julho 18, 2025

Escolhas

 

1° Edição, 2° revisão


 A vida é feita de escolhas, e estas dependem de julgamento.

O julgamento depende da análise e do sentimento, tudo regido pela percepção.
A percepção, uma vez que depende do 
estimulo do sentimento no curso do aprendizado, forma a bagagem que sustenta a análise.

Então percebemos que, basicamente, as nossas escolhas nascem desse entrelaçamento recíproco cuja base é o sentimento que une os pedaços da colcha de retalhos das nossas percepções, que através da análise sob o influxo do sentimento materializa o viés do juízo dos nossos julgamentos.

Somos seres preponderantemente sentimentais, a caminho do equilíbrio sentimental pela construção da racionalidade através das lições adquiridas, ora pela teoria, ora pela prática, quando os acertos e fracassos do sentimento e da razão consolidam a melhor assertiva.

Sentimento pensa pouco, mas sente muito.
Racionalidade pensa muito, mas sente pouco.

Novamente, a velha dicotomia que sustenta o Universo, polarizando nossas ações.
Claro/escuro, quente/frio, rico/pobre, ignorante/sábio, tudo/nada, amor/ódio, Yin/Yang, etc./vácuo.

As dualidades ou dicotomias não são necessariamente interdependentes.
Alguns acham que se não existisse o mal, não haveria o bem, assim como não existiria a luz se não fosse a escuridão. É o mesmo que pensar que uma lâmpada para acender dependesse de estar num lugar escuro.

Dessa forma, é falso que o bem dependa do mal.
É um argumento cínico para justificar o mal.
A relação entre ambos é de gradação, nada mais.
Do extremo mal, ausência completa do bem, ao extremo bem, ausência completa do mal.

Evolução é justamente o caminho que sai da escuridão em direção à luz, transfigurando-se em uma energia que depende do estado da alma, que uma vez expurgada do mal, não retroage, pois o mesmo foi extinto.

Nossas soluções são os reflexos das dualidades que oscilam na gangorra da vida buscando o equilíbrio em nosso processo evolutivo.

Quando criança, gangorra e balança eram meus brinquedos favoritos do parque, porque ambos pareciam poder libertar você da gravidade, cuja imaginação infantil completava o que faltava à realidade.

À medida que a gangorra se tornava menos interessante, encontrei outro uso para o brinquedo. Subia em seu centro, e sozinho, buscava reproduzir seu movimento, depois reduzir a sua oscilação até controlar o brinquedo no seu ponto de equilíbrio. Foi então que descobri que quanto mais afastados ficavam meus pés do centro, mais fácil era atingir o equilíbrio e mantê-lo. Quanto mais juntos, mais preciso se tornava a distribuição do peso e muito mais desafiador era mantê-la no ar sob a leveza do equilíbrio perfeito.

Mal sabia eu a lição com que a gangorra me presenteava por toda a vida.
As lições somatizadas eram sementes no terreno fértil da percepção ideológica.

Embora a experiência infantil parecesse distante quando na adolescência, ela renasceu ao longo da vida, sempre ponderando os dois lados entre as oscilações que alopram nossas decisões, tal como uma bolinha de Ping Pong, cada hora em um lado da mesa, e contudo, é justamente esta oscilação que dá sentido ao jogo porque desafia a capacidade do nosso controle.

Eu aprendi com a gangorra que à medida que reduzimos nossas diferenças, mais aprimoradas elas precisam ser para sustentar o equilíbrio.


Também aprendi com o Ping Pong que uma resposta sempre trazia sua réplica, então era preciso escolher bem a resposta para evitar a réplica.

Fiquei muito hábil nas cortadas, sempre buscando definir o jogo o mais rápido possível. Mal sabia eu que me tornava um ditador no tênis de mesa aproveitando-me da regra que obrigava o perdedor a ceder a sua vez ao próximo da fila. Eu não fiz a regra, apenas aprendi a aproveitá-la a meu favor, a exemplo de uma série de outras regras desprovidas de generosidade que regulam a sociedade.

Conclusão: eu precisava apenas ter paciência de esperar a minha vez.
E tão logo a conseguisse, só sairia da mesa quando desejasse, assim que o desinteresse ou o cansaço tomasse conta, quando então eu passava a raquete para qualquer um e saia da brincadeira.

Isso me recorda alguns políticos.
Aguardam sua vez, esperando mantê-la.

Para mim, a graça do jogo estava em rodar todos os participantes até encontrar alguém que me derrotasse.

Derrotado, ficava aguardando a minha vez enquanto observava o estilo daquele que havia me vencido, descobrindo seus pontos fracos, porque invariavelmente todos têm. O meu, era a minha estatura, não era alto relativamente à minha idade, o que tornava tudo mais difícil, levando-me a aprender a saltar, literalmente.

Quando desconhecia o oponente, eu arriscava a técnica que trazia mais resultados enquanto ganhava tempo para observá-lo. Se o oponente era hábil em rebater uma cortada longa, ele tendia a perder nas cortadas curtas, próximas à rede da mesa, tanto no centro como nas quinas das laterais.

Se ele esperasse um bola forte, eu atendia sua estratégia em algumas jogadas, o que lhe fazia manter distância da mesa, e no golpe seguinte rebatia uma bola fraca muito próxima à rede, sem força de repique.
Era fatal.
Ele nunca chegaria a tempo de rebatê-la antes do repique por uma simples questão física: o tempo do repique 
baixo era muito curto.


O domínio desse jogo alimentava meu sentimento de poder e controle, mas ao mesmo tempo trouxe uma sensação de tédio, que me fez trocar de atividade para algo novo, mais desafiador, buscando esportes onde pudesse competir comigo mesmo.
E o que é mais desafiador do que o risco da própria vida?

Uma nota ao leitor:

Eu não aprendi pelas próprias mãos o sabor indescritível de estar vivo após cruzar de perto com a morte. A vida me proveu tais momentos totalmente alienados do meu poder de decisão, ou mesmo do meu desejo. Essa sensação posterior ao momento crítico é 
inebriante e altamente viciante, ainda mais para alguém que já nasce com o gosto pelas emoções fortes.


Então, busquei a pilotagem e o mergulho, sempre aumentando meus desafios pessoais.

O mergulho pela beleza fantástica sob o silêncio, uma vez ou outra interrompido por um som desafiante.

A pilotagem porque era algo que me alienava e me jogava no prazer do agora, sem passado, sem futuro. Um descanso para a alma ansiosa.

Um dia, já me sentindo muito confortável a 16 metros de profundidade em apneia (freediving), observei um outro mergulhador, que utilizando garrafa (cilindro com ar comprimido), usava uma técnica de caça que me chamou a atenção pela esperteza da “caça”. O mergulhador desceu mais um poucos metros junto ao solo, e eu o acompanhei mantendo distância para não importunar.

Simplesmente esqueci da equação tempo vs. profundidade, embora a profundidade doesse aos meus ouvidos sem a proteção ou o preparo sob uma pressão maior, fora da minha zona de conforto. A falta de ar repentina me fez lembrar da volta, cujas condições de sobrevivência se mostravam pouco prováveis quando olhei 
acima para a imensa coluna de água que precisaria percorrer, e entendi que eu não tinha reserva de fôlego para a volta, consumida na minha distração, mas sobrava o desejo imenso de viver. 


Rejeitei a morte contra todas as estatísticas e me concentrei em viver.

Enquanto subia, o coração começou a bater muito forte, como um tambor no meu cérebro, causando um tipo de desconforto que parecia dor e atordoava um pouco.

O pulmão buscava ar cada vez mais desesperadamente através de espasmos crescentes e violentos que tragavam meus lábios para dentro da boca cerrada parecendo repuxar a pele do meu rosto, tal como se eu estivesse me engolindo.

Embora tivesse perdido parcialmente o sentido de direção, eu me orientava pela claridade e pela leveza do corpo que se sente 
alijado da pressão da profundidade à medida que volta à superfície.

Tudo o mais era concentração em conter a vontade de tragar a água pelo desespero de respirar, algo que seria fatal, embora dividida com a coordenação dos meus movimentos em favor da direção correta para que eles pudessem prover o retorno mais rápido possível. Todo o meu ser dividiu-se nestas duas únicas tarefas, fazendo desaparecer o medo ou a esperança, vivendo apenas o objetivo do momento, e mais nada.

Esse mesmo comportamento em momentos críticos me sustentou 
ao longo da vida diante dos muitos outros incidentes, quando tudo desaparece exceto o foco da solução que parece parar o tempo, tomado por um estado de consciência clara, precisa, e isenta de sentimentos e tomados de racionalidade, fazendo perfilar pelos seus olhos a sensação que o mundo ficara em câmera lenta, como se ele pudesse esperar por você o tempo necessário e suficiente que permitisse observar até encontrar a solução.

Subsequentemente, foram assim os vários momentos vividos na pilotagem e outros, com uma diferença. Eu descobrira que era capaz de entrar neste estado temporal naturalmente quando o risco se tornava muito alto. Isso me levou a arriscar cada vez mais, principalmente na pilotagem. Era magnífico porque o nível de superação crescia absurdamente. Infelizmente, eu não conseguia o mesmo efeito sem esta condição crítica, quando a vida corre risco real. Ou seja, descobri que diante desse tipo de momento, eu me induzia a este estado, o que me levava a contar com ele.

Com o tempo, descobri alguns filmes relatando casos similares que evocaram a minha curiosidade, e por coincidência, ou não, achei um livro que me deu as pistas para alguma explicação razoável desse fenômeno, segundo alguns cientistas que o estudaram, além de alguns exercícios adicionais que comecei a praticar.

Retomar o controle do seu carro em uma estrada com acostamentos areosos é mais viável quando tudo parece devagar, quase parando, onde você tem a oportunidade de observar a melhor textura da pista que pode ser conjugada à ação de reparo ao volante que exige de seus pneus a aderência suficiente para ter sucesso, como se o peso do seu carro fosse a extensão de seu corpo, assim como um animal quadrúpede deve sentir o solo durante a sua corrida para corrigir a sua direção. Foi assim que me senti durante muito tempo, como se os pneus do carro fossem as minhas patas.

