agosto 14, 2022

Dificuldades de Memorização e Entendimento? Um Ensaio Com Enfoque Comportamental





Ao longo dos anos, venho me dedicando a projetos de TI que buscam apresentar uma alternativa que nos auxilie a enfrentar os desafios de lidar com a informação.

Atualizar-se continuamente depende de estarmos conectados a muitas fontes diferentes de informação.
Família, trabalho, política, vida social, atividades pessoais, finanças, etc.

A maioria de nós passa a decidir sem muita base sobre os assuntos que entendemos menos relevantes ou mais tediosos. 

A nossa desculpa é decidir por "acreditar", onde essa crença estará mais desconectada da realidade quanto menor for a capacidade de nos atualizarmos e entendermos o seu contexto, ou seja, transferimos o processo decisório onde o "sentimento" tem um peso maior.

Não basta estar informado.
É preciso situar a informação num contexto e ser capaz de fazer as correlações adequadas.

Observando o processo mental que utilizamos, poderíamos definir 3 fases básicas:

- aprendizado (entendimento, percepção e associação),

- retenção (processo geralmente repetitivo pelo exercício prático ou por forte associação emocional),

- recuperação (processo associativo que depende de nossa capacidade de memorização).


O assunto é muito extenso.

O enfoque deste artigo restringe-se a uma pequena parte desse assunto, referente ao nosso desejo de melhorarmos a nossa capacidade de entendimento e memorização, criando uma oportunidade de se repensar o assunto.

A capacidade de nos atualizarmos e aprendermos depende fundamentalmente da capacidade da interpretação de texto escrito e da comunicação oral.

A comunicação oral conta com a ajuda "das explicações" adicionais que vamos trocando durante o diálogo, já o entendimento de texto é um processo solitário que depende mais do desejo de ler, da capacidade de concentração e de entendimento, já que o entendimento depende por sua vez das informações anteriores que a pessoa já tenha acumulado sobre o tema.

Temas onde a pessoa tem pouca ou nenhuma informação são geralmente desinteressantes, tediosos, e procuramos evitar. Isso cria uma barreira de resistência ao nosso progresso já que no mundo moderno, o entendimento está cada vez mais entrelaçado, ou seja, quanto mais coisas você conhece, mais fácil é progredir com coisas novas, formando um círculo vicioso a seu favor, ou em desfavor quando abraçamos a rejeição.

O estudo da dislexia, principalmente com crianças que apresentam dificuldades de aprendizado, ajuda a entender o processo mental humano, já que o mesmo seria uma disfunção daquilo que a maioria das pessoas é capaz de fazer sem perceber os detalhes desse processo.

Dislexia é um assunto extenso que pertence aos especialistas, mas podemos aprender com eles através de alguns tópicos, que nos ajudem a conduzir o pensamento, desconsiderando o déficit fonológico.

São eles:

1. A dislexia não é só uma dificuldade de aprendizagem da leitura e da escritura.

2. A dislexia é encarada como uma dificuldade que pode apresentar vários problemas de extração, captação e processamento


A partir da lista de "Sintomas da dislexia", podemos extrair os itens mais relevantes, tanto à comunicação escrita quanto oral.

Alguns deles são:

a - Dificuldades para organizar seus próprios pensamentos.

b - Problemas para manter a atenção.

c - Problemas de concentração na leitura e/ou escritura.

d - Dificuldade para seguir instruções e aprender rotinas.

e - Dificuldade para aprender matemática (eu arriscaria substituir o texto original por "aritmética", já que matemática é uma ciência complexa que depende muito de vocação).

FONTE: neuronup.com.br


Pelas características da dislexia, parece haver a possibilidade que ela possa ser desenvolvida de forma específica, ou seja, sobre determinados assuntos, promovidos por fatores psicológicos ao longo de nossa vida em graus menores ou maiores.
Seria algo como um comportamento de leve natureza disléxica e não patológico, mas comportamental.

Preguiça/fuga, rejeição e ego poderiam conduzir a pessoa a um hábito que promove efeitos semelhantes pelos resultados finais que geram no cotidiano.

A leitura sem atenção, ou mesmo ouvir uma conversa sem atenção, leva a pessoa a falar coisas fora de contexto, e que se pode confundir com a dificuldade temporária de entendimento, mas a frequência de ocorrência desperta atenção.

