PREÂMBULO
“Hot Crowns” é uma distopia política contando a história de uma nação imaginária na luta para encontrar seu melhor caminho nos descaminhos da paixão.
Qualquer semelhança com a história de qualquer nação é mera coincidência.
O imaginário é uma colcha de retalhos onde costuramos nossas percepções e sob ela nos abrigamos.
Este post será editado através de uma série sequencial.
Este é o primeiro da série.
Hot Crowns – Cap. I – A Vitória
Como toda boa história, esta não será diferente. Também começa com...
Era uma vez um reino que há muito lutava por uma identidade política que estabelecesse uma ordem diversa daquela que há muito vigorava.
Finalmente, um rei logrou sucesso na disputa da coroa e pela primeira vez a oposição pode ocupar o posto mais importante do reino, o posto N.1!
Esse rei havia adquirido grande habilidade política ao longo de uma longa trajetória de luta pela identidade política daqueles que eram explorados pela oligarquia reinante compostas pelos donos dos capitais.
Ele reunia a esperança das multidões que há muito sonhavam com o seu governo.
Durante os anos iniciais este rei reconstruiu a estrutura de que necessitava para cumprir as promessas de bonanças financeiras e estabilidade social pelo labor de sua longa experiência.
Foram anos de paz, estabilidade, tudo favorecido por uma conjuntura mundial social e política favoráveis. Dessa forma, este rei além da experiência, fora também agraciado com a sorte de um contexto favorável.
O povo feliz e aqueles que lutaram para que galgasse a liderança do reino estavam satisfeitos.
Aqueles que não, também não tinham oportunidade de reclamar porque os bons ventos das finanças aquietavam os ânimos.
O mesmo vento que aquecia a economia mundial também aqueceu a cobiça daqueles que buscavam aproveitar um pouco mais das benécias do momento, levando o reino a alavancar seus negócios concomitantemente aos interesses pessoais de seus favorecidos — a mesma oligarquia anterior que soubera adaptar-se aos novos tempos.
A oposição tomada pelo silêncio da desvantagem apenas aguardava sua oportunidade.
O tempo passou.
O rei, precisando descansar, indicou um substituto que obteve aprovação da maioria.
O substituto, porém, mesmo que refletisse as ideias do rei anterior, não tinha construído o traquejo da negociação com a oligarquia e o povo que formam a ponte de estabilidade aparente que todos gostam de usufruir em seus sonhos de segurança e felicidade.
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