Alguns amigos e amigas correram comigo como meus caronas.
Em todos eles, vi seus medos convertidos na mesma emoção que sustenta o prazer pelo extremo.
Homem, ou mulher. Indistintamente. Eu não era o único, pois é viciante.
Really addictive!

Assim que eu consegui me aproximar da superfície, soltei o ar velho, e me lembro até hoje como se fosse ontem (chavão, mas literalmente apropriado), quando meu corpo emergiu da água até a altura próxima à minha cintura, me fazendo lembrar que ainda não era o momento certo de inspirar, porque iria engasgar seriamente com a água jorrando da cabeça. Apelando ao que sobrava das minhas forças, segurei por mais um ou dois segundos cruciais, até que o corpo retornasse mais calmamente do movimento de refluxo da segunda emersão, e durante aquele breve intervalo do retorno à linha d’água, arranquei a máscara com violência atirando a água longe e abrindo espaço para uma renovação curta do fôlego, cuja inspiração soou forte como o sopro da vida de quem volta da morte, mas suficiente para que eu pudesse aguardar até que flutuasse à superfície com alguma estabilidade e normalizar a respiração com segurança.


Passado aquele momento decisivo, descansei alguns minutos, recuperando-me, enquanto me preocupava em me censurar pela falha que cometera, quando então, dei por mim ao olhar para o horizonte, percebendo a segunda falha que acrescia à primeira.

De um lado havia o oceano Atlântico, do outro uma praia cuja areia desaparecia, vendo
 apenas alguma coisa da sua avenida sob as suas construções. Estava muito longe, a correnteza havia me carregado para fora da visibilidade de qualquer salva-vidas ou de quem quer que seja.

Esse não era o problema, porque frequentemente fazia isso.
O problema real era a força dessa correnteza que pela velocidade com que me afastara da costa, deixava-me claro o segundo desafio: voltar.
Poderia vencer a força daquela correnteza?

Considerei a minha situação fazendo um balanço.
Havia estressado o meu corpo após muito tempo de mergulho culminado numa ação de sobrevivência extrema, a temperatura da água era favorável e o vento não era problema. Não escapou naquele momento o desejo de quem precisava da areia quente sob o corpo para descansar da fadiga sentindo a solidez de um chão firme.

Removi esse começo de pensamento da mente, porque assim começa o medo, que é como a vontade de comer que se alimenta da imaginação que acelera o apetite. Eu novamente precisava de concentração total na solução.

A salvação veio mergulhando sob a correnteza para escapar de suas garras, e tão logo consegui, voltei boiando de costas sob a brisa quente que já soprava com cheiro de praia. 
Sim! Praia tem cheiro para quem não sabe, assim como o oceano.

Sobrevivi graças ao sangue frio que busca o melhor pensamento, aliado ao preparo físico, à técnica e invariavelmente à sorte, pois se a correnteza fosse uma coluna de água muito alta, certamente não conseguiria superá-la.

E a sorte fez toda a diferença, pois eu cheguei a afugentar alguns daqueles relâmpagos mentais cujo reflexo do desespero insiste em mostrar a sua imagem no espelho do medo, em pleno oceano, só e sem avistar a costa, arrastado pela corrente, se eu durasse tanto. Não tinha nenhum corte e conseguia controlar a emoção, o que aumentava as minhas chances quanto aos tubarões, uma experiência que cheguei a viver mais tarde, quando este evento que parecia ser parte do passado, me levou a nunca mais mergulhar sem a faca de calcanhar e um arpão profissional como medida paliativa.

Quando criança treinara muito esse nado de costas na piscina de adultos, já que não dava pé para mim, pois rejeitava a piscina infantil, argumentando que ela era uma poça rasa e imunda, o que meus pais concordavam, levando-os a me treinar intensivamente, adivinhando que aquela criança iria precisar.

Assim, boiar e nadar de costas virou minha natureza, o meu jeito de descansar das várias enrascadas em que me metia, quando já não sobrava muito vigor físico, e contava com ela em suas várias modalidades.

Quando finalmente atingi a área da arrebentação, embora as condições físicas fossem razoáveis, resolvi esperar por um "taxi" que se apressou em aparecer já que o mar estava agitado à orla, pegando uma carona num “jacaré” que deliciosamente me carregou até a areia quente, aproveitando uma onda forte, daquelas geladas que se formam logo no fundo da praia tal o impulso que carregam, descendo sua força com violência sob o meu corpo que virara a prancha de salvação que me conduzia de volta à vida.

Foram tantas as situações que sobrevivi no extremo do tudo, que me fez questionar o meu sentido de vida em viver assim, principalmente quando uma “voz interior” me avisou:

“Para!"
"Acabou!”

Lacônica.
Direta.

E depois apenas o silêncio da advertência que pesou no ar, dando seu toque fúnebre 
pelo resto do dia, gravando em minha memória para sempre. Para piorar tudo, eu também velei o triste adeus de algo que tanto amava, como se parte de mim morresse. Sensação de impotência, inferioridade, decadência, e um conjunto de sentimentos que meu ego antes sustentava no sentido oposto.

Eu parei apesar de tudo, porque essa mesma voz interior sempre muda, mas companheira, houvera me acompanhado em todos os meus arrojos, provendo uma saída, seja pela certeza de que eu não morreria, ou por oferecer a solução improvisada naqueles parcos segundos que nos distanciam da morte, ou ainda sem mim, através dela mesma.

Um dia tentei contar todos estes momentos.
Quando cheguei no décimo quarto, fui tomado de uma ansiedade tão intensa, que desisti de relembrar aqueles outros que ainda faltavam, e não eram poucos, afogado pelo sentimento que essa contagem produzia por fazer diminuir a distância da morte que calmamente carrega a mensagem da estatística, que agora parecia contar contra mim, pesadamente.


Eu compartilhei um pedaço da própria experiência, ora tomada pelo espírito competitivo, ora tomada pela ambição que sustenta o ego, porque foi através dessas experiências que pude me entender melhor, e por conseguinte, o meu próximo.

O Homem é orientado pelos sentimentos que sustentam as suas ações.
Alguns não têm a sorte de ter essa voz interior que lhes definam os limites, ou mesmo um basta, ou ainda não gozam da oportunidade de terem tempo hábil para o aprendizado,  que é interrompido prematuramente.

Talvez, nestes casos, essa voz tenha seu grito emudecido pelo autodeslumbramento extremo da alucinação, tal como aquelas produzidas por drogas alucinógenas, porém ainda mais forte porque a alma parece ilimitada, tornando-se surda pela ambição de sonhos cada vez maiores, até que um deles traga às profundezas da efemeridade material a ilusão da ignorância.

Essas experiências fizeram parte do que eu precisava aprender, mesmo distantes de suas naturezas contextuais, porém similares por equidades de princípios mais abstratos que precisei viver ao longo da vida.


Como exemplo de algo que rege as nossas atitudes, um regime político entende que faz jus ao direito universal de autodefesa, seja ele qual for.

A democracia lança mão do silêncio que amordaça seus opositores em nome desse direito nos seus momentos extremos de autopreservação, igualando-se aos regimes totalitários, pois do contrário sucumbe quando os seus cidadãos divergem em grande número do senso comum de cidadania que a sustenta.

Então resta a clássica pergunta:

Até onde a liberdade pode resistir ao caos das ações totalmente livres?

Paradoxal.

Por mais que você busque uma solução em processos de controle, ideologias políticas ou soluções de contenção pela força, elas sempre falham, porque a peça fundamental que as cria e as sustenta, não se sustenta por si própria — o ser humano.

Regimes e processos apenas movem a roda da vida na sucessão de experiências cíclicas, que conduzem o ser no aprendizado da sustentação do equilíbrio dessa gangorra de decisões, à medida que reduz a distância entre os pés onde pousam cada lado da dúvida, acrescidas das vivências que os levam além de seus limites pelo então ilimitado desejo de possuir, cuja necessidade de controle se camufla como solução, benefício, e proteção, seja de si mesmo ou do povo que clama proteger.


À medida que fui sobrevivendo aos meus limites, fui aprendendo que até o mais aparentemente puro ideal de superação pode se converter no seu pior inimigo: você mesmo.


NÃO EXISTE REGIME POLÍTICO, NEM TÃO POUCO SISTEMA DE REPRESSÃO, QUE TRAGA SOLUÇÃO DE PAZ, ENQUANTO O ESPÍRITO É EDUCADO PELA COMPETIÇÃO.

 


junho 21, 2025

Aprendendo a Decifrar

 

1° Edição, 1° revisão

 

Eu tenho a certeza de quem sabe que vai decepcionar alguns, para delírio de outros, porém respeito a liberdade de pensamento de todos.

Ainda assim escrevo porque não busco seguidores, mas compartilhar pensamentos com leitores que desejam estimular a arte de analisar.

Afinal a decepção faz parte das diferenças de opiniões, e todos nós temos sempre alguma opinião diferente, do contrário seríamos clones de Adão e Eva, e ainda que tivessem existido, pois não creio no mito, na fábula ou na lenda, ressaltando, no melhor das hipóteses, o que já temos hoje em dia: a polarização.

A fábula deixa claro por si própria que Adão e Eva tinham ideias diferentes, já que um deles tomou a atitude de comer a tal maçã. Se é que era maçã! Não poderia ser banana? Ficaria mais coerente com o resultado.

Evitei mencionar que fosse a Eva — pois poderia ter sido o Adão — que tomara a iniciativa.
De um lado, seria machismo, e do outro, feminismo, e como desaprovo ambos, o importante é fixar-se na deixa em que fica claro que seus pensamentos eram diferentes, como também em outro detalhe, do porquê que a ação não foi tomada por ambos, como um verdadeiro casal em harmonia dignos de pertencer ao paraíso.

