maio 26, 2024

Nunca Desista de Você Dando Mais Sentido à Vida


Um sonho simplesmente abandonado...
Ou simplesmente paramos de sonhar!

Desânimo e descrença que acabam roubando o sentido de viver.

Revolta, inconformação e ódio corroendo e drenando nossa energia criativa e produtiva.


Por quê desistimos de nós mesmos? Ou de nossa alegria de viver?


Todos esses sentimentos nascem de uma origem comum à forma como entendemos qual o nosso propósito de viver, não apenas aquele que atende aos nossos desejos imediatos de felicidade, mas algo mais amplo — o porquê de existirmos.


Existem muitas crenças, e tal como num supermercado que escolhemos a marca do produto, temos nas prateleiras do pensamento as crenças, as religiões e as filosofias.

São muitas opções para todos os gostos e diante de tantas opções resolvi ficar com aquela que me pareceu a mais feliz, a melhor opção para alimentar a esperança e o ânimo, mesmo que não fosse possível entender o sentido maior de viver.

E para chegar a uma conclusão, resolvi ponderar as possibilidades que conhecemos sem permitir que a cultura herdada do meio social pudesse interferir.



MATERIALISMO

Se acreditar que tudo acaba com a morte, então não importa o modo de viver.
De criminoso a bom cidadão, terminam todos na vala do nada.
Ou seja, as atitudes não fazem diferença enquanto se possa acobertar os erros.
Tudo se resumiria em tirar o máximo de vantagem porque, indiferentemente, se tudo termina no nada, tudo não faz diferença alguma desde que as aparências nos protejam.

Geralmente essa filosofia é cômoda para quem deseja viver a vida como se não existisse amanhã, pois é muito conveniente anular o efeito nocivo do futuro de nossas ações simplesmente negando essa possibilidade.

Simples demais, não é?
E se houver amanhã?


VIDA ÚNICA


Se acreditarmos que quando a vida termina vamos para uma espécie de "juízo final", condenados eternamente ao inferno ou presenteados com o céu para sempre, então algumas questões ficam sem sentido.


Por exemplo, uma pessoa que teve tudo na vida e por isso pecou pouco.
Outra pessoa que não teve nada, nem mesmo a chance de ter uma boa orientação, e acaba terminando no ilícito, errando muito e seriamente.

Conforme essa crença de "juízo final", pesando prós e contras, o primeiro vai para o céu eterno, pois ninguém é perfeito e se não houver um "descontinho", o céu ficaria vazio!!!

O segundo muito provavelmente vai para o inferno, e fica lá para sempre.
Será que a pessoa pode se arrepender e fazer um "upgrade"?
Acho que não, né!!
Afinal, se isso acontecer, não haveria um "juízo final", mas dois, o que torna o termo "juízo final" não tão final assim!  

Observe que em ambos os exemplos, os dois acertaram ou erraram por um prazo determinado de tempo, mas recebem uma condenação ou uma premiação eternas.

Talvez faça sentido  para aqueles que vêm a vida como uma aposentadoria, sonhando que após anos de trabalho possam cair no ócio eterno já que não poderão morrer novamente, tornando-se felizes beneficiários da eternidade.

Já que ninguém é perfeito, presume-se que não errando muito , ganha-se na loteria do céu, pois do contrário o céu ficaria vazio, como dito anteriormente, o que poderia tornar o céu a moradia exclusiva dos "Santos", logo condenando quase a totalidade da humanidade para o inferno.

Afinal, é difícil julgar o que é pouco ou muito.
Quanto é pouco ou muito para se ganhar tão grande benefício eterno?



Tudo isso faz sentido?

Se Deus é amor puro, no seu estado mais belo, então isto não faz muito sentido.

Além da falta de justiça em virtude de condições diferentes em que as pessoas nascem e vivem, soa estranho ficar eternamente recebendo por algo que você deu por algum tempo, ou pagando eternamente por um erro.

