maio 19, 2024

Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.6 - Segregação e Genocídio




O GENOCÍDIO FAZ PARTE DA NOSSA CULTURA  E A SEGREGAÇÃO IDEM

POR ISSO AS PUNIÇÕES MUNDIAIS SÃO INEFETIVAS E AMBÍGUAS



Como podemos ter certeza disso?

Todos nós, sem exceção, sob condições específicas somos vulneráveis a optar pela nossa vida em detrimento de outra. Não importa a justificativa, podemos destruir uma ou várias vidas para salvaguardar nossos valores.



O que é genocídio?

É um corolário da condição acima onde a solução é aplicada coletivamente e extensivamente, em larga escala, sobre um grupo de pessoas, seja por sua etnia, ideologia ou a qualquer pretexto, podendo estender-se a uma nação inteira.

Assim como o direito à defesa pessoal, o que justifica os genocídios é a autodefesa coletiva, de um povo ou cultura, porém o que o invalida é a justificativa dada para executá-la.

Os princípios são os mesmos, mas a justificativa é que estabelece o direito à ação, tornando-se uma assunto extremamente polêmico, mas que quando o mesmo princípio é aplicado às nossas vidas pessoais, tal polêmica desaparece.

Assim como num crime comum, onde o réu precisa provar a necessidade extrema de autodefesa, deviriam as cortes internacionais elegerem um comportamento global nos mesmos moldes.



O que inviabiliza o genocídio, por mais válido que o princípio de autodefesa possa consubstanciar, é que através deles exterminam-se não só os culpados ou indiretamente envolvidos, mas sim uma população inteira, incluindo crianças, algo que não faz qualquer sentido à razão humanitária.

Crianças não podem ser culpadas pela ideologia de seus adultos, porque ainda são "matéria-prima cultural".

Digo e repito: "sentido à razão humanitária", pois que homens como Stalin e Putin parecem desconhecer, levando seus objetivos adiante independentemente de qualquer princípio que não seja o deles próprios.



Putin e Stalin não são os únicos.

Na extrema direita, Hitler também pode ser incluído no "club" dos assassinos em massa a pretexto de grandes conquistas sociais. Idem a China com etnias. E certamente muitos outros.

Meros psicopatas, doentes por seus sonhos tresloucados de ambição insana ao custo do sangue de milhares de pessoas, culpadas ou não, envolvidas ou não.

Isto sim é genocídio, terrorismo, insanidade! 
Algo que o mundo jamais poderia aceitar, mas ainda não pode evitar.

Qualquer facínora que suba ao poder de uma nação detentora de recursos atômicos, pela ditadura e pelo apoio de seus cúmplices, poderá transformar um bom povo no autor de genocídios em massa.

Em sistemas democráticos acabam servindo de escada a tais insanos, aproveitando-se da ignorância e ingenuidade de seu povo.



Democracia atualmente tem sido mais um instrumento do progresso da ditadura, que um benefício, já que a mesma está despreparada para proteger-se e selecionar o voto de acordo com as possibilidades do eleitor. É a demagogia a serviço do caos!!!



Quantas etnias ainda precisarão ser expurgadas para trazer a sensação de equilíbrio aos seus genocidas, seja no Oriente, no continente africano ou americano?

E quanto aos "apartheids" (segregações), outra forma de genocídio cultural?

Quantos povos nativos ainda atrasados cultural e tecnologicamente, ou racialmente diversos, precisarão viver em locais separados à margem do progresso a pretexto de uma proteção cujo tempo dissolve na necessidade intrínseca da evolução humana?



É por isso que "sentindo humanitário" está indissoluvelmente associado à agregação, ao sentido de compartilhamento e à soma de esforços.

Líderes não deveriam ter o direito de agir ao bel prazer.

A ameaça atômica, ou a guerrilha urbana — já que "terrorismo" torna-se um termo bastante polêmico e inclusive aplicável às estratégias correntes de guerra —, bem como a fraqueza da união das nações diante de potências que podem desafiá-la, torna inaplicável o resultado prático de contingencionamento comportamental de ditadores ou de nações tresloucadas.

Atualmente, essa união representada pela ONU é incompetente para estabelecer essas bases porque seus participantes também o são, adeptos inclusive da prática genocida e terrorista, lançando ataques sobre alvos civis.

Um participante que ferisse os princípios dessa união deveria perder a sua participação.
Hoje, isso não acontece.

Putin continua lá, como pode?



Então, como podemos esperar da ONU alguma efetividade neste sentido se ela mesma é incapaz de expurgar de seu próprio corpo aqueles que a ameaçam?



A evolução social é o resultado da soma da evolução individual.

A evolução planetária é a soma da evolução de cada sociedade.

É preciso olhar no reflexo de nós mesmos para começarmos a encontrar a solução dos problemas sociais, inclusive globais.




The Ideology and the Idealists

 


Greta Thunberg, now an adult, seems to continue in the same route as her childhood career, and is wasting the opportunity to give a new sense to her purposes, taking advantage of her natural charisma and energy through a new strategy that is more coherent with the needs of the current moment.

The climax of awareness through protests and complaints has passed and it seems that she still doesn't understand this, since in her words, "complaining is what we know how to do".

When I heard this in an interview on YouTube, I put my head down and sent the address of a post via email to her. I assume she read it, at least the server registered the access as soon as the email was sent, but it remained there, without an echo. She seems to have ears only for the cries of demands.

The whole world is now more than aware of the need to preserve the environment.

We are gradually frying in progressive heat due to an increasingly perverse climate, subjecting us to increasingly intense extremes, from floods to the increase in desert areas. Brazil did not have an arid area, now it does, according to the latest statement.

Study finds arid region in Brazil for the first time; see where it is and why it worries - Estadão


At this moment, what the world needs is a socioeconomic strategy that advances the progress of this purpose of reversing the harmful consequences to our environment due to our progress and way of living.

Solutions such as the "Carbon Market", the Green Fund (USA), and other actions that aim to give new directions to our global transformation chain through economic advantages, because we humans have come this far due to economic necessity and we will only get out of this climate impasse through the same form.

You can scream, shout slogans until exhaustion when what really makes a difference is the siren song of profits that economic necessity imposes.

Greta and other activists need to find their new role in this strategy, building new characters that add to the solutions instead of adding to the complaints, as they all do because they are less challenging, otherwise one could end up infected by the virus of radicalism that seeks to call the attention in any way, or even worse, ending up in oblivion, under the frustration of ineffectiveness, dimming the brilliance of previously constructed contributions!

Perhaps she, along with others, could channel her energies into a political career that is the means of influencing the new policies that will form the foundations of the new world, a role more suited to the adult she is today.

So activists!
So, Thunberg!

A new party? The GP (Green Party)? Or something like this?


Ideologia E Os Idealistas




Greta Thunberg, agora adulta, parece que continua no mesmo embalo de sua carreira infantil, e desperdiça a oportunidade de imprimir um novo cunho aos seus propósitos aproveitando seu carisma e a sua energia naturais através de uma nova estratégia mais coerente com as necessidades do momento atual da sua fase madura.

O auge do tempo da conscientização através de protestos e reclamações já passou e parece que ela ainda não entendeu isso, já que nas palavras dela, "reclamar é o que sabemos fazer".


Quando escutei isso numa entrevista do YouTube, abaixei a cabeça e remeti via email o endereço de um post para ela. Presumo que ela tenha lido, ao menos o servidor registrou o acesso tão logo o email foi enviado, mas ficou nisso, sem eco. Parece ter ouvidos apenas para os brados de reinvindicações.


O mundo todo já está mais que consciente das necessidades de se preservar o meio ambiente.
Estamos fritando gradualmente num calor progressivo ao sabor de um clima cada vez mais perverso submetendo-nos a extremos cada vez mais intensos, das inundações ao aumento de áreas desérticas. O Brasil não tinha uma área árida, agora tem, conforme última declaração.




Nesse momento, o que o mundo precisa é da estratégia socioeconômica que avance no progresso desse propósito de reverter as consequências nocivas ao nosso ambiente em função de nosso progresso e modo de viver.

Soluções como o "Mercado de Carbono", Fundo Verde (EUA), e outras ações que visam dar novos rumos à nossa cadeia de transformação mundial mediante vantagens econômicas, porque nós humanos chegamos até aqui pela necessidade econômica e só sairemos desse impasse climático pela mesma forma.

Você pode gritar, bradar até a exaustão frases de efeito quando o que faz realmente diferença é o canto da sereia dos lucros que a necessidade econômica impõe.