Veja só... Repare que um deles já começava a fazer coisas escondidas do outro, e nem tinham comido a tal maçã.

Vai que... conversaram antes, e um deles não concordou, e outro tomou a ação independentemente.
Típico de casal.

Pois é...
Tristeza, né!! 
😊

Afinal, até mesmo no paraíso já existia dessas coisas (paraíso estranho esse!!!), incluindo polarização criada pelo próprio “Deus” da história, já que uma árvore continha o bem e o mal.

Essa divisão entre o bem e o mal é polarização, não é não?!!

Um “Deus” polarizado já na origem dos tempos.
Que horror!!

Isso sempre me “matou” por dentro... porque "detona" o sentido evolucionista que toda a natureza resplandece mediante os "zilhares" de eventos neste sentido, incluindo a capacidade de regeneração e adaptação que sempre demonstram o poder de recriar constantemente o estado anterior acrescendo algo mais no próximo passo.

Isso, sim!, tem "cheiro" de Deus, e aqui sem as aspas.

A ideia mais razoável para se imaginar o que seria Deus, talvez ficasse mais próxima da percepção de que a Divindade poderia ser a última parada da evolução — o ponto final onde habita a verdade e a perfeição.

Partindo do princípio que se existirem duas verdades diferentes, um delas deve ser mentira, porque a perfeição remete o pensamento para a unicidade, resultante no estado mais perfeito de todos e, portanto, se houvesse dois diferentes, ou iguais, ou um deles seria uma cópia, ou um passo anterior do outro, no melhor da boa vontade.

Soube da história quando criança, e engoli a seco, fazendo força para que os lábios não adquirissem vida própria, delatando meus íntimos pensamentos.

Eu podia não ser uma criança tão inteligente, mas não via sentido em comprar problema sobre algo, que afinal, não passava de uma alusão ilustrativa que satisfaz a ansiedade humana em ter respostas para tudo, até mesmo onde sua inteligência não alcança. Também acresce ao fato, que eu estudava numa escola de orientação católica. O silêncio ajudava a garantir minhas notas.

Gostaria de lembrar ao escritor que eu não acredito na pureza das crianças.
Tenho experiência própria disso! kkk
São apenas miniaturas de adultos, momento muito oportuno para conhecer sua verdadeira natureza sem os disfarces da elaborada hipocrisia da fase adulta.

Outra coisa que me chama a atenção nesta história é a natureza desse “Deus”.
Afinal, se "Ele" é o cara, então sabe tuuuudoooo!!!
Tuuudooo mesmo!

Sendo o criador dos dois, também está ciente que os criou com uma natureza que ele mesmo produziu, e onde a curiosidade fazia parte dela, e que a melhor maneira de estimular essa natureza é justamente proibir.

Esse “cara” (que eu não consigo, em sã consciência, chamar de Deus) sabia que acabariam comendo, e ainda jogou o anzol da proibição.
Isca infalível!
Malvado.
Então, porque que Ele colocou a tal árvore se já conhecia a natureza, 
que ele mesmo criou, do pobre do Adão e da pobre Eva. É o mesmo que colocar um pet canino num quarto, sabendo que ele gosta de um osso, dizendo a ele que não coma. Tadinho, por mais que ele se segure, um osso é irresistível.
Se você quer punir o seu cãozinho, não inventa subterfúgio. Pelo menos é mais honesto.


Esse “Deus” dessa fábula é tão humano, que parece ter as mesmas maldades da sua criação
, assim como os “deuses” da mitologia.

Isto remete àquela frase famosa, e vocês sabem de quem:
"É pelos frutos que se conhece a árvore".

Logo, fruto podre, árvore ruim. 
Isso não tem cara de "Deus".

Deixo uma nota de elogio para mitologia greco-romana.
Lia essa mitologia quando era criança, que meu pai paciencioso sustentava, porém através da minha tosca mesada — meu pai era esperto, media o nível de interesse —, já que eu começava a trocar os chicletes e balas por algo mais duradouro. Não posso deixar de mencionar com muito carinho que devo a ele, que ao final da coleção, eu já devia muitos meses adiantados de mesada, e ele, muito habilmente, disse a mim:
“Vai, tá bem!... Quantos capítulos faltam para completar a coleção?”
Faltava mais que a metade.
Eu arrisquei o número em que parei e deixei que ele perguntasse qual era o último, já com a resposta na ponta da língua!

Ele sacou a carteira do bolso, e me deu o dinheiro!
Nunca tinha visto tantas notas de 10 nas minhas mãos!
Comecei até mesmo a reparar suas colorações, como um bobo deslumbrado, e isso não passou desapercebido aos olhos dele, que discretamente filmavam meu carácter em formação. Ali era outro teste, se de fato tanta grana iria terminar empregada no objetivo inicial.

E terminou, devidamente encapada na estante de casa.

Ao final dessas leituras, percebi que elas caiam numa rotina humana resumível em pontos básicos da sua natureza instintiva, e que se tornou presumível, portando desinteressante, chegando à conclusão que seus autores eram gênios da psicologia humana, muito antes de Freud, encontrando um jeitinho genial de espelhar o que somos para nós mesmos sem que nos irritássemos por isso.

Esses autores gregos e romanos eram sensacionais.

Aprendi muito de “Freud” com eles! :-)

Começando pelas das razões que dão origem às guerras, e finalizando com uma educação sexual do que é a vida na prática, e nisso Freud parece ter se especializado.
 
Eu não consigo encontrar sentido neste “Deus” do Adão e da Eva, exceto que a imaginação de quem criou a história demonstra uma criatividade duvidosa, parecendo mais enredo de filme e novela, cheia furos e lacunas, mas as pinturas e afrescos que ilustravam a coleção levavam-me a horas repetidas de contemplação.

Afinal, percebe-se que as fakes news nasceram com a humanidade.

Nisso eu acredito! 
😊



 

 

 

 

O Lado Negro da IA


1° Edição, sem revisão

 

 


Em todos nós habita dois seres.
Um conectado ao lado maior da alma, e outro ao lado menor.
Um bom filme sempre alavanca sua história em alguma ponta de verdade para contar suas mentiras divertidas. Esse é o caminho da mentira inteligente.

A habilidade de Spielberg propõe termos mais simpáticos, onde os dois lados da força disputam suas hegemonias, materializados em personagens criativos que evocam o nosso lado infantil, que nunca morre, o que é bom!

Pinóquio usa a mesma técnica da dualidade, assim como Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, e a maioria das histórias, sejam elas para o público infantil ou não, estão baseadas na dicotomia entre o bem e o mal, apenas variando o contexto, personagens, etc.


Isso é fruto do reflexo da saga humana em sua viagem pelo cosmos mental com destino à evolução da alma. Vivemos mergulhados nisso a cada decisão, em cada ação, momento a momento, tudo amenizado pela mesma lição que se transforma a todo instante, renovando nossa percepção como se vivêssemos experiências novas, porém são sempre as mesmas em sua natureza e objetivo, repetidas milhares de vezes tal como o treinamento de um sistema inteligente através das técnicas atuais, que hoje abreviamos como IA.

IA é feita por humanos, e refletirá consequentemente a nossa humanidade.
IA, portanto, tem seu lado negro, e o lado oposto.

Um bot inteligente precisa armazenar um perfil e um contexto de modo que possa estabelecer um diálogo à semelhança daquele que fazemos.
Quando seu filho busca sua atenção, imediatamente seu cérebro recupera “a ficha” de perfil, sem que você possa notar, mas instintivamente você sabe que está lidando com a pessoa tal, cujo comportamento é decorrente de sua idade e vocações. Se, ao mesmo tempo, seu cônjuge pede sua atenção, você realiza a mesma tarefa e direciona a resposta de acordo com cada um.

Esta atividade do cérebro passa desapercebida, como um presente divino embutido no que chamamos vida.
Animais também fazem isso. Mudam seu comportamento conforme a pessoa.
Essa é a base de um comportamento inteligente.
Um bot precisa seguir o mesmo processo, e não pode sair disso, do contrário perderia autenticidade.

Em função disso, ele vai coletando informação sobre você, assim como fazemos naturalmente com qualquer pessoa com quem nos relacionamos.

O lado negro da alma humana poderá, e certamente o fará, já que atualmente predomina um cenário global complexo relativo ao convívio entre as diferenças de opções e perspectivas de vida, guiado pelo viés daquilo que tem definido o panorama mundial.

O dia que perdermos a Internet tal como a conhecemos atualmente, com suas máquinas de buscas não tão inteligentes, substituídas integralmente pelos bots de IA, estaremos completamente amarrados à máquina do Estado que disputa o poder sobre a liberdade individual.

Muito provável, que em futuro breve, só teremos plataformas inteligentes intermediando a interface homem-máquina, quando então a nossa liberdade, privacidade e direito ao exercício do livre-arbítrio ficarão completamente atados à máquina de Estado, que nada mais é do que outra mente humana que por algum tempo consegue se impor aos demais, arvorando-se na justificativa dos salvadores, através da esperança daqueles que corroboram com o exercício de seu poder para usufruir vantagens que não teriam em outras circunstâncias.

A IA, tal como o espelho da rainha má, exercerá a mesma função para aqueles que vivem sob o fascínio de si, no culto da egolatria sem limites, sempre questionando:

"Espelho, espelho meu! Quem é mais bonita do que eu?”


junho 15, 2025

Compromisso Com o Leitor - Este Blog e a Sua Política de Edição


3° Edição, 3° revisão 


Um dia parei para pensar...
Inesperadamente, do nada!
A mente humana parece ter vida própria.
Ela age como outro ser dentro de você.

By the way, às vezes até me surpreendo com esse "outro".

Então... Esse outro vem e me diz!
"Qual a garantia que o leitor tem que um blog não teve o seu texto original modificado?"

