equação que pode ser ajustada para cada caso, e que através dela podemos "reconhecer" padrões e etc.

Então o artigo prossegue adentrando a fantasia do jornalista que pouco ou nada entende do assunto, levando ao texto a conotação de uma "descoberta incrível" o fato daqueles "cientistas" do artigo terem descoberto efeitos colaterais que não haviam sido previstos.

Não dá mesmo para confiar na media, e o leitor hoje fica ainda mais "vendido" e desorientado!

Alguns momentos depois, parei de assistir um filme e decidi escrever algo a respeito.


É bobagem o tom do artigo, e ainda mais, seria bobagem se os "tais cientistas" realmente afirmaram as coisas nesse mesmo tom. Ou o fizeram por ego, aproveitando-se da ignorância de quem iria escrever a reportagem, ou... sinceramente, fica a minha dúvida sobre a competência ou a ética deles.

É corriqueiro na área de programação ter efeitos que não esperávamos, seja a seu favor ou não, com ou sem IA. É por isso que existem os bugs.  :-)

Idealiza-se uma coisa, porém muitas vezes não percebemos outras que são os efeitos secundários ou colaterais.

Isso acontece com todos nós frequentemente, inclusive em nossas vidas pessoais.
Você planeja algo e não percebe que poderá ter de quebra um efeito bom ou ruim.

Quando fiz minha primeira tese individual na área de IA, acabei maravilhado com um efeito adicional que favorecia o resultado de que necessitava.
Não havia nada de vivo no programa, mas sim muito mais daquilo que eu não pude imaginar que ocorreria! kkk

É difícil elencar todas as possibilidades das coisas, o que se torna realmente complexo, mas o fato de não as perceber não as torna vivas!!!

É mais o efeito da nossa ignorância, burrice ou seja lá o que for, do que propriamente a genialidade de um código e da sua possível faceta de carácter "humano", ou de algo que incorpore o dom da vida.

Fala sério!!!
Ler jornal, e não importa a media ou a fonte, necessita cada vez mais de muita paciência, cada vez mais...

Parece que a única coisa que importa é vender audiência, e a humanidade que se...  ou melhor, que se vire!  :-)


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