Greta e outros ativistas precisam encontrar seu novo papel nessa estratégia, construindo novos personagens que somem às soluções ao invés de somar às reclamações, pois estas todos fazem pois são menos desafiadoras, do contrário pode-se acabar contaminado pelo virus do radicalismo que busca chamar a atenção de qualquer maneira, ou ainda pior, terminar no esquecimento, sob a frustração da inefetividade, esmaecendo o brilho das contribuições construídas anteriormente!

Talvez ela, junto a outros, pudessem canalizar suas energias para uma carreira política que é o meio de influenciar as novas políticas que formarão as bases do novo mundo, papel este mais adequado ao adulto que ela é hoje.

Então ativistas!
Então, Thunberg!
Um partido novo? O GP (Green Party)? Ou algo assim?





maio 18, 2024

The repair

 

Often, repairing a mistake requires strength that we don't seem to have.

The error is made by the force of anti-love.

The fix or fix by love.

We still love little.






maio 17, 2024

Radicalism and the Israel vs. Hamas Series - The Search for Solution N.5 - RACIAL IDEOLOGY

 


The USA emerges as heroes who changed the course of WW2, consolidating its reputation as liberators and guardians of democracy and human freedom, at least at that time.


In fact, the Japanese shot themselves in the foot with the attack on Pearl Harbor, forcing a continental country into the war that unbalanced the German and Japanese chances. This is proof that unquestionable trust, support and faith in leaders is not necessarily a good path. The Japanese people paid dearly for their ideology with the deaths of thousands, both on the battlefield and off. Bent on their pride, and reformed from their mistakes, through commitment, determination and strength, they rebuilt their nation with the support of their former enemies (Marshall Plan) and today they are their allies.

Their previous leaders were wrong and led the people to disaster.


How far is it worth following someone simply because you are not prepared to have your own opinion regardless of what the majority opinion is?


The Americans were also able to master the nuclear weapon first, as Europe was destroyed by the destruction of mutual conflict and economically fragile.


Hiroshima and Nagasaki definitively end the world conflict of WW2, in the face of an accounting whose balance would be even worse without a drastic measure, as it would cost even more lives than those lost.


WW2 was a war that lasted 6 years and killed around 60 million people.


This aura of liberators sustained the American model of life sold to the whole world through Hollywood, its film industry that exceeded global quality at the time, but this same aura hid its stains soaked in blood due to the internal conflicts of the Civil War and others that supported the same basis as Hitler's principles — racial discrimination —, exchanging Jews for blacks, Chinese, etc.

Discrimination always finds a reason, even if it is irrelevant, to "murder" everyone who is not close to the image of their executioners.

USA and Germany, two countries facing the same problems with completely different endings.


Overloaded by propaganda, we hardly think about it.


Discrimination is just an escape valve for the egocentric cruelty of the human soul that needs a justification to expose itself to its murderous instincts.

The racial discrimination promoted by Hitler in Germany was drastic, but other countries are not far behind like the USA itself, as well as England, India, Russia, China, etc.


Perhaps there is some country free from blame.
If such a country exists, it is probably not inhabited by humans or simply there has not been the opportunity.


And when I see what human beings are capable of doing, I feel scared for my own human image and it gives me chills when people without information start to erect the barricades of differences.


The humanitarian meaning is very relative and depends on each culture and the predominant state of mind at that time of life of that people.


How many times do we use the "humanitarian sense" on both sides, putting good as a facade for the evil that we wish to consolidate?


So we are led to consider...

According to Hitler, how many Jews was needed to be eliminated to compensate for the social damage caused by them?

According to him, everyone!


How many more Palestinians will need to die to compensate for the Jews who died in the fateful Hamas attack on Israel?

According to press figures, the Hamas attack caused approximately 1,000 deaths and 200 kidnappings.

According to the same press, the number of Muslims killed by the Israeli reaction now exceeds 30,000 people.


Would a Jew be worth 30 Muslims?

According to Netanyahu, perhaps more if the Israeli attacks continue in the same way as they have done until now, because it will be difficult for Israel to eliminate all the "seeds" of the enemy interspersed not only among the Palestinian people of Gaza and surrounding areas, but also covered by other nations dissatisfied with the Israeli people.


Is the right to life of the one human being greater than the other?

Including psychopaths?

What about the death penalty, what does it look like in this context?


Many will answer yes!

Some are ideologically based, and others are based on the individual's ability to accumulate economic resources.


Unfortunately, that's what we are, at least for the most part, for now and for a long time!!!


Netanyahu's strategy reminds me  of a family man, whose family was murdered by his neighbor who disappeared, hiding in the neighborhood. Would the father of the family have the right to destroy the neighborhood to eliminate the murderer?

What if the neighborhood does have a habit of covering up murderers?

On the other hand, knowing that the father of the family could not eliminate the neighborhood, wouldn't this murderer continue to take advantage of hiding there, serving as an example and encouragement to others?

To what extent did the people of Gaza collude with Hamas and to what extent were they victims?

If Netanyahu's attitude is disproportionate, on the other hand it also discourages future terrorist strategies that follow the same model of hiding under the cloak of anonymity of the people who welcome him, encouraging the people under such circumstances to collaborate less, and to submit reacting with the prudence that seeks to avoid its own death on one side or the other.


The striking fact is that there is no side free from blame and that an extreme reaction leads to another that is equally or more extreme.

Another striking fact about our personality is that a serious error on one side has the ability to make us blind to the mistakes of the opposite side.

It is necessary to remember that the trigger for the conflict began with a cowardly attack by Hamas on Israeli civilians.

The right to self-defense is a basic right, but its limits become blurred when the enemy mixes with the people and the people with the enemy.


Although each side has its reasons in conflicts that have been going on for decades, deciding who is most to blame when the error of one side leads to errors on the other side is a pure waste of time because there is no way to count the events and obtain a net result.


The only plausible solution would be to eliminate the complaints on both sides and start again, but what would guarantee that there would not be a recurrence on either side?


As long as sincere and reciprocal goodwill does not prevail, the reason of the strongest will always prevail without a peaceful solution.



Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.5 - IDEOLOGIA RACIAL




Os EUA saem como heróis que mudaram o curso da WW2 consolidando sua fama de libertadores e guardiões da democracia e da liberdade humana, ao menos àquela época.

De fato, os japoneses deram um tiro no próprio pé com o ataque a Pearl Harbor, fazendo ingressar na guerra um país continental que desequilibrou as chances alemãs e japonesas. Isto é prova que a confiança , o apoio e a fé incontestes em líderes não é necessariamente um bom caminho. O povo japonês pagou caro por sua ideologia com a morte de milhares, tanto nos campos de batalha como fora deles. Dobrados em seu orgulho, e refeitos de seus erros, através de empenho, garra e força, reconstruíram sua nação com o apoio dos antigos inimigos (Plano Marshall) e hoje são seus aliados.
Os seus líderes anteriores estavam errados e conduziram o povo para o descalabro.



Até onde vale seguir alguém simplesmente porque você não está preparado para ter a sua própria opinião independente de qual seja a opinião da maioria?



Os estadunidenses também puderam chegar primeiro ao domínio da arma nuclear, já que a Europa estava soterrada pela destruição do conflito mútuo e economicamente fragilizada.

Hiroshima e Nagasaki encerram definitivamente o conflito mundial da WW2, diante de uma contabilidade cujo balanço seria ainda pior sem uma medida drástica, pois que custaria ainda mais vidas do que aquelas ceifadas.




A WW2 foi uma guerra que durou 6 anos e matou por volta de 60 milhões de pessoas.


Essa aura de libertadores sustentou o modelo americano de vida vendido para o mundo todo através de Hollywood, sua indústria cinematográfica que excedeu a qualidade mundial à época, porém essa mesma aura escondia suas manchas encharcadas de sangue pelos conflitos internos da Guerra de Secessão e outras que sustentaram a mesma base dos princípios de Hitler — a discriminação racial —, trocando judeus por negros, chineses e etc., ou seja, a discriminação sempre encontra um motivo mesmo que seja irrelevante para "assassinar" todos que não sejam  próximos à imagem de seus algozes.

EUA e Alemanha, dois países enfrentando os mesmos problemas com finais completamente diferentes.



Soterrados pela propaganda, dificilmente pensamos nisso.




Discriminação é apenas uma válvula de escape da crueldade egocêntrica da alma humana que precisa de uma justificativa para expor-se aos seus instintos assassinos.

A discriminação racial promovida por Hitler na Alemanha foi drástica, mas outros países não ficam atrás como o próprio EUA, assim como a Inglaterra, a Índia, a Rússia, a China e etc. 

