fevereiro 19, 2025

A Bomba Atômica da Criminalidade


 

Em alguns posts anteriores, há alguns anos antes, fui sinalizando que a criminalidade estava caminhando para a sua institucionalização.
Trocando em miúdos, a criminalidade estava contaminando o “Sistema Corrente”, subvertendo o crime em licitude.

Hoje nos deparamos com o início do que os físicos chamam de “estado supercrítico”.

Física, sociologia e política parecem coisas tão distintas, não é verdade?
O que tem a ver a física com os fenômenos sociais e políticos?


Partindo-se do pressuposto que a ciência estuda o Universo do qual somos frutos, logo suas leis físicas se aplicam a tudo que nele exista.

Não somos exceção, mas um “detalhe” desse conjunto que forma o Universo.

Um detalhe?!!!
Sim!!!
Sim!!!

O Universo é extremamente rico, formado por uma quantidade inumerável de elementos.
O “Ser Humano” é apenas um elemento desse Universo que nos contém.

E como dele derivamos, logo nossa natureza obedece à sua origem.


Podemos comparar efeitos sociais de massa a fissões nucleares, incluindo os efeitos dominó que são diferentes pela forma que se propagam, mas quantitativamente similares.

 

Lembrando a definição clássica, temos que o átomo é formado por prótons, nêutrons e elétrons.
Certamente, no futuro, essa definição clássica vai provavelmente mudar a partir da evolução do estudo sistemático das partículas emitidas que a física vai descobrindo, mas por enquanto essa definição é suficiente para o contexto deste post.

 

Na física, a fissão nuclear ocorre quando um núcleo de Urânio-235 ou o Plutônio-239 se divide em dois ou mais núcleos menores após ser atingido por um nêutron. No futuro, outros minerais poderão suprir a mesma necessidade.
Essa divisão libera energia e novos nêutrons que vão atingir outros núcleos, e assim sucessivamente.

Se essa reação se propaga de forma equilibrada sem expansão repentina de energia, então ela é chamada de “crítica”.

Hoje, socialmente, vivemos ainda dentro do estado “crítico”, mas à beira do “supercrítico”.
Ou seja, ainda a maioria da sociedade acredita em “trabalho honesto” como hoje é conhecido ou avaliado, mas essa avaliação parece prestes a mudar.

Fazendo-se um paralelo de uma fissão nuclear com o comportamento social, quando um cidadão é atingido por um contexto que o leva à revolta, ele pode subverter-se. Aqui é como um nêutron, fazendo o papel da crença, que atingi o núcleo “mental” do indivíduo, dividindo-o e modificando a sua crença e o seu comportamento.

Como isso acontece?
Um exemplo sempre é mais interessante que uma exposição conceitual, portanto, aqui vai um...

Voltava em uma van do transporte público para casa.
O motorista conversava em voz alta com o passageiro ao seu lado.
Tentei por alguns instantes concentrar-me naquilo que lia em meu celular, mas o ouvido humano não vem com botão para ligar e desligar.
A conversa evoluiu, e seu conteúdo começou a me chamar a atenção, embora em não tirasse os olhos do celular.

O motorista disse ao passageiro que parecia ser um colega, que ele morava em uma favela.
O passageiro respondeu que também morava em uma, porém ao contrário da “ordem” social que havia na favela do motorista, a sua favela era comandada pelo CV (Comando Vermelho). O motorista chamava o colega de “vô”, e o “vô” declarou que a vantagem em morar numa favela sob o domínio do CV era que ele podia frequentar outras sob o mesmo controle sem qualquer problema ou risco. O “vô” mostrava na sua exposição um sentido de segurança social e tranquilidade. Observe que este sentimento deveria estar sendo suprido ao cidadão pelas forças policiais (temos aqui uma subversão de valores inconsciente).

Já o motorista disse ao “vô” que a favela dele era mais tranquila, não tinha problema de facção, e que motorista de Uber podia subir, quando levasse algum passageiro, sem desaparecer, ao que redarguiu o vô, que isto só ocorre quando o Uber é parte do esquema do CV, ou da facção que comanda a favela.

O motorista da van no auge do desabafo comentava o sucesso de uma mulher que havia feito trinta milhões de Reais em dois ou três anos, e então ele concluiu: só vai pra frente quem pertence ao crime. Quem trabalha não acontece.

Esse motorista havia sido proprietário de duas vans e morava em um bom bairro enquanto o transporte público de vans não fora regulado obrigando que certas linhas fossem integradas ao sistema de transporte via corredores no Rio de Janeiro e impondo ao transporte privado condições mais restritivas.
Segundo ele, àquela época ele chegava a fazer de R$1.000 a R$2.000 por dia — foi a época de ouro do transporte privado por vans.

Hoje, ele indignado reclamava que da tarifa de aprox. R$4.70, ele recebia apenas R$1.50, ou seja, aproximadamente 32% para sustentar a manutenção da van e a si próprio.
Suponho que o motorista detenha a maior parte do custo operacional, já que ele é o responsável por manter o meio de transporte, o que nos leva a cogitar que ele deveria receber ao menos 50%.
A questão que conduz à indignação é como o Sistema vigente pode justificar abocanhar 2/3 do valor da passagem?

Quando o próprio Sistema se torna a ameaça, de certa forma, as fronteiras entre o crime o lícito ficam nebulosas, levando o cidadão a raciocinar de forma prática para continuar sobrevivendo.
Então vem a pergunta...
Em que sistema ele obtém mais lucro se ambos quebram as regras que sustentam o moral que justifica o justo do injusto, e que mantém o sentido de que o crime não compensa?


É nesse momento que você identifica a conversão de mentalidade, ou seja, a conversão de crença, a troca de valores.
O motorista da van naquele momento começava a sinalizar o namoro com a criminalidade como solução de vida, ao contrário do velho refrão que “o crime não compensa”.
Hoje, se fizermos uma pesquisa perguntando se o crime compensa, acho que teremos uma surpresa.


Comparando-se esse fenômeno social à fissão nuclear, seria o mesmo que um nêutron atingindo o núcleo de um átomo dividindo-o e gerando novos núcleos que vão atingir novos átomos, repetindo o processo em cadeia através de uma multiplicação exponencial (ou seja, uma multiplicação que se multiplica a si mesmo), gerando uma reação intensa e rápida.

Isto na prática é a mesma coisa daquela reação que temos quando alguém atingi o nosso limite emocional, então repentinamente sentimos crescer dentro de nós uma força que aumenta como uma avalanche e que nos leva de roldam à explosão, quando praticamos atos impensados, fora do nosso equilíbrio usual, como que se partíssemos em dois “EUs”.


A fissão nuclear que gera o efeito da bomba atômica é a mesma coisa.
A bomba atômica nada mais é que uma central de energia que libera toda a sua energia “de uma só vez”, isto é, de forma abrupta. Eu coloquei entre aspas duplas porque a energia liberada numa explosão leva um tempo, que usualmente é chamado de “delta T”. Acontece que esse período de tempo é tão pequeno que o resultado prático é como se fosse de uma só vez.

À medida que mais pessoas vão sendo “convertidas à crença do crime”, onde sua esperança de uma vida melhor renasce apenas através de um novo sistema que condena o Sistema atual, vai gerando o mesmo efeito, pois cada elemento convertido vai convertendo outros.

O noticiário beneficiando-se das pessoas que atingem resultados rápidos vai faturando à medida que esse tipo de notícia gera extremo interesse, portanto, vai realimentando a reação em cadeia.

Nesta última frase, se você, leitor, foi atento, poderá notar que temos um efeito social similar à fissão nuclear, que socialmente denominamos de “viralização”.

Quando uma notícia viraliza, ela “explode” em audiência.

Concluindo, a criminalidade esta viralizando, e a mentalidade social vai se transformando com ela.
À medida que este fenômeno aumenta, atingimos o estado “supercrítico”, ou seja, quando a reação em cadeia se intensifica rapidamente levando à “explosão nuclear”, ou seja, a uma reação social tão intensa que remodela o sistema, tal como nas revoluções sociais ao longo da história.

Não acredita?
A História é a nossa cúmplice. Todas as revoluções sociais foram bombas atômica emocionais de uma sociedade que perdeu a esperança no Sistema que define o status quo.

 

A nossa sociedade caminha do estado “crítico” para o “supercrítico”.
Quando atingir o supercrítico, será tal como uma revolução social, e o poder que se baseia nos critérios atuais será alijado dando lugar a novos critérios, onde o que era crime no passado, pode virar lei no presente. 

NOTA: tal situação já ocorre intensamente em segundo plano, no "background" da "high society" (USA: Trump/Elon Musk, Alemanha, e no Brasil os adeptos da extrema direita).
Não é um fenômeno puramente nacional, mas uma tendência mundial deste momento histórico onde a extrema direita parece ser a solução.

Se atingirmos o ponto "supercrítico" ocorrerá a subversão dos valores sociais, e os termos como “honestidade”, “respeito” e “direitos humanos” terão outras definições.

