setembro 02, 2024

Adapting and Competing: Harnessing AI Capabilities Without AI Taking Over You

 

AI is a major IT achievement.

LLM (Large Language Models) has been in development for decades and was worth all the effort of its engineers. It represented a major step forward in human-machine interaction in the 21st century, where humans now have the ability to communicate with machines, overcoming the previous century, when machines dictated how to communicate with them.


So, what is LLM?

When I asked ChatGPT this question, it came back:

"Large Language Models (LLMs) are a type of artificial intelligence (AI) model designed to understand, generate, and interact with human language on a large scale."


Well, if it wasn't clear to you, we can say that LLM is the "programming" that allows us to understand human language. If the "purists" turn their noses up at this assertion, we can still add in its defense that everything in IT is a line of code, that is, programming, no matter how clever it is!

Of course, all professions love to invent jargon to "spice up the chicken", making it seem more than it is, something more complicated than it really is.


Anyway!!!...

It's the damned human habit of "valuing" the fish to improve the sale price.

The thing is that the sale price always returns to the reality of the offer, and AI, like a fish in the market, will soon have its place precisely defined without the extremes that the impact of novelty brings.

The fantastic thing about the LLM is the programming model that was able to deal with various nuances of human communication. All of this is supported by the processing power of current machines, since before we didn't have such fast and capable CPUs and memories.

AI is old, but it's new to the general public.

I graduated with an individual thesis in 2004 in the area of ​​AI, which dealt with replacing statistical Kalman filters. This was my bachelor's thesis, and although I was offered a doctorate, the scholarship amount was so insignificant that it made surviving the 4 years of this process impossible.

All these details were provided so that you can build some confidence in the author's opinion.


OK! Has AI reached the beginning of maturity, its "18 years"?

And how do we deal with this teenager?

I'll summarize it to make the solution something direct and simple, but no less powerful.


If everyone can have access to AI resources, through its numerous services such as ChatGPT, Copilot, Alphabet, etc., what will make a difference is precisely the difference that you can add in addition to this, or even what you can envision as an action that transcends the information received, since AI will level everyone through its basic information.


It's no longer about discovering the solution contained in databases, something that AI provides, but the solutions that you add from the most powerful inference engine that exists: the human brain. In other words, you!


Remember that a response from any intelligent service puts you at the same starting point as your competitors, since everyone will have access to the same database.


What makes a difference is what you can add on top of that!

The challenge has become fairer since it levels the playing field, but on the other hand, it is more challenging since it requires truly new information.


Conclusion:

New information will be the difference between the machine and Man.

What will count is how much you actually "make a difference"!

So... work on your creativity.


Adaptando-se e Competindo: Tirando Proveito dos Recursos de IA Sem Que a IA Tome Conta de Você


 IA é uma grande conquista de TI.

LLM (Large Language Models) vem sendo desenvolvida há décadas e valeu todo o esforço de seus engenheiros. Representou o grande passo de interação homem-máquina do século XXI, onde o Homem passa a ter um recurso para comunicar-se com a máquina vencendo o século anterior onde a máquina ditava a forma de se comunicar com ela.

Afinal o que é LLM?
Fazendo esta pergunta para o ChatGPT, ele retorna:

"Grandes Modelos de Linguagem (LLMs) são um tipo de modelo de inteligência artificial (IA) projetado para entender, gerar e interagir com a linguagem humana em larga escala."

Bem, se para você não ficou muito claro, podemos dizer que LLM é a "programação" que permite entender a linguagem humana. Se os "puristas" torcerem o nariz para esta assertiva, ainda pode-se acrescentar em defesa desta que tudo em TI é linha de código, ou seja, programação, por mais esperta que sejam!

É claro que todas as profissões amam inventar jargões para "dourar o frango", fazendo-os parecerem mais do que são, algo mais complicado do que realmente sejam.
Enfim!!!...
É a maldita mania humana de "valorizar" o peixe para melhorar o preço de venda.
Acontece que o preço de venda sempre retorna à realidade da oferta, e IA, tal como um peixe de mercado, logo terá seu lugar justamente definido sem os extremos que o impacto da novidade traz.

O fantástico da LLM é o modelo de programação que foi capaz de tratar várias nuanças da comunicação humana. Tudo isso sustentado pelo poder de processamento das máquinas atuais, uma vez que antes não tínhamos CPUs e memórias tão velozes e capazes.

AI é velha, mas é nova para o grande público.
Eu me formei com uma tese individual em 2004 na área de IA, que tratava de substituir filtros estatísticos de Kalman. Essa foi a tese de bacharelado, e embora me tenha sido ofertado um doutorado, o valor da bolsa era tão irrisório que tornava a sobrevivência ao longo de 4 anos desse processo algo impossível.

Todos esses detalhes foram passados para que você possa construir alguma confiabilidade na opinião do autor.

OK! IA atingiu o início da maturidade, seus "18 anos"?
E como lidamos com essa adolescente? 

Vou resumir para tornar a solução uma coisa direta e simples, porém não menos poderosa.

Se todos podem ter acesso aos recursos de IA, através de seus inúmeros serviços tal como ChatGPT, Copilot, Alphabet e etc., o que fará diferença é justamente o diferencial que você poderá acrescentar além disso, ou ainda aquilo que você puder vislumbrar como uma ação que transcenda a informação recebida, já que IA nivelará todos através das suas informações básicas.

Não se trata mais de descobrir a solução contida em bancos de dados, algo que IA provê, mas as soluções que você acrescenta a partir do motor de inferência mais poderoso que existe: o cérebro humano. Ou seja, você!

Lembre-se que uma resposta de qualquer serviço inteligente te coloca no mesmo ponto de partida dos seus concorrentes pois todos terão acesso à mesma base.

O que faz diferença é aquilo que você poderá acrescentar além disso!

O desafio ficou mais justo já que nivela, mas em contrapartida, mais desafiador já que exige informação realmente nova.

Conclusão:
Informação nova será o diferencial entre a máquina e o Homem.
O que vai contar é o quanto você de fato "faz diferença"!

Portanto... trabalhe a sua criatividade.


agosto 16, 2024

On the threshold of Understanding, what remains?


It is in our rational nature to seek meaning in our decisions.
And if are we at the limit of our capacity for understanding?

In this situation, reason is useless because it is insufficient and all that is left is that feeling that leads us to a decision, something we call "intuition".

Living parts of life where our sense of reason gives way to intuition builds the predicate necessary for the growth of the soul in the face of its limits of understanding, where little by little we develop our interaction with something greater that seems to exist beyond what we know, but that does not materialize, yet is present.
Some call this God, and others call it science that is yet to be revealed.
Regardless of each person's personal belief, the fact is that something greater governs life.

Believing in intuition can build humility when we cannot walk independently when we need external support far beyond our capacity.

Intuition is also a kind of reminder of our natural arrogance, remembering that our limits require us to build some humility when we cannot do it by ourselves.

Unfortunately, intuition can be confused with self-mystification or influence.

In the case of self-mystification, personal desire is so intense that it is confused with intuition.
In fact, we are just listening to ourselves.

Intuition is something difficult to describe.
It seems more like a feeling of certainty associated with an action.
And if we desire too much, we have excess certainty in the face of insufficient perception of reality.

Intuition is also confused with influence.

This establishes itself as a kind of thought that takes over your reason in such a disguised way that it does not seem like an externally constructed thought but has the gift of determining actions, just like intuition.

And what is influence?

In search of a definition that is as neutral as possible, one could say that it is the alteration of "thinking" through an external source, whatever it may be, material or immaterial.

In short...
The fact is that on the threshold of understanding, all that remains is intuition, self-mystification, and influence.

The challenge is to filter what is really from intuition.


No limiar da Compreensão, o que resta?


É da nossa natureza racional, buscar sentido em nossas decisões.
E quando estamos no limiar da nossa capacidade de entendimento?

Nessa situação a razão é inútil porque é insuficiente e sobra apenas aquele sentimento que nos induz a uma decisão, algo que chamamos de "intuição".

Viver parcelas da vida onde o próprio senso de razão cede à intuição vai construindo o predicado necessário ao crescimento da alma diante de seus limites de entendimento, onde aos poucos vai construindo a sua interação com algo maior que parece existir além do que conhecemos, mas que não se materializa, porém, se faz presente.
Alguns chaman isso de Deus, e outros chamam de ciência que ainda está por se desvendar.
Indiferente à crença pessoal de cada um, o fato é que algo maior rege a vida.

Acreditar na intuição pode construir a humildade quando não podemos caminhar por nós mesmos, quando necessitamos de um apoio externo muito além da nossa capacidade.
A intuição é também uma espécie de lembrança à nossa prepotência natural, fazendo-nos lembrar que os nossos limites exigem a construção de alguma humildade onde não podemos trilhar por nós mesmos.

Infelizmente, a intuição pode ser confundida com automistificação ou influenciação. 

No caso da automistificação, o desejo pessoal é tão grande que se confunde com a intuição.
Na verdade, estamos apenas escutando a nós mesmos.