Talvez haja algum país isento de culpa.
Se existir esse país, provavelmente não é habitado por humanos ou simplesmente não houve a oportunidade.

E quando eu vejo o que o ser humano é capaz de fazer, sinto medo de mim mesmo e me dá calafrios quando o povo esquecido, ou sem informação, começa a erguer as barricadas das diferenças.




O sentido humanitário é muito relativo e depende de cada cultura e do estado de alma predominante no momento de vida daquele povo.

Quantas vezes nós utilizamos o "senso humanitário" dos dois lados, colocando o bem como fachada para o mal que desejamos consolidar?




Então somos levados a ponderar...

Segundo Hitler, quantos judeus precisavam ser eliminados para compensar o prejuízo social provocado por eles?
Segundo ele, todos!

Quantos palestinos ainda precisarão morrer para compensar os judeus que morreram no fatídico ataque do Hamas a Israel?

Segundo os números da imprensa, o ataque do Hamas causou 1000 mortes e 200 sequestros, aproximadamente.

Segundo a mesma imprensa, o número de mulçumanos mortos pela reação israelense já passa de 30.000 pessoas.

Valeria um judeu 30 mulçumanos?
Segundo Netanyahu, talvez mais se os ataques israelenses continuarem nos mesmos moldes seguidos até agora, porque dificilmente Israel poderá eliminar todas as "sementes" do inimigo imiscuídas não só no meio do povo palestino de Gaza e adjacências como também acobertadas por outras nações descontentes com o povo israelita.



O direito à vida de um ser humano é maior que o de outro?
Incluindo os psicopáticos?
E a pena de morte, como fica neste contexto?

Muitos responderão sim!  
Alguns com base ideológica, e outros com base na capacidade do indivíduo de amealhar recursos econômicos.

Infelizmente somos isso, ao menos em grande parte, por enquanto e por um bom tempo!!!




A estratégia de Netanyahu faz lembrar um pai de família, cuja família foi assassinada pelo vizinho que desapareceu, escondendo-se na vizinhança. Teria o pai de família o direito de destruir a vizinhança para eliminar o assassino?

E se a vizinhança tem o hábito de acobertar assassinos?

Por outro lado, sabendo que o pai de família não poderia eliminar a vizinhança, não continuaria esse assassino tirando vantagem de se esconder nela, servindo de exemplo e estímulo para outros?


Até onde o povo de Gaza foi conivente com o Hamas e até onde foi sua vítima?


Se a atitude de Netanyahu é desproporcional, de outro lado também desestimula futuras estratégias terroristas que sigam o mesmo modelo de esconder-se sob o manto da anonimidade do povo que lhe acolhe, estimulando o povo sob tais circunstâncias a colaborar menos, a submeter-se menos reagindo com a discrição que busca evitar sua própria morte por um lado ou pelo outro.



O fato marcante é que não existe lado isento de culpa e que uma reação extrema conduz a outra tão ou mais extrema.

Outro fato marcante de nossa personalidade é que um erro grave de um dos lados tem o dom de nos tornar cegos aos erros do lado oposto.

É preciso lembrar que o estopim do conflito começou com um ataque covarde do Hamas sobre civis israelenses.

O direito a autodefesa é um direito básico, porém os seus limites ficam confusos quando o inimigo mistura-se ao povo e o povo com o inimigo.


Embora cada lado tenha suas razões em conflitos mantidos a décadas, dirimir quem é o mais culpado quando o erro de um lado induz a erros do outro lado é pura perda de tempo porque não há como contabilizar os eventos e obter um resultado líquido.

A única solução plausível seria zerar as reclamações dos dois lados e começar de novo, porém o que garantiria que não haveria uma reincidência de alguma parte?



Enquanto a boa vontade sincera e recíproca não prevalecer, vai sempre prevalecer a razão do mais forte sem solução de paz.


maio 16, 2024

Terrorism vs. War - Can You Explain the Difference?


Ideological fanatics carrying bombs on their bodies exploded themselves in public areas killing civilians, or using car bombs parked in strategic places. At the height of terrorism, we saw the two American towers being imploded by airplanes acting as missiles.


In the Gaza war, thousands of civilians were sacrificed by missile attacks, tanks, military mistakes, and the destruction of basic life support (hospitals, potable water, etc.).

In Putin's war we have the constant missiles strikes against civilian targets, when it is not the direct atrocity of Russian troops decimating populations.

So what is the same difference between terrorism and war?


Perhaps terrorism is a war of the "poor people" who do not have the resources for missiles or the possibility to use tanks and platoons.

Given some thought, we see that the final effect looks the same, doesn't it?

Would the UN and the USA be able to review the concept of what terrorism is and what makes the difference of wars from a practical point of view, since in both cases the enemy publicly declares the state of war and the intention of attacking with civilian deaths as a strategy to beat or expand the opponent?


Terrorismo vs. Guerra - Você Consegue Explicar a Diferença?

 

Fanáticos ideológicos carregando bombas nos próprios corpos explodiam-se em áreas públicas matando civis, quando não eram carros-bomba estacionados em lugares estratégicos. No auge do terrorismo, vimos as duas torres estadunidenses serem implodidas por aviões que fizeram o papel de mísseis.

Na guerra de Gaza, milhares de civis foram sacrificados por meio de mísseis, tanques de guerra, equívocos militares e pela destruição dos recursos básicos de suporte à vida (hospitais, água potável, etc.).

Na guerra de Putin temos o lançamento constante de mísseis contra alvos civis, quando não é a atrocidade direta das tropas russas dizimando populações.


Então, qual mesmo a diferença entre terrorismo e guerra?


Talvez terrorismo seja a guerra dos "pobres" que não têm recursos para mísseis ou a possibilidade de tanques de guerra ou tropas de ataque.

No mais, o efeito final parece o mesmo, não parece?

Será que a ONU e os EUA conseguiriam rever o conceito do que é terrorismo e qual a diferença com as guerras do ponto de vista prático, já que em ambos os casos o inimigo declara publicamente o estado belicoso e a intenção de ataque com mortes de civis como estratégia de vencer ou dobrar o oponente?





maio 15, 2024

O Conserto

 


Muitas vezes, reparar um erro exige uma força que parece não termos.

 

O erro é realizado pela força do antiamor.

O acerto ou conserto pelo amor.

 

Ainda amamos pouco.

 


maio 08, 2024

O Radicalismo, A Dualidade e A Polarização Fazem Parte do Nosso Carácter Sem Que Nem Mesmo Tenhamos Consciência da Sua Origem

 


NOTA:
É recomendável conhecer o conteúdo do post anterior para compreender melhor este.


O esporte atrai milhares de torcedores desde tempos remotos da civilização humana.

O futebol é uma forma de polarização onde a escolha vem da paixão, da empatia.


Em assuntos mais sérios, quando decidimos optar por um lado sem fazer um balanço criterioso dos erros e acertos de cada lado, corremos o risco de trocar um problema por outro, e muitas vezes não há escolha elencável. 


Em geral, é muito difícil que ambos os lados estejam com toda a razão.
Geralmente, posicionamentos diversos trazem parte da razão e parte de erro, assim como as nossas personalidades, uma vez que as nossas criações não podem exceder a qualidade daquilo que somos.


A nossa mania de ter que optar por um lado, principalmente quando estamos envolvidos emocionalmente (família, ódio, inveja, ambição, etc.) é o incentivo à polarização.

Ter que escolher um lado faz parte da cultura mundial.

Diante de uma capacidade de visão mais ampla, podemos perceber que as divergências são na verdade versões de soluções e erros, e que portanto formam um panorama mais amplo para se descobrir a melhor fórmula de ação apartidária.


Quando inexiste a possibilidade de agregar valores das partes em uma solução única, nasce a disputa onde cada lado não quer sofrer as consequências daquilo em que não acredita.


A polarização então finca pé na divisão social.

A democracia é uma solução para as disputas onde a maioria decide a solução final.

A democracia tem dois problemas cruciais!

O primeiro deles é que a maioria que vota não tem consciência plena daquilo em que vota. Seja por falta de preparo educacional, ou disponibilidade temporal para se informar, ou mesmo de vontade para acompanhar os eventos de seu tempo.


Um eleitor despreparado, o que aliás representa a maior parte, desfigura o sentido da democracia, porque votar sem entender o momento em que se vive faz do voto um "chute" e tira o sentido que a democracia precisa atender.


Neste caso, uma solução cabível seria a aplicação do princípio da meritocracia, onde o eleitor vota no âmbito daquilo que ele pode votar conscientemente. Há meios de se concretizar tal objetivo mas haveria muita crítica por parte daqueles que defendem uma noção de direito igual para todos.