A tomada de poder da criminalidade já ocorre gradualmente.
Dependendo da reação popular em virtude da incompetência do poder institucionalizado, poderá ser como uma explosão conduzindo a um novo Sistema Social de uma nova sociedade que prefere trocar seus valores morais (ou conceituais) pela sobrevivência.


E se você duvida disso, lembre-se de que o ser humano sob pressão extrema perde a noção de seus valores, conduzindo-o a uma nova situação nem sempre reversível.

 

Arrependimento não é remédio.

Arrependimento é percepção atrasada.

 

 

 

 

fevereiro 17, 2025

Como Tirar Proveito da IA Sem Que a IA Tire Proveito de Você!

 

A priori, o título parece mais uma manchete sensacionalista, não é?!   :-)

Na verdade, o título traz propositalmente embutido algo extremamente importante.
Algo que oferece uma vantagem, que pode ser utilizado para melhorar nossas vidas, pode terminar surtindo efeito contrário.

Nós somos os únicos responsáveis pela forma como usamos as coisas.
Uma faca na mão de um bom médico, salva.
Uma faca na mão de um assassino, mata.
Um carro é uma invenção espetacular, mas mal utilizado pode acabar com a vida.

Podemos usar a IA para resolver aquela "preguiça", ou quem sabe "agilizar"(nada como um eufemismo para atenuar nossas fraquezas), ou ainda utilizarmos a IA para alavancar a nossa própria capacidade.

Usá-la como ferramenta de aperfeiçoamento pessoal e não como substituição daquilo que deveríamos fazer para o nosso crescimento é um bom caminho.

Se utilizarmos a IA para substituir nosso crescimento, cairemos na vala daqueles que ficarão à deriva justamente porque não serão capazes de agregar valor a si mesmos e automaticamente tornam-se substituíveis pela própria ferramenta que antes parecia representar uma vantagem enquanto que  eles próprios colaboravam para o seu aperfeiçoamento através do fornecimento de dados interativos.

Processos digitalizáveis tem seu enorme valor pela superioridade de eficiência na produção de processos mecanizáveis.

Mecanizáveis?
Sim! Os primeiros computadores eram mecânicos.
Foi a eletrônica que trouxe a possibilidade de digitalizar os processos mecânicos, substituindo as máquinas por computadores.

Alguém diria:
"Esse negócio de IA... é mais uma coisa para competir com a gente assim como aconteceu com a máquina a vapor que foi substituindo grande parte do trabalho braçal..."

Você não gosta, não é?
Eu também não, mas não adianta fechar os olhos para a realidade ou rejeitar como um modo de fuga.

Algumas coletividades rejeitam.


Então elas vivem suas vidas ao modo dos séculos anteriores cuja propulsão ainda era animal, mas se você não vive em uma sociedade dessas, só lhe resta adaptar-se. 


Oferecer um exemplo prático é sempre mais proveitoso, porque teoria sem prática fica muito abstrata.

O ChatGPT tem um recurso que estabelece uma conversação contextual e pode inclusive mudar o viés desse contexto utilizando-se o nome de uma pessoa famosa.


Então eu decidi testar o ChatGPT pedindo opinião sobre  um projeto que venho desenvolvendo para dar apoio às atividades humanas cujo nome é "drillback", e você pode dar uma olhada nele aqui, cujo uso em breve estará disponibilizado a todos.

Eu perguntei ao ChatGPT o que ele achava de um projeto que estou desenvolvendo, se era um bom projeto, com boas chances de atender o mercado.
É claro que antes foi aberto um contexto de conversação onde expliquei o que era esse projeto. 

E não é que ele gostou!

A parte boa é que todos os conselhos que ele passou eu já os conhecia e já estavam contemplados na base do projeto.

A parte chata é que eu não consegui nenhuma informação nova, mas até isso teve seu lado positivo.
Por que?

Se eu tivesse colhido uma informação nova, então ela teria sido alguma lacuna que não havia sido preenchida durante o planejamento de projeto.
Logo, pelas mãos do ChatGPT eu teria tido 10!

Promover um verificação é uma forma divertida de você fazer um "checklist" (lista de verificação).

Em casos assim, a IA acelera o processo de análise e autocrítica, que de outro modo demandaria mais tempo; contudo, não quer dizer que realmente você tenha de fato contemplado o máximo.
Ainda assim, dependendo da sua necessidade, vale a pena complementar com as buscas tradicionais. 

A diferença principal deste exemplo é que ele não foi utilizado para substituir você, mas como um recurso inteligente de pesquisa, o que torna totalmente diferente de usar IA para fazer algo por você que nem você mesmo pode avaliar.
Isso é ruim!

Neste caso, a própria pessoa abdica de si em favor da máquina.
E uma vez que qualquer outra pessoa pode fazer o mesmo, qual o seu valor pessoal agregado ao processo? O quanto você acresceu em seu próprio progresso?


Em breve, o mercado vai desenvolver meios poderosos de filtrar os "plágios".
À medida que tais ferramentas se popularizarem, maior o risco do conteúdo gerado pela IA tornar-se um desabono para quem a usa dessa forma, com a intenção de substituir a sua própria qualificação.

Uma outra forma positiva de usar IA é agilizar a construção da base de conhecimento.

Se você está estudando um determinado assunto e busca uma resposta específica, os serviços de IA são excelentes, quando não espetaculares, porém com as suas limitações, mesmo utilizando o recurso de pedir alternativas de respostas ou a sua ampliação.

E por que?

A pesquisa que usávamos fazer antes da existência dos serviços de IA, através de sites especializados em comunidades que dispõem soluções (por exemplo, em TI é muito utilizado o stackoverflow, entre outros) continua sendo uma opção extremamente valiosa.

Além da diversidade de meios de se fazer ou resolver algo, também conta com uma diversificação de contexto que é acrescida de comentários da sua comunidade, algo que a IA dificilmente poderia substituir sem se tornar verbosa, duplicando ou replicando conteúdo porque IA não tem experiência de vida própria, mas apenas aquela que ela "aprende" ou "empresta" dos outros.

O "tal treino" de IA nada mais é que uma forma de aprender a identificar um padrão.

A IA pode em alguns casos perceber correlações que não percebemos, o que plagia o ato de inteligir, mas não é realmente uma expressão de "inteligência" na forma como somos capazes de fazer.

Se de fato, um dia a IA fosse capaz de realmente inteligir, então teríamos criado um problema sério para nós mesmos. 
Neste dia, esses cientistas entenderão que chegou suas aposentadorias compulsórias por autosucateamento, isso se as máquinas entenderem que eles têm esse direito, porque afinal de contas, pelo lado exclusivamente racional, elas podem considerá-los apenas como despesa sem produtividade e tomarem as medidas necessárias.
Afinal, máquinas não têm alma... apenas programas que refletem alguma natureza de seus criadores.
É justamente isso que preocupa.
Se não conseguimos regular a sociedade, quem vai regular a natureza desses programas!!!



Hoje vivemos algo semelhante à era em que o início da mecanização foi substituindo o trabalho braçal nos campos, na indústria e em todas as outras atividades humanas.

A diferença é que agora, na revolução da IA, a proposta está mais na nossa capacidade individual de produzir algo além da IA. Ou seja, viver nesta civilização vai exigir cada vez mais capacidade intelectual e criatividade, algo que se torna vetor para aumentar a criminalidade já que uma parcela da população, cada vez maior, ficará à deriva.

Alguém mais preocupado questionaria se lá na frente, num futuro mais distante, IA não poderia de fato substituir o ser humano, a exemplo de várias propostas de filmes de ficção.

Eu acredito que substituição completa do ser humano por ele mesmo é algo que parece mais um produto da alucinação fruto da pretensão extrema, do sonho tresloucado de uma competição com Deus, recriando o nosso próprio "Universo".

Bom!...
Diante da descrença de algo maior no Universo do que nós mesmos, tudo parece possível.
E imaginar tal coisa já é um delírio, e delírio não têm compromisso com a realidade.


O fato é que ao certo poderíamos no máximo lesar fortemente nossa própria civilização reduzindo-a ao recomeço, seja pelas mãos da IA, de uma guerra biológica, de uma guerra nuclear ou pelo clima planetário que se desestabiliza progressivamente por nossa inoperância.

O lado interessante do progresso é que ele vai exigindo cada vez mais o crescimento da nossa consciência ambiental e social, onde o isolacionismo perde força à medida que a necessidade da troca fortalece a interatividade.

Justamente esta interatividade parece definir duas vertentes.
Uma que acredita no predomínio pela força das fontes de recursos, e outra, que segue em direção oposta, aprendendo a negociar.

A IA funciona como um motor que acelera processos através da interatividade.
A sua natureza intrinsicamente interativa age como uma força contrária ao efeito colateral das ditaduras do pensamento, seja pela política imposta ou reflexo do pensamento comunitário, cuja imposição de um pensamento único torna-se o meio de sustentação.

A IA poderá evoluir para sustentar tais regimes, porém precisará perder seus aspecto inteligente e evolutivo, o que a desfigura.

