Diante das desvantagens que a tensão social provoca em nossas vidas através da polarização de ideias conduzindo parcelas da população ao extremismo, parece inexistir uma mão divina conduzindo a evolução dos fatos.
Eu sei!
O texto parece revoltantemente inaceitável, vindo mesmo de uma cabeça religiosa, beata, presa exclusivamente em seus fervorosos pensamentos, negando a realidade dos riscos e prejuízos que corremos.
Um fato interessante é que se pode observar que algumas leis da física parecem também migrar para o universo da psiquê.
A sociedade normalmente age como um cardume, onde na falta de estímulo externo, o indivíduo permanece confortavelmente seguindo a maioria que segue o momento de alguns que seguem outros, formando um círculo vicioso onde a cabeça confunde-se com os pés.
Tirar um corpo da inércia custa energia, e a física nos conta isso.
A polarização é um vetor psicossocial que obriga o cardume a se dividir, sendo que cada parte vai lidar obrigatoriamente com a escolha de lado, ou arriscar uma posição mais isolada desse cardume, expondo-se aos perigos maiores que o isolamento parece acarretar.
Física, matemática, química, biologia, psiquiatria e etc. são divisões meramente estratégicas necessárias à didática humana para lidar com a complexidade da diversidade da riqueza do Universo.
A natureza não as separa, pelo contrário, interagem como um corpo único e harmônico, onde leis da física parecem aderentes às da psicologia na medida certa pela forma com que se pode transcrever seus princípios comuns.
Quando somos obrigados a escolher, somos obrigados a gastar esta energia para nos tirarmos da cômoda inércia que tanto preservamos — a nossa zona de conforto.
Esse esforço contribui para acelerar nosso aprendizado independente do lado que venhamos escolher.
Aprendemos no acerto, e evoluímos.
Aprendemos no erro, e evoluímos.
Aprendemos sempre, em uma trajetória infinita cumprindo a Lei de Lavoisier — nada se cria, tudo se transforma.
A morte vista como fim, de fato é o resumo de uma etapa precedente, recriando-se no momento seguinte através de um processo contínuo que conhecemos por "evolução" — uma lei que parece reger todo o Universo posto que está sempre em movimento, transformando-se ao sabor do acaso para alguns, e para outros, orientado por algo superior à nossa compreensão, e portanto nada mais cômodo do que negá-la.
A polarização tem seu preço, mas também carrega seu prêmio social.
Certamente promove a necessidade da escolha, e pela escolha aprendemos, acelerando o nosso processo de aprendizado.
A impressão que se tem é que Deus é um grande transformador, utilizando até mesmo aquilo que parece ameaçá-lo em um belo vetor de contribuição à sua causa: "O Progresso da Alma".
A percepção que o sentido da vida traduz-se na capacidade de reter bens da matéria, seria o mesmo que amarrar o sentido da vida à brevidade desses bens materiais, no entanto, até eles, segundo Lavoisier, se transformam numa nova expressão de existência contínua.
O espírito é apenas um estado da matéria na dimensão da energia, lembrando que, segundo Einstein, a matéria é energia condensada.
Nossa demonstração de carinho imenso pela figura do cientista e do ser humano que foi.
E se um dia puder, leia sua biografia.
Vale muito a pena.
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