Intuição é algo difícil de descrever.
Parece mais um sentimento de certeza associado a uma ação.
E se desejamos demais, temos  excesso de certeza diante da insuficiência de percepção da realidade.

A intuição também se confunde com a influenciação.
Esta se estabelece como uma espécie de pensamento que toma conta da sua razão de forma tão disfarçada que não parece como um pensamento construído externamente, mas tem o dom de determinar ações, assim como a intuição.

E o que é a influenciação?
Buscando uma definição, a mais neutra possível, poderia se dizer que é a alteração do "pensar" mediante uma fonte externa, seja ela qual for, material ou imaterial.

Resumindo...
O fato é que no limiar da compreensão, resta apenas a intuição, a automistificação e a influenciação.

O desafio é filtrar o que realmente é intuição.




agosto 08, 2024

Chain of Command - About The caine mutiny court-martial




 The film "The caine mutiny court-martial" is about a justified reason for a wrong decision because a captain that puts the ship at risk during a storm.

In other words, the approach of respect for the hierarchical chain (or chain of command) necessary to maintain the organization and its purpose.

The film presents an excellent proposal and develops well, but the ending is very mediocre.

The question arises when the person most responsible for this compliance is failing.
Should we get involved in challenging the chain of command in such cases?

This question clashes with the meaning of democracy and dictatorship.

In a democracy, leaders are judged by the people, an example of politics through voting.
In a dictatorship, there is total submission according to the level of authority in the chain of command (top-down approach).

The army and police organizations are autocratic by nature, and thus we find ourselves in an ironic situation where democracy seeks refuge and protection in autocracy to maintain order.

Is there any plausible solution to this irony?
Or will autocratic regimes be justified?

A solution to this counterproductive dichotomy arises when we take into account another principle, where authority must emanate from competence, which, once compromised, is revoked.
Nature evolves by replacing those who fail to adapt in order to preserve the species.

It is necessary to bring to a sense of respect for the hierarchy also a sense of respect for criticism that is supported by reason, regardless of its level.
We also need to consider that there is no assisted evaluation of command without multiple feedback from lower to higher positions, throughout the entire chain of command.
It is precisely this multiplicity of feedback that authenticates and qualifies the perception of the organization's performance.
Without "democratic feedback" the short-sighted perception is supported by those responsible who only see those to whom they delegate, that is, they only see through the eyes of their immediate subordinate and through their filter according to their interests.
In a top-down control system, the truth only emerges when an event shakes the structure of the organization, which is precisely the theme of the film.

This doesn't work!
It's not proactive!
Once the milk is spilled, it's gone.
After the house is robbed, is it time to put a lock on it???

The end of the film becomes mediocre from the point where the defense attorney says he is ashamed of what he did.
So, why did he do it?!!

If the justification was lack of choice, then he should be mixed with the weak who always claims contingent situations to avoid responsibility for his choices because he doesn't want to pay the price for what he knows he should have done, but did not.

The figure of the defense attorney grows throughout the film and incongruously plummets at the end.
It would be more plausible if instead of feeling embarrassed, he had said he was extremely uncomfortable and dissatisfied, as this would be consistent with his final words and the justification for the outcome when he then throws the contents of his glass in the face of the person he says should have been judged instead.
After all, what would the defense attorney prefer?
To preserve his comfort in the face of the past values ​​of a good officer or to endure the eventual deaths of a ship that sinks?

The treatment given to the subject is hypocritical and even inhumane because it places lesser values ​​above greater ones with its "almost brilliant" ending, maybe not so brilliant at all, only contributing to strengthening the incompetence that is preserved by authoritarianism through the unquestionability of the command chain.

The film follows a great plot, but just like the marathon runner who maintains the first position throughout the marathon, he stumbles and falls two meters from the finish line.
Total surprise and disappointment!

The film is worth watching for its purpose, but it ends very badly, leaving a very negative and deconstructive message like we should accept incompetence in managing life, penalizing it for the sake of something that has lost its purpose!

The entire social chain, productive or not, cannot give in to the privilege of error and incompetence when it does want to build a fair and harmonious society.

The incompetents see the reply as a threat.
The competents seize the reply as an opportunity.


Cadeia de comando - Do Filme A Corte Marcial do Motim do Caine

 




 



O filme "The caine mutiny court-martial" (A Corte Marcial do Motim do Caine) trata sobre um motim justificado por uma decisão errada do comandante que coloca em risco o navio durante uma tempestade.

Ou seja, aborda o respeito à cadeia hierárquica (ou cadeia de comando) necessário para manter a organização e o seu propósito. 


O filme traz uma excelente proposta e desenvolve-se bem, mas o final é medíocre.

A questão surge quando o responsável maior por esse cumprimento está falhando.
Devemos nos envergonhar de contestá-la?

Esta questão esbarra com o sentido ético, bem como de democracia e de ditadura.

Na democracia os líderes são julgados pelo povo, a exemplo da política através do voto.
Na ditadura é a submissão total conforme o nível de autoridade na cadeia de comando, de cima para baixo (top-down approach).
O exército e as organizações de policiamento são autocratas por natureza e dessa forma caímos em uma situação irônica onde a democracia busca refúgio e proteção na autocracia para manter a ordem.


Haveria alguma solução plausível para essa ironia?
Ou será que os regimes autocratas se justificam?

Uma solução para essa dicotomia contraproducente nasce quando levamos em conta outro princípio, onde a autoridade deve emanar pela competência, que uma vez comprometida deve ser demovida.

A natureza evolui substituindo aqueles que falham pela competência em se adaptarem às mudanças de modo a preservar a espécie.
É preciso levar para o senso de respeito à hierarquia também o sentido de respeito à crítica que encontra subsídio na razão, independente de seu nível.

Ainda precisamos considerar que não existe avaliação ajuizada de comando sem retroalimentação múltipla dos postos inferiores aos superiores, ao longo de toda a cadeia de comando.
É justamente esta multiplicidade de feedbacks que autentica e qualifica a percepção do desempenho de qualquer organização.
Sem "feedbacks democráticos" subsidia-se a percepção míope cujo responsável que só enxerga aquele a quem delega falha, porque apenas vê pelos olhos do subalterno imediato e pelo seu filtro conforme os seus interesses.

Em um sistema estritamente top-down (de cima para baixo) a verdade só aparece diante de um evento que estremece a estrutura da organização, justamente o tema do filme.

Isso não funciona!
Não é pro-ativo!
Depois que o leite está derramado, está perdido.
Depois que a casa é roubada é que se põe tranca!!??

O final do filme torna-se medíocre a partir do ponto onde  o advogado de defesa diz estar envergonhado do que fez.
Então por que fez?!!

Se a justificativa foi falta de opção, então confunde-se com os fracos que sempre alegam situações contingenciais para esquivar-se da responsabilidade de suas opções por não desejarem pagar o preço pelo que sabem que deveriam ter feito.

A figura do advogado de defesa cresce durante todo filme e despenca incongruentemente no seu desfecho.
Seria mais plausível que ao invés de sentir-se envergonhado, tivesse dito extremamente desconfortável e insatisfeito, pois ficaria compatível com as suas palavras finais e a justificativa do desfecho quando então ele atira o conteúdo de seu copo na face daquele a quem diz que deveria ter sido de fato julgado.
Afinal, o que o advogado de defesa preferia?
Preservar o seu conforto diante dos valores passados de um bom oficial ou suportar os eventuais óbitos de uma embarcação que naufraga?

O tratamento final dado ao tema é hipócrita e chega mesmo a ser desumano, porque coloca valores menores acima de maiores com o seu "quase brilhante" final, apenas contribuindo para fortalecer a incompetência que se preserva pelo autoritarismo através da inquestionabilidade da cadeia de comando.

O filme segue um ótimo enredo, mas tal como o maratonista que mantém a primeira posição durante toda a maratona, tropeça e cai faltando dois metros da linha de chegada.
Surpresa e decepção total!

O filme vale a pena pela proposta, mas finaliza muito mal, deixando um recado muito negativo e desconstrutivo:
"Devemos aceitar que a incompetência dirija a vida penalizando-a pelo amor a algo que perdeu o sentido de autenticidade?".

Toda a cadeia social, produtiva ou não, não pode ceder ao privilégio do erro e da incompetência quando no afã de se construir uma sociedade justa e harmônica.
O incompetente vê a réplica como ameaça.
O competente vê a réplica como oportunidade.




julho 14, 2024

Encarando a Realidade

 

Precisamos admitir que por maior que sejam as nossas convicções e por maior que seja a fé em nossas crenças, ninguém conhece Deus, viu Deus ou pode definir o que fosse com precisão.

Tudo não passa de crença construída na especulação da alma combalida e manipulada por suas próprias necessidades em busca da felicidade. É um ato de fé sem consubstancia de uma realidade única indisputável que seja reconhecida por todos a ponto de poder unir religião e ciência.


Religiões procuram apoderar-se de "Deus", do que Ele seja.