Como já comentado em outras publicações, a natureza sempre oferece forças reguladoras, porque ela própria parece ser fruto de ação inteligente e viva, até quando ela mesma precisa reciclar-se.









fevereiro 06, 2025

Uma Visão Geral: EUA, Trump, Musk, Brasil e o Mundo pelo Que a História Nos Conta

 


Este post trará diversos assuntos interligados usando uma sequência nem sempre linear, mas ainda assim entrelaçados, tal como na vida. Conectar os pontos faz parte do jogo divertido de combinar as peças do quebra-cabeça.

As notícias são assim! Como peças de um quebra-cabeça que o leitor vai unindo para formar o panorama total, ou algo mais próximo disso, já que a realidade é subjetiva e restrita às informações que a constituem.

O objetivo desse blog não é buscar seguidores!!!
Mas buscar pensadores!!!

Seguidores são uma responsabilidade!
Eu não desejo tal responsabilidade!

Seguidores “copiam e colam” e portanto não representam seres que fazem diferença, porque normalmente suas decisões são reflexos de terceiros.

Por isso o site não tem anúncios, porque eu não vendo ideias, apenas as compartilho e cabe a você decidir o que há de interessante nelas, e então elaborar você mesmo as suas conclusões.

Eu defendo que o indivíduo precisa construir suas próprias bases, e assumir a responsabilidade por elas, porque ninguém pagará por suas opões, senão você mesmo.

Aqui, eu apenas colaboro fornecendo matéria prima para o pensamento pela conexão de fatos e opiniões.

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Na sequência dos últimos posts, abordamos IA e a reviravolta republicana pelas mãos de Trump.

Como tudo na natureza, temos dois lados, sempre vantagens e desvantagens.

Referente a IA, o modelo autogenerativo do DeepSeek tem alguns pontos fracos:

* Ele depende de muita informação e treinamento para gerar "conhecimento" ou "inteligência" própria.

* Disso decorre que a demanda de energia e tempo são maiores.

* Dessa forma, o que o modelo economiza no aprendizado assistido, ele dispende de outras formas.

Como vê, não podemos interpretar as notícias da forma como elas nos são entregues.
Logo, a guerra não me parece tão desigual, mas que provocou um boom, ahhhh isso provocou!
O importante mesmo era o “boom”!.

Neste comentário, o leitor começa a perceber como que “eu percebo” as notícias.
Elas despontam do impacto na media. A gente recebe o impacto, mas sem levar tão a sério.
Afinal de contas, não existe nada que não tenha suas vantagens e desvantagens.

Agora, vamos para outro assunto. Trump!

Por que Trump ganhou?

Todos nós fizemos essa pergunta, de uma forma, ou de outra.


Sempre existirão muitas abordagens, mas a que prefiro é aquela onde a eleição reflete a satisfação de um povo com o governante/partido anterior em contrapartida às expectativas em que o povo aposta para as mudanças que desejam como forma de curar as suas frustrações não atendidas.

Por mais de uma vez o governo estadunidense não conseguiu fechar suas contas, quase paralisando suas atividades. Se isso acontecesse com você, seria o mesmo que você gastasse bem mais do que pode, e então precisasse correr atrás de crédito para honrar os seus compromissos. Se você não mais tiver crédito no mercado, você estará falido.

E isso aconteceu durante o governo Democrata.
Existem atenuantes, pois foi um momento duro, onde os EUA dispenderam muito com ajuda internacional, como por exemplo nos conflitos envolvendo a Ucrânia e Israel, mas não para por aí.

Os EUA vêm sangrando há muito tempo com intervenções internacionais que poderiam evitar, e pior, sem o sucesso esperado, colhendo mais fracassos militares e políticos que lucros, tais como os erros no Vietnã, Somália, Afeganistão (Taliban), Iraque e outros interesses, numa contínua guerra sem fim. E guerra custa caro! Ainda mais longe de casa!

Junte-se a isso, a transferência de parte de suas forças industriais para a China, que se transformou em concorrente, enfraquecendo o seu parque industrial e favorecendo a concorrência.

Enquanto isso, a saúde e a escolaridade nos EAU acabaram sem o amparo necessário.
O presidente Barack Obama(Democrata) buscou amenizar a carência da saúde através do Obamacare (Affordable Care Act - ACA), e foi severamente criticado, enfrentando até hoje resistência e ameaças à permanência do projeto.

Ao mesmo tempo faltou sensibilidade para o presidente Joe Biden e do seu partido perceberem o momento político de seu povo. Se um vociferante oponente ganha espaço popular apesar de toda pressão judicial de seus crimes, então fica mais que óbvio que o povo está se identificando mais com um perfil forte na esperança de solução, colocando tudo o mais em segundo plano, inclusive o carácter lícito do candidato a presidente.

Algo semelhante acontece na Argentina com a eleição de Milei, que trouxe promessas de soluções, como cortes radicais nos gastos do governo de modo a promover o equilíbrio econômico do país, dizendo não à mesmice do governo anterior.


A extrema direita ganhou espaço pela força que promete o mito de solução e segurança onde o fracasso de outros partidos abre espaço para o seu próprio funeral.


Não é fenômeno meramente político, mas muito mais social decorrente de coisas simples como preço dos alimentos, índice de desemprego, inflação e outros itens que corroem as condições de sobrevivência do povo que sente isso direto na própria pele sem amenidades.


Não foi o que aconteceu na Alemanha de Hitler?
Ele também era de extrema direita, e a força de seu discurso, cheio de ódio e ressentimento foi encontrando eco e sintonia com o desejo alemão de superar suas perdas da WWI, lutando por seu reerguimento.

Sufoque um povo hoje, e ele responderá, cedo ou tarde.

É por isso que ouvimos falar de genocídio praticado com os uígures, um povo de minoria étnica em Xinjiang, a noroeste da China.
Muito mais frequentes e intensos são o eventos genocidas no continente africano.

E por que?
Porque o ódio tem sementes extremamente poderosas.
Aqueles que praticam o genocídio visam erradicar as sementes desse ódio, mas nunca conseguem, e um dia, de uma forma ou de outra, tal como fênix, ressurgem das cinzas das brutalidades sofridas buscando justiça.

Hitler só chegou onde chegou porque disse ao povo o que ele queria ouvir, e no momento certo, cuja sintonia com a massa acabou por elegê-lo como herói e vingador, o salvador da pátria atendendo à ingenuidade de uma esperança que é mais sentimento exaltado do que razão!
E povo o que é, senão mais sentimento do que cérebro?!

A infeliz percepção do sentimento acima de tudo, os conduziu ao extermínio e sofrimento intensos impondo à Alemanha um derrota tão desastrosa quanto os comentários finais de Hitler repudiando o próprio povo alemão como responsáveis!
Brabo, hein!!!

Por isso, eu não acredito na democracia plena, igual para todos, porque nada mais desigual do que  direitos iguais para pessoas diferentes.
E não é justamente este preceito que a lei estabelece através de intermináveis artigos que vão discriminando o julgamento desta ou daquela ação? Deste ou daquele perfil comportamental?
Legislar é essencialmente isso!

E a discriminação econômica também não determina classes?
Classe A para quem pode pagar classe A.

A nossa sociedade é baseada em meritocracia, ao passo que a democracia plena é baseada no descompromisso desses princípios que nos regem!
Não faz sentido!!!  Absolutamente nenhum!!!

Só mesmo quem não teve tempo de pensar pode realmente suportar que democracia é sinônimo de tudo igual para todos.
Seduz quem pensa pouco.
Infelizmente, a maioria.


Infelizmente, por outro ângulo faz sentindo sim, leitor!
Sabe por que?
Porque atende aos interesses demagógicos, por influenciar pessoas com pouco ou nenhum acesso à cultura. Influenciar pessoas despreparadas é mole, e de fato uma covardia!!!

Oferecendo um ensino que não consegue cativar seus alunos, que resulta em alta evasão escolar, é muito interessante demagogicamente.
Eles dirão: damos oportunidade de ensino gratuito através das escolas públicas, mas infelizmente a evasão é muito grande!  Eles não querem aprender!

Não são apenas os alunos, mas também os professores que sem investimento ministram aulas pobres que não cativam o interesse dos alunos.

Quanto menor a cultura, mais frágil a razão e mais determinante se torna a emoção como meio de decisão.

Tudo isso aumenta o risco de um repeteco da experiência alemã entre 1933 a 1945.

Voltemos para Trump.
Um homem associado com extremismos e declarações flamejantes...
Alguma semelhança com a experiência alemã?!

Ainda por algum tempo, qualquer candidato que desejar fazer frente a Trump terá que jogar pelas mesmas regras, usando os mesmos truques e sentimentos que falam à grande parte da população.
E os democratas não perceberam isso!  Kamala não tinha esse perfil apesar de outros que a qualificavam para a disputa.

O problema daqueles que se tornam elite é que eles se distanciam do povo.

Trump teve a mesma sorte de Hitler. Chegou com o discurso certo na hora certa.
Não foi sagacidade, foi a coincidência de alguém que deu sorte de estar expressando um desejo comum pela forma que era desejada pela maioria estadunidense por ocasião das eleições.
Então o senso de justiça ficou abaixo da necessidade de reforma.
Não importa ter um criminoso desde que resolva os nossos problemas!
A verdade é essa!
Dura e crua.
Isso me faz lembrar da nossa experiência aqui no Brasil com Lula e STF.