Infelizmente, não existe nada mais desigual que direitos iguais para méritos diferentes.


A demagogia se enlambuza nessa bondade de concessão irrestrita de direitos.

Se democracia assim fosse uma solução autêntica, teríamos que levá-la para todas as atividades.

Imagine o "chão de fábrica" de uma empresa que fabrica aviões definindo as restrições técnicas de um projeto?!!!

Eu, e provavelmente também você, não voaríamos neste avião.

Eu prefiro voar naquele avião onde a votação foi realizada apenas entre engenheiros aeronáuticos abalizados.


É preciso alterar a forma demagógica que mata a qualidade da democracia em que "imaginamos" viver.  


Imaginamos?

Sim, imaginamos porque demagogia é autocrática, a serviço de uma minoria que pode deter os meios de controle da democracia dando ao eleitor apenas aquilo que lhes é conveniente que elejam. 

Para quem acompanha as notícias, sabe que essa é a prática de Putin.
O povo russo recebe apenas a informação que Putin deseja que recebam da forma "putiniana"!
O povo russo orienta suas decisões de acordo com a lavagem cerebral feita por seu governo.


Trata-se de uma espécie de oligarquia, ou quase que vira uma "aristocracia" quando o nepotismo ou a politicagem elege seus membros e sucessores.


Para evitarmos a demagogia, ao invés de votarmos em "candidatos" deveríamos votar em "planejamentos".


Novamente retornamos à fragilidade da democracia: a capacidade das pessoas entenderem aquilo em que estão votando a ponto de serem capazes de visualizar adequadamente suas consequências.


Infelizmente, a maioria das pessoas não têm este dom.


Ou os planejamentos propostos seriam apresentados em níveis adequados à população conforme seu despreparo, ou simplesmente a população que participaria do voto no planejamente estaria em condições de fazê-lo.  Segue o exemplo da fábrica de aeronaves.

Sem preparo, a população menos esclarecida vota como quem torce por um jogo de futebol, algo que de tão arraigado à nossa cultura acaba ditando nosso comportamento psicológico.

O povo russo, em sua última eleição autêntica, elegeu Putin,

Por falta de conhecimento melhor do "background" do candidato, e pela falta de capacidade de se informar adequadamente, foi a última vez que o povo russo votou em uma eleição legítima.

Hoje são vítimas da sua própria ingnorância ou displicência tendo que suportar um déspota que assassina qualquer candidato que tenha chances de superá-lo no pleito.

Este é o presente de um povo desinformado, iludido pelas aparências.

Democracia vivida dessa maneira  é apenas trampolim ao despotismo.


O Brasil tem tudo para acabar seguindo o mesmo caminho, infelizmente!!!


 

abril 21, 2024

Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.4 - A Origem


A CONTRIBUIÇÃO DA SOCIEDADE PARA O RADICALISMO




A sociedade é fruto da base de sua origem, ou seja, de como ela incorpora nela própria as novas gerações.



É importante lembrar que parte do que somos não decidimos ser, conscientemente.


Nossa cultura é herdada tal como uma "lavagem cerebral" natural feita sem que tenhamos consciência. Repare como cada povo tem seu comportamento básico comum herdado do período infantojuvenil.


Uma criança absorve a informação através de um filtro gradativo de avaliação ao longo dos anos, desde o nascimento até o início da consciência crítica. Acriança, quanto mais nova, menor é a interferência desse filtro de avaliação ou crítica no processo de aprendizado, e tal como um esponja vai absorvendo tudo sem muita base de critério, pois o mesmo está em construção, o que desonera o processo mas o torna frágil. 


Quanto maior o volume de informação que vai sendo armazenado à medida do crescimento do indivíduo, maior é o esforço de conciliar as novas informações com a cadeia formada pelas anteriores, algo que exige exame unindo a capacidade de associação ao sentido lógico da agregação.

Concomitantemente, o senso crítico à medida que se desenvolve busca garantir o status quo daquilo que foi aprendido antes, durante a fase de absorção "esponja", passando a consolidar a sua percepção através desse conteúdo de cultura absorvida sem muito critério, constituindo-se a base daquilo que pensamos ser e daquilo que pensamos precisar defender, ou seja, os nossos valores.


Acreditamos tanto em "nossos valores" adquiridos durante esta fase semiconsciente e de pouca crítica como se de fato eles constituíssem aquilo que realmente somos, subsidiando a estratégia que imagina-se garantir a possibilidade de se agregar felicidade pessoal e social à vida, tornando-se parte do sentido de autoconfiança do indivíduo.


As decepções chegam na fase mais madura à medida que a base construída anteriormente vai sendo testada e seus erros e inconsistências vão aparecendo, porém a acuracidade do resultado desse processo depende fundamentalmente da capacidade de autocrítica que por sua vez se arvora na base de valores adquiridos durante o frágil período de nossa formação modelada pela natureza do caráter individual.


A prova disso é que um bebê, não importa a origem genética nem geográfica, vai assumir a identidade da cultura onde sua infância se desenvolver.



Isso deixa claro que não existe nacionalidade intrínseca, mas apenas extrínseca.



Nós somos como uma massa de modelar cujo formato depende das mãos da cultura onde crescemos, ou seja, onde nos desenvolvemos.


Algumas pessoas percebem isso mais tarde, quando o senso crítico está mais arguto, e então buscam questionar as crenças herdadas durante a fase onde a sua percepção crítica era insuficiente.  O resultado é que algumas delas mudam de meio cultural buscando melhor identificação, ou absorvem parte de outras culturas, entretanto a maioria, principalmente aquela sem tantos recursos, acaba consolidando o que recebeu sem muito progresso. Tais pessoas geralmente carregam um orgulho extremo daquilo que receberam em sua infância e pouco buscam questionar, encontrando dificuldade para conviver com pensamentos diferentes, novas culturas ou mesmo remodelar opiniões face às mudanças impostas pela evolução social e tecnológica.


Pessoas cosmopolitas são mais flexíveis porque terminada a fase de absorção da cultura local realizada com pouca crítica, ou quase nenhuma, continuam por toda a vida a questionar princípios e valores em busca de novas fontes de informação paralelas porque carregam em si a flama da comparação na busca do melhor. Pessoas assim perdem o vínculo único com a cultura herdada e são capazes de mesclar os novos aprendizados com os anteriores, passando a usufruir de múltiplos vínculos que lhes proporcionam capacidade de raciocínio e de lógica mais amplos.




O que somos realmente?


Como seres evolutivos não somos, mas apenas estamos.


Se não há mudança de estado, também não há evolução, seja seu viés positivo ou negativo de acordo com a percepção relativa da sociedade.

Logo, mudança é fator preponderante à evolução.

A sensação de "ser" vem do significado relativo ao período de tempo que parece eterno à nossa percepção no afã diário.

Se quando velhos continuamos muito próximo daquilo que fomos quando jovens, sem agregar um significativo acréscimo de valores ao longo da vida, então não evoluímos. Apenas incorporamos o que recebemos de "graça" durante a infância e juventude, sem muito empenho pelo próprio esforço. Seria como um herdeiro que jamais agrega à fortuna recebida, apenas acomoda-se ao conforto das coisas como estão.





UMA BOA PARTE DO QUE PENSAMOS  É EMPRESTADA
UMA BOA PARTE DO QUE SOMOS TAMBÉM.



Um bom exemplo é o projeto criado pela Alemanha nazista de Hitler onde bebês escolhidos eram tomados dos pais e repassados para escolas de formação educacional orientada pela cartilha do regime nazista. Ou seja, tomaram crianças polonesas de seus pais enquanto muito pequenas, e também de outras nacionalidades, e as fizeram crescer dentro da cultura nazista deste tipo escola criada para esta finalidade: reeducação cultural.


Tais crianças tornaram-se nazistas fanáticas que ironicamente odiavam aqueles que eram seus iguais em virtude de ignorarem suas reais origens.
Cruel! Satânico!

O mesmo pretende Putin com a Ucrânia, tendo retirado crianças de áreas ocupadas para "reprogramação cultural russa".
Sua intenção é exterminar o passado Ucraniano através de sua cultura e reconstruir uma "nova cultura" onde as crianças serão educadas para se tornarem russas rezando pela cartilha de Putin.


Com esse objetivo, Putin tem destruído por onde passa toda a obra cultural ucraniana.




Imagine uma criança polonesa da escola de Hitler matando poloneses, seus ascendentes, simplesmente porque se identifica como alemã ariana diante da inconsciência da sua real história pessoal!