Nenhuma detém a propriedade.
Nenhuma pode provar de forma absoluta a sua assertiva.

Algumas mais radicais ameaçam com a morte aquele que ousa questionar.
São geralmente as crenças mais despóticas, e, portanto, as mais atrasadas.

Resta a você escolher a sua melhor definição.
Você é livre.
Você não precisa de um sacerdote, seja lá qual for a religião dele, para lhe contar sobre Deus, porque ele também não sabe.
Tenha certeza disso!

Nenhuma religião podendo ter a propriedade de "Deus" torna-se apenas projeções humanas de eventos tidos como divinos, apoiados em textos tão antigos cujas origens ficam escondidas pela névoa do tempo.

Não vejo "Jesus Cristo" como uma religião, mas como alguém que trouxe princípios Universais de conduta social, uma espécie de "código divino à verdadeira conciliação", que podem nos conduzir às soluções sociais que hoje são as promotoras dos desequilíbrios de toda ordem, ora pelas guerras, segregações e genocídios, ora por uma série infinita de disposições incompatíveis com a "Ordem Universal".

E os princípios de "Jesus" podem ser traduzidos em poucos itens.
O resto é adereço inútil plantado por aqueles que desejam conduzir massas pelas formalidades enquanto as fazem esquecer do que é realmente fundamental.

As lições de Cristo (Jesus de Nazaré) foram tão manipuladas quanto todas as verdades que podem conduzir o Homem à sua libertação e crescimento, quanto aquelas que os detêm nas profundezas da ignorância através da submissão de onde colhem suas fortunas.

E se você deseja encontrar algum caminho de paz e felicidade, abandone tudo que não seja essencial e concentre-se nos tópicos principais de Seus ensinamentos, simplesmente tentando aplicá-los na prática. Será difícil, as dúvidas surgirão, mas esse é o caminho desse processo de autoconstrução.

Só a prática consolida lapidando a pedra bruta da alma em busca da verdade que nos possa conduzir à felicidade. 

As rezas têm valor quando subsidiadas pelas ações diárias no mesmo sentido daquele a quem se pede.

Bens materiais são sustentações necessárias ao corpo físico, mas não garantem por si só a sustentação da alma através de sua consciência que reflete seu estado de espírito.

Comemorações religiosas servem para nos lembrarem disso, mas se vivêssemos diariamente com este objetivo não seriam lembranças, mas momentos de reflexão sobre o avanço de nosso progresso, um enfoque totalmente diferente que tais datas geralmente têm.

O fato de você recordar um dever em determinada data não define o objetivo principal em si, mas lembra que a lição de casa precisa ser vivida diariamente, aceitando constantemente seus fracassos, falhas e lutando com a depressão e o desânimo que elas causam, enquanto nos mantêm atados ao sofrimento.

Diversão e outras amenidades são importantes, como é importante para o paciente o alívio da dor, ao menos temporariamente para ele retomar suas energias; porém transformar um bom aliado em porta de fuga apenas aumenta o sofrimento do processo que se atrasa, e desse atraso acresce sofrimento adicional que poderíamos evitar.



julho 13, 2024

Transcendência


 


O sofrimento advém da escuridão da alma que não consegue ver a luz.

A alma, diferente do corpo físico, só vai enxergando a luz à medida que vai harmonizando e sincronizando a razão, a consciência e o sentimento, porque é justamente deste processo que nasce a sua capacidade de começar a perceber a escuridão de si mesma, trafegando por inúmeras armadilhas da ignorância que nos separa da felicidade.

Os que vão chegando ao portal que nos transporta para a dimensão da felicidade que imaginamos, são tomados pela surpresa e pela decepção ao descobrirem que o portal é uma borda de um abismo, uma fronteira intransponível por suas dimensões.

Muitos, levados pela revolta, retroagem e retornam com a única esperança de compensar a miséria de suas vidas interiores com algo externo que acresça algum sentido de felicidade, estrangulando seus sonhos sem nunca conseguir matá-los, sufocando suas consciências sem nunca conseguir silenciá-las.

Outros, paralisam pelo desânimo. Atônitos, permanecem ali, nas brumas da inanição.

Alguns poucos, consumidos por um desejo irrefreável, encontram a razão de viver na esperança de construir uma ponte que os permita atravessar para o outro lado.


Estes são chamados de loucos e sonhadores, porque diante da distância e a profundidade do abismo, tornam a conclusão de uma ponte impossível, no entanto, esses mesmos loucos não vêm mais sentido em continuar indefinidamente no marasmo da repetição que os mantém presos no limbo da ignorância e da dor, preferindo ocupar suas almas e alimentar as suas esperanças nesta construção impossível, que vai sendo copiadas por outros que fazem o mesmo, aprendendo com eles suas técnicas, pois diante das circunstâncias desse abismo e do material disponível, a ponte só pode sustentar seu próprio criador.

Seus construtores precisam durante a construção também enfrentar seus próprios demônios que buscam retê-lo, formando aliados com aqueles que atacam a ponte alegando que seus esforços deveriam ser empregados para somar forças na construção de algo factível, uma desculpa razoável para disfarçar a inveja ao verem que alguns já têm a ponte tão adiantada que já não mais alcançam seu construtor, acrescido do desejo oculto de tomar escravos que lhes sustentem o sentido de seus próprios interesses na amenidade de seus desconfortos.

Aqueles que conseguem alicerçar suas pontes sobre rochas firmes, construindo uma defesa sólida de sua cabeceira concomitante à estrutura que permite passo a passo prosseguir na direção desejada, vão se distanciando, caminhando pela solidão de algo que precisa ser feito por si próprio, parte do preço cobrado nesse esforço.

À medida que os construtores mais avançados prosseguem, vão descobrindo que muitas pontes terminam vazias e inacabadas. A primeira conclusão é que seus construtores desistiram ou encontraram a morte caindo nas profundezas do abismo. Então a pressão aumenta porque o fracasso de alguns estremece o sonho de outros, e só a persistência na certeza de um propósito maior que faça sentido à falta de sentido de seus passados, pode sustentar a continuidade.

Já muito distantes, descobrem que a neblina vai se tornando cada vez mais espessa, dificultando cada vez mais prosseguir na construção de suas pontes, e assim mesmo continuam, quando então descobrem que apenas atravessaram a nuvem mais espessa que pairava no vale, divisando o sol que lhes aquece.

À medida que prosseguem, essa luz vai transformando seus corpos, inchando suas costas. E apesar do medo de morrerem diante da luz que imaginam condenar a saúde mediante tanto esforço, continuam assim mesmo.

À medida que trabalham, vão alcançando paragens onde a luz, agora menos difusa, permite divisar outros. Percebem então que já não mais estão tão sozinhos. 
Cada um em sua ponte, embora separados pela distância, suas construções seguem paralelas na mesma direção, formando um senso de unidade que os conforta.

O tempo passa, interminável diante da ansiedade.
E os grupos que começaram suas pontes próximas uns dos outros, vão construindo uma sensação de paz e conforto através do que suas mentes podem trocar, e embora não vejam com clareza os demais grupos, ainda assim têm o conforto de seu próprio grupo.

O sol segue, aquecendo ainda mais intensamente o grupo mais adiantado.

Quebrando a rotina de suas vidas, um som novo espalha-se pelo ar, despertando suas atenções na mesma direção de seus ouvidos, quando vêm um companheiro do grupo despencar da ponte, desaparecendo na escuridão do abismo enquanto luta por bater inutilmente suas asas, ainda molhadas, que acabaram de nascer.

Angustiados, porque a transformação de seus corpos são semelhantes, perdem-se em suas conjecturas.
Imaginam para si o mesmo final de Ícaro, mas seguem, porque não encontram sentido em retroceder.

Algumas horas se passam quando tornam a escutar o mesmo som de algo arfando, como que escalando as profundezas dos paredões de ar daquele abismo.
O som do esforço, cada vez mais forte, lhes prendem a atenção, quando súbito desaparece, levando suas almas aflitas imaginarem o término de tanto esforço pelo fim do suplício.

Silêncio.

O mesmo silêncio das noites límpidas nas paragens isoladas da natureza distante do burburinho humano, que nos remetem a contemplar a beleza da grandeza de um universo estrelado, quando então, veem surgir sobre eles, batendo suas asas com destreza, aquele mesmo que pensaram ter perdido pela pretensão de voar, fazendo-os entenderam que a profundeza do abismo os protegia, pois de tão grande, era justamente o que lhes daria tempo de secar suas asas, fortalecer seus músculos e lhes ensinar o controle de seus voos.

E a semente da coragem renovou os ânimos do grupo, permitindo a cada um, à medida que suas asas brotavam a seu tempo e molhadas, enfrentar o medo de mergulhar na escuridão do abismo de seus passados como a última etapa para poderem ressurgir à claridade das alturas que já não mais precisando de suas toscas pontes poderiam agora voar em direção à luz que um dia sonharam alcançar à beira do abismo, quando entenderam que o portal é a própria transformação às custas da construção de suas próprias pontes sobre o abismo da ignorância que cava a sua própria profundidade até o momento que seus esforços, no sentido certo, lhes deem asas.