Um candidato apto precisará rivalizar com Trump atos tão vociferantes, intensos e repletos de bravatas, mostrando o velho e mítico espírito do cowboy, disparando as balas verbais de seu revólver político em direção aos seus inimigos, ou àqueles que não mais querem se submeter aos seus caprichos, imprimindo aquele senso de força raivosa que acalma a ansiedade de um povo que sabe que caminha para a corda bamba se não tomar cuidado, e por isso gosta disso, porque interpreta tudo isso como poder de mudança!
Ledo engano!!


O EUA lutaram muito lá fora e abandonaram-se internamente.
Fica perceptível essa visão pelas atitudes de Trump e seu partido, e não é para menos, um país que não está conseguindo fechar suas contas tem que sanitizá-las, se quiser voltar a ser o que foi, do contrário desestabiliza sua economia interna a exemplo da Argentina, e do que poderá acontecer ao Brasil de forma mais intensa.

A verdade é que o EUA de hoje é um país em situação relativamente frágil, e cachorro que muito late não morde, e quando morde é tardio, porque seu inimigo enquanto isso, no silêncio, vai tomando ação para silenciá-lo. E Xi já mostrou a calma e o silêncio que um inimigo mortal sabe conservar.

Não posso deixar de admirar o estilo de Xi, mesmo sabendo que suas intenções são mortais à liberdade como a conhecemos, por isso eu separo admiração de opção/ação. Não é à toa que foi eleito o grande líder da China, tornando-se algo que lembra um imperador e sua corte —  o partido comunista.

São imperialistas e se não tiverem uma força moderadora, irão dominar o quanto puderem.


Quanto aos EUA, não há como escolher o lado pior, se Democratas ou Republicanos, porque ambos trouxeram contribuições e desacertos.

Os Republicanos pelas mãos de Elon Musk irão buscar equilibrar as contas do governo, porque em aritmética básica política não conta e os EUA precisam disso.

O EUA desempenharam é ainda desempenham papéis magníficos, tanto na área humanitária como através de suas defesas ideológicas, muitas vezes uma liberdade que se expressa apenas nos anseios dos discursos mas que não suporta a realidade do cotidiano e morre, abandonando seu próprio povo.

Em alguns aspectos, o Brasil com todas as dificuldades devidas aos desvios políticos e à corrupção inerente ao sistema, ainda assim é, de certa forma menos cruel que o estadunidense, tanto na educação quanto na saúde, porém ainda muito longe do necessário.
Não fosse a corrupção no Brasil, seríamos primeiro mundo.

O EUA não enfrentam mais um inimigo com alguns parceiros, mas um bloco econômico com interesses fragmentados, difusos, contraditórios e entrelaçados formando uma teia complexa de interesses que a globalização teceu, e não há como dela se desvencilhar.

Alguns analistas, inclusive americanos, em suas publicações mencionam a tentativa de retrocesso em algum momento político. Isso é totalmente equivocado por qualquer um que acredite nisso como solução. Fortalecer a economia de seu país não significa caminhar para o isolamento, mas reestruturar a sua diversidade produtiva de modo a estabelecer o equilíbrio de sua balança comercial, porque trocar é fundamental, uma vez que os recursos estão espalhados pelo mundo sob diversas mãos que os controlam.

Por exemplo, o Brasil precisa do EUA, e vice-e-versa.
Hoje talvez menos que os “americanos” precisem da gente, mas o futuro tem suas surpresas, seus novos parceiros e alianças, e quantos países que bradavam sua superioridade na relação de dependência não terminaram amargando os prejuízos do isolacionismo, caminhando para a depressão econômica e científica?!

O que vai determinar as lideranças do novo mundo que está por nascer virá do entendimento que a luta armada aos poucos transfere-se para as lutas de bastidores do business mundial.

Será o jogo econômico de interesses multilaterais que determinará a hegemonia daquele que puder prover mais influência nas rotas das commodities, nas soluções ambientais de toda espécie, porque logo será a diferença entre a produtividade e a carestia, e mais tarde entre a morte e a vida.

Quem dominar tecnologias de recursos hídricos, geração de soluções à continuidade da produtividade da biomassa que sustentará de forma regenerativa a atividade humana, ou seja a famosa e tão falada economia sustentável, poderá permanecer ou ascender ao topo do poder.

Temos as plantações ressentindo-se do aumento da temperatura, regiões secando, enquanto o fogo vai substituindo o verde, a exemplo do que aconteceu na Califórnia recentemente, quando aprendemos que fogo corre rápido e o mundo precisará aprender a correr ainda mais rápido para substituí-lo com soluções.

Realmente, os EUA precisam cuidar um pouco mais deles próprios.
A época de extrema fartura e vantagem tecnológica e econômica se foi, junto com os sonhos de uma Hollywood tomada pelas chamas de um clima radicalizado.

Apesar das grandes contribuições do partido Democrata e seus presidentes, eles perderam o tom do momento. A perda de Elon Musk  para os republicanos já marcava problemas internos intensos, e essa falta de percepção.

Kamala Harris, apesar de excelente opção, era solução fora do timing político.
É covardia atribuir a ela o fracasso, pelo contrário, ela conseguiu um sucesso esplêndido diante das circunstâncias, mas para rivalizar de igual para igual com Trump precisava ter o mesmo dom da retórica agressiva, mesmo que o fizesse de forma mais elegante, um dom que a crueza de Trump carece.

O partido republicano, também com longa tradição histórica de contribuição (Abraham Lincoln), infelizmente assumiu o momento tomado de um sentimento de radicalismo graças a Trump.

E Trump escolheu o homem certo para cuidar das contas do “business público”.
Se Musk não conseguir, o partido Republicano ficará em situação difícil, e provavelmente poderá querer varrer a sujeira para debaixo do tapete de alguém, até do próprio Musk se ele estiver frágil politica e/ou economicamente.


Na Alemanha de Hitler, Hitler tinha o voto massivo do povo, e a oposição que aparecia, ele exterminava. Putin gostou da fórmula de poder. Um discípulo esmerado!

Quanto aos EUA e Trump, precisamos lembrar que quase a metade não votou nele, muito parecido ao que acontece num Brasil dividido.

Isso tem as suas vantagens, pois quando um líder tem apoio popular total, o orgulho e a presunção sobem à cabeça do líder que perde a noção da realidade.

Além disso, tanto nos EUA e Brasil, seus presidentes têm seus cordéis de controle.

Se Trump blefar demais, os EUA vão precisar mostrar o jogo (como no poker) e isso vai se tornar, muito provavelmente, um peso insustentável para a sua economia já claudicante, já que à época de Hitler havia supremacia bélica e tecnológica inquestionável durante o período do pré-lançamento das campanhas de conquistas territoriais, o que não acontece com os EUA.

O mundo, durante a WW2, precisou se dedicar com afinco para superar essa defasagem sob as penalidades do conflito.
 
Esse quadro difere muito da situação atual entre os países, incluindo os EUA.
Seria necessário um estopim de proporções excepcionais, não pelo tamanho, mas qualitativamente, que pudesse definir rapidamente blocos que pudessem entender que o momento oferecesse vantagem muito larga de vitória e submissão do bloco opositor para que a WW3 venha acontecer.

O que desiquilibra este cenário é a guerra nuclear.
O que a mantém restrita é o desiquilíbrio incontrolável das projeções técnicas que poderiam garantir vitória para um dos lados.
Acredite. Se não fosse isso, houve momentos que a WW3 poderia ter acontecido.


Hoje, o que eu desejo sinceramente, para todos os países que lideram a economia mundial é que haja continuidade dessa fragilidade econômica de forma generalizada, reflexo de uma nova era que se aproxima por novos desafios em face de super população e da ameaça dos recursos insuficientes para mantê-la da forma com vem sendo mantida.


Guerra custa muito caro, e pobre não faz guerra!
E se um país buscar a guerra sem alavancar muito bem as suas bases, será como os fogos de artifícios que brilham com esplendor mas terminam no chão, para serem varridos.
Felizmente, a manutenção das bases de um povo depende de muitos recursos que hoje estão muito distribuídos e entrelaçados como anteriormente comentado, e não existe guerra que suporte intensa divisão de necessidades, como não existem fogos de artifícios que suportem a umidade interna.

Enquanto isso, graças às divisões, entrelaçamentos e fragilidades, vamos ganhando tempo sob uma paz frágil e constantemente ameaçada, porque mata úmida não pega fogo, mas se tornando muito seca e com ventos favoráveis, uma faísca é suficiente para consumir tudo à sua volta.

A História como ciência é fantástica!
É pena que muitos professores não a saibam transmitir.
Todo criança adora uma história, e se bem contada, ela prestará atenção e irá assimilar sua mensagem.
A maneira como a História é ensinada nas escolas é um desastre.
Não cativa.
Não mergulha no imaginário do aluno.