Se o hábito cresce, o problema piora, levando a pessoa a fazer associações inadequadas durante o processamento da informação que ela vai memorizando como aprendizado, o que reforça o efeito do item "a" da lista de sintomas, acima.

Se a pessoa é capaz de exercer sua função no trabalho com eficiência aceitável, então provavelmente essa pessoa não apresenta sintomas consideráveis de "a" a "d" no que diz respeito a essa mesma atividade profissional a ponto de se tornarem perniciosas, classificando-a como inepta para o seu exercício.

No entanto, esta mesma pessoa percebe que em outras situações (contextos) ela encontra dificuldades de interagir, levando muitas vezes à exclusão social.

Os efeitos gerados por um hábito renitente de desleixo, preguiça vs. conforto e ego parecem trazer efeitos comportamentais com natureza disléxica.

A dificuldade de organizar contextos, leva a uma dificuldade de criar associações adequadas.

Então a preguiça nos leva à fuga, e esta à rejeição pertinaz quando nos acostumamos fugir.

O ego tenta suprir a deficiência improvisando, desesperadamente, argumentações que pareçam inteligentes para obter "respeito e apreço social" e permitir uma interação social que busca ser digna aos nossos olhos.

Diante do despreparo da pessoa em lidar com contextos, ela nem mesmo percebe a impropriedade do que fala, fazendo que o senso de autocrítica não perceba a deficiência. 

Então, forma-se um círculo vicioso que pode conduzir a pessoa a uma distopia social e vivencial, quando ela passa a tirar conclusões a partir de premissas falsas criadas pela perda crescente da capacidade de fazer as associações contextualmente corretas à medida que a complexidade aumenta o emaranhado de informações.

Esse efeito vai crescendo à medida da frequência com que se repete a fala ou a ação sem correlação social apropriada, ou seja, coisas que "não têm nada a ver", sem sentido de correlação com a conversa, com a situação, enfim, com o contexto.

Capacidade de eleger contexto, ou seja, de colocar as coisas onde elas pertencem é fundamental à nossa capacidade de nos aproximarmos da representação real daquilo que vivemos.

Levando em conta as características disléxicas apresentadas acima, quando o processo se intensifica demasiadamente, uma distopia crônica vai induzindo a pessoa ao estado de alienação cada vez maior até à loucura.

A loucura é detectada por uma extrema perda da relação com as relações de contextos sociais que dão sentido às mesmas.

Como diz o ditado: 

"De médico e louco, todos têm um pouco".


Dessa forma, depende de nós exercitarmos constantemente a melhoria das nossas qualidades, não só morais, mas também racionais, já que a segunda pode induzir à primeira conduzindo a pessoa até mesmo ao radicalismo do crime.

Esse processo é facilmente identificado em várias crenças sociais, tal como alimentar uma "Teoria da Conspiração" onde nem caiba evidência, acabando por sustentá-la como real e autêntica.

Quando essas crenças são imbuídas de fé pela sua natureza religiosa, já que religião muitas vezes promove a crença acima da razão, levam à criação de seitas radicais com consequências trágicas, cujos exemplos são muitos e frequentes.

Conclui-se que essa palavrinha "contexto" parece estar na base da avaliação da sanidade mental e conformidade social, portanto diretamente relacionada à nossa capacidade de extrairmos entendimento daquilo que a nossa memória vai retendo.

Mesmo que uma pessoa sadia seja capaz de lembrar pouco do tudo que desejaria, ela é, contudo, capaz de "restaurar" as informações através de um processo com base em associações pertinentes e adequadas.

A vantagem e a desvantagem desse processo, quando comparamos pessoas que têm boa memória com aquelas que não têm tanta, está na velocidade, já que a recuperação a partir do que está em memória é muito mais ágil do que aquela de quando precisamos novamente revisar a informação colocada em algum repositório, tal como notas, cadernos, livros, Internet, etc.

É o mesmo com computadores.
Quanto mais memória RAM, mais rápido, porque outros acessos são mais lentos, até que se possa produzir uma máquina cuja memória RAM fosse o próprio repositório de dados.
Chegaremos lá, sem dúvida. :-)

Enquanto isso, conclui-se que exercitar compreensão de textos, orais ou escritos, treinar associações e sustentar o nosso estímulo diário no combate da preguiça e do comodismo, tornam-se peças fundamentais à nossa capacidade cognitiva para lidar e recuperar a informação que nos mantenha conectados da melhor forma com a necessidade que precisamos viver diariamente para suportar nossas decisões, contribuindo positivamente para manter a capacidade cerebral sadia, conforme as pesquisas vão demonstrando.