Teimosos, aqueles que ia chegando ao seu destino não conseguiam permanecer ali, reprimindo indefinidamente o desejo de ajudar.

Então retornaram apontando a direção através de seus voos, tal como faróis que orientam os navegantes durante o mau tempo, sustentando a rota da vida àqueles que podem ver sua luz.






julho 09, 2024

Por Que Não Um Novo Caminho Quando Uma Crença Milenar Nunca Resolveu?



Já vamos passando da hora para perceber que o caminho que temos traçado ao longo de toda a existência da Humanidade apenas extinguiu seus grupos mais conturbados, mais radicalizados pela emotividade, porém sem poder para exterminar suas sementes.
A WWII é um exemplo vivo e recente.

A emoção é fundamental ao nosso sentido de vida, mas também converte-se no cerne do sentido oposto, onde a morte é a solução para tudo.

Somos uma civilização planetária que vem caminhando pelas mãos da caridade de uma natureza pródiga, sempre reconstruindo o que essa civilização destrói, ora pelo imediatismo tresloucado do ódio, ora conduzidos por estratégias que apenas adiam a solução real do problema.

A solução social pelos meios bélicos é uma fórmula gasta, já provada ineficiente diante de resultados colaterais que levam a replicar-se indefinidamente. Tal como a morfina que atenua a dor, mas não cura o paciente, até que a morte ocorra por uma dor maior cuja agonia encontra misericórdia no fim, uma vez que a causa reside na multiplicação das sementes que se deseja extinguir.


Parece que a nossa inteligência alcança capacidade para criar inteligência artificial, mas não alcança capacidade para aperfeiçoar a inteligência social.


O filho carrega o código genético de seus pais, assim como a IA carregará o código de regras que espelham nossas crenças.

Hoje somos limitados na capacidade de ação porque somos lentos.
A IA é um mero meio de reprodução de nossa capacidade de perceber padrões e evoluir na percepção de novos através dos anteriores pautados em regras e procedimentos que seus criadores escrevem, porém, com uma diferença: VELOCIDADE.

Estamos iniciando a maternidade da multiplicação de nós mesmos, de nossos erros que terá uma velocidade extrema e, portanto, também alcançaremos rapidamente o extremo de suas consequências.

Como se não bastasse a velocidade obtida por meios externos, também se empenham em transportar tais meios internamente, implantando chips em nossos cérebros.
Elon Musk, que ontem empenhava-se em advertir o mundo sobre os perigos da IA, agora destaca-se pelo pioneirismo através da sua empresa Neuralink com esse objetivo.

Qualquer equipamento carregando nossa frágil tecnologia cibernética pode ser hackeado, ou modificado por algoritmos que sejam executados sob certas condições, tornando esse equipamento um meio de controle ou destruição.

Nossos pensamentos, coletados através de seus sinais elétricos por sensores neurais, serão interpretados por sistemas inteligentes, promovendo a mesma privacidade que temos com os nossos dados pessoais nos celulares, ou seja, quase nenhuma.

Se nós, como raça, não detemos o controle do principal requisito que sustente relações sociais capazes de trazer paz e equilíbrio, então estes meios não só serão úteis para expandir nossas capacidades pessoais como também impô-las ao domínio de outros rumo a mais destruição na esperança de surpreender o inimigo para submetê-lo.

Muito provavelmente, implantaremos tais chips em nós mesmos consensualmente para continuarmos competitivos a qualquer preço, e aqueles que se negarem talvez sejam submetidos à força, paulatinamente.

O domínio da massa sempre coube aos oradores que tocam os seus sentimentos.
Agora, eles também, estão na fila do sucateamento, acompanhados por toda classe política e judiciária, porque o poder e a lei serão transferidos de mãos para os cérebros que conseguirem flutuar nessa luta pelo poder total.

Muitos desses homens são guiados pelo senso de autoproteção, alegando que se não o fizerem, outros o farão.
Outros dirão: "se não pode com o inimigo, junte-se a eles."

O eterno senso de autoproteção paradoxal que imagina proteger a vida sob o manto da morte.


Também estamos substituindo a parcela substituível da Humanidade, na falta desta, para disputar mais poder através da destruição. Estamos na era dos drones e robôs que vão aos campos de batalha em busca da destruição dos recursos adversários, para depois, quando o primeiro deles estiver exaurido, então tornar-se submisso ao vencedor.

Há quantos milênios temos repetido tal receita rudimentar e primitiva?!!

Nossos cérebros amadureceram, mas a alma continua infantil.


É muito pouco provável que não sejam escritos códigos que não espelhem a base do nosso erro, pois carregarão, em sua maioria, a imagem de seus criadores que encontram solução apenas pela competição através da destruição recíproca, tal como um filho que carrega o código genético de seus pais e a influência de seu meio.

Da mesma forma que aceleramos a IA no sentido equivocado do senso de segurança e sobrevivência, deveríamos começar a construir um novo código de ética, porque certamente temos pontos em comuns: o desejo de viver, e não apenas viver, mas em termos alguma felicidade que dê sentido à vida.

Precisamos de uma reengenharia social pelas mãos da negociação tão intensa quanto investimos nas alternativas inteligentes e bélicas.
Infelizmente não vemos isso com a mesma pujança no sentido contrário!


Quando vamos acordar que uma célula cancerosa contamina as demais, até que suas metástases tomem conta do corpo e impeçam a vida da maioria das células sãs, tomando-lhes sua energia até sugarem o último sopro de vida, quando então merecem o mesmo destino? 

Basta isolar o suprimento de sangue que as alimenta e elas vão perecer por si mesmas.

Esse foi o princípio que Gandhi percebeu para enfraquecer a economia e a opinião pública da Inglaterra: a não cooperação como uma fórmula de solução.

Somos como médicos da morte que alimentam seu próprio câncer.
Em Marte, ou ficar orbitando a Terra, ou esconder-se num buraco, não sana o problema, mas apenas adia a continuidade desse processo, porque não será um novo início, seja em Marte ou não, que proverá solução de continuidade se não houver antes a extinção do amor à morte que carregamos dentro de nós mesmos.

Mesmo que Marte virasse uma realidade independente da Terra, apenas teríamos dois planetas com o mesmo problema. Então pegamos novamente nossas naves para infectar novos planetas, exatamente como o câncer se propaga, ou seja, viramos uma doença do Universo que nos abriga e que agora deseja propagar-se por ele como meio de sobrevivência que compromete o todo. 

Certamente, devem existir civilizações que tenham alcançado o equilíbrio social e tecnológico muito superiores ao nosso, pois isto seria um requisito muito provável para evitar a sua autodestruição diante de muito poder tecnológico, tal qual o desafio que principiamos a viver hoje.

Ou será que é preferível imaginar que o Universo, esta vastidão que parece infinita, foi feita só para nós, e ainda, que a nossa tecnologia seja superior às demais?

O aumento das atividades não identificadas (UFOs), a ponto de entidades oficiais, ao que parece, começarem a reconhecê-las publicamente, talvez pela incapacidade de se continuar contendo-as, nos leva a considerar a possibilidade de uma clara preocupação neste sentido, de um código de ética Universal mais avançado que evita a intervenção direta, mas visa conter o desequilíbrio que podemos causar, ou talvez não tão avançado quando desejariam as nossas esperanças ou conclusões, no entanto, diante de tal superioridade técnica dessas naves, se o quisessem fazer, já o teriam feito.


Uma hipótese?!!
Talvez.

Ou será que o medo e a pretensão nos manterá acreditando que somos os únicos e ainda mais... os donos desse Universo contando com uma superioridade inquestionável?!!!

Bom, acredito que muita gente ainda pense assim.
Talvez ainda não pararam para pensar porque estão refém do medo que congela a razão ou causa pânico às massas despreparadas pela inconsciência de suas vidas pegas de surpresa.


É necessário mudar nossos rumos direcionando nossos esforços no sentido contrário à destruição, através da reconstrução social planetária que permitirá subsidiar a climática em larga escala.

Se não o fizermos, algo o fará, mas não sabemos a que preço, seja pela natureza intrínseca de nosso planeta ou não.

Talvez a verdadeira loucura não residiria em repetir eternamente os mesmos erros até uma destruição tão extensa que reduza a nossa capacidade de nos destruirmos mutuamente?

E quanta dor decorrerá de tão amargo remédio?

Então pensando assim...
Quem seria mais visionário?
Aqueles que analisam o futuro com base no aprendizado do passado ou aqueles que se negam a fazê-lo repetindo eternamente os mesmos erros e efeitos há milênios?






junho 17, 2024

Revendo Conceitos Independentes de Religião na Construção de Nós Mesmos


 

O ser humano cria tantas formalidades que o objetivo principal na construção de nós mesmos acaba em segundo plano, mas o que importa mesmo é a forma pela qual conseguimos entender conceitos simples e se os praticamos, porque teoria sem prática é como água parada. Adoece.

