novembro 02, 2022

A Provável Causa da Radicalização Conduzindo a Maioria ao Extremismo

 






Por que povos pacíficos tornam-se radicais sustentando o extremismo como solução de massa?


Soluções extremas surgem do desespero alimentado pela desesperança.
Extremistas são pessoas como outra qualquer, que em determinado ponto, perdem a esperança pelas vias da espera e demandam solução imediata, a qualquer preço.

O sistema político e judiciário, sustentado por uma economia viável são os antídotos aos extremismos de toda ordem.

Democracias sustentam-se por quatro vias principais: politica, justiça, economia e educação.


Quando a política entra em crise de conduta e credibilidade, espera-se que a justiça reestabeleça a ordem.

A "lava jato" representa o grande gatilho de intensificação dessa polarização.
Coincidência???
Não, certamente.


Um sistema judicial que condena e inocenta a mesma ação, demonstrando a sua volatilidade e fragilidade, deixa de representar a esperança de milhares de almas, que perdem o rumo quando a última esperança cai por terra diante da ordem que precisava ser reestabelecida através da verdade.

Afinal de contas, o poder judiciário é o guardião da ordem de uma nação.
É Ele que sustenta a credibilidade do povo em suas Leis.

Se o guardião falha, se confunde, vacila, a crença na ordem cai por terra, fazendo fermentar o desejo de ajuste social por meios radicais, através da luta onde as facções irão medir suas forças.

O nome disso é "guerra".

Brasil está em "guerra" social e política e o grande fator de contribuição foi a perda do prestígio do sistema judiciário onde a máxima autoridade é o STF (Superior Tribunal Federal).
O máximo comando sempre recebe os créditos da vitória ou da derrota, não é isso?

Eu me pergunto como um juiz poderia garantir sua imparcialidade mediante indicação política!!!
Justiça não pode ter viés de qualquer espécie, jamais!!!

A imparcialidade é o capital que constitui o direito ao crédito de seus julgamentos.


O STF jamais poderia ser composto por indicação política, e sim por "meritocracia".


Se um presidente ou partido persiste muito tempo no poder, ele pode querer ir moldando politicamente seus ministros, incluindo o STF.
Um exemplo recente:
Bolsonaro quer 'controlar' STF com proposta que amplia nº de ministros, diz Celso de Mello

Temos também o mesmo exemplo pelo PT, cujo ministro esforçou-se por retribuir sua indicação.

Você não faria o mesmo?
O ser humano é fraco e o sistema deve proteger-se de sua fraqueza.


Os cargos no STF não deveriam ser vitalícios, mas temporários e com espaço de tempo entre os exercícios de mandato para habilitar uma reeleição.


Isto seria o mínimo para reduzir o efeito do "interesse pessoal" sobre o "coletivo".


O STF está devendo à nação o "mea culpa".

E se os ânimos continuarem a escalar, a lei vira mera decoração constitucional, como já aconteceu várias vezes ao longo da história das nações.

Afinal, o que é lei?
É um conjunto comum de princípios comuns aceitos pela maioria e sustentados pelo poder econômico.

Quando o poder econômico se divide, a lei se fratura.
Qual versão vai valer?
Nas guerras, a vitória determina a conquista do espólio e força uma versão sobre a outra.


Ainda temos tempo de consertar, mas será um caminho muito difícil diante de um novo presidente com um passado tão polêmico, independente de quem fosse o vitorioso.
Ambos tinham processos e têm!!!


Quem deveríamos culpar: os que condenaram ou os que inocentaram?
Quem está certo???


Ambos estão na corda bamba da dúvida e da desconfiança que sustenta a desordem que leva à exaltação de ânimos conduzidos pelo extremismo da desesperança que busca uma solução rápida a qualquer custo.

Este é o Brasil de hoje, e também o "status quo" de outras nações que têm problemas semelhantes.
Dessa forma, não temos do que nos envergonhar já que é um mal comum, mas muito a temer pela desagregação da ordem e da economia, já que a política está esfacelada por conveniências.

A democracia está em "cheque", mas o autoritarismo também!!

A diferença é que a situação da primeira é transparente e da segunda é aparente pela repressão.

Precisamos reconstruir o senso de respeito e de ordem começando pela revisão e aplicação da Lei com mais lisura, transparência e coerência.

Difícil conviver com um presidente cujo passado é tão polêmico, tão pouco o seria com o outro, cujo presente deixou tantas lacunas, que se não fossem por elas, teria vencido com tranquilidade.

Mais difícil ainda aceitar um sistema judiciário que ao invés de aclarar e colocar os pingos nos "Is", adiciona mais combustível na fogueira da dúvida com duas decisões antagônicas.

STF, apesar do seu "egrégio saber", que parece ser insuficiente para alijar os efeitos da indicação política, ou seja do vetor "viés de QI", o que não se coaduna com o senso de imparcialidade de juízes, ainda mais ocupando as mais altas posições do sistema judiciário.

STF, como cidadão, eu sinto que devem um "mea culpa" à nação, principalmente pela forma como reverteram o processo com provas fora do mesmo, o que é uma aberração, ainda mais de forma não transparente.

Também aqueles que condenaram devem um "mea culpa" porque, afinal de contas, alguma coisa no processo deu margem a um retrocesso pelo STF.


Eu não consigo aceitar a dubiedade de algo que precisa ser por natureza justo e certo, e acredito que também os aproximadamente 25% da nação que não aceitaram as opções propostas à presidência.


A minha crença que extremismo é um mal maior resguarda-me pela certeza que faz conter meus ânimos, o que me protege da paixão do extremismo, mas a muito custo, porque nas minhas veias corre sangue "verde, amarelo, azul e branco" da nossa democracia, jamais o vermelho que se derrama através de soluções autoritárias como assistimos pelo mundo não democrático.


NOTA:

A autor não tem partido político no momento, porque não crê que a política possa ser algo em que se abandona os princípios defendidos para atender negociações de alianças convenientes de última hora.
Uma coisa que assistimos como algo trivial e normal durante estas eleições, mas que para mim é parte da causa que nos conduz ao caos da descrença. Você não sabe, de fato, em quem vota, porque seu candidato pode mudar a bandeira conforme a oportunidade dos ventos políticos.


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