agosto 13, 2025

A Gangorra da Vida


1° Edição, Sem revisão 


Este post estende o assunto iniciado no post Escolhas.

“Regimes e processos apenas movem a roda da vida na sucessão de experiências cíclicas, que conduzem o ser no aprendizado da sustentação do equilíbrio dessa gangorra de decisões, à medida que reduz a distância entre os pés onde pousam cada lado da dúvida, ...”

Se o leitor tiver uma opinião formada sob a intensidade da emoção partidária, vai se decepcionar com o texto, porque leitores assim buscam textos que os apoiem naquilo que desejam apoio. Não buscam por uma reflexão ponderada e equidistante.

Uma vez que os grupos são formados porque “a união faz a força”, o efeito colateral adverso da grupalização é que seus participantes reforçam o que desejam reforçar, portanto, encontrarão mais dificuldade para analisar outras perspectivas que não sejam aquelas que desejam ver. A chance de se desenvolver comportamentos obsessivos aumenta, porque a troca de energias na mesma direção age como o alimento do fanatismo.

“O pior cego é aquele que não quer ver”.

A questão é que a sociedade humana é justamente a composta pela noção de agrupamento, onde a menor célula costuma ser a família, como em tantos outros casos similares encontrados na natureza.

Resumindo o pensamento do post anterior "Escolhas", percebe-se que até mesmo o que parece necessário, natural e bom, pode trazer seu lado negativo.

O agrupamento social, por ser tão natural, é menos visualizado pelo seu possível lado negativo.

A vida é uma “gangorra de decisões”, frequentemente dificílimas.

Sob esta perspectiva vamos analisar alguns momentos políticos que vivemos.


“Israel vs. Hamas”

Segundo o noticiário, o próprio Netanyahu, em exercício anterior, chegou a repassar recursos ao Hamas com a intenção de contribuir com os propósitos civis da Faixa de Gaza, já que a sua economia dependia de ajuda externa. Netanyahu certamente fez isso vislumbrando alguma vantagem adicional porque líderes políticos são pragmáticos.

O Hamas, por outro lado, alegava que lutava contra a ocupação israelense dos territórios palestinos, e a influência maléfica de Israel que contribuía para o isolacionismo da causa Palestina e seu enfraquecimento, prejudicando sua independência econômica.

Durante muito tempo, assistimos à troca de agressões, incluindo troca de mísseis entre ambos.
Israel, com mais recursos, construiu o “Domo de Ferro” com o propósito de se proteger.

A busca de justiça nunca chegaria a consenso buscando contabilizar o resultado de quem errou mais nessa “luta de interesses” para se definir quem seria a vítima e o réu.

A “gangorra da vida” vai sempre oscilar entre os lados, a favor do mais 
economicamente pesado.


É como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, ou as disputas territoriais da China (invasão do Tibet, Twaian, Filipinas, etc.) e 
massacres de culturas minoritárias (Xinjiang/Uyghur, etc.).

O Brasil também teve suas disputas territoriais no passado, e ainda hoje busca através da diplomacia o reconhecimento da Elevação do Rio Grande (ERG), que apesar do nome é uma área submersa do tamanho da Espanha e rica em minerais importantes.

Assim como Putin também alega razões histórias que justificam a invasão da Ucrânia, a China faz o mesmo com Twaian, e o fez com o Tibet.

O Hamas luta pelo mesmo princípio de direito: uma nação palestina.

A Inglaterra é um exemplo excelente para o tema!

A Índia, pelas mãos de Gandhi, constitui um dos maiores exemplos de luta pelo direito de um povo conquistar sua liberdade civil, constituindo-se como uma nação aglutinada por seus valores culturais, sociais e genéticos.

O modelo econômico inglês ainda contempla conquistas territoriais passadas ainda em vigor.

O “Commonwealth” é composto por 56 países sob a chefia do rei da Inglaterra.
Alguns de seus participantes clamam pela independência pelos mesmos direitos de outros países no passado. Segundo algumas notícias, a Inglaterra justifica-se para continuar impondo seu modelo econômico que os reivindicantes não teriam como se sustentar pela própria economia.

Mas isso não seria um problema deles, dos reivindicantes?
E se eles não podem se sustentar, porque o interesse em mantê-los, já que se pode pressupor que dariam prejuízo ao invés de lucro?
“Caridade” inglesa?

Irlanda e Escócia não tentaram o mesmo?

Não foi a independência do Brasil também um exemplo disso?

A África não vive sob a mesma ditadura dessa luta mediante genocídios étnicos em massa, a exemplo de Ruanda, Sudão, Camarões, etc.?


A revolta e a exacerbação levam à formação de grupos radicais.
Sob a visão desses grupos, 
resta-lhes a guerrilha quando mediante os meios diplomáticos terminam impotentes pelas mãos do poder econômico.

Não foi a trajetória de Bin Laden, amparada pela justificativa ideológica que se sentia ameaçada pelos valores ocidentais?


Disso tudo, ao menos podermos tirar uma conclusão estatística.
O terrorismo, como o ato último do desespero extremista, demostra que causa danos ao inimigo ao custo do próprio suicídio, sem ganho real de longo prazo.


O que o leitor pode concluir?

Toda essa destruição se arvora nessa “gangorra de opiniões sob as ambições exacerbadas” sempre em busca da mesma coisa — hegemonia versus liberdade — aonde nenhuma parte cede e só resta o conflito como tentativa de solução.

Essa gangorra só encontrará equilíbrio quando for acrescido ao peso do poder econômico, também o peso de ideais como aqueles que Gandhi defendeu, e outros grandes expoentes da alma humana que não eram tomados pela ambição cega, assassina.


Tudo tão fútil!
Olhe o mapa de hoje e compare com aquele do tempo do 
Império Romano no seu apogeu!





Valeu tanto sacrifício, tanto sangue, tanto sofrimento indescritível?
Toda a história humana é baseada nisso, dos Vikings às Cruzadas, Império Otomano, a luta da Alemanha nas duas guerras, etc. etc. etc.

Tudo passa, e só restam os escombros dos desatinos.

Enquanto isso a sociedade agoniza em um planeta com o mesmo destino.

Homo sapiens?
Really?

Ambição e poder descontrolados são a prova da nossa burrice emocional uma vez que são genocidas e suicidas.

Enquanto isso o povo vai votando em líderes impróprios, porque o modelo dos regimes democráticos elenca homens assim como as únicas alternativas de voto para uma população despreparada, ou deixa sem opção para aquela que não é.

Quanto aos regimes autocráticos, a ambição é eleita por si mesma!

 


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