Toda a complexidade por teologias parecem mais um expressão do ego para justificar uma posição privilegiada na escola do aprendizado da alma.

E quando se pensa nisso, recorda-se o exemplo de Jesus,
Ele próprio sempre simplificou seus ensinamentos, resumindo-os em conceitos simples passados através de parábolas, que são nada mais que historinhas tal como uma professora conta para as suas crianças em sala de aula.

Religiões são produtos humanos.
Têm seu valor, mas ainda assim continua um produto humano porque foi criada pela mão do homem com base em eventos interpretados por um grupo. 
Muitos desses produtos vêm com embalagem mais rebuscada que seu conteúdo exige.

A embalagem de um produto sempre serviu para impressionar aqueles que não podem avaliar o produto por ele mesmo e precisam do apelo da apresentação. 
Embalagens são o apelo ao ego pelo ego que deseja afirmar-se.

Formalidades agregadas às religiões servem mais como um meio de distração ou uma desculpa para distanciar-se do objetivo principal que é a construção do EU em direção ao amor.
Atrapalha mais que ajuda. Distrai mais que constrói na prática, mas é conveniente quando o compromisso maior precisa ser posto em segundo plano.

Aparências são externas e as lições de Jesus foram direcionadas na construção interna, íntima da nossa natureza espiritual, e se necessário resumir em apenas um princípio, poderíamos apoiá-lo na mensagem central dele: O Amor.

Todas as outras qualidades parecem contruídas a partir desse princípio básico.


ACEITAÇÃO

Podemos pensar em ao menos dois tipos de aceitação: passiva e ativa.
A aceitação passiva acomoda-se.
A aceitação ativa trabalha para extrair o máximo dentro dos limites que lhes são impostos.
A aceitação passiva é mais abandono que empenho.
A aceitação ativa é mais empenho para extrair o máximo do que temos e podemos.
A aceitação passiva cheira a uma desculpa para o abandono.
A aceitação ativa exige amor à oportunidade e aos princípios que a sustentam.

RESILIÊNCIA

Resistência e superação exigem amor às nossas convicções.
Sem isso, caímos na aceitação passiva.


A fé é o exemplo maior da dependência do amor.
Sem ele, a fé torna-se uma ferramenta de destruição e violência.
Fé por fé não é um bom sentimento se não passou pelo crivo do amor, ou ao menos do respeito ao próximo quando não podemos ainda amar.


HUMILDADE

Humildade sem amor é como um rótulo falso disfarçando as garras do ego.
Humildade precisa estar consolidada sobre o amor que não ofusca porque se sustenta da consciência de que nossas qualidades devem servir como amalgama social através da capacidade de evitar a impermeabilização que nos conduz ao egocentrismo.


A CONSTRUÇÃO DO EU


Amar não é suprir-se da necessidade da presença de alguém.
Isto é carência.
A solidão não abre o vácuo que nos traga o equilíbrio porque aprendemos a amar a nós mesmos e a nos suprir do amor dativo que se alimenta da doação e que constrói paulatinamente a nossa capacidade de renúncia a si mesmo em prol do próximo, onde o exemplo maior foi Jesus.

O amor é a matéria prima essencial e básica na elaboração de todas as qualidades quando desejamos encontrar a felicidade interior, porém é a mais rara de todas e uma das nossas últimas conquistas à verdadeira felicidade quando damos as mãos à humildade. 


UMA FASE PASSAGEIRA


Atualmente caminhamos no aprendizado do amor pelo desamor.
É só uma questão de tempo.

A vida sempre prosseguiu suas mudanças depois que o auge do desequilíbrio é sucedido pela reconstrução.

O desequilíbrio é apenas um estado instável e por isso tem um futuro finito mesmo que sobreviva por um longo período, porém não é eterno justamente por sua natureza instável e transitória entre estágios e acaba desabando por sua própria inconsistência ou sendo substituída pelo aprendizado que autentifica um passo à frente na longa trajetória da evolução.










Never Give Up on You Giving More Meaning to Life


A dream simply abandoned...
Or we simply stopped dreaming!

Discouragement and disbelief that end up stealing the meaning of living.

Revolt, nonconformity and hatred corroding and draining our creative and productive energy.


Why do we give up on ourselves? Or our joy of living?


All of these feelings arise from a common origin in the way we understand our purpose for living, not just the one that meets our immediate desires for happiness, but something broader — why do we exist?

There are many beliefs, and just like in a supermarket where we choose the brand the product's brand, we have beliefs, religions and philosophies on the shelves of the human thoughts.

There are many options for all tastes and, faced with so many options, I decided to stick with the one that seemed the happiest, the best option to feed hope and encouragement, even if it was not possible to understand the greater meaning of living.

And to reach a conclusion, I decided to consider the possibilities that we know without allowing the culture inherited from the social environment to interfere.



MATERIALISM


If you believe that everything ends with death, then it doesn't matter how you live.
From criminal to good citizen, they all end up in the ditch of nothingness.
In other words, attitudes don't make a difference as long as mistakes can be covered up.
Everything would come down to getting the most out of it because, regardless, if everything ends in nothing, everything doesn't make any difference as long as appearances protect us.

Generally, this philosophy is comfortable for those who want to live life as if there were no tomorrow, as it is very convenient to nullify the harmful effect of the future of our actions simply by denying this possibility.

Too simple, isn't it?
What if there is tomorrow?


UNIQUE LIFE


If we believe that when life ends we go to a kind of "final judgment", eternally condemned to hell or gifted with heaven forever, then some questions become meaningless.
For example, a person who had everything in life and therefore sinned little.
Another person who had nothing, not even the chance to have good guidance, and ends up doing something wrong, making a lot of serious mistakes.

According to this belief of "final judgment", weighing pros and cons, the first goes to eternal heaven, as no one is perfect and if there is no "discount", heaven would be empty!!!
The second will most likely go to hell, and stay there forever.

Can the person regret it and do an “upgrade”?
I do not think so!!
After all, if that happens, there would not be one "final judgment" but two, which makes the term "final judgment" not so final after all!  

Note that in both examples, the two are right or wrong for a set period of time, but receive an eternal condemnation or reward.

Perhaps it makes sense for those who see life as a retirement, dreaming that after years of work they can fall into eternal idleness since they will not be able to die again, becoming happy beneficiaries of eternity.

Since no one is perfect, it is assumed that if you don't make much mistakes, you win the sky lottery, otherwise the sky would be empty, as previously stated, which could make heaven the exclusive home of the "Saints", thus condemning almost all of humanity to hell.

After all, it is difficult to judge what is too little or too much.
How much is too little or too much to gain such great eternal benefit?


Does all this make sense?
If God is pure love, in its most beautiful state, then this doesn't make much sense.

In addition to the lack of justice due to the different conditions in which people are born and live, it sounds strange to be eternally receiving for something you gave for some time, or eternally paying for a mistake made during a period of time.


For example, if your child makes a "bad" mistake, does he deserve eternal punishment?
And if he makes a little mistake, does he go to "heaven" without any correction?
Or does “heaven” have an institute for small corrections?

None of this makes sense, and worst of all, it still encourages doubts and disbelief.



MANY LIVES


If you believe that there are many lives, as many as necessary until happiness is achieved, then this is closer to a really powerful God and so full of love that he does not condemn anyone eternally, nor does he give eternal "softness", having the ability to promote more than one life, because he really is a "real God", not just with the power to provide a single chance, but for as many as necessary until the individual reaches the merit to be happy.

A true God, who in addition to guaranteeing happiness for everyone through infinite opportunities, is also consistent with the world that He created, commanded by a principle common to nature since nature is evolutionary and we are part of it.


There is no evolution without the progressive correction of errors!


A God like this really seems like a being from which supreme love flows and with infinite resources, a God of Truth, as he shares his own possibilities and conditions with everyone, regardless of whether they are his children or not.


A God like this, I can call Father.
Other "Gods" I cannot imagine as a father of supreme love, as they seem so human!
I really think that "humanoid gods" are the result of a lack of imagination on the part of those who idealize them in their own image.


The bad consequence of this theory of infinite opportunities would be to think that because we have eternity to make mistakes, that we could continue postponing our corrections for eternity, always "swindling" God.

One thing is certain: no one likes to suffer and this option of "delaying forever" always leaving our improvement for tomorrow only adds more suffering to the trajectory since "every action corresponds to a reaction" , for the good or for the bad.


The result is that a path between two points can be traversed in many ways.
A shorter route, or keep going around while we suffer longer.
It all comes down to choosing how long we want to suffer repeating old mistakes or delaying our adjustments and new learning.

Believing in multiple lives gives much more meaning to life and supports you in accepting a difficulty as an opportunity.

The revolt due to unfair situations becomes much milder because we start to see the world not as something static with just a one-way ticket and no return, but as a dynamic and iterative situation of a growth process, where it becomes much easier to justify differences. of opportunities as a consequence of past behavior, in the face of new opportunities that will always be remade in the direction of finding happiness in the next experience.


You will know the truth and the truth will set you free.