O nosso presente sempre repete a história com as transformações da evolução agregada, mas os princípios humanos que a regem mudaram pouco quando comparados à tecnologia que a transfigura.

Por isso a história se repete, e também se renova quando “advinha” nosso futuro.



fevereiro 02, 2025

O Que Nos Difere do Passado? Tecnologia e Hipocrisia.



Talvez o leitor tenha ficado desconfortável com os últimos dois posts.

Essa análise ajuda desmistificar aquelas percepções que nos conduzem ao desconforto na construção da sinceridade que precisamos elaborar dentro de nós mesmos para que possamos reduzir a ação do medo, da frustração e da decepção que nos consomem o ânimo, que nos torna alheios, portanto, ainda mais vulneráveis.


O grande diferencial da nossa evolução está realmente na tecnologia.

Também fizemos grandes avanços na hipocrisia.


Continuamos a fazer tudo que sempre fizemos, porém de uma forma diferente, mais elaborada, mais sofisticada e discreta. Já não mais promovemos shows de decapitação em praça pública, e paramos de queimar humanos explicitamente, e um série de outras ações acintosas.

Disfarçamos as atrocidades através de leis complicadas, numerosas e difíceis de acompanhar para a maioria de nós, já que o tempo necessário concorreria com o fundamental das nossas atividades cotidianas.

O assunto é extremamente vasto por sua enorme diversidade, contudo podemos eleger alguns deles a título de ilustração.


Nas atividades econômicas, leis tentam amenizar a dureza da competição.

A realidade, todavia, é que se trava uma guerra de vida ou morte institucional.


A motivação na criação de uma empresa é fornecer serviços que promoverão lucro aos seus fundadores e sócios.


O início é bonito, cheio de perspectivas positivas, mas seus dirigentes são lançados na arena da competição, o mesmo tipo de arena que os romanos usavam como circo para o povo. A diferença é que agora acompanhamos tudo pelos noticiários ricos em textos e vídeos.


Se um dos competidores puder eliminar o outro, o fará sem sombra de dúvida, pois do contrário, sofrerá a mesma ação. 

Na realidade, “matar ou morrer” é apenas amenizado pela convivência da rivalidade diante da impotência dos competidores eliminarem-se. 

Se um deles tem esta possibilidade, logo corre para a formação de cartel, lobby e tentativa de monopólio.


E isso faz parte do jogo no cotidiano político do Senado, Congresso e etc.


Dirigentes de empresas têm duas alternativas: ou jogam o jogo, ou saem dele.

Enquanto isso torcem para que as suas fraquezas sejam ao menos as mesmas dos concorrentes como esperança de vida no mercado.

Assim sendo, no post anterior, que aborda a arena da IA, não há como julgar que estejam erradas as estratégias para imobilizar a concorrência, desde que dentro das “regras dos jogos” como ele é jogado atualmente.

Não podemos ver isso com maus olhos, criticando esse ou aquele povo ou empresa, porque a realidade é que ainda os jogos de arena persistirão por muito tempo.

E se você estivesse na mesma situação, teria que fazê-lo também.


Na área social, exterminamos vilas e populações sem a necessidade de armas, mas através da falta de acesso à saúde pública e ao direito à educação sem restrições. 

Exagero? 

Então basta somar os óbitos ocasionados por essas condições, seja por falta de assistência médica, como pelo exercício da criminalidade que não encontrou perspectiva pelos meios lícitos.

Convém lembrar que isso não é causa única que justifique a criminalidade.

Mesmo que tivéssemos uma sociedade que provesse educação e saúde para todos, ainda assim haveria criminalidade, um índice menor sustentado por aqueles cujo crime está em suas almas, mesmo que não tenham passado por nada que realmente fosse um vetor para as suas escolhas.


E para finalizar, as guerras por meio de armas e confrontação direta seguem sempre as mesmas motivações do passado, só mudam as condições do cenário.


Bem-vindo ao “admirável” mundo velho, contudo, ainda com um toque de evolução, porque à medida que nossas ações vão refinando a hipocrisia, também vão sinalizando o crescimento de uma consciência social que já não abre mais espaço para o descaramento afrontoso.

Anime-se!

Isso já é um progresso. Não é?

Longe do ideal, mas ainda um progresso, do contrário votaríamos a oferecer shows de decapitação como algo trivial a qualquer cultura ou nação.

Felizmente, já não é mais assim.


fevereiro 01, 2025

Uma Grande Estratégia na Guerra Tecnológica – Não Acredite Na Conclusão Mais Óbvia De Uma Notícia

 

Quando li o noticiário sobre a liberação do código fonte do DeepSeek, me ocorreu a possibilidade que um plano ardiloso estivesse em ação!

Abrir o fonte de um modelo anterior como parte do marketing do serviço novo, ou seja, liberar o velho.

É claro que as inovações realmente interessantes seriam mantidas em outra versão exclusiva, já que não há como obrigar a partilha da nova, uma vez que Internet é, na prática, terra de ninguém, uma nação das “fake News” e das “real news”, e por isso terra de ninguém, reforço repetindo, apesar dos esforços governamentais, já que eles próprios são a fonte do problema. Afinal, o governo é o primeiro a manipular as notícias, então como querem regular tudo o mais se não conseguem nem mesmo regular a si próprios?!!!
Fala sério!!!

Se as duas versões forem relativamente compatíveis, a antiga partilhada e a nova exclusiva, então é possível aproveitar as evoluções da primeira, colhendo os frutos das colaborações sem custo que irão surgindo pelo código aberto, ao mesmo tempo que o concorrente sofre grande revés, quebrando suas pernas financeiras, e criando um boom de marketing que trará milhões de usuários para o novo serviço.

Segundo as notícias sobre a liberação do código do DeepSeek chinês, o mesmo se baseia na construção de seu treinamento em algo menos supervisionado ou mesmo autônomo, ou seja menos assistido por intervenção humana, por algo mais independente, através da capacidade de construir seu próprio conhecimento.

Não vou entrar em detalhes desse processo porque para o leigo é deveras entediante.
Resumindo: o DeepSearch usaria um modelo mais autônomo, portante mais inteligente e muito mais barato.

Mais uma vez um golpe de mestre!


Ou seja, uma ação e múltiplos benefícios, além de agradar as autoridades do seu país (China) que visam enfraquecer o país inimigo, nesse caso os EUA, através de mais uma estratégia esperta.

Tudo isso poderia fazer parte de um plano Machiavelico (ou Machiavellico), como no bilhar, onde com uma bola mata-se toda a mesa.


E as coisas começam a fazer sentido quando leio sobre o perfil do fundador do DeepSeek, onde ele é mais um nerd que um “business man” segundo aqueles que trabalham com ele. Detalhe importante, não é?!


A China é um governo onde existe total liberdade individual desde que se atenda aos interesses do estado!

Puro controle sobre o cidadão como em todos os regimes do gênero, onde a liberdade individual vai para "o ralo" quando colide com a "mentalidade do Estado". Nesses regimes você é um boneco onde os cordões do estado definem o que você pode fazer, e sem direito de contestá-los.

A ditadura vira a solução final diante do caos, quando um povo não sabe gozar da liberdade que possui, perdendo-a. E quando me refiro a povo, lembro que seus políticos saem dele.
A liberdade exige competência de consciência social, algo raro na maioria das nações.

A China, sob uma direção governamental muito sagaz, vem desafiando a inteligência estadunidense há décadas, construindo a sua desconstrução, dando ao seu antigo “professor” e rival mundial, os EUA, a lição onde o discípulo supera o mestre.


E na continuidade deste assunto, fornecendo mais detalhes, segue o link:

O Que Nos Difere do Passado? Tecnologia e Hipocrisia

Trump, Xi Jinping, Putin e o Eterno Ciclo das Civilizações

 

Haverá bons frutos do que está acontecendo entre potências emergentes, desafiando o “status quo” estabelecido após a segunda grande guerra mundial, enquanto outras potências, outrora símbolos de pujança, estejam declinantes, regressivas ou obsoletas.

Este cenário faz parte da dança de poder que aprendemos pela história de nossa civilização.

Por exemplo, podemos lembrar que já tivemos o Império Romano no seu auge impondo o seu modelo socioeconômico aos mais fracos, e depois de sua queda “a fila andou”.


E antes disso?

Vieram inúmeras civilizações com o mesmo ciclo, apogeu e queda, e muitas delas deixaram seus escombros como “souvenirs” históricos que ainda perduram para a delícia dos turistas e historiadores.

O sistema chinês é imperialista e dominador como o russo, assim como também os EUA são.

A diferença é que os EUA aprenderam a dominar por modelos econômicos, enquanto a Rússia de Putin insiste no velho modelo pelas armas. Essa análise merecia ser um pouco mais refinada, porém o espaço de leitura não comporta.


A maioria do povo estadunidense mostrou o que deseja, e agora com Trump, os EUA assumem o papel que sempre exerceram sem os subterfúgios “diplomáticos” de antes, porém com a desvantagem de um modelo de governo descentralizado por oposição e vontade popular, que chamam de democracia, e que eu prefiro chamar de "balburdiacracia", porque de um lado pregam direitos iguais para pessoas diferentes, enquanto o sistema jurídico, social e econômico fazem o oposto.