O mesmo deseja Putin, pois crianças educadas como russas reduzem a dissidência ucraniana. 

Afinal, não basta tomar um país apenas por meios militares e políticos enquanto o restante da nação não se identifica com o agressor. A exemplo temos Mianmar, onde um golpe militar tomou o governo mas enfrenta forte oposição, sem conseguir 
até agora consolidar de fato o seu poder.



O poder se consolida pelo coração da maioria através da ressonância ideológica, cultural e econômica que produz.


Do contrário, mais cedo ou mais tarde vem a reação.


São inúmeros exemplos: 
 a Independência dos EUA(1776), a Queda da Bastilha na França (1789), a Independência do Brasil(1822) e sua Proclamação da República(1889), a Revolução Russa(1917), a Independência da Índia pelas mãos de Gandhi(1947)  e etc. etc. etc. etc. 


Todos nós, sem exceção, nascemos, vivemos e lutamos por sonhos, onde a parte que é real não é fácil de identificar porque o critério de definição vem principalmente de um processo da fase infantil e juvenil mediante a "lavagem cerebral cultural natural" da nossa educação.


NOTA:

Muitos educadores poderão querer dar outro viés à ideia do texto tomando-o por subversivo à educação. Se o fizerem, o farão por má fé, porque o texto além de claro no seu propósito também não defende nenhuma diretriz, mas apenas deixa claro os efeitos da educação sobre os educados, em qualquer nação.




Diante deste contexto, será que faz sentido discriminar culturas diversas daquela que herdamos socialmente durante a nossa fase de crescimento?!!



Se pensarmos bem, o povo que condenamos, ou a cultura que criticamos poderia ser a nossa própria por nascença, como foi o caso das crianças poloneses de Hitler.


Teria você culpa do que é pelo que herdou  enquanto se desenvolvia desde a sua fase infantil à adolescência?


Um bebê mulçumano — povo tão famoso por sua fé no Islã —, se entregue a uma família judaica,  o que ele se tornará amanhã? Estará ele lendo  o Alcorão ou a Torá?


Nós somos como massinhas de modelar nas mãos da cultura onde imergimos durante a formação da nossa personalidade na fase infantojuvenil.


Neste contexto, qual a imensa certeza que podemos ter dos valores que herdamos se tais valores não foram selecionados por um critério mais amplo? E mesmo assim, já tão emocionalmente induzidos pela cultura que herdamos, qual seria a nossa capacidade de julgar da forma mais imparcial possível esses mesmos critérios?



Valeria tanto sangue derramado entre seres que disputam a verdade de suas origens através de uma formação cultural induzida e um julgamento contaminado de parcialidade? 


Que certeza podemos ter quando não podemos examinar e julgar sem esta influência adquirida numa fase tão frágil do início de nossas vidas onde aceitamos tudo?




O antídoto do despotismo para evitar o critério de pensamento é a fé cega, que instila sobre os seus comuns o medo de questionar a própria cultura pois incorre no pecado do sacrilégio ou da rejeição das próprias raízes.





AS RAÍZES DO ESPÍRITO



No processo de formação individual existe um outro fator que interfere nessa formação: a vocação nata advinda de nossa natureza pessoal e que define a natureza de nossos sentimentos básicos que parecem não herdados dos progenitores.


Aos espiritualistas fica claro que a natureza do indivíduo pertence ao espírito, respeitando-se as leis da genética quanto às características somáticas — o fenótipo —, o que torna fácil explicar a existência de pessoas cosmopolitas e de outras que acabam adotando cultura diversa daquela recebida.

Deixo aos materialistas, ou àqueles que não contemplam tal possibilidade, a solução do dilema da explicação quando um filho não reflete necessariamente as qualidades que ele deveria ter herdado de sua ascendência. Hipóteses assim, baseadas apenas na genética, aparentam uma espécie de milagre dedicado ao acaso dos seus segredos e que um dia talvez pudesse explicar tal fenômeno!




CONCLUSÃO



Somos em parte o que herdamos do meio em que nossa infância e adolescência absorveu, porém "temperados" pela natureza de nossos espíritos ao longo de seu aprendizado por diversas experiências terrenas.


O berço da dualidade, ou da polaridade, advém da crença que a verdade reside apenas naquilo que só nós entendemos como correto.


Tal crença tem sua origem na perpetuidade de pensamentos que herdamos na fase mais suscetível de nossas vidas, assumindo verdades sem muito senso crítico.


Através deste processo, um erro introduzido na origem cultural de um povo pode perpertuar-se como verdade absoluta cuja correção fica escondida no bojo da fé pela fé, retardando a sua evolução social.


A tradição carrega a proteção dos valores, mas também age como a tumba da evolução, tal como os pólipos de corais que não param nunca de construir seu exoesqueleto (casca que os protege) e acabam sufocados por ele.


Quanto ao radicalismo, tema do post, é importante lembrar que Hitler era um radical de direita e Stalin um radical de esquerda. Ambos levaram a cabo soluções extremas, onde o genocídeo fez parte da cartilha, pois o extremismo tem como estratégia única atingir seus objetivos pessoais e tudo o mais é secundário. Nos extremos, a importância dos "outros" é radicalmente reduzida também ao extremo, por que faz parte da natureza do extremismo, ou radicalismo onde só importa a própria visão, e ponto final! Tal comportamento é comum à cultura de todas as nações, e que nasce nas pequenas soluções extremas normalmente aceitas como normais.



A nossa análise da cultura que nos guia, quanto mais liberta de nossos condicionamentos culturais e mais próxima do respeito social, subsidia o dom para nos arremeter humanitariamente adiante, libertando-nos das amarras que nos mantêm presos às repetições dos mesmos erros há milênios.







dezembro 06, 2023

Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.3

 




Um mundo dividido em dois blocos.

Um bloco liderado pelos EUA, formado pelos países que apoiam democracias e outro bloco formado por China, Rússia, Coréia do Norte, Irã, Iraque, Afeganistão, Paquistão além de outros jogando dos dois lados conforme a maré, porém simpáticos às autocracias, ou seja, aos modelos centralizadores, as famosas ditaduras.

Os blocos buscam conciliar interesses econômicos e políticos como meio de combater os modelos divergentes, apesar de que entre eles próprios as relações seriam inamistosas se não fosse o objetivo comum que os une temporariamente.

Outros países buscam flutuar sobre as correntes principais em busca da vantagem própria, já que não estão plenamente à vontade nos cenários predominantes, como é o caso da Índia.

O mundo não goza de um patamar centralizador que seja suficiente para dar suporte ao papel preponderante da ONU e  da UN no afã de garantir a preservação de relações mais equilibradas entre as nações conflitantes, ameaçando até mesmo o sentindo e a utilidade de suas existências como organizações efetivas. 

A ONU tornou-se mais uma espécie de "área neutra" para a discussão de conflitos cuja solução fica sempre para uma próxima oportunidade, ou seja, na prática é apenas um playground do desabafo e do exercício do ego.

O terrorismo é uma estratégia de guerra sustentada pelo radicalismo.

É também o meio ideal quando a superioridade do inimigo impossibilita o confrontamento convencional, direto, mas faz-se necessário disputar  liderança a qualquer custo.


O "eixo", sob o comando nazista de Hitler, foi o maior exemplo de guerra convencional e terrorismo aplicados conjuntamente, em larga escala, algo jamais visto até então, onde o delírio de hegemonia de três nações tentou se impor sobre todas as demais.

Infelizmente, esse tipo de delírio parece que também foi globalizado.
Vai se formando um grande bloco de enfrentamento em defesa de regimes que concentram poder e o desejo de dominar o modelo mundial socioeconômico através de uma visão impositiva através da força bruta.

Este bloco autocrático por sua vez também não se sustenta sem que haja o inimigo comum que serve como "cola" às suas diferenças. Se o bloco sair vencedor, um novo ciclo de disputa inicia-se entre seus participantes, exatamente como aconteceu na WW2 com relação à cooperação da Rússia junto aos aliados.

Felizmente, àquela época o problema era pequeno porque o poder de destruição também o era, porém hoje o problema é grande e o planeta é que se tornou pequeno para tanto conflito com tanto poder de autoexterminação.


Extermínio de civis desarmados servindo a um propósito ideológico e desrespeito às convenções faz parte da base do radicalismo, lembrando que Hitler era um radical de extrema direita.

Stalin, um radical de extrema esquerda, também não ficou atrás, agregando o sentido de matança dirigido  até mesmo contra seu próprio povo.

O leitor já se perguntou de onde saem tantos recursos que alimentam as retaliações atuais de países pequenos e grupos armados com menor poder econômico que ainda assim buscam enfrentamento com grandes potências?