John 8:32


How good it is to believe that nothing ends and that you don't have just one chance, or just one life to learn so many things that are so much greater than what we still are since a life is so short!

This really gives me encouragement and hope because life lived with a sense of meaning in itself makes the journey much lighter and happier because it gives more meaning to the act of living. It supports hope.


After all, giving greater meaning to life makes life more meaningful!


If the text has some logic for you, there is no need to conflict or abandon your religion.

Religions are like a soul cleansing kit made up of belief packages.

When you put together your home cleaning kit, you are not obliged to buy all the items from the same brand. Certainly, your religion will have a lot of good things to offer, but as every human product is not perfect, perhaps something can be revised.

After all, there's no need to throw away the entire bag of oranges.

Just discard the past ones.


maio 31, 2024

Meu Eu, Minha Casa, Meu Mundo - Tudo Meu!

 

O que Nazismo, Fascismo, Jihadismo e Outros Regimes Políticos Extremistas têm em comum?

Imposição pela força.

O que os difere?
A causa que justifica a escravidão social a pretexto de um bem social maior.

Liberdade é algo complicado.
Aliás, muito complicado!

Certa vez, conversando com um jovem por volta dos 19 anos que era meu vizinho, e por isso nos conhecíamos há anos, o que lhe fez sentir-se livre em dizer o que pensava, ele argumentou que uma vez que cada pessoa tinha a sua liberdade, então ele poderia fazer o que bem entendia.

Liberdade para ele era um símbolo que definia uma terra sem fronteiras.


O garoto ficou muito irritado quando comecei a argumentar que a liberdade existe apenas dentro das nossas fronteiras socioeconômicas, sem ferir o direito alheio, expondo-lhe que quando extrapolamos essa fronteira, automaticamente roubamos a liberdade de alguém, como um fazendeiro que estende a cerca sobre o terreno do vizinho.

Diante da dificuldade dele entender isso, prossegui...

"Agora imagine que pela propriedade de seu vizinho passa um rio que também passa pela sua, sendo que este rio é vital para a sua sobrevivência.

O vizinho entendendo que tudo que está dentro de suas fronteiras é dele, resolve mudar o curso do rio, desviando-o para o mar.

A sua propriedade que dependia dele seca e a sua sobrevivência fica em risco.

Pensando de outro modo, o rio não é realmente dele por estar em sua propriedade, pois o mesmo passa por várias outras e dessa forma é algo compartilhado onde apenas o acesso naquele trecho seria dele, nada além disso.

Se o conceito de liberdade de alguém fere o do próximo, ou da sociedade, então começa a disputa e onde não há negociação vence a força."


Surpreso, percebi a tremenda dificuldade que ele tinha para entender e aceitar o conceito de "respeito".
Infelizmente, a sua rejeição não foi superada pela argumentação lógica.

O conceito é simples e parece suficiente, mas para muitos ainda é incompreensível!


No lar, um marido ou esposa com personalidade forte e poder econômico assumi o papel protetor  maior impondo as orientações pessoais sobre os demais pois  entende como a melhor estratégia. Mesmo que as suas intenções e estratégias sejam ótimas, os elementos da família poderão agir como o garoto. Não entendem, Não aceitam. Então começam uma guerra silenciosa, uma guerra fria onde a mentira faz parte do arsenal da luta pela "liberdade" que sentem que lhes foi suprimida. 

Mais cedo ou mais tarde, a autoridade sempre é consumida pelo tempo, e todo o esforço de coerção somado às consequências da rejeição resulta nas sequelas sociais familiares que fazem parte do cotidiano de todos nós.

Se o seu critério soube avaliar a exposição de sua autoridade sem excessos e se adaptar ao crescimento de todos, então sobra-lhe apenas a consciência tranquila, do contrário, apenas amargura.

Quando penso nos regimes autoritários, não importa a razão que lhes justifique a ação, lembro que isso tudo começa em casa onde a necessidade imposta pela educação e convívio obriga a trafegar por uma estrada de via única para cada mão, onde cada ultrapassagem precisa ser avaliada com precisão para não tomar o espaço emprestado na hora errada.

E esse começo na origem doméstica muitas vezes é justificável porque a liberdade pleiteada ainda não podia ser exercida. Outras vezes não, tornando-se a expressão do ego que se sente seguro e confortável apenas quando todos agem à sua moda.

Esse problema é insolúvel porque é parte do nosso aprendizado, promovendo um atrito inevitável uma vez que o sentido de liberdade é a base do problema e depende da capacidade de cada um perceber seus próprios limites à medida que evolui na sua capacidade de entendimento e sensibilização aos sentimentos alheios.

Como uma criança pode entender seus próprios limites se eles ainda estão em construção?
E se esse processo de construção permanece inacabado na fase infantil migrando para a adulta?

Certamente vai nascer mais um indivíduo que à medida que goza da própria liberdade de escolha começa a namorar a supressão dessa mesma liberdade de seu próximo, algo tão contraproducente, e ilógico quando à sua própria capacidade de compreensão.

À medida que a população avança numérica e tecnologicamente, o processo de percepção e o refinamento desse conceito torna-se mais intenso, onde o sofrimento é o melhor professor na falta do  entendimento que ainda não alcança.


O sofrimento é inevitável onde o respeito não encontra acordo.


A Alemanha luta contra neonazismo, ou seja, o renascimento de algo que esperávamos extinto para sempre.

Na Itália, temos o recrudescimento do fascismo.

A segunda guerra mundial não foi suficiente para extirpar esses males, porque suas sementes sempre sobrevivem de alguma forma.

No oriente médio temos os regimes teocráticos agindo nos moldes de uma guerra santa, buscando impor seu modo de vida a outras pessoas e nações.

No leste europeu, um ditador impõe o seu modo de pensar a seu próprio povo, o mesmo que o elegeu, e também a seu vizinho, um povo fora de suas fronteiras, assim como um ex-marido que não aceita o divórcio e continua perseguindo a ex-mulher.
Cruel e sem dignidade!


No Oriente, uma nação em pele de cordeiro que se amamentou da pujança do oeste econômico, copiando tudo, empregando sua força de trabalho nascida dos rigores da extrema miséria econômica e social de seu passado isolacionista, agora forte e adulta, quer impor suas convicções sobre seus progenitores econômicos, tudo sustentando-se em sua maior parte pela cabeça de um único homem sobre todos os demais, expondo a "síndrome da divindade" de que são vítimas todos os ditadores, levando-o a compartilhar parte da loucura de seus antecessores como solução ideal de modelo social.

O mundo alimentou, e ainda alimenta, a cobra que agora transformou-se em dragão, que cuspindo o fogo de seu poder produtivo vai queimando a vitalidade e a liberdade de outras nações.


O partido de extrema direita em Israel buscando a segurança depois de ocorrência traumática, tenta eliminar sua causa cortando pretensamente o mal pela sua raiz.

Nem mesmo a WW2 pôde fazer isso, porque quando ceifamos um terreno repleto de ervas daninhas, suas sementes libertas pela ação da limpeza são carregadas pelos ventos das ideologias, indo brotar em outros lugares, tal como um câncer soltando suas metástases.

Dificilmente Israel aceitará a criação do estado palestino porque perderia o seu controle.
Uma vez um país, a intervenção de Israel sobre outro país seria algo diplomaticamente muito mais complicado.

A tentativa de eliminação do mal causado pelo Hamas na forma atual é tão inocente quanto o pensamento do agricultor que imagina livrar-se para sempre das ervas daninhas simplesmente ceifando-as ou arrancando-as pela raiz. Ele esquece que nas propriedades dos vizinhos ele não tem controle e sempre haverá o transporte das sementes da reincidência pelo vento quente das reações que sopra dessas mesmas vizinhanças.

A situação de Israel é bastante difícil, pois simboliza um povo oscilando entre o papel de vítima de uma ideologia social e o de autor de uma ideologia semelhante que lhe vai roubando o papel anterior.

Fica ainda mais complicada porque terá que assumir o controle de uma região maior, cujo policiamento precisará ser realizado como forma preventiva de segurança sobre uma população mista onde a pressão pelo expurgo étnico cresce cada vez mais, identificando-se suas raízes crescentes pelas ações extremas que até impedem a ajuda internacional que busca amenizar a severidade da miséria que eles próprios impõem como medida de solução que vê a morte como saída, tal como sofreram no passado no sentido inverso.

Gaza é um símbolo de uma inequação que não fecha porque falta em alguns termos os parâmetros necessários.

Gaza é um dos símbolos do "meu EU, minha casa, meu mundo. Tudo meu!"











maio 26, 2024

Nunca Desista de Você Dando Mais Sentido à Vida


Um sonho simplesmente abandonado...
Ou simplesmente paramos de sonhar!

Desânimo e descrença que acabam roubando o sentido de viver.

Revolta, inconformação e ódio corroendo e drenando nossa energia criativa e produtiva.


Por quê desistimos de nós mesmos? Ou de nossa alegria de viver?