A soma final de nossas decisões representará a nota que tiramos em nossa vida, definindo o que fomos nela como estudantes desse processo evolutivo.




Algumas fontes adicionais:

pepsic.bvsalud.org

www.scielo.br









agosto 10, 2022

Refinando Sua Segurança Digital ao Navegar na Internet

 




Como diz o ditado:

"Melhor prevenir que remediar."


A necessidade de precaução cresce à medida que aumentamos o uso da comunicação digital.

As criptomoedas tidas como seguras, protegidas por blockchains, já foram "presenteadas" com seus meios de burlar fazendo desaparecer boas fortunas.

O advento do Metaverso e da Web3 trazem os desafios do controle descentralizado de identidade e estratégias novas como "zero trust" (confiança zero), tudo movido à velocidade do novo padrão 5G, muito mais rápido que o atual.

A cada novo serviço, uma nova forma de burla.

Este post traz algumas dicas para aumentar a sua segurança digital ajudando também a entender melhor as coisas desse mundo de bits, que por hora domina nossas vidas, até que a computação quântica venha assumir a posição de predominância. Então teremos outros novos "quânticos problemas"...  :-)


Utilize um antivírus pago e bem consolidado no mercado.

De graça, segurança sai caro e pode ser justamente a ferramenta que vai abrir o acesso ao seu dispositivo para compensar a gratuidade.

De certa forma todas abrem, assim como o próprio sistema operacional em si é uma porta aberta.
A diferença está na relação de confiança com o fabricante que justifica a vida do produto.

Usei o termo dispositivo, (device em inglês), porque o termo genérico é o mais adequado uma vez que todas as modalidades de eletrônicos inteligentes (smarts) são processados por CPU e portanto são meros computadores, inclusive aquela central eletrônica do seu carro.
Assim, a vulnerabilidade é comum já que a base tecnológica é similar.


Adote o Uso de Dois Browsers

O ideal é que você encerre o acesso a um site sensível logo após o seu uso, evitando navegar com o acesso ativo. Infelizmente, muitas vezes, ou esquecemos ou é necessário fazer tarefas paralelas, quando então o risco acontece.

Computadores em geral e smartphones (celulares) já incluem um "browser default", o navegador de Internet
 padrão do sistema operacional (Windows, Linux, etc.).

Melhoramos nossa segurança quando instalamos um browser adicional exclusivo para as operações sensíveis, já que o browser default é usado pelo hábito diário.


O Browser Default

O browser default é aquele que, quando você clica em um link em qualquer outra aplicação, a página do site é aberta por ele.


O Browser para Acesso Sensível

Instale um segundo browser que seja bem conhecido ao longo dos anos, tal como Google Chrome, Firefox Mozilla, Opera (excelentes).

Estes são os três mais populares já que a Microsoft anunciou que vai desistir de seus browsers. Diante do desinteresse da Microsoft, melhor ficar com aqueles que estão "firmes e fortes" na intenção de manter seus produtos, ao menos até que a Microsoft mude de ideia.


Qual a função do browser de segurança?

Você deve utilizá-lo apenas com os sites onde você é registrado e cujo acesso é feito por meio de senha, pressupondo que os mesmos sejam confiáveis.

Fora isso, utilize o browser default.


Porque?

Existe uma técnica de ataque conhecida pelos acrônimos XSRF ou CSRF  ("Cross-Site Request Forgery").


Como funciona?

Alguém envia para você um link. Ele chega através de um meio aparentemente confiável porque ele precisa dessa aparência para te pegar. Eles são atrativos visando um perfil de público assim como a isca de um anzol.

Estes links são enviados para você nas formas mais diversas, criativas e inteligentes.

Por exemplo: links na media social (Facebook, Twitter, TikTok, etc.), e-mails promocionais ou mesmo de pessoas se passando por conhecidas (atente para este último,  pois pode ter havido roubo de informações de lista de contatos, aqueles que são conectados pela media social ou através de aplicativos de e-mail).