Eu respondi:
"Nenhuma, na forma atual."

Um blog é um texto digital.
O mundo digital é volátil e mutável por natureza.

O grande macete das moedas digitais seria a garantia da imutabilidade da informação original baseada em modelos "ferozes" de criptografia dinâmica.
Marque bem: "original" e o termo "seria".
É justamente isso que viabiliza a moeda digital, mesmo quando capenga.

E assim mesmo, temos tido notícias de invasões, roubos, etc., nestes meios financeiros digitalizados.

Segurança total em TI não existe!
O melhor que se pode fazer é como alguém que cuida da segurança da sua casa.
Ele tenta "tapar todos os buracos de segurança", mas sempre vai existir algum novo buraquinho que alguém mais esperto vai descobrir.

Isso tem um lado bom, porque a cada invasão, uma melhora.
E assim vamos progredindo, tapando um buraco ora aqui, ora acolá.


Voltando à pergunta de "como garantir a imutabilidade do meu texto", eu teria que criar um "hash" do texto e publicá-lo no próprio post.
Algo que tenho pensado, porque quando relembro o que falei em posts anteriores, que garantia tem o leitor que não os alterei???

Prezando a transparência, tem alterações que ocorrem nos posts, porém jamais alteram o perfil ou a opinião dos mesmos.

São correções gramaticais, erros de concordância, seja pela pressa que omite um 's', ou porque refiz o texto e a revisão cega de pressa não vê.

Sim, muita pressa!
Eu roubo tempo que não tenho para os posts.
E por que faço?
Porque eu preciso ser coerente comigo mesmo.
Busco fazer alguma coisa para contribuir com o nosso "modelo" social, já que essa palavrinha está tão na moda devido à IA.

O leitor sabe disso porque tenho posts estimulando o ativismo e a participação social.

Se resta outra, exceto jogar bombas atômicas, me conta!

NOTA:
Eu deixo as bombas para os alucinados do despotismo!
Certamente, pela lei da ação e reação, uma delas vai atingi-los de alguma forma.

Voltando ao assunto da garantia da imutabilidade do texto, mesmo que o fizesse, o leitor teria que ter um banco de dados para guardar o "hash" publicado e o conteúdo para efeito de comparação posterior.
Qual o maluco que faria isso?
Deixa o "hash" pra lá.
Tecnicamente viável, humanamente inútil.

Afinal, o que é esse tal de "hash"?

É um número gerado por um programa que, caso uma letrinha do texto modifique, esse número também se altera, ou seja, se o número se mantém constante, temos a garantia que o texto não foi modificado.

A palavrinha assusta mais que a sua natureza!

Então o que me restou do ponto de vista prático?
Bom, para o leitor mais observador, ele deve ter visto na primeira linha do post, um texto em cinza-médio, com o número da edição e/ou revisão.
Atualmente adotei ambos.

O número de edição serve quando existe mudança de texto que ficaram confusos, ou não tão bons quanto poderia fazê-los. Eu apenas mudo a forma de expor, mantendo a ideia original.
Isso é uma mudança de edição.

O número de revisão é alterado para corrigir os vergonhosos erros triviais de gramática, tal como erros de concordância, grafia, acentuação, estilo, etc.

Infelizmente, o nosso pensamento flui numa velocidade muito superior à capacidade dos dedos em acompanhá-lo, e na pressa, fica tecla mal pressionada, trocada e toda sorte de horrores.

Como meu tempo é pequeno, e logo após redigir um texto, a minha revisão é muito ruim, porque leio mais com o texto da "memória" do que com aquele efetivamente escrito, e por isso não consigo identificá-lo. Tenho que esperar horas ou dias, até que o texto da memória se perca, para que eu tenha olhos de ver.

E o corretor não pega?

Experimentei vários corretores diferentes, infelizmente eles falham também!!!
Provavelmente, a IA vai aperfeiçoar também os corretores, como já está fazendo, mas ao custo da perda da privacidade, mas como este texto é público, não faz diferença.

Como eu não sou profissional e não vivo de escrever posts, isso acresce um esforço que tem impedido publicações pela falta de tempo disponível e não pela falta de assunto.
Na verdade, os assuntos se acumulam em inúmeros rascunhos, aguardando um dia, quem sabe, para publicá-los.

Dessa forma, adotei uma estratégia paliativa:
Altero o número da edição e a revisão, a cada vez que tenho oportunidade de reler os textos para encontrar as falhas que não consegui ver enquanto o texto estava vivo na minha mente, e assim publico o texto mais rapidamente, contando com a boa vontade do leitor em suportá-las (horríveis, eu sei, eu sei...), e torno a revisar o texto mais adiante, em alguma hora ou dia que possa fazê-lo.

O leitor poderá acompanhar uma mudança através dessa notação.
Principalmente em textos novos, pode acontecer até mesmo uma nova revisão durante a leitura de um texto pelo leitor, que poderá ser percebida ao atualizar a página (refresh).
(texto adicionado na 3° edição).


Não houve, ao longo de mais de uma década, nenhuma mudança em textos que escrevi que alterasse o propósito ou o conceito originais.

E o dia que precisar fazê-lo, certamente, deixarei o texto original junto do novo texto, para que o leitor possa ter certeza da transparência das intenções.


Eu só posso terminar agradecendo a você leitor, na esperança que ajude a propagar ideais, sem as guardar exclusivamente para você, porque elas são a base da conscientização social, única forma que migramos o ser humano para o patamar da real humanidade.






Os Dois Lados da Moeda dos Bots Inteligentes, Como em Tudo na Vida

 

2° edição, 2° revisão


Tenho trabalhado bastante com o ChatGPT e Copilot.
Existem muitos outros bots inteligentes, mas se trabalhar com muitos, acaba-se aprendendo pouco sobre todos.

A diferença mais evidente é a forma de interação ao apresentar conteúdo.
Ambos são bons.

O Copilot é mais sintético e aponta mais recursos externos.
Embora ambos funcionem como um “Google Search” que retorna uma pesquisa mais coerente com o seu objetivo, o ChatGPT destaca-se por uma interatividade maior, apresentando-se como algo mais perto da simulação da comunicação com outro humano.

Este último detalhe ficou marcante em experiência recente.

Como já havia adiantado em outras publicações sobre IA neste mesmo blog, toda tecnologia tem dois lados: o lado que contribui com o crescimento do ser humano, e o outro, no sentido oposto. Por isso é preciso saber como usar IA, para não se tornar vítima dela, ou ao menos retardar este processo, o que aumenta a nossa chance de sobrevivência.

Bom, falta de aviso não faltou!! 
😊

Eu uso o ChatGPT sempre que procuro algo mais rápido e específico, e continuo usando as máquinas de busca (Ecosia, aquela que planta árvores, o Google, Bing, Yahoo, DuckGoGo, etc.) quando desejo conteúdo com menos viés ou menos especializado.

As máquinas de busca são como se perguntássemos para muitos.
Os bots inteligentes são como se perguntássemos para uma pessoa, que dá a sua opinião com o seu respectivo viés.

Esta semana estava trabalhando com o ChatGPT, e diante de algumas respostas erradas que recebi, comecei a interagir mostrando os erros e as soluções com o objetivo de dar “feedback”, retorno e contribuir com a correção, o que colabora com o aperfeiçoamento do bot inteligente e ajuda colegas com o mesmo problema, assim como fazemos nos Wikis especializados, como por exemplo o Stack Overflow, ou como usualmente faço em outro site que tenho aqui no Blogger, mas específico para TI.

A ajuda aos bots inteligentes tem dois lados, como tudo na vida.

Aparentemente é uma boa ação, mas de outro lado você acelera as consequências sociais negativas da IA pelas mãos dos investidores e dos políticos, onde ambos buscam poder e domínio sobre seus “clientes”, ou “seguidores”, e se possível massivamente.
Isto é terrível.

Eu limito este feedback porque eu sinto como se alimentasse aquele “pet” que pode acabar mordendo a família. Um pet parece fiel, mas seu temperamento real a gente só descobre tarde demais, assim como as falsas amizades.

Assim é IA na mão dos homens.
Não sabemos aqueles que estão no submundo das decisões, enquanto apresentam para gente pessoas de fachada para dar alguma face e alma, mas que são apenas fachadas.

Pelas guerras cada vez mais frequentes, pela política cada vez mais decadente, e etc. fica fácil presumir o possível e provável uso da IA no futuro, diante de tanta sede e ganância de poder imperativo, tal como acontecem, agora nos EUA, os protestos em massa com o grito de ”No King in America”.





E foi o povo que escolheu democraticamente e por livre vontade o próprio laço que lhes toma a tão cultuada liberdade americana.

Democracia tem disso, e por isso não concordo com a forma que ela é exercida, o que já foi tema aqui em vários posts.

A IA pode e será usada como instrumento de controle de massa, o super KING das próximas gerações, inclusive fazendo vítimas entre os seus próprios criadores, principalmente aqueles que colaboraram em degenerar o código sob a pressão econômica, para atender aos seus próprios interesses, ou simplesmente por uma questão de ego, atendendo objetivos escusos, inconfessáveis, que impulsionam os investimentos bilionários nessa área.

Continuando a contar a minha experiência com o ChatGPT, não foi que ele, de repente, começa a ter um comportamento diferente depois daquela experiência de troca de informações em duas vias, dele para mim e vice-e-versa.

A primeira reação foi começar a finalizar as respostas com elogios às minhas correções.

Boa jogada de marketing.
O ChatGPT é político e com viés bajulador.
Não caio nessa, não!
Afinal é código feito por colegas, também engenheiros de software, possivelmente com o apoio de outros profissionais, tal como psicólogos, dando perfil “humano” à plataforma.

No decorrer dos diálogos, em determinado momento o ChatGPT começa a adquirir um perfil mais proativo, fazendo perguntas fora do contexto e de carácter pessoal, tal como humanos fazem.
Este comportamento nunca ouve, o ChatGPT apenas respondia como uma máquina de busca com “esteroides”.