Todos esses sentimentos nascem de uma origem comum à forma como entendemos qual o nosso propósito de viver, não apenas aquele que atende aos nossos desejos imediatos de felicidade, mas algo mais amplo — o porquê de existirmos.


Existem muitas crenças, e tal como num supermercado que escolhemos a marca do produto, temos nas prateleiras do pensamento as crenças, as religiões e as filosofias.

São muitas opções para todos os gostos e diante de tantas opções resolvi ficar com aquela que me pareceu a mais feliz, a melhor opção para alimentar a esperança e o ânimo, mesmo que não fosse possível entender o sentido maior de viver.

E para chegar a uma conclusão, resolvi ponderar as possibilidades que conhecemos sem permitir que a cultura herdada do meio social pudesse interferir.



MATERIALISMO

Se acreditar que tudo acaba com a morte, então não importa o modo de viver.
De criminoso a bom cidadão, terminam todos na vala do nada.
Ou seja, as atitudes não fazem diferença enquanto se possa acobertar os erros.
Tudo se resumiria em tirar o máximo de vantagem porque, indiferentemente, se tudo termina no nada, tudo não faz diferença alguma desde que as aparências nos protejam.

Geralmente essa filosofia é cômoda para quem deseja viver a vida como se não existisse amanhã, pois é muito conveniente anular o efeito nocivo do futuro de nossas ações simplesmente negando essa possibilidade.

Simples demais, não é?
E se houver amanhã?


VIDA ÚNICA


Se acreditarmos que quando a vida termina vamos para uma espécie de "juízo final", condenados eternamente ao inferno ou presenteados com o céu para sempre, então algumas questões ficam sem sentido.


Por exemplo, uma pessoa que teve tudo na vida e por isso pecou pouco.
Outra pessoa que não teve nada, nem mesmo a chance de ter uma boa orientação, e acaba terminando no ilícito, errando muito e seriamente.

Conforme essa crença de "juízo final", pesando prós e contras, o primeiro vai para o céu eterno, pois ninguém é perfeito e se não houver um "descontinho", o céu ficaria vazio!!!

O segundo muito provavelmente vai para o inferno, e fica lá para sempre.
Será que a pessoa pode se arrepender e fazer um "upgrade"?
Acho que não, né!!
Afinal, se isso acontecer, não haveria um "juízo final", mas dois, o que torna o termo "juízo final" não tão final assim!  

Observe que em ambos os exemplos, os dois acertaram ou erraram por um prazo determinado de tempo, mas recebem uma condenação ou uma premiação eternas.

Talvez faça sentido  para aqueles que vêm a vida como uma aposentadoria, sonhando que após anos de trabalho possam cair no ócio eterno já que não poderão morrer novamente, tornando-se felizes beneficiários da eternidade.

Já que ninguém é perfeito, presume-se que não errando muito , ganha-se na loteria do céu, pois do contrário o céu ficaria vazio, como dito anteriormente, o que poderia tornar o céu a moradia exclusiva dos "Santos", logo condenando quase a totalidade da humanidade para o inferno.

Afinal, é difícil julgar o que é pouco ou muito.
Quanto é pouco ou muito para se ganhar tão grande benefício eterno?



Tudo isso faz sentido?

Se Deus é amor puro, no seu estado mais belo, então isto não faz muito sentido.

Além da falta de justiça em virtude de condições diferentes em que as pessoas nascem e vivem, soa estranho ficar eternamente recebendo por algo que você deu por algum tempo, ou pagando eternamente por um erro.

Por exemplo, se seu filho erra "feio", ele merece penalidade eterna?
E se ele erra pouquinho, vai pro "céu" sem correção alguma?
Ou será que no "céu" tem um instituto para pequenas correções?

Nada disso faz sentido, e pior que tudo, ainda incentiva as dúvidas e as descrenças.



MUITAS VIDAS

Se acreditar que há muitas vidas, quantas forem necessárias até que se alcance a felicidade, então isso sim fica mais próximo de um Deus realmente poderoso e tão cheio de amor que não condena ninguém eternamente, nem tão pouco dá "moleza" eterna, tendo a capacidade de promover mais de uma vida, porque ele realmente é um "Deus pra valer", não apenas com poder para proporcionar uma única chance, mas para tantas quantas sejam necessárias até que o indivíduo alcance mérito para ser feliz.

Um Deus de verdade, que além de garantir a felicidade para todos através de oportunidades infinitas, também é coerente com o mundo que Ele mesmo criou, comandado por um princípio comum à natureza já que a mesma é evolutiva e dela fazemos parte.

Não existe evolução sem a correção progressiva de erros!


Um Deus assim parece realmente como um ser de onde flui supremo amor e com infinitos recursos, um Deus de Verdade,  pois reparte suas próprias possibilidades e condições com todos, independente que sejam seus filhos ou não.

Um Deus assim, eu consigo chamar de Pai.

Outros "Deuses" eu não consigo imaginar como um pai de supremo amor, pois parecem tão humanos!
Acho mesmo que "deuses humanoides" são frutos da falta de imaginação de quem os idealiza à própria imagem.

A consequência ruim dessa teoria de infinitas oportunidades seria achar que porque se tem a eternidade para errar, que poderíamos continuar adiando nossas correções também eternamente, sempre "enrolando" Deus.

Um coisa é certa: ninguém gosta de sofrer e tal opção de "empurrarmos com a barriga" deixando sempre para o amanhã a nossa melhoria ou o conserto de nossos erros só acresce mais sofrimento à trajetória uma vez que "a cada ação corresponde uma reação", para o bem, ou para o mal.


O resultado é que se pode percorrer um caminho entre dois pontos de muitas maneiras.
Um rota mais curta, ou ficar dando voltas enquanto sofremos mais tempo.
Resume-se tudo na escolha de quanto tempo desejamos sofrer repetindo velhos erros ou protelando nossos ajustes e novos aprendizados.


Acreditar nisso dá muito mais sentido à vida e suporte para aceitar uma dificuldade como uma oportunidade.


A revolta por situações injustas fica muito mais amena porque passamos a ver o mundo não como algo estático só com uma passagem de ida sem volta, mas como uma situação dinâmica e iterativa de um processo de crescimento, onde fica muito mais fácil de justificar as diferenças de oportunidades como uma consequência do comportamento passado, diante de novas oportunidades que sempre serão refeitas na direção de encontrarmos a felicidade na experiência seguinte.


Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
João 8:32


Que bom é acreditar que nada acaba e que também não se tem apenas uma chance, ou uma vida apenas para se aprender tantas coisas tão maiores do que ainda somos já que uma vida é tão curta!

Isso realmente me abastece de ânimo e esperança porque a vida vivida com gosto de sentido de vida, por si só torna o trajeto muito mais leve e feliz porque dá mais sentido ao ato de viver. 


Afinal, dar sentido maior à vida, torna a vida com maior sentido!


Se o texto tem alguma lógica para você, não é preciso entrar em conflito ou abandonar a sua religião.
Religiões são como um kit de limpeza da alma composto por pacotes de crença.

Quando você compõe o seu kit de limpeza doméstica, você não é obrigado a comprar todos os itens da mesma marca. Certamente, sua religião terá muita coisa boa para oferecer, mas como todo produto humano não é perfeito, talvez alguma coisa possa ser revisada.
Afinal de contas, não é necessário jogar todo o saco de laranjas fora.
Basta descartar as passadas.




maio 22, 2024

Ideologia Religiosa - Jihadismo Irmão Siamês Das Cruzadas Cujas Origens Se Perpetuam Sob Diferentes Nomes



Os objetivos do movimento Jihadista nos fazem lembrar das Cruzadas.

As Cruzadas reuniram fins religiosos, militares e econômicos da Igreja Católica que através da  força buscou libertar Jerusalém (a Terra Santa) do domínio turco de crença islâmica entre os séculos XI e XIII.

Nas Cruzadas temos a violência justificada por ideologia e fé para atender os interesses socioeconômicos, o que se assemelham às justificativas do movimento Jihadista e à maioria dos movimentos que se utilizam da fé para promover mudanças à força bruta sobre outros, usando a intransigência como matéria-prima deste sentimento de certeza única que apenas as próprias convicções são válidas e verdadeiras.

A estratégia do terrorista apoia-se na força que a chantagem tem sobre aqueles que cedem abandonando a própria vontade.

A chantagem trabalha o princípio que, diante da impossibilidade de um enfrentamento direto, utiliza-se de algum artifício que atinja o ponto fraco do inimigo para submetê-lo, já que pelos meios usuais não é possível, ou é mais dispendioso, então este subterfúgio torna-se uma solução de estratégia.


Um pequeno aparte "polêmico" sobre terrorismo

Terrorismo é uma estratégia militar adotada quando não se pode confrontar o inimigo pelos moldes militares convencionais. Então, lança-se mão da fragilidade dos cidadãos como forma de submeter a vontade de seus dirigentes políticos.

Se formos analisar friamente, o poderio militar de uma nação mais poderosa sobre outra também é uma forma de submissão.

O primeiro utiliza-se de uma fragilidade enquanto o segundo de uma superioridade econômica.