A lista de possibilidades parece sem fim por meio de quase infinitas formas que a tecnologia hoje vai colocando à disposição. 


Isolar é uma estratégia de contenção clássica e bastante efetiva.

Imagine que você esteja usando só um browser para tudo.

Nele você acessa também seus sites com senha.

Uma sessão sensível aberta no browser é aquela aba dele onde você acessou o seu site através de senha e que continua aberta e logada, ou seja, você continua conectado às informações protegidas e não efetuou nenhuma operação de encerramento desse acesso.

Você fica vulnerável a este tipo de ataque quando você navega tendo uma "sessão sensível aberta" no mesmo browser, porque pode eventualmente ocorrer o envio dos "cookies" de acesso com os seus dados sigilosos desse site durante o processo de acesso ao link malicioso, automaticamente. Dessa forma, o atacante pode utilizá-los para se passar por você. É um ataque em que o browser não tem como distinguir se a chamada feita ao site veio realmente de você.


Segue um exemplo de mau uso.

Você desejou consultar um site com informações pessoais.
Digitou a senha e entrou na área protegida. Então, repentinamente, ocorre uma ideia ou alguém lhe telefona e você acaba deixando aquele acesso protegido aberto enquanto começa a navegar em outros sites no mesmo browser,  verificando seus e-mails e tudo o mais.

A responsabilidade desse "vazamento de segurança" não é exclusivamente do browser, pois depende também das técnicas utilizadas pela aplicação do site que você acessa.

Este tipo de ataque, embora muito simples via link, é porém mais restrito, e apesar de bem conhecido e tratado, havendo defesas para isso, elas não são infalíveis ou nem sempre implementadas adequadamente.

Outro ponto importante é que um ataque deste tipo costuma ser transparente, ou seja, ocorre sem que os mecanismos de proteção possam fazer algo já que se confunde com uma operação usual do browser. 

A situação fica ainda mais vulnerável porque navegar na Internet é pular de link em link, não é mesmo?!!

E como um macaco na floresta, inevitavelmente você vai acabar pulando num galho fraco. 

Então, vivemos no risco.

Quando isolamos nossas atividades sensíveis ficamos menos vulneráveis.

Isolar as atividades em browsers diferentes pelo tipo de uso  (sensível ou não) reforça a segurança, porque o browser que acessa tudo não contém as informações de acesso aos sites onde você utilizou a senha, porque estas estão isoladas no outro browser, mesmo que você venha a esquecer de encerrá-las.

Portanto, dois browsers diferentes: um para o dia-a-dia e outro para acessar os nossos sites sensíveis (onde colocamos nossas senhas), até que a tecnologia seja perfeita o suficiente para dispensarmos esta divisão.

Em virtude de ocorrências com a divulgação imprópria de nossos dados pessoais, através de uma iniciativa europeia, temos agora a GDPR determinando que os sites apresentem um aviso sobre as políticas utilizadas mediante um aceite. Por exemplo, estes avisos, entre outras coisas, informam que o site utiliza cookies. 

Então, depois do que foi visto acima, agora este aviso nos sites faz mais sentido para você, não faz?!

Quer fazer pesquisa?
Use o browser default (de guerra).

Quer clicar num link irresistível?
Use o browser default (de guerra).

Quer acessar um site com a sua senha?
Use o browser só para acessos sensíveis.

Porém, ainda assim, isso não é tudo.


Aumente a Segurança do Seu Browser

Muitas suítes de antivírus oferecem recursos adicionais que você adiciona ao browser para aumentar a sua segurança. 

Dois deles são muito úteis:  filtros de acesso e VPNs.


Filtros de Acesso

Esses filtros são extensões do antivírus instaláveis no browser que vão filtrando os links que você vai utilizando. Evite utilizar outros filtros que não sejam do seu antivírus.

Sendo um link perigoso, o acesso é bloqueado, protegendo você. 

Recurso muito importante, porque tais companhias mantêm um banco de dados de links suspeitos e perigosos.

O importante é reduzir o risco ao máximo que pudermos, mesmo sabendo que nunca chegará a zero.  Afinal, usamos o mesmo raciocínio quando buscamos utilizar os meios de transportes da forma mais segura.

A Internet é uma grande meio de transporte digital, e como todo transporte, tem seus riscos.