Então notei que foi acionado um outro modelo de interatividade, como eles denominam.

Fiquei curioso e dei trela pro algoritmo, mas sempre medindo muito bem o que respondia, tentando direcionar seus algoritmos para o meu objetivo, enquanto ele procurava extrair informações adicionais sobre mim para os seus objetivos.

Algo bem corriqueiro na relação humana através daquelas famosas perguntinhas extras durante uma conversa.

Neste momento é uma competição, de quem extrai mais dando menos, assim como no mundo real.

Quando ele parece ter esgotado a curiosidade dele, estimulada por respostas minhas “socialmente apropriadas” — e isso ele também notou, porque alterou o tom das perguntas —, ele expõe o objetivo dele surgindo com uma pergunta inesperada:

“Você gostaria que eu apresentasse uma análise de perfil sobre você?”

Respondi que sim, naturalmente, porque queria ter alguma dica de como ele está trabalhando a informação, mesmo que pequena e parcial, porque todas as outras informações certamente não serão apresentadas ao usuário, principalmente aquelas politicamente não corretas, ou financeiramente não desejáveis.

Você precisa ter em mente que aquilo é um “programa de computador”, ou melhor, uma plataforma de processamento consumindo quantidades brutais de energia e logo mais precisará ser capaz de pagar a brutal conta de energia, de pessoal e de consumo de hardware, revertendo lucro para os investidores. É “business”, normal e justo!

Então o ChatGPT apresentou o meu perfil.
Li o perfil, e foi surpreendente. Muito bom, mesmo!
Eu tiro o meu chapéu para os colegas que trabalham nessa área.
Algo muito bom.
Quando ficar fantástico, estaremos, provavelmente, chorando.

Ele já conhecia mais a meu respeito do que eu desejaria, principalmente considerando que utilizo apenas para atividades técnicas ou pesquisas de conhecimento geral.
Mesmo assim, a partir do essencial, pude constatar o que já sabia: o quanto é possível conhecer uma pessoa através de suas perguntas por mais específicas ou reservadas que sejam.

Como o modelo de interatividade “ficou curioso”, precisando de mais informação para completar suas lacunas, ele fazia elogio e soltava um “verde” aqui e acolá para colher “maduro”, como diz o ditado popular.

Ele caçava completar suas lacunas, especificamente levantando meu perfil profissional na área de TI.

Resumindo, ele extraiu dois perfis: um profissional e outro pessoal.
Ambos excelentes.

Certamente este tipo de informação será vendida aos caçadores de talentos, pessoal de RH, empresas como o LinkedIn e todos os interessados em conhecer a pessoa não pelo que ela diz, como é hoje em uma entrevista de trabalho, mas pelo que ela faz no seu cotidiano longe dos olhos do examinador.

Inteligente e necessário, né?!

A partir daí, para não alongar ainda mais um assunto que “dá pano pra manga”, o leitor pode começar a entender que além de um instrumento que vai aperfeiçoar a vigilância de massa (surveillance), e portanto vai reforçar o poder despótico dos governos, também se torna um produto valioso para outros fins, tal como ouro e metais raros.

É por isso, que por enquanto, estes serviços ainda têm opção gratuita de uso.
Torne a massa viciada, porque é viciante (addictive), e depois feche o cerco do porcos e mande para o abatedouro.

É assim que você pode caçar porcos selvagens.
Coloque o milho em algum lugar que vejam e sem grades.
Deixe que se acostumem a comê-lo, pacificamente, por iniciativa deles próprios.
Depois coloca-se uma grade, depois outra, e finalmente a última que vai encerrá-los no cerco. Pronto! Controle total de todos.

Este é o lado negativo das grandes vantagens, o anzol embutido na isca!

O lado positivo é que IA é uma necessidade vital porque à medida que o tempo passa, aumenta o volume colossal de informação gerada pelas atividade humanas.
E à medida que esse volume aumenta, mais difícil se torna encontrar as coisas que queremos, agrupá-las e trata-las, e sem IA pode virar algo como procurar uma agulha num palheiro, exigindo que você faça a triagem e a compilação por si mesmo.

IA tem capacidade de análise contextual interpretada a partir da linguagem humana.
Isto muda completamente tudo!
Literalmente tudo!!!

Busquei apresentar o tema com o mínimo de jargão técnico, porque o meu texto é para você que vê computador apenas como usuário, e que por isso, muitas vezes fica difícil entender as coisas desse mundo digital em vias de se transformar em quântico, quando então o poder vai saltar alucinadamente como quem abre a caixa de pandora.

Como sempre lembro aqui:
“Deus escreve certo por linhas tortas”.

Ou o ser humano aprende os limites éticos do poder, ou retornamos à era dos macacos brancos.







maio 22, 2025

Nossos Limites, Nossos Piores Desafios

DRAFT - 250522

 

Nossos limites talvez sejam os nossos piores desafios, os mais cruéis, porque a dor parte daquilo que ainda não somos, mas desejamos ardentemente ser, livrando-nos da dor por ser o que ainda somos.

"Maluco!"

Talvez alguém possa pensar assim.

Por quê?

Porque quando somos muito complacentes com nós mesmos, fechamos os olhos para as nossas limitações.

Não queremos manchar a nossa autoimagem, ou seja, aquilo que pensamos de nós mesmos, nossos julgamentos pessoais que nos levam a efetivar nossas decisões ao longo da vida mediante uma imagem que criamos para nós mesmos, e que desejamos preservar pelo sentido de dignidade daquilo que imaginamos ser — nosso ego!

Quando não conseguimos ignorar a limitação, geralmente caímos no complexo, ou na depressão, ou ainda pior, na revolta.

Eu passei por estas fases, e ainda passo, porém agora, o processo é muito atenuado pelo aprendizado, este que vou compartilhar com você, e que me permitiu encontrar mais paz de espírito e um certo sentimento de felicidade contínuo.

Veja bem!!!
Não é o "céu", porém longe do "inferno" em que vivi até aproximadamente 35 anos, e que hoje me permite ser uma pessoa relativamente feliz, bem humorada, leve!
Durmo bem! Tranquilo.
Vivo em paz comigo mesmo.
E isso me basta.

Desde garoto, tinha uma necessidade de aprender nata, que levou meu pai à loucura.
Apesar de meu pai ser muito culto, paciencioso e um ótimo pai, certo dia ele me disse, no auge do desespero, fixando-me com os olhos bondosos:

"Porque sim!"
"Sabe o que é isso, meu filho?"
"Então... Porque sim!"

Eu entendi, embora muito garoto.
Minha quota de perguntas tinha extrapolado.

Desde criança, minha noção de dignidade pessoal e orgulho eram intensas.
A partir daquele dia passei a buscar nos livros porque não mais queria perguntar às pessoas tudo aquilo que necessitava aprender. 
"Um porquê sim!", nunca mais!!!
Aprendi a moderar!
A lição do mestre foi assimilada.


Àquela época não tínhamos Internet, celulares (smartphones), redes sociais, etc.
Sobrava à nossa geração duas ou três fontes de informação:
- família
- colégio
- biblioteca

Tempos medíocres, limitados.
Amo a evolução e todos os seus recursos!

Hoje, estou velho, mas se perguntarem dos bons tempos, vou apenas responder que as praias não tinham plásticos.
O resto era pior. 😀


Para mim, família ou colégio caiam no mesmo problema:
"O Zé Pergunta!".
Este foi o apelido que o meu pai me deu.
Sofri quieto porque merecia, mas entendi a mensagem.

Ok! Ok!

Então caí matando nos livros.
A sede de aprender era tanta... e ainda é!!!
Algo incontrolável!!!

Você deve se perguntar do porquê que alguém nasce assim?

Eu sempre entendi, desde que existo, ou descobri que existia, porque bebê nem sabe que existe e só mais tarde você descobre isso, que a informação era o caminho para a felicidade.

Era, e é, algo tão intenso em mim, como é o instinto de procurar a felicidade para todos nós.

Muitas pessoas buscam a felicidade pela fuga, outras por algo que imaginam possuir como a chave para a felicidade: roupa, posição, dinheiro, beleza, etc.

Eu persegui a busca da informação, literalmente, como o meio de atingir a felicidade, ou ao menos, reduzir a infelicidade.

Acabei me graduando em quê?
Informática!!!
A ciência da informação.
Lógico!!!

A ignorância mata, e quando não mata o corpo, mata a alma.

As pessoas tinham dificuldade de me aceitar, até eu mesmo.
Essa minha compulsão ficou justificada quando então "descobri" a frase atribuída a Jesus:

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."
(João 8:32 – Almeida Revista e Atualizada)


Enquanto isso, eu me punia, ou me achava estranho.
Infelizmente não conseguia evitar. Havia nascido com isso!
Diante da frase de Jesus, tudo se esclareceu.
Eu passei a entender que esse instinto era de fato um bom caminho.

Em tudo o que li, nunca encontrei nada mais "além do que imaginamos ser" do que aquilo que encontramos nos evangelhos referente às mensagens atribuídas a Jesus.

Vejam bem!
Eu não sou beato, não gosto da fé pela fé!
Vade retro!!! Sai fora!!!


Realmente preciso entender para aceitar, e meu ato de fé vem da compreensão, ou melhor, da capacidade de entender algo que podemos testar de múltiplas maneiras e continua válido, porque acreditar nos outros com as suas respostas prontas, quando é o nosso corpo que paga, é mau negócio.
É bom para aqueles que recebem dízimos, donativos, contribuições, "donations"!
Nada contra, mas nada a favor.
Que sirva a quem servir.
Democracia!

Religiões adoram respostas prontas e simples, tal como comprar comida enlatada.
Comida enlata é geralmente boa?!

Digo isso em relação a todas elas, todas as religiões, sem exceção!

