Religiões e doutrinas filosóficas foram e continuam sendo o instrumento de dominação pela arte de induzir o pensamento a partir de nossos sentimentos e crenças.
O tempo passa e a sociedade aperfeiçoa os recursos à sua disposição.
Depois da propaganda boca-a-boca, veio o marketing, a propaganda e os meios subliminares com o seu ator principal: o marketeiro.
A propaganda é uma mensagem ostensiva que trafega do produtor ao consumidor, com ou sem a permissão dele.
Com os meios digitais, todos podem propagar ideias, oferecendo novas alternativas.
Então surge o influenciador.
Diferente da propaganda, o influenciador trabalha com clientela adquirida pela empatia e similaridades de desejos. Neste caso, é o cliente que busca a propaganda procurando suprir as suas próprias lacunas, ou seja, aquilo que ele não tem mas imagina que o influenciador tenha para suprí-lo de alguma forma.
Finalmente surge o "moderador".
Um grupo de pessoas reunidas com propósitos e afinidades semelhantes que utilizam o grupo como um reforçador coletivo e recíproco do ego em défict the autoestima, realimentado uns aos outros as compensações de que precisam. Neste caso, são pessoas que procuram aprovação e aceitação pelo que pensam. Aqui, o papel do moderador é censurar qualquer outro indivíduo que possa destoar das aspirações gerais.
O moderador age de forma sutilmente diferente.
Ele reforça a fixação mental daquelas pessoas do grupo que se nutrem da aparente amizade nascida dos mesmos desejos e sentimentos.
O moderador vai norteando os caminhos do grupo, fazendo reforçar os interesses e sentimentos na mesma direção daqueles que criaram o grupo. É uma sutil arma social, onde um fanático pode radicalizar o fanatismo, alimentar um propósito reforçado pela interação cultivada dentro do próprio grupo.
Então as pessoas se perguntam por que repentinamente aglomerados coletivos disparam ações em massa?
Isso nos leva a pensar se não deveria existir um "moderador" de "moderador", e o mesmo para um "influenciador", ou algum outro instrumento que reduzisse esse poder que até hoje parece poder trafegar livremente.
Imagine o que acontecerá quando o "Universo Virtual" estiver popularizado com interações visuais perfeitas acompanhadas de transdutores sensoriais que darão à massa o poder de interagir usando os sentidos tal como olfato, tato, e dor?
Pense o que pode ser feito com isso!
Infelizmente, mesmo que venha a surgir algo para controlar excessos, esse mesmo "algo" poderá ser convertido para um instrumento ainda mais potente de controle e supressão da liberdade em benefício dos propósitos de quem deter este poder.
Leis e força de polícia são tão frágeis quanto forem as convicções de seu povo, e tal fragilidade conduz à oligarquia que através do poder econômico busca se defender, temendo perder o controle da situação, seja por uma causa social autêntica, ou para manter o status quo.
Então muitas pessoas se perguntam, por que a democracia está perdendo espaço para autocracia?...
Agora você tem uma das facetas desta resposta, portanto não a única.
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