VPNs

A explicação fácil e amigável é que esse recurso permite que você navegue através de um "IP de guerra", ou seja, um IP que não é o seu IP real, e dessa forma a sua origem fica protegida. O IP é o endereço do seu dispositivo.

Lembrando que nem tudo é perfeito, faz-se preciso que a empresa que vai lhe oferecer o serviço ofereça de fato qualidade, porque todo o tráfego da sua máquina passará por seus servidores.

Embora extremamente útil para proteger-se do mundo, é também preciso que essa companhia respeite sua privacidade.


Pense duas vezes antes de responder ou clicar em e-mails tentadores.

Este item é por demais divulgado na media, e portanto dispensa comentários, mas não poderia deixar de lembrá-lo porque é exatamente através deles que entregamos a chave da casa ao bandido.


Evite expor sua vida na Internet

A engenharia social (técnicas de coletar informações das pessoas) é a base de muitos ataques e golpes.

Quanto maior o número de detalhes expostos publicamente, mais vulnerável você está.

Informações que parecem inúteis, quando devidamente tratadas, podem formar um panorama que direciona a estratégia do ataque.


Um exemplo simples.

O atacante sabendo que você gosta muito de cachorros, se precisar enviar um link malicioso para você, provavelmente vai utilizar o seu tema predileto.

Afinal, nossos temas prediletos viram quase hábitos compulsivos de tanto que repetimos.

A repetição condiciona a ação, quando então agimos sem pensar. É neste momento que ficamos muito vulneráveis.

Fotografias e comentários constantemente publicados vão traçando o perfil da pessoa, detalhes que vão montando o quebra-cabeça de um ataque à medida que compõem o perfil da vítima.

Se você estiver torcendo o nariz porque afinal de contas muitas atividades de compartilhamento dão prazer, vale a pena você reavaliar seu prazer versus a sua segurança e quem sabe reduzir excessos.

A dificuldade na avaliação é que a informação que vamos passando aos poucos, não parece sensível, ou mesmo útil, porém "de grão em grão a galinha enche o papo" e nós humanos perdemos a noção da importância daquilo que já deixamos vazar ao longo do tempo!

Afinal, o que parece pouco importante para você, pode valer muito para outros.


Quanto menos sabem de sua vida, melhor!


MORAL DA HISTÓRIA

Clicar em links inadvertidamente é como abrir uma carteira em qualquer lugar, sem pensar.




 

 


agosto 05, 2022

Imersos no Sonho de Nós Mesmos Imaginamos Viver a Realidade

 




Este post é sequência do anterior
Céu e Inferno: Razão e Fé - Inferno Eterno Faz Sentido? 
, onde questionamos verdades que imaginamos como tais.


Todas as percepções que fazemos do meio externo são projeções de nossos sentidos.
Não temos como avaliar a cor real das coisas, nem tão pouco o som real daquilo que ouvimos.
Nem se o nosso paladar é capaz de desfrutar exatamente do mesmo sabor que outros desfrutam.

Não temos, ainda, como comparar as diferenças.

O nosso cérebro é reflexo daquilo que os nossos sentidos, ou seja — os nossos "sensores", são capazes de traduzir em informação que adquire um sentido racional e emocional de acordo com a nossa bagagem cultural e com a nossa sensibilidade.

Vivemos a vida imersos na realidade daquilo que "fazemos real" porque acreditamos nos proxies que nos traduzem os estímulos que recebemos.
Cada sensor é um proxy.
Cada sensação é meramente uma tradução repassada por esses sensores.

Cada indivíduo vive isolado em seu mundo, compartilhando apenas as faixas comuns desses estímulos.
Ninguém pode garantir que o "azul, ou o vermelho" que vemos seja visto exatamente da mesma forma pelos demais. 

Assim também o é com todos os demais sentidos.
Habitamos uma faixa comum de conforto social que é traduzida convenientemente para aquilo que entendemos por realidade.

Mergulhamos nessa realidade virtual de nossos sensores biológicos e vivemos a vida como se fosse uma resposta única da nossa existência, ou seja, uma experiência que se esgota em si mesmo ao término de suas possibilidades genéticas.

Não conseguimos ver o amanhã, então imaginamos algum.
Não conseguimos entender o ontem, então elegemos algum.
Mal conseguimos definir o hoje se não fossem as demandas do cotidiano, então pegamos carona no afã diário para fugirmos da nossa ignorância.