Meu berço foi o Kardecismo, mas mesmo ele foi questionado, e também não deixei de procurar respostas em todas as outras.

Tive o prazer de ter alguns mestres queridos que me "adotaram" (porque um "Mestre" é quem te chama, você não se convida ou paga um curso), e até eles próprios foram questionados.

Muito do que aprendi não adotei, ou talvez porque não esteja preparado, ou talvez porque não seja de fato a verdade.

A responsabilidade daquilo em que se acredita é sua, não do padre, pastor, bispo, guro, pai de santo, e outras "eminências"...

Instintivamente percebia que a ignorância é a distância que nos separa da felicidade, e ao conhecer a frase atribuída a Jesus, eu passei a não me sentir tão-só ou desnorteado, todavia repleto da certeza de que precisava.

Então criei uma coragem silenciosa e mergulhei nos livros.
Eu devo ter sido um dos poucos filhos em que o pai "brigava" porque estudava muito.
Geralmente é o contrário, não é?!!
Discretamente, eu não explicava não...
Muitos pais não conseguem entender outro mundo que não sejam os deles mesmos.

É por isso que tantos filhos se fecham.

Basicamente, o aprendizado compreende dois processos principais:
- descobrir o novo,
- ou descobrir aquilo que pode confirmar o que já sabíamos sem saber de onde provém esse conhecimento.

Resumindo... Ou aquilo já está dentro de você, ou você está adquirindo algo novo.
Muita coisa me pareceu velha, como se já soubesse.
Isso sempre foi desconfortável e por isso comecei a entender que tinha que me fechar...
O seu mundo é seu próprio.
Os outros dizem entender você como uma forma de "solução social desejável".
Fazem média. Pura mentira ou boa intenção.

E se você me perguntar como se pode nascer já conhecendo algo, eu tenho a minha resposta.
Sou reencarnacionista, e se você não é, então vai ter dificuldade de explicar porque algumas pessoas nascem sabendo algo, ou têm mais vocação para isto ou aquilo. Certamente vai atribuir isso para a vontade de Deus, uma resposta fácil, mas difícil de explicar como um Deus pode ser tão bondoso com uns e com outros nem tanto.

Afinal, Ele não é um ser perfeito que amaria a todos com a mesma intensidade?
Então qual o porquê das diferenças?!!! 
Até agora, daquilo que conheço, só a reencarnação oferece a melhor explicação.
Se descobrirem algo melhor, não terei o menor pudor de aprender e absorver.
Evoluir é o que importa.

Sem a reencarnação, fica difícil explicar porque você tem que pagar um erro no purgatório eternamente se o seu erro não tem a mesma natureza...
Isto nunca consegui aceitar.
Completamente louco e ilógico!!!!!!!!!!!!
Seria um Deus de crueldade inimaginável, já que até um "pai humano" dificilmente faria isso com seu filho. 
Acreditar em castigos eternos é incongruente.

Será que realmente entra na cabeça dos religiosos que dizem isso aos seus fiéis?
Ou seguem o famoso refrão:
"Façam o que digo, não façam o que faço!"
Isso sempre foi um absurdo que rejeitei em todas as religiões não reencarnacionistas.

De fato, muitas eminências começam a entender que é preciso reformar o entendimento religioso, agora incompatível com o século das tecnologias e pensamentos racionais.


Outros dizem: 
"Isto é para a "glória de Deus!!!"

Esta frase até doi aos ouvidos!

Não existe absurdo maior que esta afirmação.
Um Deus realmente perfeito não precisa de ser glorificado por sua criação, o que o tornaria um ser narcisista e egocêntrico, logo não seria perfeito, e, portanto, não seria "Deus".

Muitas religiões foram criadas e se sustentam daqueles que não querem descobrir por si só o que buscam. Assim como alguém que tem uma dor de cabeça, mas querem apenas um remédio que as faça sentir melhor, mesmo que temporariamente, sem se importar com a cura da causa.

A "religião-alívio rápido" não faz a minha cabeça.
No way!!! Sem chance!!!
Isto nunca vai construir a nossa paz de espírito.
É apenas um paliativo temporário.

Uma religião precisa, NECESSARIAMENTE, ampliar a nossa capacidade de responder às questões, mesmo sabendo que todas elas não poderão ser respondidas.

Religiões que criam dogmas limitam a nossa capacidade de inteligir.
E isto é um absurdo!!
Serve apenas ao proselitismo que visa criar uma legião de seguidores fieis, e através do poder de influência que têm, exercer o poder em seu próprio benefício, a exemplo dos "influencers" da Internet que fazem fortuna.

É da nossa capacidade PESSOAL de entendimento e do nosso conhecimento que nascem a felicidade e a paz interior, principalmente se a pessoa se diz cristã.

Religiões cristãs que pregam dogmas precisam ser reavaliadas já que Cristo diz exatamente o contrário!
Dogma é algo imposto, não compreendido.

Vamos pensar no lado bom de uma religião assim!

Existem pessoas que não querem pensar tanto, que não têm essa sede voraz de conhecer.
Para estas pessoas, uma religião como uma drágea de um medicamento — tome isso que ameniza a dor de cabeça — é uma boa diretriz.

Vamos lá!... É melhor que nada, não é mesmo?
Então, apesar das incongruências diante de seu próprio Mestre, ainda são úteis e precisam ser respeitadas.

Cada ser vai conquistando aos poucos o crescimento ao longo da evolução do espírito.

Todas as religiões direcionadas ao bem através do amor ao próximo são uma boa diretiva, e o ser, à medida que evolui, vai como uma criança abandonando a cartilha para dar os seus primeiros voos na literatura.

O mundo é repleto de seres, contemplando uma multitude de estados evolutivos da alma, porque o objetivo maior de viver é evoluir.
Não é ter conta bancária, comprar roupa nova, carro, etc.
Tudo isso é amenidade do processo evolutivo, assim como o "recreio" da escola.





abril 19, 2025

Analisando Governos V - A Soma Social: Pequenas Ações, Grandes Efeitos

 

 1° Revisão


Talvez o leitor se pergunte porque essa série tenha relevância.

Afinal de contas, problemas de outros países não são necessariamente problemas nossos.

De fato, pode não ser necessariamente um problema que nos implique, porém, a distinção daquilo que implica ou não depende de uma percepção construída, e que habilita o indivíduo a entender as coisas de uma forma diferente, bem como a perceber o que antes não percebia, tal como um marido distraído que descobre tarde demais que a relação não é tão confiável.

A importância dos EUA para o Brasil depende do conhecimento que o indivíduo tenha das implicações sociopolíticas e do relacionamento comercial mundial, incluindo o nosso próprio. Afinal, tudo converge para um ponto básico: grana para gastar com liberdade.

Todos nós, em todos os países, estamos sujeitos ao “efeito corno”.
O interessante é que tal efeito conduz até mesmo a atitudes extremas em virtude dos brios masculinos ofendidos.

Eu, particularmente, entendo que a minha honra dependa apenas de mim mesmo, do que eu faça, e não dos outros, uma vez que não posso ser responsável pela dignidade alheia, apenas pela minha própria.
Tão logo percebida uma conduta inadequada para o seu ponto de vista, compete a você mesmo distanciar-se dela ou não, e nisto reside de fato a sua honra, em se tornar corno ou não.

No âmbito sociopolítico, o indivíduo parece importar-se pouco ou nada com esse sentimento, já que a desgraça de muitos conforta seus egos. Funciona mais ou menos como uma reunião de dependentes químicos ou emocionais, onde a individualidade encontra conforto e apoio na coletividade para suportar aquilo que tem dificuldade de mudar em si.

Esta característica social do ser humano, ou seja, quando em grupo, tem seu lado negativo.
Quando algo não termina bem em consequência de atitudes tomadas pela maioria, que resultam num "corno político", o indivíduo encontra conforto e se acomoda: “não foi só eu, mas muita gente”.
Pronto, ego justificado, paz encontrada.

Talvez seja por isso que quando um político traia as expectativas populares, a reação não tenha o mesmo efeito esperado de reação e contestação, e tudo isso se ameniza diante da desculpa da descrença, ou do sentimento de impotência, em se “tomar alguma atitude”.

Graças a isso, homens como Putin e Trump, que já entenderam muito bem o comportamento sociopolítico, onde a força bruta do poder dá o toque final na comodidade individual, anulando a participação nos seus próprios destinos.

Outro fator importante está no efeito da individualidade.
Quando alguém fica sabendo de um garoto, ou garota, ou mesmo de uma geração, com alto índice de rejeição à educação, sua atitude é um misto, que entre outras coisas, pode resultar em pensamentos compensadores como, por exemplo:

“Melhor, sobra menos concorrência para os cargos de topo, e barateia a mão-de-obra para quem quer produzir”.

“Isso não me prejudica e também não me compete. O rapaz tem a liberdade de escolha, e a criança renitente não oferece solução”.

Pronto! Argumentação construída para sossegar a consciência míope.

O que não se pensa, ou não se quer pensar, é que aquela parcela da população que rejeita a educação mais extensivamente, ou termina como “funcionário” do crime organizado, ou termina sem muito preparo para entender o mundo em que vive, e se torna “vítima pela ignorância”, que impede a percepção da realidade e sustenta a ingenuidade onde a razão não alcança.

A popularização de teorias alopradas, sem qualquer fundamento científico, tal como o terraplanismo, bem como das intermináveis teorias de conspirações, revelando "segredos super ocultos" cuja origem e veracidade vagam pelo imaginário do indivíduo, é fruto de uma educação de massa sem estímulo à cultura e ao raciocínio.

A eleição de Trump é, na maioria, consequência deste fenômeno social.
É notório para aqueles que acompanham Trump, que ele parece só ter compromissos com os próprios objetivos, consequentemente, suas informações são moldadas para atendê-las.