Uma conta simples dá uma ideia do volume absurdo de capital que se faz necessário.
Já procurou saber o custo de um míssil?
Então multiplique por milhares deles.

Além de mísseis também é preciso tudo o mais, como veículos, construções (fortalezas, túneis, etc.), armamentos diversos, contraespionagem, logística, sustentação de tropas (alimentação, vestimenta, treino, etc.), subornos e uma lista infinita de necessidades extremamente organizadas e planejadas, lembrando que organização custa caro.

É algo colossal, que flui com a pujança de um rio Amazonas, e que se fosse empregado de outra forma, já teríamos resolvido boa parte dos nossos piores desafios, tais como a poluição, o aquecimento planetário e etc.

Provavelmente a disseminação de doenças já estaria sob o controle mais efetivo pela vacinação proficiente contando com o suporte à vida pela oferta de água potável de qualidade e saneamento básico porque saude e educação continuam sendo os melhores meios de prevenção.

No passado os meios reguladores exercidos por um poder de destruição bem menor, cuja sustentação econômica era mais frágil, amenizava as consequências posteriores aos conflitos.

Com a evolução tecnológica, as atividades econômicas foram se libertando de restrições locais, incluindo não só aquelas lícitas como favorecendo também as ilícitas.

As drogas estão na base dos sistemas paralelos ao poder constituído, por serem extremamente lucrativas, uma vez que são sustentadas por uma base mundial de escravos completamente dominados pela dependência química que não oferece escolha — algo muito conveniente a todos os regimes que precisam consolidar poder independentes do viés político que se queira agregar a eles.

As drogas têm ainda um efeito dobrado, muito conveniente àqueles que vivem como abutres da indústria da morte.

Ao mesmo tempo que as drogas suprem com fartura de capital às necessidades bélicas, também minam a sociedade do inimigo que é inundada com apelos de solução emocional através de seu consumo.

Como diz o ditado: "Mata-se dois coelhos com uma única cajadada".

Assim, o povo da nação inimiga vai perdendo sua liberdade, sua capacidade de dicernimento que atende apenas à satisfação do vício, enquanto sustenta a indústria do terrorismo e do crime mundial.

Grupos radicais são apoiados por países, porque isto atenua o envolvimento direto do Estado na ação criminosa, exercendo a função de um proxy de guerra, ou um proxy do crime, porém ambos com objetivos comuns em penalizar o inimigo obtendo disso o lucro para a continuidade dessas mesmas ações, indefinidamente.

Vamos ilustrar com um exemplo simples.
O Irã é um dos países que contribuem com o Hamas.

Lembrando que o Irã também sofre sanções econômicas, de onde este país tira tanto capital já que não é uma potência econômica? E por que o interesse desse tipo de patrocínio?

O interesse é sempre desestabilizar o bloco adversário na tentativa de obter mais uma vantagem na direção da longa trajetória de conquista que sonham obter algum dia lá na frente de um futuro sombrio de um mundo tomado à força, pelas mãos da morte que nega tudo o mais que não seja espelho de suas convicções funestas meramente baseadas no desejo de poder infinito.

É a eterna reedição dos romanos, dos vikings, das cruzadas, dos conquistadores, dos nazistas e de todo tipo de ambição a qualquer pretexto, que sempre se extingue, de uma forma ou de outra, mas que condenado o mundo a essa pena perpétua de constante conflito e sofrimento com nomes diferentes, comandada por alguns que se acham "dirigidos por uma força maior", seja de Allah, Joshua, Cristo, Deus, ou "whatever", mas cujo resultado é sempre a causa de sofrimentos extremos, morte e destruição.

Deus de verdade é vida pela reeducação através da construção constante de um amanhã melhor, mais feliz, mais leve.


É nesse jogo sinistro que as drogas assumem papel vital em nosso incrível contexto contemporâneo.


Hoje, no mundo, talvez a droga seja uma das commodities mais rentáveis, sendo perfeita às necessidades da criminalidade justamente por ser proibida, por ser ilegal.


É o negócio mundial perfeito às necessidades de prover grandes capitais. 
Afinal de contas, o crime só subsiste quando se sustenta do proibido!


A China é hoje a maior produtora de insumos para a produção de fentanyl, segundo algumas fontes, ou certamente um dos maiores produtores da droga campeã de causa mortis dos EUA. 

A máfia russa sustenta-se de uma boa fatia do tráfico mundial.

Convém lembrar que o ópio sempre foi uma tradição econômica no Oriente.
A rota "Golden Crescent"é formada por Irã, Iraque, Afeganistão e Paquistão.


O Talibã subsidiou e subsidia sua economia com uma série de atividades criminosas, onde as drogas representam boa parcela de contribuição.

Na América, de Norte a Sul, temos Canada, EUA, México, Colômbia, Venezuela, Paraguai, Brasil e etc., mas um "ETC" bem grande.

Precisamos lembrar que tanto o produtor da droga quanto o consumidor são responsáveis.

Sem o consumidor, não existe produtor.
Sem o produtor não existe incentivo ao consumo.

Toda corda tem no mínimo duas pontas, e por isso é preciso cuidar de todas.

Ambos, produtor e consumidor, são coniventes e sustentam o crime que é uma das grandes fontes de patrocínio às ações radicais, tais como sequestros, guerras, terrorismo e etc., pois têm a mesma origem e propósito: imposição, violência e morte.

É IMPORTANTE lembrar que o crime é uma atividade de natureza radical.
Não existe criminoso de vida longa sem ousadia extrema e radicalismo.

O criminoso encontra na autocracia seu meio, seu braço forte para se organizar e disputar seu lugar à força, porque o crime não fala outro idioma exceto  a linguagem do mais forte. Ponto final!

O crime só negocia diante de ameaça à própria subsistência, do contrário controla.
Não tem meio-termo.


Executivos, políticos, artistas, intelectuais diversos, empresários, famosos ou não, consomem o produto que publicamente condenam, mas que na intimidade utilizam, seja esse consumo exclusivo para o uso pessoal ou não. E pessoas notáveis, quando não estão diretamente envolvidas, têm algum parente que os atingi diretamente.

Então querem atenuar o carácter criminoso da droga quando a quantidade é para uso pessoal!

O fazem exclusivamente por conveniência pessoal, quando o que importa mesmo é que uma vez adquirida, torna o comprador um consumidor conivente e corresponsável por alimentar o sistema criminoso que deteriora a sociedade em que todos vivem, inclusive ele mesmo, sustentando todo tipo de atividade ilícita, seja pelo terrorismo, pela guerra, ou pela violência que se impõe como a autoridade que deseja comandar as nossas vidas, seja através de um governo autocrático ou através de "gangs do medo" que definem as regras nas comunidades.

Está tudo conectado, literalmente, através de uma teia única.

No Brasil, deram o azar que descobriram a primeira dama do crime (a mulher do chefão do CV) fazendo uma visitinha ao MJ e sendo recebida por quem é indicado pelo próprio presidente como futuro ministro do STF. 

Diante da notícia ainda mais acrescida da atenção que desperta o estado caótico da segurança, buscaram amenizar levando o exército para fazer rondas inúteis, o que não é função das forças armadas.

Pura propaganda! Pura distração! Puro desperdício de nossos impostos!
Ninguém comprou o macete político, muito menos a imprensa.

O crime hoje tem endereço certo, portanto se algum dia houver de fato o empenho no seu extermínio, sabem exatamente onde encontrar os focos de problemas e o que fazer para terminá-los.

É necessário legalizar as drogas e regulamentá-las, roubando do tráfico o filão de lucro que o sustenta.

Legalizar as drogas, por si só, não vai resolver o problema de consumo, mas vai penalizar o tráfico, que então deixa de ser tráfico e vira apenas contrabando, porém sob as regras da competição.

Disto resulta a redução dos lucros e o aumento da competitividade entre a produção legalizada local e o contrabando distante que precisa também competir arcando com os riscos da distribuição informal, tornando o negócio bem menos atraente.

Um bom exemplo disso aconteceu no início do século XX nos EUA, onde a máfia encontrou na criação da Lei Seca estadunidense um de seus maiores subsídios para sustentar e formalizar o crime organizado. Al Capone que o diga, pois a venda de álcool foi um de seus meios para o seu apogeu e subsistência, porque crime organizado só existe com muito capital, porque organização, volto a repetir, custa caro.

A extinção  da lei seca estadunidense foi um golpe duro nas finanças dos grupos mafiosos que precisaram procurar outra fonte que substituísse a produção de álcool ilegal, que deixou de ser interessante, encontrando nas drogas alucinógenas o seu novo e enorme filão econômico.