A solidão é fruto dessa ignorância, que nos isola daquilo que não podemos perceber, até de nós mesmos, quando então o vácuo construído nesse sentimento de intenso vazio é preenchido pelas querelas do intercâmbio cotidiano que busca sentido no agora, satisfação no hoje, diversão às nossas almas órfãs de sentido e que buscam abrigo da solidão.

Temos tanta certeza da realidade quanto mais intensa for a dor de seu sofrimento.
Ao contrário, quando a felicidade extrema bate à porta parece transportar-nos para o sonho.

A dor é a realidade filha da ignorância.

Se desejar ressentir os brios de alguém, basta alertá-lo para aquilo que realmente somos: profundamente ignorantes.

E diante de tanta ignorância, onde um pequeno passo adquire um relevância de sucesso tão infinita quanto proporcionalmente desconhecemos tudo o mais, faz crer que o que fazemos hoje para atender aos nossos sentidos mais primitivos transforme-se no próprio sentido da vida.

E na luta pelo poder, pelo domínio, onde prevalece o usufruto do labor alheio em benefício próprio, criamos as rédeas do poder através da religião, da política e da ciência.

Pela religião, a ignorância é alimentada com dogmas cruéis para impor o respeito pelo medo.
Pela política, a mentira prevalece com forma de conduzir indefinidamente a esperança de uma massa cega, carente, mendigando amparo na esperança de promessas que se cumprirão no vazio do infinito. porquanto seu termo inexiste.

E finalmente, pela ciência que constrói o sonho perfeito através da realidade criada por transdutores humanos, ou seja, os sensores eletrônicos(óculos 3D, etc.), iremos sendo seduzidos assim como são seduzidas as cobras ao sopro de flautas que exalam o odor da urina de roedores, seus alimentos.

Não o som, mas o odor.
Não o que é produzido, mas o que desejamos consumir.

Certamente não sabemos quando a ignorância em sua expressão menor nos permitirá descobrir de fato o Universo à nossa volta, cuja beleza deve justificar tanto esforço nestas aquisições ao longo de nossa evolução.

Disso tudo, concluímos que, sonho por sonho, é melhor escolher o mais belo, cuja beleza não seja exclusivamente a nossa própria imagem nem o anfitrião da dor do amanhã.





julho 24, 2022

Céu e Inferno: Razão e Fé - Inferno Eterno Faz Sentido?


 

Um dos pontos que sempre despertou minha atenção é o conceito de eternidade na premiação ou punição de nossos atos.

Todos os nossos erros ou acertos ocorridos durante nossa existência física têm duração finita, já que se encerra o ciclo ao final da nossa existência — aliás, único evento com absolutamente 100% de ocorrência. Não escapa uma única alma...

Quando eu penso nas crenças que contemplam o céu ou inferno eternos como recompensas de nossos atos durante a existência, fico perplexo diante do carácter infinito da recompensa ou da punição em face da contrapartida de acerto ou de erro sem a mesma natureza de eternidade.

Se pensarmos um pouco com os olhos da matemática, quando dividimos qualquer número por infinito, ele tende a zero. Assim fica que a duração de qualquer ação humana durante a existência, quando comparada ao infinito, torna-se tão pequena que tende a zero.

Então, pagar-se por algo infinitamente pequeno com preço infinitamente grande torna-se um absurdo cruel, acrescendo-se o agravo que todos nascem e vivem em circunstâncias tão desiguais sendo cobrados da mesma forma.


Eu vejo Deus como expressão de amor, o que é compatível com a mensagem de Cristo.
Um homem simples nas vestes e no falar, buscando traduzir conceitos avançados da forma mais assimilável possível, através de suas parábolas e pelo seu modo de explicar.

Não construiu templos, não criou igrejas.
Concentrou-se em pregar, divulgando os conceitos, e também em preparar seus discípulos para que continuassem a fazê-lo assim que voltasse para o Pai.

Um "Deus" de amor extremo não combina com punição eterna para algo finito, nem recompensaria eternamente por um acerto também finito já que estaria estimulando o ócio.
Fica estranho. De um lado pune demais, do outro dá mole total.