Por exemplo, se seu filho erra "feio", ele merece penalidade eterna?
E se ele erra pouquinho, vai pro "céu" sem correção alguma?
Ou será que no "céu" tem um instituto para pequenas correções?

Nada disso faz sentido, e pior que tudo, ainda incentiva as dúvidas e as descrenças.



MUITAS VIDAS

Se acreditar que há muitas vidas, quantas forem necessárias até que se alcance a felicidade, então isso sim fica mais próximo de um Deus realmente poderoso e tão cheio de amor que não condena ninguém eternamente, nem tão pouco dá "moleza" eterna, tendo a capacidade de promover mais de uma vida, porque ele realmente é um "Deus pra valer", não apenas com poder para proporcionar uma única chance, mas para tantas quantas sejam necessárias até que o indivíduo alcance mérito para ser feliz.

Um Deus de verdade, que além de garantir a felicidade para todos através de oportunidades infinitas, também é coerente com o mundo que Ele mesmo criou, comandado por um princípio comum à natureza já que a mesma é evolutiva e dela fazemos parte.

Não existe evolução sem a correção progressiva de erros!


Um Deus assim parece realmente como um ser de onde flui supremo amor e com infinitos recursos, um Deus de Verdade,  pois reparte suas próprias possibilidades e condições com todos, independente que sejam seus filhos ou não.

Um Deus assim, eu consigo chamar de Pai.

Outros "Deuses" eu não consigo imaginar como um pai de supremo amor, pois parecem tão humanos!
Acho mesmo que "deuses humanoides" são frutos da falta de imaginação de quem os idealiza à própria imagem.

A consequência ruim dessa teoria de infinitas oportunidades seria achar que porque se tem a eternidade para errar, que poderíamos continuar adiando nossas correções também eternamente, sempre "enrolando" Deus.

Um coisa é certa: ninguém gosta de sofrer e tal opção de "empurrarmos com a barriga" deixando sempre para o amanhã a nossa melhoria ou o conserto de nossos erros só acresce mais sofrimento à trajetória uma vez que "a cada ação corresponde uma reação", para o bem, ou para o mal.


O resultado é que se pode percorrer um caminho entre dois pontos de muitas maneiras.
Um rota mais curta, ou ficar dando voltas enquanto sofremos mais tempo.
Resume-se tudo na escolha de quanto tempo desejamos sofrer repetindo velhos erros ou protelando nossos ajustes e novos aprendizados.


Acreditar nisso dá muito mais sentido à vida e suporte para aceitar uma dificuldade como uma oportunidade.


A revolta por situações injustas fica muito mais amena porque passamos a ver o mundo não como algo estático só com uma passagem de ida sem volta, mas como uma situação dinâmica e iterativa de um processo de crescimento, onde fica muito mais fácil de justificar as diferenças de oportunidades como uma consequência do comportamento passado, diante de novas oportunidades que sempre serão refeitas na direção de encontrarmos a felicidade na experiência seguinte.


Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
João 8:32


Que bom é acreditar que nada acaba e que também não se tem apenas uma chance, ou uma vida apenas para se aprender tantas coisas tão maiores do que ainda somos já que uma vida é tão curta!

Isso realmente me abastece de ânimo e esperança porque a vida vivida com gosto de sentido de vida, por si só torna o trajeto muito mais leve e feliz porque dá mais sentido ao ato de viver. 


Afinal, dar sentido maior à vida, torna a vida com maior sentido!


Se o texto tem alguma lógica para você, não é preciso entrar em conflito ou abandonar a sua religião.
Religiões são como um kit de limpeza da alma composto por pacotes de crença.

Quando você compõe o seu kit de limpeza doméstica, você não é obrigado a comprar todos os itens da mesma marca. Certamente, sua religião terá muita coisa boa para oferecer, mas como todo produto humano não é perfeito, talvez alguma coisa possa ser revisada.
Afinal de contas, não é necessário jogar todo o saco de laranjas fora.
Basta descartar as passadas.




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