maio 08, 2024

O Radicalismo, A Dualidade e A Polarização Fazem Parte do Nosso Carácter Sem Que Nem Mesmo Tenhamos Consciência da Sua Origem

 


NOTA:
É recomendável conhecer o conteúdo do post anterior para compreender melhor este.


O esporte atrai milhares de torcedores desde tempos remotos da civilização humana.

O futebol é uma forma de polarização onde a escolha vem da paixão, da empatia.


Em assuntos mais sérios, quando decidimos optar por um lado sem fazer um balanço criterioso dos erros e acertos de cada lado, corremos o risco de trocar um problema por outro, e muitas vezes não há escolha elencável. 


Em geral, é muito difícil que ambos os lados estejam com toda a razão.
Geralmente, posicionamentos diversos trazem parte da razão e parte de erro, assim como as nossas personalidades, uma vez que as nossas criações não podem exceder a qualidade daquilo que somos.


A nossa mania de ter que optar por um lado, principalmente quando estamos envolvidos emocionalmente (família, ódio, inveja, ambição, etc.) é o incentivo à polarização.

Ter que escolher um lado faz parte da cultura mundial.

Diante de uma capacidade de visão mais ampla, podemos perceber que as divergências são na verdade versões de soluções e erros, e que portanto formam um panorama mais amplo para se descobrir a melhor fórmula de ação apartidária.


Quando inexiste a possibilidade de agregar valores das partes em uma solução única, nasce a disputa onde cada lado não quer sofrer as consequências daquilo em que não acredita.


A polarização então finca pé na divisão social.

A democracia é uma solução para as disputas onde a maioria decide a solução final.

A democracia tem dois problemas cruciais!

O primeiro deles é que a maioria que vota não tem consciência plena daquilo em que vota. Seja por falta de preparo educacional, ou disponibilidade temporal para se informar, ou mesmo de vontade para acompanhar os eventos de seu tempo.


Um eleitor despreparado, o que aliás representa a maior parte, desfigura o sentido da democracia, porque votar sem entender o momento em que se vive faz do voto um "chute" e tira o sentido que a democracia precisa atender.


Neste caso, uma solução cabível seria a aplicação do princípio da meritocracia, onde o eleitor vota no âmbito daquilo que ele pode votar conscientemente. Há meios de se concretizar tal objetivo mas haveria muita crítica por parte daqueles que defendem uma noção de direito igual para todos.


Infelizmente, não existe nada mais desigual que direitos iguais para méritos diferentes.


A demagogia se enlambuza nessa bondade de concessão irrestrita de direitos.

Se democracia assim fosse uma solução autêntica, teríamos que levá-la para todas as atividades.

Imagine o "chão de fábrica" de uma empresa que fabrica aviões definindo as restrições técnicas de um projeto?!!!

Eu, e provavelmente também você, não voaríamos neste avião.

Eu prefiro voar naquele avião onde a votação foi realizada apenas entre engenheiros aeronáuticos abalizados.


É preciso alterar a forma demagógica que mata a qualidade da democracia em que "imaginamos" viver.  


Imaginamos?

Sim, imaginamos porque demagogia é autocrática, a serviço de uma minoria que pode deter os meios de controle da democracia dando ao eleitor apenas aquilo que lhes é conveniente que elejam. 

Para quem acompanha as notícias, sabe que essa é a prática de Putin.
O povo russo recebe apenas a informação que Putin deseja que recebam da forma "putiniana"!
O povo russo orienta suas decisões de acordo com a lavagem cerebral feita por seu governo.


Trata-se de uma espécie de oligarquia, ou quase que vira uma "aristocracia" quando o nepotismo ou a politicagem elege seus membros e sucessores.


Para evitarmos a demagogia, ao invés de votarmos em "candidatos" deveríamos votar em "planejamentos".


Novamente retornamos à fragilidade da democracia: a capacidade das pessoas entenderem aquilo em que estão votando a ponto de serem capazes de visualizar adequadamente suas consequências.


Infelizmente, a maioria das pessoas não têm este dom.


Ou os planejamentos propostos seriam apresentados em níveis adequados à população conforme seu despreparo, ou simplesmente a população que participaria do voto no planejamente estaria em condições de fazê-lo.  Segue o exemplo da fábrica de aeronaves.

Sem preparo, a população menos esclarecida vota como quem torce por um jogo de futebol, algo que de tão arraigado à nossa cultura acaba ditando nosso comportamento psicológico.

O povo russo, em sua última eleição autêntica, elegeu Putin,

Por falta de conhecimento melhor do "background" do candidato, e pela falta de capacidade de se informar adequadamente, foi a última vez que o povo russo votou em uma eleição legítima.

Hoje são vítimas da sua própria ingnorância ou displicência tendo que suportar um déspota que assassina qualquer candidato que tenha chances de superá-lo no pleito.

Este é o presente de um povo desinformado, iludido pelas aparências.

Democracia vivida dessa maneira  é apenas trampolim ao despotismo.


O Brasil tem tudo para acabar seguindo o mesmo caminho, infelizmente!!!


 

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