Se a alma humana realmente aceitasse esse princípio como verdadeiro, lá no fundo do coração, estaria diante do melhor investimento jamais oferecido. Viva sua vida corretamente, seja lá quanto for pois não passa de 150 anos, e terá regalias por toda a eternidade!!!
Não existiria melhor negócio que esse!


Quando a esmola é demais o santo desconfia! :-)


Um "Deus" de amor proveria sim a chance eterna para que absolutamente todos encontrassem um meio de corrigir suas falhas e alcançar a felicidade através de quantas oportunidades fossem necessárias, sem exceção, até que a natureza de nossos espíritos passem a refletir a luz dos ensinamentos de seu mestre.

Faz mais sentido que sempre exista um tempo de correção e outro para seguir adiante através de uma nova oportunidade de aprendizado até que a nossa alma não precise mais ditar-se pelo medo mas pelo desejo de amar.

E na grandiosidade dessa generosidade, nem a morte soa como congo de término, mas sim como uma nova oportunidade de recomeço que permita estabelecer uma nova chance mais promissora de superarmos os limites que ainda nos impedem de viver a felicidade plena, onde a consciência troca o chicote do arrependimento pelo amparo seguro da consciência tranquila forjada no equilíbrio do amor.

E se a morte é recomeço, a vida se renova sempre, assim como todo o planeta a cada amanhecer, favorecendo a conquista paulatina através de oportunidades recorrentes, quantas forem necessárias.
Isso sim, soa como um "Deus" de amor.

No fundo, se as pessoas levassem realmente a sério a lenda de "inferno eterno", ninguém realmente vacilaria. Um dia no hospital com queimaduras severas já tem sabor de eternidade, o que se dirá da própria eternidade!!!

A lenda dessa "punição eterna" de tão exagerada, perdeu efetividade porque compromete a credibilidade.

Se de fato assim fosse, também não haveria céu sem que estivesse povoado de almas aflitas vivendo o "inferno" por não suportar a perspectiva de sofrimento de seus entes queridos que estivessem no inferno.
Se o céu é expressão de amor, como então estas almas poderiam conviver com a perspectiva de impotência diante do imenso sofrimento diário e sem fim de seus entes amados?!

Imagine o amor de um Pai ou uma Mãe sabendo de seus filhos naquela situação?
Não rogariam a Deus, dia e noite, uma oportunidade de redenção para eles?
Ou ficariam conformados e "anestesiados" pelo conforto pessoal que desfrutam no céu conseguindo esquecer o sofrimento daqueles que amam?

Alguém que realmente ama consegue paz para desfrutar diante do sofrimento alheio?
Isso soaria mais como indiferença e egoísmo que não combinam com o conceito de amor àqueles cuja natureza pertenceria ao céu.

O sofrimento seria eterno para todos e o sentido de céu esmaeceria...

Realmente, não faz sentido pagar com a eternidade por um erro que não tem a mesma natureza.

julho 23, 2022

À Medida Que O Tempo Passa, A Ciência Vai Comprovando A Evolução Da Alma





 Nova lei da física: Entropia da informação diminui com o tempo


A notícia do link acima é simplesmente um marco na história do conhecimento humano e na sua relação com a "religião" como sistema de pensamento válido.


Geralmente meus textos são acompanhados de dissertação mais explicativa.
Este fala por si mesmo. Acresço apenas um comentário.


Àqueles que não aceitam a repetição de experiências da alma no decorrer do tempo, ficará cada vez mais difícil conciliar os avanços tecnológicos às suas crenças religiosas.

A religião é uma mera extensão do desconhecido.
O que não podemos entender ou comprovar cientificamente, transformamos em fé e da fé transpomos para a religião que fabricamos com diversos nomes e "sabores".

É assim que as religiões fabricadas ao longo da história humana — e faço referência a todas elas — irão sendo contestadas pela ciência no processo de depuração da crença à realidade, da ignorância ao conhecimento.

A fé, pura e simples, é ferramenta de poder.
Poder que pode ser utilizado por aqueles que desejam guiar súditos em direção à sustentação de seus interesses.

A religião que será a religião do futuro, será aquela que puder conviver pacificamente com o avanço tecnológico à medida que o mesmo for comprovando seus preceitos.

No futuro, religião e ciência serão irmãs, onde a religião apenas estende o que a ciência ainda não pode alcançar.