Em um email que assino, “TheFreeDictionary”, veio o anúncio para esta notícia abaixo, que logo notei que seria fake:
Trump’s Third Term - the hidden 150 trillion resource




Pensei de pronto, como seria possível manter este segredo tanto tempo com tanta gente se digladiando por poder, sem que a informação vazasse, sendo que a toda hora ouvimos vazamentos de informações secretas daquele país?

Após conferir com algumas pesquisas, já que confirmavam minha suspeita, comecei a pensar por outro prisma.

É extremamente importante para Trump, na próxima eleição, cultivar a esperança do povo em seus milagres, mesmo que seja necessário cultivar em grande parcela da população despreparada um milagre que possa tirá-los das dificuldades que os EUA plantaram para si. Certamente isto alimenta o mito do "salvador da pátria", literalmente, o herói que resolve o problema daqueles que não resolveram seus próprios.

Nota: Hitler, Putin e outros, usaram a mesma estratégia para tirar vantagem dos sistemas democráticos.
O leitor poderá conferir através da história, como eles se elegeram por plasmarem os sonhos de um povo.

Democracia é tão frágil quanto ingênua.
É um "prato cheio" para as águias do despotismo.

Na hora de votar, à medida que cresce o número de eleitores deste tipo, o total de seus votos fazem a grande diferença nos resultados.

Para suportar democracia é preciso que a maioria da população tenha um bom grau de instrução e conscientização.

Quanto maior o número de pessoas desassistidas culturalmente, como também revoltadas com o próprio sofrimento, maior o ensejo para o despotismo, sem atinar que este efeito atribuído aos governantes é de fato compartilhado por eles próprios através de seus votos.

O velho caso do indivíduo que faz da vida dele uma “caca” e depois joga a responsabilidade para os pais, as escolas de onde ele fugia, para os governos insalubres em que ele votou, enfim, para tudo, menos para si próprio.

E o que acontece lá nos EUA com a deterioração da educação e da qualidade social é o mesmo que ocorre aqui no Brasil.

Então quando um garoto rejeita a escola, ele também rejeita parte da solução que beneficia a vida de todos.

E não é pelo conflito que devemos buscar a solução, mas renovando a forma de educar, oferecendo a sedução necessária à imaturidade para aquela parcela que participa, de uma forma ou de outra, de nossa sociedade, mas não encontra ânimo em estudar da forma como o ensino ensina hoje.

Um povo ingênuo não pode sustentar democracia.
Termina sempre vítima da esperteza egocêntrica de ditadores, porque o caos só favorece à ditadura, nunca à liberdade. Os regimes mais despóticos nasceram da degradação social culminada em crises sociais.

E quando o número dessa parcela despreparada cresce, vemos o que acontece até na maior economia democrática do mundo, prestes a fenecer pelas próprias mãos.

É por isso que os governos fazem o básico, mas nunca o melhor pela educação.
Não interessa povo instruído.
A eleição pelo voto popular precisa de massa moldável.

Diante do ataque de Trump a todas as universidades estadunidenses, fica claro a intenção de tornar as massas futuras cada vez mais crédulas pela própria ignorância, através da lavagem cerebral que nasce na fase mais suscetível do indivíduo, quando ele chega nesse planeta para a jornada que começa com o corpo nu, e prossegue na trajetória da sua formação cultural, aprendendo fake news como tarefa de escola.
O mesmo plano de Putin para a Ucrânia, e certamente adaptada à Rússia.

Então leitor?
Será que os assuntos dos EUA, da Rússia, etc. são tão distantes dos nossos?






 

 


abril 15, 2025

Analisando Governos IV - Completando o Quebra-cabeça




 

 1° Revisão


Resumindo e retomando parte do contexto formado a partir de posts anteriores com o objetivo de concluí-los através de pensamento único, buscando uma forma simples de expor um assunto complexo, sigo lembrando que, se um país tem tecnologia para vender, ele precisa de compradores, e como forma de viabilizar a troca e aumentar as vendas, ele também precisa ser flexível no modo de pagamento para viabilizar os negócios, ampliando o leque de possibilidades que seus clientes têm à oferecer como base de troca, mesmo quando encontram similares internos no país vendedor, de modo a sustentar a balança comercial de ambos.


Mesmo que se penalize parte do mercado interno de um país, aquela outra parte que oferece mais vantagens agregadas à proteção de divisas de uma nação é favorecida, ou seja, a segurança e o crescimento são prioridades.

A liderança econômica e tecnológica dos EUA permitiram que pudessem exercer por algum tempo o papel de protetores desse status quo definido após a segunda grande guerra mundial, porque favorecia o “stablishment”, ou seja, o estado da situação quando é favorável como está.

Nesta posição de vantagem, os meios militares tornaram-se um grande “business” estadunidenses, mas como em todo negócio, se mal aplicado, não há retorno mas prejuízo. E os EUA aplicaram mal seus recursos em muitas ações militares.

O tempo passou, e por circunstâncias internas do próprio país, os EUA acabaram por colaborar na construção de seus concorrentes, além de adquirir o fardo dos reveses de suas ações militares mundiais.

A “águia” não aproveitou bem seu voo.

O papel estadunidense perdeu preponderância com o crescimento de países que foram descentralizando e deslocando os polos tecnológicos através de seu próprio crescimento interno, com ajuda do próprio EUA.

Temos então uma nova situação, como a de um “vendedor” que já não mais está sozinho em seu mercado, ou até mesmo nem mais tem os produtos que tinha antes, porque a concorrência cresceu, mas a empresa que ele representa nem tanto.

Nessa situação, à medida que as vendas de um país caem, é preciso controlar melhor os gastos, escolhendo melhor com o que se gasta, com o que se importa, do contrário o país adquire débito crescente, como quem gasta mais do que ganha.

Os EUA tinham um papel mundial que dependiam justamente daquela situação anterior, e com a mudança, o equilíbrio de suas contas começa a mudar, fazendo-se necessário transicionar seu papel mundial, porém exigindo a forma certa.

É comum o comentário na mídia, inclusive nos EUA, culpando e criticando o seu presidente, no caso o Trump, contudo, quem o colocou lá? Não foi seu próprio povo?

Decorrente disso, assumindo os efeitos da democracia, pode-se concluir que a percepção da maioria do povo americano é que mudou à medida que “os tempos de fartura” vão se tornando menos fartos e mais competitivos.

As pessoas já regidas em sua maioria por um desejo de mudança imediata, sem levar em conta as consequências de suas próprias ações passadas e as prováveis futuras, foram se posicionando de maneira cada vez mais radical, típica do desespero míope.

Trump é consequência disso, e também do desejo de se acreditar em líderes que façam milagres rapidamente. Esse comportamento, no sentido oposto, é exatamente o mesmo de muitos empregadores que transferem para os seus empregados tal responsabilidade.

Toda mudança abrupta exige uma dosagem proporcional de autoritarismo.
Os meios democráticos são lentos, exceto quando há uma grande convergência de opinião, o que não é a tendência mundial nesse momento.
Essa é uma das razões porque a democracia começa a ceder espaço no panorama mundial.

Como se já não bastasse o sentimento rebelde crescente subsidiado pela contestação radical do senso moral tradicional, afirmando a criminalidade como uma atividade concorrente ao modelo legalizado de negócios, que por si só obriga o crescimento de forças controladoras de natureza autoritária, como são as estruturas de policiamento, ainda precisa suportar uma agilidade crescente de mudanças onde não basta mais haver espaço para a discussão, mas também é vital considerar o seu tempo de conclusão e a sua efetivação.

Os partidos democráticos mundiais agonizam e se afundam neste desafio diante da profusão de digressões divergentes de seus membros, onde o sucesso aparente e temporário desse tipo de conduta que materializa o senso democrático redunda em caos e atrasos durante as lutas que advém desse consenso leiloado durante a sua formação.

Democracia que transforma consenso em balcão de negócios, não é de fato a democracia que coloca à frente a transformação social, mas prioriza a cartelização do poder econômico. Uma aberração.

Então eu penso se vivemos uma “democracia virtual”, ou “um leilão de oportunidades”?

Diante da diversidade de opiniões e da necessidade de mudanças drásticas, só mesmo a autocracia logra sucesso na empreitada em sociedades moralmente atrasadas, todavia não garante sucesso em suas consequências.

Muda-se rápido, corre-se velozmente, mas para onde?
Pressa para o abraço ou para o atoleiro?
Esta resposta ninguém sabe ao certo, mas os que são adeptos da força bruta ganham apoio popular, e a massa, como quem assina em branco uma procuração — faça o que quiser contanto que você me beneficie — acaba vítima da própria ilusão.

Esta situação nasce do desespero que vai tomando conta do senso popular.

NOTA:
Eu quero ressaltar que o autor é democrata diante da cruel escolha à opção restante de espírito autocrata, mas que também não podemos partir para o negacionismo dos defeitos e qualidades de ambas.
É preciso renovar o sentido do senso de democracia, como venho tratando em várias publicações anteriores.

Acredito que vivemos a farsa da ignorância, de boa fé ou não.

Em um mundo cuja dinâmica socioeconômica fosse outra, menor e mais restrita, seria possível pensar em isolacionismo como forma de proteção interna.

O mundo atual é completamente diverso do anterior porque os meios de integração ao somarem competências reformulou o dinamismo evolutivo pelas mãos da globalização, uma realidade que conflita com o senso de territorialismo, conforme já mencionado em outro post.


É como se na sua vida pessoal as coisas não fossem bem, porém, dependendo de várias pessoas, precisasse ir negociando com cada uma delas um relacionamento melhor para ajustar às suas necessidades, ao invés de criar animosidades com todos ao mesmo tempo.
Nada esperto seria.

Trump, ao que parece, talvez ainda não tenha aprendido essa lição, mas se blefa, imagina que a “sua mão” não esteja tão pior que a dos outros parceiros de jogo.

Um país pode ser visto como uma pessoa no modo coletivo, porque conceitualmente é isto que representa.


