A guerra da Ucrânia segue exigindo esforços contínuos dada a determinação de Putin em usar a força para submeter o povo invadido aos seus delírios de poder na tentativa de reeditar a extinta União Soviética.
Segundo as notícias que vamos lendo, afirma-se que os nossos meios diplomáticos (Itamaraty) seguem a linha de neutralidade e dos meios pacíficos que caracterizam o Brasil.
Por estas e outras razões, acena aos dois lados do conflito alegando neutralidade muito conveniente aos seus interesses econômicos, de onde vem buscando tirar vantagens entre os conflitos ideológicos e militares dos dois grandes blocos, que cada vez mais alinham-se para um confronto bélico.
Tanto o ex-presidente quanto o atual abordaram o tema pela mesma estratégia.
Então eu me pergunto:
E se o Brasil for invadido por algum país?
Manteremos nossa posição pacífica de negociação, confraternizando com o inimigo enquanto ele toma parte do nosso território ou mesmo tudo!!!???
Afinal de contas, pela argumentação que se vem sustentando, seríamos um país da "paz e do amor".
Obrigado meu inimigo, seja bem-vindo! Paz e amor!!
Nessa hora, onde ficam a paz e a neutralidade?
A Ucrânia foi invadida porque seu povo escolheu um novo caminho, um direito assegurado pela democracia, que é um dos pilares ideológicos do Brasil, ou ao menos é o que dizem.
Fica claro que o posicionamento do Brasil é vergonhoso, hipócrita e busca tirar vantagem ignorando o profundo abismo ideológico e político que está cavando para si mesmo.
Se o Brasil for invadido por uma potência, pois é um país continental rico e cobiçado, será muito justo recebermos como resposta de outras nações que devemos continuar seguindo nossa política da "paz e do amor", submentendo-nos ao invasor pacificamente porque, apesar do país invasor estar errado, não podemos fazer nada pois também nós defendemos a paz e a neutralidade na solução dos problemas.
Seria ou poderá ser uma resposta mais que justa, mais que merecida!
Através da sua omissão, o Brasil nega o direito de defesa e do exercício da democracia que consubstancia o direito de escolha de um povo mediante argumentos insustentáveis, já que contraditórios à lógica de sua própria autopreservação e ideologia.
Existe uma distância enorme entre sermos pacíficos e sermos omissos.
A paz só se sustenta quando os valores de autopreservação de uma nação não são colocados em xeque.
O Presidente reconhece o erro de Putin mas decide não fazer nada para apoiar os valores que nós mesmos defendemos como um direito nosso, a exemplo de um passado recente durante os conflitos do Brasil na defesa das suas 200 milhas marítimas, pois "mar" também é território.
Então, deixamos o Brasil exposto à esperteza política de qualquer nação que se aproveite da infeliz oportunidade política deste momento para desrespeitar nossas marcações territoriais, sejam terrestres ou marítimas.
Nesta hora qual será a nossa reação?
É a hipocrisia inaceitável buscando tirar vantagem dos dois lados,
Pode terminar sem nenhum, virando pelego de todos, diante da falta de dignidade para sustentar a defesa dos próprios princípios que nos sustentam a soberania, o nosso sentido de nação e de liberdade de opção de uma democracia que não é capaz de vislumbrar nem a própria incoerência ou prefere virar o rosto descaradamente para o outro lado, vergonhosamente.
Democracia estranha!
Contraditória, hipócrita e descarada.
Shame on you, Brazil !!!
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