agosto 20, 2022

A Evolução da Tecnologia e da Ética Através da Sobrevivência




Diante da torrente de inovações tecnológicas que estamos vivenciando, quando a ciência progride num passo muito além da capacidade humana comum à sociedade, abrindo um fosso cujo abismo de ignorância separa uma elite intelectual da grande massa, ficamos todos atolados de informações diante do tsunami de notícias que vão gerando na maioria dos indivíduos uma sensação de "tudo pode", onde o "tudo possível" parece dissolver nosso futuro em miríades de possibilidades onde a incerteza é a única certeza que parece acompanhar uma projeção funesta de um futuro sem limites.

E o cidadão comum fica soterrado por essa avalanche de informações.

Uma alternativa é conectar informações associadas e agrupá-las em projeções que passam a formar um cenário coerente, ou seja, ao contrário da estratégia "dividir para conquistar" usamos "agrupar para reduzir a complexidade".

Trabalhar com cenários é uma estratégia que ajuda a diminuir o ônus da multiplicidade de informações porque colocando em grupos diminuímos o aparente caos da diversidade de tantas notícias que parecem díspares mas de certo modo estão imersas em seus próprios contextos.


A exemplo, podemos pegar apenas três links coletados em publicações científicas.
São eles:

Câmera 3D biônica imita olho de insetos e sonar de morcegos

Internet quântica: Memórias atômicas diferentes são interligadas à distância

Cérebro quântico usa átomos para fazer computação sem software


Os títulos, por si só, são bastante sugestivos.

A partir destas três publicações, entre outras possibilidades, podemos visualizar um futuro cujo presente já está construindo e onde o cenário poderá ser algo como segue:

Teremos a produção em massa de drones e robôs inteligentes utilizando cérebros biônicos dispensando programação, também dotados de visão biônica, sem falar da capacidade olfativa já em desenvolvimento. Tudo isso interligado por uma "Internet Quântica", que dispensa fios e desconhece distância, imunes aos limites do nosso meio atual de comunicação que é inclusive suscetível às mudanças climáticas.

Parece muito distante?
Nem tanto se considerarmos que foi logo ontem que conseguiram realizar a primeira comunicação quântica. O progresso da ciência tem se mostrado exponencial, o que diminui a curva do tempo necessário para que os resultados aconteçam em nosso "mundo real" mudando o dia-a-dia.

Esses dispositivos inteligentes(DIs), sejam voadores (drones) ou não (robôs), serão o cotidiano de um futuro próximo com possibilidades que parecem surreais aos olhos do hoje, mas "banais" aos olhos do amanhã. Poucas gerações de diferença e, no entanto, hoje as crianças lidam com smartphones como se fossem brinquedos, algo inimaginável há apenas poucas décadas atrás.

Desta forma, expanda sua mente para imaginar o futuro, liberando-a do medo que é fruto do nosso instinto de autopreservação, sempre procuranto avaliar através de duas hipóteses, uma otimista e outra pessimista, fazendo-se a análise da forma mais imparcial possível.

Os DIs poderão se comunicar sem os limites impostos pela distância e pelo tempo a que estão sujeitas as comunicações por ondas eletromagnéticas utilizadas na nossa Internet atual. Isto significa a capacidade de mover de forma sincronizada enormes enxames destes dispositivos, exatamente como assistimos nos filmes de ficção já que a computação quântica provê uma capacidade de comunicação e de processamento muito superior.


Dispondo dessa capacidade de inteligência que dispensa programação, seu hardware poderá aprender além do que foi previsto, e mesmo imaginado durante sua concepção.

Dotados de olhos e olfatos biônicos, mais poderosos que aqueles do sentido humano, serão como "animais biônicos" com "vontade própria" relativa às possibilidades da IA (inteligência artificial) . Tudo isso imerso no meio social onde o controle torna-se um enigma.

Se os mesmos forem dotados de "portas" de controle para conferir recursos de segurança e de capacidade administrativa, impondo alguma restrição de segurança a essa capacidade "autointeligente", também por essa mesma porta tais dispositivos poderão ser "hackeados" (invadidos e adulterados) por ataques cibernéticos com os mais diferentes propósitos e efeitos.
É algo como se pudéssemos lançar enxames de abelhas africanas, vespas e etc. sem controle absoluto.

Certamente, pessoas com a mente doentia pelo desejo de poder criarão uma multitude de máquinas com propósitos bélicos a exemplo do recente robô-cachorro portando uma bazuca antitanque criado pelos russos e recentemente apresentado, produzido a partir da adaptação de um robô de fabricação chinesa.


O lado positivo e negativo são que boa parte das guerras serão como jogos de videogames, o que reduz o sacrifício de vidas, mas que paralelamente impõe séria ameaça ao nosso estilo de vida atual, que se tornará certamente mais regulado por máquinas, como se já não bastasse o controle de nossas vidas pessoais que são entregues graciosa e voluntariamente ao se partilhar dados privados na grande rede eletrônica da web.


Fica claro que tanto poder na mão do Homem vai corresponder proporcionalmente à necessidade de rever seus limites éticos e sociais como uma nação única planetária.

O lado positivo disso, para aqueles que são evolucionistas, é que teremos, concomitantemente, que reeducar nossas tendências egocêntricas na construção de uma sociedade nova se desejarmos e pudermos nos manter como uma civilização parecida com aquilo que desfrutamos hoje.
Tudo isso imposto pelo sentido de autopreservação.

Essa dicotomia, avanço tecnológico versus ética social, poderá impulsionar a sociedade rumo à evolução moral, já que até agora pelo amor não foi efetiva o suficiente para garantir nossa preservação.

Em seres desprovidos de forte senso de respeito ao próximo, tal como somos, só mesmo o perigo da autoextinção poderá sensibilizar nossa veia egoística e agregar forças à nossa necessidade de evolução como uma raça socialmente viável.


Diante do pessimismo, iremos alimentar apenas o desânimo patrocinado por um futuro sem esperanças.

O desejo de lutar pela vida nasce da crença que o nosso futuro está em nossas próprias mãos, e portanto, temos sim possibilidade real de mudá-lo conforme acontece com o respeito às medidas climáticas, onde os países que mais desrespeitaram, também foram os mais atingidos, viabilizando o progresso de medidas de proteção ao ambiente patrocinadas pelos interesses econômicos e pelos sofrimentos coletivos que começam a formar conscientização com efeitos políticos práticos.

Ironia?
Coincidência da natureza?
Não!

É como diz um velho ditado: "Depois que a porta foi arrombada é que se colocou a tranca".

A natureza tem um processo sábio de conduzir a evolução das espécies.
Seria um Darwinismo pós Darwin, já que até o próprio conceito em si mesmo também deve evoluir, uma vez que "vida é evolução", seguindo o princípio recursivo implícito deste processo.




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