Os EUA estão severamente doentes, assim como o modelo chinês.

O Russo perdido, em transição, aguardando o curso da história para definir seu destino. Já teve seu namoro com a democracia e a perdeu para Putin.


Graças a essas fragilidades, continuamos vivendo a esperança de protelar ou evitar o terceiro grande conflito.


Hegemonias de blocos do Oeste tendem a seguir o caminho da fragmentação pela perda da linha ideológica dos EUA através das ameaças e ações de Trump, resultando em perda global.


Agimos tal como lobos, que diante da fraqueza do inimigo, aproveitamos a oportunidade para devorá-lo, portanto, assim como os lobos, precisamos viver em “alcateias” para fazer frente às ameaças, já que sozinhos, pouca ou nenhuma chance teríamos.


Trump blefa pelo desespero de recuperar o seu auge? 
"Make America Great Again" (MAGA).

Vejo mais como um fruto do desespero que precisa readquirir seu controle que começou a escoar pelas mãos da incompetência acumulada por uma série de decisões infelizes do passado que resultou em tiro no próprio pé, ou quem sabe nos dois pés de uma nação.


Os EUA por ganância desenfreada de seu sistema capitalista radical, foi produzir na China, abandonando seu próprio povo, porque ficava mais barato e trazia mais lucro aos seus acionistas, transferindo capital, tecnologia e “modus operandi”, aproveitando-se de uma oportunidade surgida de uma época em que o sistema comunista chinês naufragava, quando seu povo sem emprego, formava filas em oportunidades de trabalho em troca de muito pouco.


A China, através da “dedicação do capitalismo” dos EUA aprendeu com seu professor, e adaptou seu modelo de trabalho e de política, sugando ao máximo aquilo que precisava, enquanto remodelava seu sistema, reescrevendo suas estratégias que no passado conduziram à sua miséria econômica. Jogada de mestre!


A Apple, pela visão de Steve Jobs, é um desses exemplos de figuras obcecadas pelo lucro, mas sem visão adicional das consequências que adviriam.

A China deveria erigir uma estátua a Steve Jobs, enquanto os EUA deveriam fazê-lo também, porém de cabeça para baixo, como símbolo que os fizesse recordar que a política de produção de um país precisa acompanhar as suas necessidades primárias como nação, principalmente compartilhando os dividendos econômicos com seu povo, não pela caridade que gosta de ostentar suas doações como mostra de status econômico durante eventos sociais. 


Um povo não precisa de caridade. 

Um cidadão precisa de oportunidade.


O capitalismo selvagem, assim como qualquer processo radical, traz em seu bojo as sementes de autodestruição que regulam as leis naturais, e acabam por produzir sua própria destruição, regulando o equilíbrio que define a natureza em todas as suas manifestações, sejam aquelas naturais ou produzidas pelo Homem.

E por essas leis, hoje os EUA amamentaram seu próprio desafiante atual, que soube transformar sua miséria em oportunidade de crescimento pujante.

Tudo isso tem um efeito muito bom.

Assim como a concorrência entre fabricantes diminui os preços do mercado de commodities, a competição pela supremacia entre países também traz seus bônus.

Finalmente a China aprendeu a utilizar o modelo estadunidense de domínio geopolítico, porém conta com a vantagem do sistema centralizador que o suporta, enquanto a “democracia” estadunidense relegada ao sabor dos excessos capitalistas conduziu o seu povo à falta de oportunidade de acesso à educação e saúde para todos, que refletindo-se nos resultados das urnas da última eleição, elegem um líder que busca pelo blefe ou pela força recuperar-se, porém correndo o risco, assim como num jogo de poker, de que uma nação já se sentindo forte o suficiente, seja por uma coalizão ou não, decida “pagar para ver”.


Então, muito provavelmente, viveremos uma reprise das grandes guerras, com a respectiva destruição de todas as partes, porque blocos muito fragmentados tornam-se caóticos.

E novamente seremos reconduzidos pela destruição mútua a um estado de melhor equilíbrio, assim como acontece na física em que os sistemas buscam estados energéticos mais equilibrados e estáveis, atendendo ao “Princípio de Mínima Energia”.


UMA NOTA OPORTUNA

Muitas pessoas podem reagir ao se aplicar princípios científicos aos destinos das civilizações, já que entendem que Deus os regula. 

As religiões tendem a insistir em separar a ciência delas próprias, assim como a ciência. E tal disputa oferece dois lados pobres, um pelos aspectos da crença beata, e o outro pela negatividade materialista. Novamente um caso de radicalismo. 

Eu acredito que a verdade é uma só, pois havendo duas verdades diferentes e opostas, uma delas então seria necessariamente uma inverdade, e se as diferenças fossem harmônicas, fundiriam-se em uma só, complementando-se.

Dessa forma, não faz sentido separar religião e ciência, e ambas precisam fazer as pazes através do apoio recíproco, já que a religião avança em área muito além da capacidade da ciência, e pode se tornar um guia valioso para ela.

-- --


Os EUA tiveram o seu período de supremacia tecnológica, mas foram moderados pelos anseios dos russos, o que reduziu os efeitos extremos de ambos. Mais uma vez, vê-se que o sistema tende a fornecer forças opostas buscando reduzir os desequilíbrios.

Todas as nações têm suas qualidades e defeitos e cada povo vai colhendo de acordo com a sua percepção coletiva, enquanto a individual luta para sobreviver diante das diversidades com os seus conterrâneos.


Já houve tempo em que eu me identificava pertencer a um lado.

Hoje, eu me identifico apenas com princípios, porque nações são volúveis como seus próprios povos, cujos princípios ficam ao sabor do momento assim como o vento.

E se um dia for preciso escolher um lado, terei que fazê-lo forçado pelas circunstâncias, buscando aquele menos conflitante com os princípios em que acredito, não por um momento político, mas por uma tradição histórica que parece demonstrar melhor a verdadeira natureza de um povo.


Graças às crises internas das potências mundiais mais dominantes, iremos protelando a solução que a natureza dá para situações extremas, ou seja, recomeçar de novo.

Isso nos lembra um clássico do cinema: “O Planeta dos Macacos”.


Aceite isso ao se olhar no espelho, pois nossa condução moral e social é primata.


dezembro 25, 2024

A Mentira Com Cara de Verdade Nas Asas da Inteligência Artificial


Os pais ensinam os filhos a não mentirem.
Nisso, começa a mentira! :-)

A mentira é tão velha como a humanidade.

Não é apenas uma característica humana de dissimulação, mas trafega pelo comportamento de animais e insetos que iludem suas presas — a arte da sobrevivência.

Quem já não viu um animal doméstico ou selvagem dissimular um comportamento até que se revele a verdadeira intenção no primeiro bote?

Passar para os filhos que não se deve mentir é uma mentira de quem educa da maneira mais simplista e cômoda, porque explicar para a criança as diferenças entre a mentira boa, justificável, daquela que é ignóbil torna-se uma tarefa ardilosa e trabalhosa, que exigem dos pais um discernimento muitas vezes não praticado.

A criança educada sem a prática do discernimento inevitavelmente acaba usando a mentira como estratégia de sobrevivência de forma indistinta, sem outro critério que não seja seu próprio benefício.
Tanto a criança quando o indivíduo na fase adulta estão sujeitos às consequências da mentira destrutiva, seja a médio ou curto prazo. É inevitável.

Dizia Jesus: "É pelos frutos que se conhece a árvore..."
A mentira é como uma árvore no pomar das nossas atitudes que produz frutos venenosos e faz sombra às boas espécies que alimentam a alma.


A mentira má busca sempre o prejuízo de alguém em favor do benefício ao mentiroso, ao passo que a boa mentira busca o contrário. 

A boa mentira prepara e preserva os ouvidos e a sanidade daqueles que ainda necessitam de mais tempo para entender uma contingência. Ela se vale das amenidades, das simbologias, eufemismos e figuras de linguagem.

A hipocrisia é irmã da mentira.
Por estarmos tão acostumados ao seu convívio e prática, levamos para a família um hábito formado desde a infância que se transforma em algo automático no dia-a-dia do convívio social.

A boa e a má mentira são distinguidas pela intenção com que é praticada, assim com a boa e a má sinceridade.

A verdade dita na forma crua da intenção contundente, ou na hora errada por quem desabafa sem se importar se agride, é tão destrutiva quanto a mentira guiada pela má intenção.

E essa fronteira entre a verdade que precisa ser dita daquele que deve aguardar é tão sutil que muitas vezes nos conduz a erros de julgamento. O que nos preservará a consciência tranquila terá sido a intenção e o equilíbrio com que buscamos praticá-la diante da eventual reação de quem a recebe.



Fake news são ainda mais velhas que um dos presentes mais famosos da história, o Cavalo de Troia, e buscam quebrar a defesa, moldar o comportamento humano e submeter pela privação da liberdade individual e coletiva através da ignorância.

