Vou buscar ser sucinto quando o tema é tão extenso, contudo fica a sensação de algo que se deixa para trás quando a mala é pequena.
Não existe ação sem reação, seja na física ou na sociologia.
Os eventos que parecem esquecidos com o tempo, na verdade vão paulatinamente moldando o subconsciente.
O consciente coletivo é ainda mais inflamável, e foi a causa da derrocada de muitos governantes na história que acabaram subjugados pela massa.
Os exemplos são muitos.
Temos os exemplos clássicos que destronaram reis poderosos tais como a "Queda da Bastilha - Luís XVI", Revolução Russa de 1917 e outros sócio-políticos tal como a revolução de extrema direita na Alemanha com a "Ascensão do Regime Nazista".
Todos calcados na insatisfação crescente pelos inflamados chicotes do autoritarismo que buscaram consertar pela repressão.
NÃO FUNCIONA!!
É como morfina, a dose tem limite porque senão o paciente morre!
A ditadura militar no Brasil é um exemplo vivo.
Repressão e autoritarismo estimulam cada vez mais pessoas a se organizarem, e cada vez melhor.
E o governo atual é um exemplo disso.
Lula tem o seu passado construído na luta pelos ideais em que acreditava, e foi se adaptando para sobreviver ao sistema e assumir o poder.
Dilma Russef foi militante política com um passado semelhante ao comportamento daqueles que hoje são reprimidos com mão de ferro à guisa de salvar a democracia.
Vejamos um pedacinho da vida de Dilma:
"Em 1964, iniciou sua militância na Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (Polop), aos 16 anos.
Depois, ingressou no Comando de Libertação Nacional (Colina), movimento adepto da luta armada.
Em julho daquele ano, o Colina e a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) se uniram, criando a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).
No entanto, ela afirma que nunca participou efetivamente da luta armada.
..."
Trechos da biografia de Dilma Russef publicado em memorias da ditadura.org.br
Tanto Lula quanto Dilma foram pessoas extremamente reacionárias.
Se Dilma acreditava em "Revolução Marxista", não estaria Ela na contramão da democracia?
Lula que transitou e sustenta um partido vermelho pode de fato garantir que esteja realmente comprometido com essa democracia quanto ela não lhe for mais conveniente?
Lula defende tanto Dilma, que torna ainda mais difícil acreditar que tanta empatia não tenha nascido de afinidade ideológica! Ainda mais no meio político!
Os Excelentíssimos Ministros do STF poderão acabar exercendo o mesmo papel do tio do último Czar da Rússia, um mau conselheiro e que era favorável às repressões rígidas, o que facilitou ainda mais o caminho dos Bolcheviques, fornecendo o combustível da revolta.
O governo atual tem um passado ligado com o comunismo, e esta foi uma experiência mundial nada democrática.
A solução de equilíbrio da nação não advirá do poder de repressão capaz de amordaçar o sentimento popular.
É como represa. Conserta-se um vazamento aqui e ali, mas se o volume do rio não diminui, uma hora ela estoura.
E o volume do rio de corrupção no Brasil é justamente a causa que sustenta o espírito de radicalismo, que levado pelo desespero, acaba trafegando pela via da violência.
O volume do rio também é sustentado pela corrupção sem correção, cujo exemplo vem de cima, onde processos judiciais são revertidos assim, sob justificativas insustentáveis, contrárias até mesmo às decisões judiciais "transitadas em julgado", ou será que aos poderosos sempre caberá um novo recurso, ao que parece pelo que vivemos!
Até mesmo um cidadão pacato acaba levado por uma indignação crescente onde o governo que reprime em defesa da democracia tem em alguns de seus líderes mais emblemáticos um passado contraditório e obscuro.
Essas mesmas excelências libertaram em passado recente vários daqueles muitos que estão envolvidos em processos de corrupção e operações ilícitas.
Enquanto Vossas Excelências, nossos Ministros de Justiça não se preocuparem mais em reprimir a corrupção que começa de cima, e que alimenta a indignação inflamada do povo, continuarão eles também alimentando um futuro incerto.
Enquanto a ordem não vier pelo exemplo, a repressão é o último recurso.
Ou continuará até seguir os caminhos de Putin?
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