Se a política de legalização das drogas alucinógenas for adequada, grande parte da receita que hoje sustenta o crescimento do crime poderá ser revertida em benefício social. Atualmente, todo lucro finda na mão do criminoso para investir em mais criminalidade. 

Criminosos só sabem fazer isso.
Eles são profissionais especializados no ilícito.

Hoje, a renda obtida através das drogas patrocina a infiltração do crime no governo pela sedução através da corrupção, enfraquecendo-o cada vez mais, ameaçando a soberania das forças institucionais, seja pela dominação de seu topo hierárquico, como é o caso em muitos países onde os cartéis da droga já competiram com o governo, e portanto com as forças armadas, e hoje estas fazem parte do circuito de sustentação do crime organizado.

Se o Brasil continuar seguindo o rumo atual, muito provavelmente acabará como Colômbia, Venezuela, etc. A nossa sorte é que o Brasil tem dimensão continental, mas isto não é impeditivo, pois a organização criminosa sustentada pelas drogas tem dimensão planetária.


Na Venezuela o tráfico de drogas é organizado "não oficialmente" por indivíduos também responsáveis pelas forças institucionais daquele país. Em sumo, o crime infiltrou-se profundamente no poder governante. Isto, porém, não é uma novidade única daquele país.

Então o leitor se pergunta por que o radicalismo ganhou tanta força?!

A droga provê o capital.
A força do crime reside no capital.

O crime é por natureza radical e despótico.
O despotismo é o meio organizacional natural do crime, a exemplo dele próprio.

E você pensa que isso é tudo?
Nada disso... 

O crime adquiriu uma faceta muito mais  sofisticada, ficou muito mais inteligente.

Ele entendeu que parte do capital também precisa ser aplicada em atividades lícitas, porém utilizando a força bruta para quebrar a concorrência estabelecendo uma nova ordem econômica sob o escudo da lei, que por sua vez vai sendo "flexibilizada" pelo lobby político que ele sustenta.

O exemplo disso é o que o ocorre no México com a produção de abacates.

Cartéis da droga diversificaram seu modelo econômico subjugando os produtores de abacate.


Onde existir um produto cobiçado, bom gerador de receita, ilegal ou não, a força do capital aliada ao modelo da violência toma conta, porque à medida que o crime se torna tão rico, vai comprando tudo, por bem ou por mal.


Outro exemplo ocorre  com a pesca do atum, que regulamentada para preservar sua sustentabilidade, sofre pela transgressão imposta por atividades criminosas.


Isso torna tudo muito mais sério, infinitamente mais triste, porque o consumo de droga mundial está "modificando o modelo econômico" do mundo contemporâneo.

As pessoas quando pensam em tráfico de drogas, dificilmente também pensam na intensa degeneração que se está operando em todos os patamares, não só sociais, mas também econômicos e políticos.


O drogado sustenta esse sistema como mero escravo do vício a que se voluntariou espontaneamente ao tentar fugir de si mesmo ou experimentar uma diversão radical para fugir de uma prisão caindo em outra pior, uma armadilha fatal e espetacular, quase infalível.

Se o modelo continuar se expandindo, inevitavelmente as democracias serão submetidas, porque a base econômica estará paulatinamente corrompida por um modelo em expansão incompatível  com o exercício da liberdade individual.


É!... 
Agora o leitor pode começar a entender o tamanho das consequências, dos danos colaterais.
E venho escrevendo sobre este cenário há alguns anos em posts anteriores, aqui mesmo neste site.

Infelizmente, as antevisões de todos os artigos foram se consubstanciando.

O fracasso político da extrema direita fomentando o retorno retumbante de Lula que surgiu qual Fênix das cinzas de suas mazelas do sistema judiciário e da transformação do modelo econômico e social.


Eu, na verdade, gostaria muito mais de escrever que a Branca de Neve e os sete anões encontraram a fada madrinha que os tornou lindos e glamorosos. Então todos os anões deixaram de babar na Branca de Neve, casaram, e a Branca pode então tomar um bronze à sós com seu príncipe em alguma praia que ainda não estivesse completamente tomada pela poluição plástica ou pelas fibras de tecidos das vestimentas que são despojadas ao longo dos séculos, muitas vezes sem necessidade, apenas pela vaidade.

Sinto muito, leitor!
Vou ficar devendo.
Mesmo!
Parece que fada madrinha não existe, ou está se drogando em algum canto junto com os anões e a Branca de Neve.


Achou que terminou?!
Negativo!


Não temos apenas a droga química na base da economia.
Temos também a ideologia vendida como droga psicológica, somando ao processo que vivemos.
Aliás, são as duas drogas mais consumidas no mundo: uma concreta e a outra abstrata.

E para finalizar este texto, talvez eu escandalize o leitor com uma opinião não muito usual.

E se o capital se empenhasse em pesquisas científicas que viabilizassem a criação de uma droga menos nociva, mas cujo efeito de fuga fosse similar aos efeitos das drogas atuais, entretanto sem o vício de dependência química tão desesperador que  acaba conduzindo à morte?

Uma boa droga seria a única alternativa de solução à redução de consumo da má droga que patrocina todo o lixo decorrente das ações de mentes criminosas, tal como abutres que se alimentam da deterioração de outros seres vivos.

Não temos como estancar o consumo porque ele faz parte do desejo do indivíduo.
Só resta a solução de ajudá-lo de outra forma.
Não adianta chibata, prisão, violência ou qualquer outra forma que só vai agregar mais força ao radicalismo e ao desejo de fuga da realidade.

A "droga do bem" (ou a droga menos nociva) seria um golpe fatal no consumo ilícito, já que a "boa droga" ofereceria uma meio legal de consumo para o cidadão incapaz de conviver com a realidade sem promover tantas penalidades à sociedade e a ele próprio.

Então... Diante de uma nova perspectiva...

Sobraria ao crime o trivial variado, ou seja, o sequestro, o roubo, a extorsão e etc., porém sem o rio de dinheiro da dependência química com propriedade exclusiva de produção e distribuição que o torna tão poderoso.


Continuar combatendo o tráfico de droga e seu consumo usando as mesmas estratégias do crime — radicalismo e violência —, apenas contribui com o seu crescimento, algo que está mais que demonstrado pela realidade atual.

... Então, se continuarmos assim, haverá um tempo que o crime não mais dependerá das drogas, mas a economia dependerá do crime.


Depois de você ler este post, o astral deve ter pesado diante de um futuro que parece pouco promissor.

É uma oportunidade para você testar a sua fé!
Se de fato Deus é supremo poder e se nada acontece sem que o Pai dê permissão, na hora certa, o curso dos acontecimentos toma novo caminho.

Afinal de contas, existe apenas uma maneira de entrar na vida, mas infinitas para sair dela.


Enquanto isso, precisamos agir e fazer a nossa parte na construção de um amanhã melhor e pela sustentação de uma consciência tranquila que nos subsidie o equilíbrio físico e emocional, sempre lembrando que:

"Portanto, não se preocupem, dizendo: 'Que vamos comer?' ou 'Que vamos beber?' ou 'Que vamos vestir?'

Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas.

Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês."

Mateus 6:31-33


"Por isso digo: Peçam, e será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta será aberta.
Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta."

Lucas 11:9-10


novembro 17, 2023

Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.2


Nos posts anteriores, abordei o radicalismo sobre alguns aspectos.

Adiantei que a posição estadunidense sob o comando de Biden tinha escolhido uma retórica nada adequada nem conciliadora, porque entre israelenses e palestinos não é possível determinar um culpado, mas sim uma situação que acumula as desmazelas de ambos ao longo do tempo e que seria necessário repassar o presente sob novos olhos para que haja um futuro mais promissor.

O presidente estadunidense já paga seu preço por seu posicionamento afoito diante do conflito em virtude de forte reação interna e externa ao EUA, lembrando que ele caminha para disputar novamente as eleições presidenciais.

Israel ocupa uma área que desde a sua formação é contestada e disputada não só geograficamente mas ideologicamente. Conflitos levam ambos os lados a situações extremas.


O Hamas usou da estratégia mais árdua possível com a política israelense que tem lutado pela sua soberania na região com a intensidade econômica de sua soberania.


Não existe outra maneira de se combater o radicalismo que não seja desfavorecer os fatores que o impulsionam, tal como um físico reduz a temperatura para diminuir a reação em cadeia, do contrário o processo sai fora de controle.

A Jihad expõe o radicalismo como um produto religioso cuja fidelidade não conhece limites.