Agora, ainda mais poderosa, viajando nas asas da IA (Inteligência Artificial), vai assumir uma dimensão de qualidade, cuja perfeição deixará a possibilidade de distinguir o real do irreal uma tarefa cada vez mais medonha, cada vez mais exigindo conhecimentos gerais e pesquisas, prática escassa à maioria da sociedade, e por isso tão efetiva!


Um amigo mandou-me um link.
Então eu respondi o melhor que pude.

Termino o post com a reprodução desse diálogo — uma amostra do desafio que nos espera à frente.





setembro 02, 2024

Adapting and Competing: Harnessing AI Capabilities Without AI Taking Over You

 

AI is a major IT achievement.

LLM (Large Language Models) has been in development for decades and was worth all the effort of its engineers. It represented a major step forward in human-machine interaction in the 21st century, where humans now have the ability to communicate with machines, overcoming the previous century, when machines dictated how to communicate with them.


So, what is LLM?

When I asked ChatGPT this question, it came back:

"Large Language Models (LLMs) are a type of artificial intelligence (AI) model designed to understand, generate, and interact with human language on a large scale."


Well, if it wasn't clear to you, we can say that LLM is the "programming" that allows us to understand human language. If the "purists" turn their noses up at this assertion, we can still add in its defense that everything in IT is a line of code, that is, programming, no matter how clever it is!

Of course, all professions love to invent jargon to "spice up the chicken", making it seem more than it is, something more complicated than it really is.


Anyway!!!...

It's the damned human habit of "valuing" the fish to improve the sale price.

The thing is that the sale price always returns to the reality of the offer, and AI, like a fish in the market, will soon have its place precisely defined without the extremes that the impact of novelty brings.

The fantastic thing about the LLM is the programming model that was able to deal with various nuances of human communication. All of this is supported by the processing power of current machines, since before we didn't have such fast and capable CPUs and memories.

AI is old, but it's new to the general public.

I graduated with an individual thesis in 2004 in the area of ​​AI, which dealt with replacing statistical Kalman filters. This was my bachelor's thesis, and although I was offered a doctorate, the scholarship amount was so insignificant that it made surviving the 4 years of this process impossible.

All these details were provided so that you can build some confidence in the author's opinion.


OK! Has AI reached the beginning of maturity, its "18 years"?

And how do we deal with this teenager?

I'll summarize it to make the solution something direct and simple, but no less powerful.


If everyone can have access to AI resources, through its numerous services such as ChatGPT, Copilot, Alphabet, etc., what will make a difference is precisely the difference that you can add in addition to this, or even what you can envision as an action that transcends the information received, since AI will level everyone through its basic information.


It's no longer about discovering the solution contained in databases, something that AI provides, but the solutions that you add from the most powerful inference engine that exists: the human brain. In other words, you!


Remember that a response from any intelligent service puts you at the same starting point as your competitors, since everyone will have access to the same database.


What makes a difference is what you can add on top of that!

The challenge has become fairer since it levels the playing field, but on the other hand, it is more challenging since it requires truly new information.


Conclusion:

New information will be the difference between the machine and Man.

What will count is how much you actually "make a difference"!

So... work on your creativity.


Adaptando-se e Competindo: Tirando Proveito dos Recursos de IA Sem Que a IA Tome Conta de Você


 IA é uma grande conquista de TI.

LLM (Large Language Models) vem sendo desenvolvida há décadas e valeu todo o esforço de seus engenheiros. Representou o grande passo de interação homem-máquina do século XXI, onde o Homem passa a ter um recurso para comunicar-se com a máquina vencendo o século anterior onde a máquina ditava a forma de se comunicar com ela.

Afinal o que é LLM?
Fazendo esta pergunta para o ChatGPT, ele retorna:

"Grandes Modelos de Linguagem (LLMs) são um tipo de modelo de inteligência artificial (IA) projetado para entender, gerar e interagir com a linguagem humana em larga escala."

Bem, se para você não ficou muito claro, podemos dizer que LLM é a "programação" que permite entender a linguagem humana. Se os "puristas" torcerem o nariz para esta assertiva, ainda pode-se acrescentar em defesa desta que tudo em TI é linha de código, ou seja, programação, por mais esperta que sejam!

É claro que todas as profissões amam inventar jargões para "dourar o frango", fazendo-os parecerem mais do que são, algo mais complicado do que realmente sejam.
Enfim!!!...
É a maldita mania humana de "valorizar" o peixe para melhorar o preço de venda.
Acontece que o preço de venda sempre retorna à realidade da oferta, e IA, tal como um peixe de mercado, logo terá seu lugar justamente definido sem os extremos que o impacto da novidade traz.

O fantástico da LLM é o modelo de programação que foi capaz de tratar várias nuanças da comunicação humana. Tudo isso sustentado pelo poder de processamento das máquinas atuais, uma vez que antes não tínhamos CPUs e memórias tão velozes e capazes.

AI é velha, mas é nova para o grande público.
Eu me formei com uma tese individual em 2004 na área de IA, que tratava de substituir filtros estatísticos de Kalman. Essa foi a tese de bacharelado, e embora me tenha sido ofertado um doutorado, o valor da bolsa era tão irrisório que tornava a sobrevivência ao longo de 4 anos desse processo algo impossível.

Todos esses detalhes foram passados para que você possa construir alguma confiabilidade na opinião do autor.

OK! IA atingiu o início da maturidade, seus "18 anos"?
E como lidamos com essa adolescente? 

Vou resumir para tornar a solução uma coisa direta e simples, porém não menos poderosa.

Se todos podem ter acesso aos recursos de IA, através de seus inúmeros serviços tal como ChatGPT, Copilot, Alphabet e etc., o que fará diferença é justamente o diferencial que você poderá acrescentar além disso, ou ainda aquilo que você puder vislumbrar como uma ação que transcenda a informação recebida, já que IA nivelará todos através das suas informações básicas.

Não se trata mais de descobrir a solução contida em bancos de dados, algo que IA provê, mas as soluções que você acrescenta a partir do motor de inferência mais poderoso que existe: o cérebro humano. Ou seja, você!

Lembre-se que uma resposta de qualquer serviço inteligente te coloca no mesmo ponto de partida dos seus concorrentes pois todos terão acesso à mesma base.

O que faz diferença é aquilo que você poderá acrescentar além disso!

O desafio ficou mais justo já que nivela, mas em contrapartida, mais desafiador já que exige informação realmente nova.

Conclusão:
Informação nova será o diferencial entre a máquina e o Homem.
O que vai contar é o quanto você de fato "faz diferença"!

Portanto... trabalhe a sua criatividade.


agosto 16, 2024

On the threshold of Understanding, what remains?


It is in our rational nature to seek meaning in our decisions.
And if are we at the limit of our capacity for understanding?

In this situation, reason is useless because it is insufficient and all that is left is that feeling that leads us to a decision, something we call "intuition".

Living parts of life where our sense of reason gives way to intuition builds the predicate necessary for the growth of the soul in the face of its limits of understanding, where little by little we develop our interaction with something greater that seems to exist beyond what we know, but that does not materialize, yet is present.
Some call this God, and others call it science that is yet to be revealed.
Regardless of each person's personal belief, the fact is that something greater governs life.

Believing in intuition can build humility when we cannot walk independently when we need external support far beyond our capacity.

Intuition is also a kind of reminder of our natural arrogance, remembering that our limits require us to build some humility when we cannot do it by ourselves.

Unfortunately, intuition can be confused with self-mystification or influence.

In the case of self-mystification, personal desire is so intense that it is confused with intuition.
In fact, we are just listening to ourselves.

Intuition is something difficult to describe.
It seems more like a feeling of certainty associated with an action.
And if we desire too much, we have excess certainty in the face of insufficient perception of reality.

Intuition is also confused with influence.

This establishes itself as a kind of thought that takes over your reason in such a disguised way that it does not seem like an externally constructed thought but has the gift of determining actions, just like intuition.

And what is influence?

In search of a definition that is as neutral as possible, one could say that it is the alteration of "thinking" through an external source, whatever it may be, material or immaterial.

In short...
The fact is that on the threshold of understanding, all that remains is intuition, self-mystification, and influence.

The challenge is to filter what is really from intuition.


No limiar da Compreensão, o que resta?


É da nossa natureza racional, buscar sentido em nossas decisões.
E quando estamos no limiar da nossa capacidade de entendimento?

Nessa situação a razão é inútil porque é insuficiente e sobra apenas aquele sentimento que nos induz a uma decisão, algo que chamamos de "intuição".

Viver parcelas da vida onde o próprio senso de razão cede à intuição vai construindo o predicado necessário ao crescimento da alma diante de seus limites de entendimento, onde aos poucos vai construindo a sua interação com algo maior que parece existir além do que conhecemos, mas que não se materializa, porém, se faz presente.
Alguns chaman isso de Deus, e outros chamam de ciência que ainda está por se desvendar.
Indiferente à crença pessoal de cada um, o fato é que algo maior rege a vida.