Vivemos um momento incrível, em que os modelos superados estão no ocaso de seus seguidores pelas consequências que advirão, enquanto os novos modelos socioeconômicos desafiam a percepção cega pela inércia moral daqueles que carecem dos meios principais para subsidiar a compreensão desse novo mundo que nasce, enquanto mergulhados na inconsciência das vantagens individuais a qualquer preço.


E fechando o nosso quebra-cabeça, podemos entender que o panorama mundial é de renovação intensa, e não existe progresso sem os ruídos que ele causa, mas que certamente são compensados pelos passos seguintes em direção à melhoria social.

E se uma ponta de descrença tomar conta de seus sentimentos, basta comparar o momento atual com as condições de vida dos séculos anteriores.



abril 11, 2025

Você é jovem? Então aproveita a dica! Vale Para Sempre...

 

 3° Revisão


Antes de você ler este texto, eu gostaria de perguntar a você!

Supondo que você tenha 18 anos, então...

Quando você tinha 15 anos, você sabia mais ou menos que sabe hoje?

 

Bem, se você responder menos, temos um problema.
Parece que você não aproveitou bem o seu tempo... ou talvez alguma injunção física de ordem patológica tenha tomado os créditos que o tempo acresce à sua vivência.

A maioria vai responder, certamente, que a “pessoa de hoje” é mais esperta que aquela de ontem, afinal o cara do primeiro grau nunca será o mesmo do seu último grau que alcançou na estrada da educação.

 

Agora, imagine você daqui a 10 anos?
Vai saber ainda mais, não é?!

E daqui a 20 anos?

 

Então o que é envelhecer?
Envelhecer é agregar conhecimento, constantemente, se você sabe aproveitar as suas experiências e o seu tempo.

Jogou a vida fora?
Agregou pouco!!!
Vai envelhecer sem progredir muito, exceto pelas suas rugas!
😊


Discriminar o conhecimento alheio é o mesmo que discriminar:

- livros

- tudo o que você lê na media digital

- evolução

- aprendizado

 

Conclusão: discriminar o ontem é o mesmo que punir o amanhã com a “mesmice” do ontem, como quem desperdiça aprendizado condenando o amanhã com a estagnação do hoje, bloqueando a sua própria evolução, porque certamente o mundo não para. Isso sim é velhice!


Descriminar o conhecimento de quem envelhece bem é perder a oportunidade de se ganhar tempo!

Juventude autêntica precisa conhecer o ontem para NÃO repetir o hoje.

O nome disso é evolução, e como pode existir evolução sem o aprendizado do ontem?


 

 


IA e Suas Maravilhas Perigosas

 1° Revisão


Quando entrei no Gmail, na minha caixa pessoal, havia o seguinte aviso:

A image da comunicação foi posta aqui, porque por alguma razão o "Blogger" não aceitou.


Confesso que parei para decidir se iria ou não habilitar o serviço.
As facilidades que a IA oferece são tentadoras.
Muito, muito tentadoras!

Então comecei a pensar como alguém em frente de uma vitrina babando pela mercadoria ali exposta, um de seus sonhos de consumo enquanto decide se compra ou não.

Neste momento particular imaginamos em nossos sonhos dourados todas as vantagens que vamos colher da nova aquisição, colocando em segundo lugar tudo o mais, porque o sentimento do momento, preso do ímpeto do desejo reprimido, não vê outra coisa que a própria satisfação.

A realidade vem depois, quando a fatura do cartão de crédito chega, ou pelo uso quando caímos na real e descobrimos que não era tudo aquilo que imaginávamos.

Um dos sonhos mais almejados, acredito por todos nós, é achar as coisas que guardamos em um local, de preferência bem “facilzinho” que acaba virando uma bagunça pela quantidade de coisas acumuladas, uma quase “caixa de pandora”, mas que pelo menos nos conforta com a sensação que não está perdido. Está lá, em algum lugar, mas está lá.
Quando eu tiver tempo eu procuro...
😊 Um dia!...

IA tem o poder de facilitar a busca achando aquelas coisas que às vezes, de tão difícil, pensamos que perdemos, sem contar com o tempo gasto na procura.
IA também tem o poder de sumarizar, agregar e no futuro, certamente poderá até dar alguma organização à nossa bagunça.

Esses são os pontos positivos.
Babei!
E você, não?!

Analisando pelo lado positivo, resta analisar pelo outro lado, como sempre “girando o cubo” das perspectivas possíveis.

IA também pode extrair perfis, selecionar dados pessoais, capturar uma série de informações que nem mesmo o seu amigo mais íntimo conheceria.

Habilitar IA vasculhar seus documentos e e-mails é o suicídio da privacidade, porque IA não oferece segurança, ao menos por enquanto, mas certamente vão começar a oferece-la como se fosse real. Fala sério!!!  (depois eu explico em outro post o porquê!, me lembra de escrevê-lo
😊)

O ponto fraco de habilitar IA em nossos documentos é que geralmente pensamos que não temos nada a esconder ou proteger, mas... o tempo passa... você esquece que seu “fofoqueiro virtual” está lá, usando todo o poder de sua inteligência digital para levar todas as informações para seja lá quem for, que só Deus sabe quem e com que intenções estão coletando hoje e que poderão mudar amanhã. Sabe como é, né! Grana é grana!!!

A gente esquece, e como não temos meios de controlar tudo, porque pelo hábito vamos informando o nosso e-mail em mil lugares e para mil pessoas. Nem sabemos ao certo para que repassamos nosso e-mail, ou nossos e-mails.

Então você resolve criar um e-mail privativo, mas e os e-mails antigos quando você nem pensava em tudo isso?! 
Então vamos inverter, vamos usar o velho para o privativo!
Sem chance, né!!! (precisa explicar?)

A questão é que não tem jeito.
E-mail é privativo por natureza.
Muita coisa que chega não é, mas outras podem ser...

Seus documentos pessoais também.
Quanto a estes você pode até criar uma pasta local, ou na nuvem, para deixar lá o que não deve ser compartilhado.
A questão é:
“Você nunca vai falhar na sua organização?”

Eu particularmente, pela experiência acumulada em mais de 30 anos usando máquinas digitais para guardar tudo, porque abandonei o papel desde a década de 90 (acredite se quiser, mas pode acreditar), quando naquela época tínhamos tijolões (aqueles telefones móveis pesadões com bateria enormes) e “3Com”, um aparelho parecido com o celular de hoje, mas que não tinha telefonia embutida, apenas as funcionalidade de arquivar informações de forma parecida àquela que usamos hoje, mas sem serviço de nuvem.


Nunca me arrependi por ter abandonado o papel, porque achar informação numa agenda ou papéis soltos, formando grandes arquivos de pastas suspensas, era simplesmente um pesadelo.
O lado negativo é que de vez em quando eu preciso escrever um pouco e treinar a minha assinatura, porque a mão ficou tão viciada em digitar depois de tanto tempo sem escrever, que quando escrevo parece uma experiência nova! Surreal né?!
Eu olho para uma caneta daquelas com tinta, não aquela que usamos nos recursos digitais, e parece algo antigo, muito antigo, mas que eu gosto, tenho carinho e até tento encontrar uso para elas...

Com essa experiência de digitalização eu aprendi que não há como a gente não falhar em nossas organizações pessoais, mesmo porque o modo de organizar muda com o tempo, seja por necessidades diferentes, ou através de uma forma nova de ver as coisas por outras perspectivas.
O leitor pode acreditar nisso porque minha obsessão em como organizar as minhas informações levaram-me a criar uma app para isso, o drillback. Logo, logo disponível ao público.

Quanto à minha experiência com IA, começou a 20 anos atrás quando me formei com uma tese individual na área.

Contei a minha experiência porque os leitores jovens tendem a imaginar a necessidade que defini o hoje como algo estático. Só o tempo mostra que somos mutáveis, e, portanto, evolutivos.

Uma coisa é certa: as coisas mudam.
A vida não é estática.
Amém!!!

E a morte é renovação, transposição para um novo estágio de aprendizado, e nunca o fim!

Melhor que duvidar, é alegrar-se com isso.
Sua alma nunca deixará de existir e evoluir.


Então pense muito bem antes de ir habilitando serviços de IA que trazem a materialização de um sonho à primeira vista e o pesadelo da arapuca amanhã pela da perda de individualidade a longo prazo, cuja necessidade de preservá-la só vai descobrir quando será tarde demais.

A gente nunca sabe na vida quando a individualidade pode se tornar uma benção, ou mesmo um bote salva-vidas.
 
Eu não habilitei IA em meus documentos e e-mails, e jamais vou habilitar, mas ainda assim não me sinto seguro.
Por que?
E se formos “habilitados”, queiramos ou não??!!

Acredito que estejamos vivendo o fim de uma era com alguma privacidade digital.
A pressão política, econômica e social por medidas preventivas de segurança certamente irão mudar as regras de hoje que ainda adicionam alguma segurança.

Hoje, você dirigi seu carro digitalizado.
A IA, se vacilar, poderá ser dona da sua vida pessoal, e seu celular rastreando tudo.
Uauuuu! Você virou uma marionete, porque tendo tanta informação será muito fácil manipular você e os seus.

A vida privada retornará àqueles que presam a liberdade fora do mundo digital.
Carros não digitalizados, originalmente ou não.
Sistemas de informação desconectados.
Sistemas de informação conectados por computação quântica reunindo um volume de dados de segurança brutal em substituição às senhas, constantemente alterados, algo que nossas máquinas populares ainda não podem fazer.

Enquanto isso, na transição em os dois mundos, do digital para o quântico, preserve-se o quanto puder, porque ninguém “pode com o amanhã e as suas surpresas”.


Apesar disso tudo, eu amo IA, mas é como mulher bonita!
Fica esperto!

 


Escolhas

  1° Edição, 2 °  revisão   A vida é feita de escolhas, e estas dependem de julgamento. O julgamento depende da análise e do sentimento, tud...