Em contrapartida, todos nós sabemos que Israel é teocrático por natureza e disputa as diferenças com a mesma convicção religiosa que os mantém unidos através do mundo.

Grupos ideológicos radicais são formados por extremistas que acreditam que a força é o meio de se promover mudanças.

É preciso, no entanto, de massa crítica, ou seja, de um número de pessoas que seja suficiente para impor o processo à força. 

Seguindo os padrões proselitistas da religião ou da política, ou seja, a mesma estratégia para alavancar adeptos, as convicções fanáticas vão sendo inseminadas nos meios sociais mais propícios, onde a carência torna-se o vetor de adesão, tanto do ponto de vista econômico quanto psicológico, ou pelas mãos da tradição cultural.

Unir religião e política é a forma convencional mais intensa de promover poder.

A teocracia é uma velha ferramenta de liderança, tão velha como a humanidade, mas seus efeitos são ainda imbatíveis.
A situação fica muito difícil quando o embate ocorre através de bases teocráticas.


É latente que uma parte da nossa sociedade avança com uma velocidade invejável deixando à deriva dois quesitos fundamentais ao equilíbrio de seu próprio avanço:

- o equilíbrio do ambiente físico que a sustenta, e

- o equilíbrio do ambiente psíquico de onde emerge e se sustenta.

A solução ao radicalismo vem da construção e da distribuição desse progresso de crescimento e oferta de recursos de forma mais equânime, não pela esmola como pregam os demagogos, mas pelo favorecimento dos meios que permitam ao indivíduo integrar-se ao processo. O indivíduo estimulado pela possibilidade da integração torna-se mais impermeável às sugestões do radicalismo, pois ele passa a ter algo a perder, do contrário, diante do caos provocado por sua miséria pessoal. a desconstrução dos outros já é alguma coisa que compensa o vácuo da frustração.


A concentração do progresso é como uma bolha social.

Não se sustenta por si só, isoladamente.

A forma de conter os processos radicais é reduzir os fatores que contribuem para a sua proliferação, da mesma forma que se controla uma lavoura, uma reação atômica, etc.

Como sabemos, os inseticidas conseguem apenas controlar as pragas de uma plantação, porém jamais exterminá-las.

As deficiências emocionais do ser humano fazem parte de nossas vidas assim como os insetos, fungos, virus e outras formas de vida que não se pode exterminar, contudo o controle é suficiente para promover uma boa colheita. Alguma perda faz parte do processo.

A guerra é como um agricultor tresloucado, que tomado por radicalismo na sua intenção de exterminar as pragas da lavoura queimasse todo o seu solo e despejasse toneladas de pesticidas.

Ao final, só conseguiria destruir o próprio solo e envenenar a terra, os rios e os lençóis subterrâneos que alimentam a vida, trazendo para si mesmo e para os outros um resultado desastroso.

O tempo passa e as pragas sempre voltam.
Sempre voltam!

Se Hitler que tanto se empenhou em numerosos processos de exterminação em massa de judeus estivesse ainda vivo, certamente diante da criação de Israel e sua evolução como país pujante, viria isso tudo como uma pá de cal sobre suas convicções sobre a efetividade da matança que patrocinou através de seus sonhos alucinados e radicais.

Guerra é uma solução tão desajeitada quanto temporária, cujo custo é altíssimo, não apenas socialmente, mas também nocivo à preservação climática do planeta e à economia, quando os recursos poderiam ser empregados na construção da qualidade de vida humana, e não na sua destruição como meio de solução. Dessa qualidade de vida distribuída adviriam as bases sociais para liquefazer tanto radicalismo pela redução das frustrações acomodadas pelos confortos sociais.

Fala-se tanto em ativismo e novas “leis verdes”, porém guerra é um assunto posto mais de lado, quando deveria ser um dos tópicos mais relevantes. E ao invés de combatê-la apenas pela proibição, seria desestimulada pelas ações conjuntas da economia mundial.

Não faz mais sentido a guerra territorial que precisa ser substituída pela cooperação comercial indistinta de fronteiras.


Destruir uma sociedade e seu planeta por disputa de quem vai mandar naquele espaço econômico é tão insano e primitivo quanto achar que por se ter extrema certeza do que se pensa é justificativa única e necessária para que se imponha o pensamento próprio aos outros a qualquer custo.


Dessa forma, a guerra é um loop interminável que tenta impor algo que alguém buscou impor antes, pois isso trata da outra faceta da "economia verde" que é tão relevante quanto à preservação do carbono no solo terrestre quanto é preservar e conter o equilíbrio do indivíduo em sua localidade nativa evitando migrações em massa, pois uma coisa advém da outra.


Veremos nos próximos artigos da série alguns exemplos através da história, uma vez que o ser humano vem repetindo os mesmos erros há  séculos.

O interessante é que o momento vivido traz o sabor do novo, quando na verdade é uma repetição que se aproveita do esquecimento ou da ignorância de nosso próprio passado.


novembro 15, 2023

Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.1

Existe solução para o radicalismo?


Este artigo é o primeiro de uma série, já que o assunto é extenso por natureza e bastante controverso.


A resposta curta é que existe e depende que o avanço socioeconômico não deixe vácuos de crescimento tão acentuados em parcelas de civilizações, além do que, o número de radicais que influenciam os destinos globais não se torne uma superioridade numérica às demais opções.


Se o processo de contenção não for um trabalho contínuo, à medida que o tempo passa, o acúmulo do problema poderá atingir o ponto de massa crítica onde não haverá espaço para outras soluções que não sejam igualmente radicais.

É similar ao que acontece com uma explosão atômica, porém aqui, seria de ordem social, varrendo democracias e formas de governo que não possam competir com o novo modelo emergente.

A guerra armada contra o radicalismo é a solução igualmente radical para conter o radicalismo.

A frase acima parece incoerente, mas a coerência do radicalismo é restrita mesmo: atende apenas à imposição de interesses pela força.

Conflitos armados poderão ser reduzidos substancialmente quando a sociedade for mais eficiente para amenizar os vetores que fomentam o radicalismo.

O radicalismo tem ao menos três facetas:

- radicalismo emergencial,
- radicalismo incentivado,
- radicalismo nascido da natureza agressiva intrínsica ao indivíduo.


radicalismo emergencial torna-se desnecessário quando o radicalismo incentivado perde força à medida que seus vetores foram atenuados por soluções proativas.

O radicalismo que é fruto de agressividade extrema não tem solução porque faz parte da natureza do indivíduo, e o seu controle obedece apenas ao princípio da superioridade numérica para que possa ser contido, mas improvavelmente eliminado, porque mudar um indivíduo com características que marcam a sua natureza é um processo longo, de ordem muito pessoal, cujos resultados são pequenos sem que o mesmo deseje tal mudança.


E por que um indivíduo muda seu comportamento?

Geralmente pelo desconforto ou sofrimento que agregam penalidades que ele não deseja mais suportar.
Enquanto isso, dificilmente haverá espaço para mudança enquanto ele entende que o sofrimento que lhe é causado vem de terceiros, ou de contextos sociais, e não dele mesmo. 

Enquanto há justificativa, a inércia mantém o indivíduo sob o apanágio da própria desculpa.


Também é necessário lembrar que um indivíduo esta imerso no 
processo humano que é uma colcha de retalhos e que quando buscamos respostas muito simples através da política ou da luta armada, apenas continuamos a patinar na mesma ladainha que ao longo dos séculos retém o ser humano neste "loop" (ciclo) enfadonho de repetições dos mesmos problemas porém com nomes diferentes.

Você verá que a série conecta contextos aparentemente muito diferentes, mas que são na verdade partes de um mesmo todo, que exercendo sobre o indivíduo uma influência comum, indutora de seu comportamento, vai arregimentando novos radicais.


O texto foi construído como a engenharia constrói uma ponte grande, quando os pedaços menores são elaborados à parte e depois unidos. 
Esta união de pedaços é justamente o propósito da série, demonstrar que os acontecimentos estão interligados e que não são isolados, mas fazem parte de uma causa comum, cujo tratamento ainda não adquiriu consciência sociopolítica proficiente que possa alternar nossos destinos em curto prazo.

E se você for um radical, ou imediatista — do tipo muito apressado querendo tudo para ontem— , esta série é excelente para testar a efetividade da sua crença, desde que a sua vontade de agir seja tão intensa quanto a de pensar antes de fazê-lo, porque depois pode ser tarde demais.


Arrependimento não faz o relógio retroceder.



Adapting and Competing: Harnessing AI Capabilities Without AI Taking Over You

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