dezembro 21, 2022

Julgamento

 

"Não julguem, para que vocês não sejam julgados.

2 Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.

3 "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?

4 Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu?

5 Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.

Mateus 7:1-5


Julgamento sempre foi o dilema da minha vida toda.

Esta frase de Jesus sempre me "enlouquecia" pelo desejo de entendê-la.

Por que?

A vida impõe julgamento constante:

Devo me casar com ciclano ou ciclana ou não?

Fecho negócio ou contrato esse indivíduo ou não?

Será que essa babá é de confiança?

A vida é recheada de encruzilhadas exigindo uma opção que depende de um julgamento.
Eu não conseguia entender Jesus, segundo Mateus ou qualquer outro discípulo que o dissesse da mesma forma. E ainda não consigo!

Eu precisava julgar.

Então criei uma solução temporária já que entender Jesus e  transpor seus ensinamentos para vida prática é um desafio medonho para a nossa ignorância e atraso.

A solução temporária foi esta:

Vou julgar exclusivamente o necessário, nada a mais ou a menos.
E o que é necessário?
Fofocas ou comentários não são.
Ou qualquer outra ação que não seja estritamente ligada à minha necessidade maior de fazer opções impostas pelas encruzilhadas da vida.

Vivemos com uma parte de nós mesmos, o que transforma o nosso autojulgamento em algo tão precário. Se não conseguimos julgar nem a nós próprios, como então poderemos acertar ao fazê-lo para terceiros?

Julgamos terceiros por fragmento de suas vidas, nem sempre confiáveis.
Julgamos a nós mesmos de forma mais condescendente, embora imaginemos ter todos os fragmentos.

Julgar é muito ruim porque a chance de errarmos é muito maior do que acertarmos.
Além disso, nossos julgamentos são regidos por nossos sentimentos.

Sentimentos não pensam, apenas sentem.
É a razão que produz um sentido para o sentimento.

Conclusão:
Julgar é uma contingência de recurso em último caso.

Por isso, vira fofoca, maledicência, maldade, inveja, etc. etc. etc.

Tenho vivido muito melhor reduzindo meus julgamentos.
De fato, parece que tenho me sentido menos julgado.

Jesus é um gênio, antes de um santo.
Dimistifique a figura de Jesus.
Racionalize.
Então ele fará muito, muito mais sentido!



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