Acreditar na intuição pode construir a humildade quando não podemos caminhar por nós mesmos, quando necessitamos de um apoio externo muito além da nossa capacidade.
A intuição é também uma espécie de lembrança à nossa prepotência natural, fazendo-nos lembrar que os nossos limites exigem a construção de alguma humildade onde não podemos trilhar por nós mesmos.

Infelizmente, a intuição pode ser confundida com automistificação ou influenciação. 

No caso da automistificação, o desejo pessoal é tão grande que se confunde com a intuição.
Na verdade, estamos apenas escutando a nós mesmos.

Intuição é algo difícil de descrever.
Parece mais um sentimento de certeza associado a uma ação.
E se desejamos demais, temos  excesso de certeza diante da insuficiência de percepção da realidade.

A intuição também se confunde com a influenciação.
Esta se estabelece como uma espécie de pensamento que toma conta da sua razão de forma tão disfarçada que não parece como um pensamento construído externamente, mas tem o dom de determinar ações, assim como a intuição.

E o que é a influenciação?
Buscando uma definição, a mais neutra possível, poderia se dizer que é a alteração do "pensar" mediante uma fonte externa, seja ela qual for, material ou imaterial.

Resumindo...
O fato é que no limiar da compreensão, resta apenas a intuição, a automistificação e a influenciação.

O desafio é filtrar o que realmente é intuição.




agosto 08, 2024

Chain of Command - About The caine mutiny court-martial




 The film "The caine mutiny court-martial" is about a justified reason for a wrong decision because a captain that puts the ship at risk during a storm.

In other words, the approach of respect for the hierarchical chain (or chain of command) necessary to maintain the organization and its purpose.

The film presents an excellent proposal and develops well, but the ending is very mediocre.

The question arises when the person most responsible for this compliance is failing.
Should we get involved in challenging the chain of command in such cases?

This question clashes with the meaning of democracy and dictatorship.

In a democracy, leaders are judged by the people, an example of politics through voting.
In a dictatorship, there is total submission according to the level of authority in the chain of command (top-down approach).

The army and police organizations are autocratic by nature, and thus we find ourselves in an ironic situation where democracy seeks refuge and protection in autocracy to maintain order.

Is there any plausible solution to this irony?
Or will autocratic regimes be justified?

A solution to this counterproductive dichotomy arises when we take into account another principle, where authority must emanate from competence, which, once compromised, is revoked.
Nature evolves by replacing those who fail to adapt in order to preserve the species.

It is necessary to bring to a sense of respect for the hierarchy also a sense of respect for criticism that is supported by reason, regardless of its level.
We also need to consider that there is no assisted evaluation of command without multiple feedback from lower to higher positions, throughout the entire chain of command.
It is precisely this multiplicity of feedback that authenticates and qualifies the perception of the organization's performance.
Without "democratic feedback" the short-sighted perception is supported by those responsible who only see those to whom they delegate, that is, they only see through the eyes of their immediate subordinate and through their filter according to their interests.
In a top-down control system, the truth only emerges when an event shakes the structure of the organization, which is precisely the theme of the film.

This doesn't work!
It's not proactive!
Once the milk is spilled, it's gone.
After the house is robbed, is it time to put a lock on it???

The end of the film becomes mediocre from the point where the defense attorney says he is ashamed of what he did.
So, why did he do it?!!

If the justification was lack of choice, then he should be mixed with the weak who always claims contingent situations to avoid responsibility for his choices because he doesn't want to pay the price for what he knows he should have done, but did not.

The figure of the defense attorney grows throughout the film and incongruously plummets at the end.
It would be more plausible if instead of feeling embarrassed, he had said he was extremely uncomfortable and dissatisfied, as this would be consistent with his final words and the justification for the outcome when he then throws the contents of his glass in the face of the person he says should have been judged instead.
After all, what would the defense attorney prefer?
To preserve his comfort in the face of the past values ​​of a good officer or to endure the eventual deaths of a ship that sinks?

The treatment given to the subject is hypocritical and even inhumane because it places lesser values ​​above greater ones with its "almost brilliant" ending, maybe not so brilliant at all, only contributing to strengthening the incompetence that is preserved by authoritarianism through the unquestionability of the command chain.

The film follows a great plot, but just like the marathon runner who maintains the first position throughout the marathon, he stumbles and falls two meters from the finish line.
Total surprise and disappointment!

The film is worth watching for its purpose, but it ends very badly, leaving a very negative and deconstructive message like we should accept incompetence in managing life, penalizing it for the sake of something that has lost its purpose!

The entire social chain, productive or not, cannot give in to the privilege of error and incompetence when it does want to build a fair and harmonious society.

The incompetents see the reply as a threat.
The competents seize the reply as an opportunity.


Cadeia de comando - Do Filme A Corte Marcial do Motim do Caine

 




 



O filme "The caine mutiny court-martial" (A Corte Marcial do Motim do Caine) trata sobre um motim justificado por uma decisão errada do comandante que coloca em risco o navio durante uma tempestade.

Ou seja, aborda o respeito à cadeia hierárquica (ou cadeia de comando) necessário para manter a organização e o seu propósito. 


O filme traz uma excelente proposta e desenvolve-se bem, mas o final é medíocre.

A questão surge quando o responsável maior por esse cumprimento está falhando.
Devemos nos envergonhar de contestá-la?

Esta questão esbarra com o sentido ético, bem como de democracia e de ditadura.

Na democracia os líderes são julgados pelo povo, a exemplo da política através do voto.
Na ditadura é a submissão total conforme o nível de autoridade na cadeia de comando, de cima para baixo (top-down approach).
O exército e as organizações de policiamento são autocratas por natureza e dessa forma caímos em uma situação irônica onde a democracia busca refúgio e proteção na autocracia para manter a ordem.


Haveria alguma solução plausível para essa ironia?
Ou será que os regimes autocratas se justificam?

Uma solução para essa dicotomia contraproducente nasce quando levamos em conta outro princípio, onde a autoridade deve emanar pela competência, que uma vez comprometida deve ser demovida.

A natureza evolui substituindo aqueles que falham pela competência em se adaptarem às mudanças de modo a preservar a espécie.
É preciso levar para o senso de respeito à hierarquia também o sentido de respeito à crítica que encontra subsídio na razão, independente de seu nível.

Ainda precisamos considerar que não existe avaliação ajuizada de comando sem retroalimentação múltipla dos postos inferiores aos superiores, ao longo de toda a cadeia de comando.
É justamente esta multiplicidade de feedbacks que autentica e qualifica a percepção do desempenho de qualquer organização.
Sem "feedbacks democráticos" subsidia-se a percepção míope cujo responsável que só enxerga aquele a quem delega falha, porque apenas vê pelos olhos do subalterno imediato e pelo seu filtro conforme os seus interesses.

Em um sistema estritamente top-down (de cima para baixo) a verdade só aparece diante de um evento que estremece a estrutura da organização, justamente o tema do filme.

Isso não funciona!
Não é pro-ativo!
Depois que o leite está derramado, está perdido.
Depois que a casa é roubada é que se põe tranca!!??

O final do filme torna-se medíocre a partir do ponto onde  o advogado de defesa diz estar envergonhado do que fez.
Então por que fez?!!

Se a justificativa foi falta de opção, então confunde-se com os fracos que sempre alegam situações contingenciais para esquivar-se da responsabilidade de suas opções por não desejarem pagar o preço pelo que sabem que deveriam ter feito.

A figura do advogado de defesa cresce durante todo filme e despenca incongruentemente no seu desfecho.
Seria mais plausível que ao invés de sentir-se envergonhado, tivesse dito extremamente desconfortável e insatisfeito, pois ficaria compatível com as suas palavras finais e a justificativa do desfecho quando então ele atira o conteúdo de seu copo na face daquele a quem diz que deveria ter sido de fato julgado.
Afinal, o que o advogado de defesa preferia?
Preservar o seu conforto diante dos valores passados de um bom oficial ou suportar os eventuais óbitos de uma embarcação que naufraga?

O tratamento final dado ao tema é hipócrita e chega mesmo a ser desumano, porque coloca valores menores acima de maiores com o seu "quase brilhante" final, apenas contribuindo para fortalecer a incompetência que se preserva pelo autoritarismo através da inquestionabilidade da cadeia de comando.

O filme segue um ótimo enredo, mas tal como o maratonista que mantém a primeira posição durante toda a maratona, tropeça e cai faltando dois metros da linha de chegada.
Surpresa e decepção total!

O filme vale a pena pela proposta, mas finaliza muito mal, deixando um recado muito negativo e desconstrutivo:
"Devemos aceitar que a incompetência dirija a vida penalizando-a pelo amor a algo que perdeu o sentido de autenticidade?".

Toda a cadeia social, produtiva ou não, não pode ceder ao privilégio do erro e da incompetência quando no afã de se construir uma sociedade justa e harmônica.
O incompetente vê a réplica como ameaça.
O competente vê a réplica como oportunidade.




A Bomba Atômica da Criminalidade

  Em alguns posts anteriores, há alguns anos antes, fui sinalizando que a criminalidade estava caminhando para a sua institucionalização. ...