Este tópico é mais detalhado em outro post:

Terrorismo vs. Guerra - Você Consegue Explicar a Diferença?


Fica a seguinte pergunta no ar!

Disparar mísseis sobre a população como tem feito Putin e Netanyahu não valeria por centenas de homens-bomba?

No primeiro caso usam mísseis. No segundo usam fanáticos.
Fanáticos são bem mais baratos e existem aos milhares.

Sim, porque disparar mísseis destruindo edificações civis com ou sem  um pretexto de eliminar o inimigo principal é o mesmo que um homem-bomba matar civis.

Ou seja, o cidadão é ignorado diante de um objetivo maior.

Esta é a realidade!

Deixo ao leitor para tirar as suas conclusões, porque o mundo afogou-se numa série de amenidades para o mesmo tipo de crime, puro eufemismo hipócrita!!!

São meras palavras diferentes para confundir um público menos atento!


Nos regimes democráticos, ou mais democratizados, a opinião pública é o ponto fraco do governo.

O Nazismo era um partido de extrema direita e, portanto acreditava no mesmo tipo de estratégia para promover suas mudanças.

Cabe lembrar que ao extremista o valor da vida tem um significado inferior diante de um propósito maior: o objetivo da causa sobre a qual empenham a sua bandeira.

Extremistas colocam a vida humana em segundo lugar porque além de relativamente barata, esta pode ser também justamente a causa do problema. Não existe a crença da transformação do indivíduo já que o seu valor é intrinsicamente ligado à sua origem. Neste caso, se a origem é considerada ruim, a solução caminha por sua destruição inequívoca.


O Jihadismo vai se alastrando pelo oriente e África

Boko Haram no oeste e al-Shabaab no leste.


E por que o Jihadismo se alastra?

As condições sociais extremas são vetores deste crescimento.

O indivíduo sem recursos, sem preparo é presa fácil.

É o mesmo que acontece com o Brasil, onde a população que rejeita o sistema, ou seja a escola, acaba encontrando na criminalidade seu meio de subsistência.

É o mesmo que acontece com a pirataria mundial, nas costas africanas e etc. 

Este site mostra os pontos mais proeminentes e é bem interessante:
https://www.icc-ccs.org/piracy-reporting-centre/live-piracy-map

Pessoas assim não precisam da imposição pela força pois são presas fáceis da logica torcida que parece trazer uma solução digna para a sua miséria, nem mesmo que seja pela imolação dos outros ou de si mesmo!


O indivíduo despreparado é vulnerável, pois é preciso lembrar que a fé é cultivada pelos hábitos religiosos que dispensam o critério racional já que alega lidar como uma força maior incompreensível onde o ato de crer por crer torna-se a única forma prestigiosa de render reverência.

É o ato da crença pelo ato do sentimento daquilo que seria correto, mas não necessariamente racionalizado, ou daquilo que seja a verdade, mas não necessariamente comprovada.


Logo vê-se que a fé através da percepção do sentimento sem subsídios mais qualificáveis à qualidade do pensamento é mero instrumento de arregimentação de almas em rebanhos de seguidores que abandonam o direito à própria liberdade de pensamento pelo comodismo da segurança de se sentirem seguros por pertencerem a um grupo que reza pela mesma cartilha, como se quantidade garantisse a qualidade dos princípios. Se assim fosse, a Alemanha Nazista teria sido um poço de virtudes, já que tomou conta da grande maioria do povo alemão àquela ocasião. É o famoso efeito de massa, ou de cardume, quando um grupo chama atenção dos demais que passam a segui-lo simplesmente impressionados pelo número de adeptos fazendo-lhes parecer que aquele é o caminho a tomar também!!!

É uma grande desafio de personalidade alguém sustentar um pensamento diverso da maioria e ainda precisar enfrentar a solidão de suas convicções.


Um movimento se alastra porque obtém eco social que atende às esperanças do indivíduo.

O mesmo fenômeno ocorre em outras regiões onde as condições sociais são semelhantes e portanto propícias, já que a miséria e a ignorância é impotente contra a brutalidade de grupos armados ou a má fé do pseudo-argumento — os famosos "fake news" criando a visão doutrinária de massa.

O Jihadismo não se trata de um movimento isolado, mas de uma cadeia de movimentos afins, embora com diferenças entre eles, porém a base central é comum.

Israel poderá sufocar o Hamas, mas dificilmente conseguirá exterminar suas sementes, cujo adubo reside nas próprias falhas de relacionamento entre mulçumanos e israelenses através das divergências de objetivos e pela forma como se relacionam mediante uma guerra fria constante externadas em violências de assentamentos étnicos, conflitos de ruas e assassinatos raciais.


Também não existe negociação duradoura com movimentos radicais porque fere seus objetivos nativos que é a dominação pela força.

Toda negociação apenas ganha mais tempo para grupos extremistas agirem melhor organizados.

A contenção do extremismo pelo extremismo apenas conduz ao genocídio infrutífero e contraproducente.

Infrutífero porque não consegue resolver o problema, e contraproducente porque através do ressentimento estimula ainda mais o ódio que fomenta as suas bases.

Como Gandhi disse:
"Um olho por um olho, acaba todo mundo cego."

Uma boa abordagem contra o extremismo é trabalhar a conscientização da população e utilizar serviços de inteligência assim como fizeram os EUA na eliminação de Osama bin Laden e Israel na busca de criminosos nazistas na WW2.


maio 19, 2024

Radicalism and the Israel vs. Hamas Series - The Search for Solution N.6 - Segregation and Genocide



GENOCIDE IS PART OF OUR CULTURE AND SO IS SEGREGATION

WHY WORLDWIDE PUNISHMENTS ARE INEFFECTIVE AND AMBIGUOUS


How can we be sure of this?


All of us, without exception, under specific conditions are vulnerable to choosing our life over another. No matter the justification, we can destroy one or several lives to safeguard our values.


What is genocide?

It is a corollary of the above condition where the solution is applied collectively and extensively, on a large scale, to a group of people, whether due to their ethnicity, ideology or any pretext, and it can extend to an entire nation.

Just like the right to self-defense, what justifies genocide is the collective self-defense of a people or culture.

What does invalidate genocide as the justification to carry it out?

The principles are the same, but the justification is that it establishes the right to action, making it an extremely controversial subject, but when the same principle is applied to our personal lives, such controversy disappears.

Just as in a common crime, where the defendant needs to prove the extreme need for self-defense, international courts should elect global behavior along the same lines.

What makes genocide unfeasible, however valid the principle of self-defense may be, is that through them not only those guilty or indirectly involved are exterminated, but an entire population, including children, something that makes no sense to humanitarian reason. .

Children cannot be blamed for their adults' ideology because they are still "cultural raw material."


I say and repeat: "sense of humanitarian reason", as men like Stalin and Putin seem to be unaware, carrying their objectives forward independently of any principle other than their own. 


Putin and Stalin are not the only ones.
On the extreme right, Hitler can also be included in the "club" of mass murderers under the pretext of great social achievements. Ditto China with ethnicities. And certainly many others.

Mere psychopaths, sickened by their crazy dreams of insane ambition at the cost of the blood of thousands of people, guilty or not, involved or not.


This is genocide, terrorism, insanity!
Something the world could never accept, but still cannot avoid.

Any criminal who rises to power in a nation possessing atomic resources, through the dictatorship and the support of his accomplices, could transform a good people into the perpetrator of mass genocide.

In democratic systems, they end up serving as a ladder for such insane people, taking advantage of the ignorance and naivety of their people.

Democracy has currently been more of an instrument of the dictatorship's progress than a benefit, as it is unprepared to protect itself filtering the vote according to the voter's possibilities. It's demagoguery in the service of chaos!!!

How many ethnicities will still need to be purged to bring a sense of balance to their genocides, whether in the East, on the African or American continent?


What about "apartheids" (segregations), another form of cultural genocide?

How many native peoples who are still culturally and technologically backward, or racially diverse, will need to live in separate locations on the margins of progress under the pretext of protection whose time dissolves the intrinsic need for human evolution?

That is why "humanitarian feeling" is inextricably associated with aggregation, a sense of sharing and the sum of efforts.


Leaders should not have the right to act at will.

The atomic threat, or urban guerrilla warfare — since "terrorism" becomes a very controversial term and even applicable to current war strategies — as well as the weakness of the union of nations in the face of powers that can challenge it, makes it inapplicable to the practical result of the behavioral contingency of dictators or crazy nations.

Currently, this union represented by the UN is incompetent to establish these bases because its participants are also supporters of genocidal and terrorist practices, launching attacks on civilian targets.

A participant who violates the principles of this union should lose his participation.

Today, that doesn't happen.

Putin is still there, how can he?

So, how can we expect the UN to be effective in this sense if it itself is incapable of purging those who threaten it from its own body?

Social evolution is the result of the sum of individual evolution.

Planetary evolution is the sum of the evolution of each society.

We need to look at ourselves to begin finding solutions to social problems, including global ones.

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