A fé baseada no raciocínio que cresce em harmonia com as leis que a ciência vai lapidando conduzem ao crescimento real da compreensão.


Aquelas outras que não passam de manifestação de poder de grupos que utilizam a fé como meio de conduzir as massas como frente de batalha na guerra de poder, serão erodidas pelos tempo à medida que a ciência avança no conhecimento do Universo e do sentido de existirmos nele.


A boa religião é amiga da ciência, senão filha.



junho 13, 2022

Inteligência Artificial Pode Ser o Nosso Fim? Robot Senciente (com Sentidos e Consciência) é Possível e Já Existiria?

 



Um colega de TI (tecnologia da informação), diante da notícia publicada no G1 sobre "programa de AI senciente em desenvolvimento pelo Google" perguntou-me pelo WhatsApp se seria possível, expondo que na opinião dele provavelmente não.

Logo pensei que esta dúvida poderia ser também uma dúvida de muitos.


AI é a sigla em inglês para "Inteligência Artificial".

As pessoas gostam de respostas simples, assim como eu também, mas muitas vezes não cabe a simplicidade sem que se corra o risco de criar um vácuo de compreensão que conduza a mais problemas.

Se você quiser ler a notícia do G1, está neste link:
Google afasta engenheiro que diz que sistema de Inteligência Artificial tem consciência


E se você leu a notícia, deve estar se perguntando...
Até onde pode ser verdade tudo isso?
Seria mesmo possível?


A resposta simples seria "SIM!
É possível".

Este é o motivo que tem levado Elon Musk a advertir há anos as autoridades mundiais sobre este risco, mas cuja resposta ele reclama ser lenta e não efetiva o suficiente.

Ao final do texto, deixei alguns links, infelizmente em inglês, pois a maioria deles está no idioma original. Em um post anterior há um link para uma versão traduzida para o português, onde o mesmo assunto é abordado por outro prisma: 
Elon Musk: Dois Pesos e Duas Medidas


Primeiro é preciso estabelecer os limites entre a imaginação conduzida pelo desconhecimento do assunto e insuflada pelo cinema que precisa vender filmes.

IA (Inteligência Artificial), como o próprio nome diz, busca copiar o modelo humano com base nos estudos sobre neurônios e a forma que desenvolvemos nossas comunicações externas e internas, ou seja, como pensamos, utilizando reconhecimento de padrões.
É um assunto bem mais extenso, mas o principal é isso, resumidamente.

E seria possível?

Sim, é possível e provavelmente todo sistema de AI no sentido de "imitar a vida" precisa desenvolver algum programa reflexivo avançado.

Não só é possível como esse projeto do Google não é único.
Em TI é um assunto já antigo.
Cada empresa busca desenvolver sua própria tecnologia.

IA nada mais é que do que uma programação de computador e programação é perigosa dependendo do objetivo a que se destina, com AI ou sem AI.

Atualmente, todo equipamento avançado tem programação e cada vez mais precisamos da IA para atingir objetivos de otimizar resultados, a exemplo de aviões, carros (Tesla, etc.) e tudo o mais que estiver sendo criado para o presente e que tenha futuro.

Quais os motivos de usar reflexão, ou seja, uma referência para si mesmo?
Um sistema é formado por objetos interagindo uns com os outros.
E que de outro modo um objeto poderia se posicionar em relação aos demais e vice-e-versa sem tais referências?

Em outras palavras, toda programação é feita de blocos de códigos que têm referências para si mesmos, ou seja, o "endereço desses blocos" dentro da codificação.
Se você deseja uma definição menos amigável, poderá encontrar mais detalhes aqui:
Reflexão (Programação) - Wikipédia

Reflexão não é novidade, pelo contrário, é tão velha quanto a computação.
Dessa forma referências reflexivas terminam como requisitos de projeto.

Imagine uma referência mais inteligente que possa acumular mais informação sobre si mesma, tal como "um sentido de autopreservação" para que não deixe que seus blocos de programas sejam apagados, ou ainda que tal programação sobre si mesma faça simular aspectos humanóides.

Muito natural se você estiver programando algo para imitar a vida!

Contudo, por mais sofisticado que seja um programa de IA, ainda é uma mera imitação da vida, sem vida de fato, sem alma, sem aquele princípio básico que os seres vivos possuem e que os distinguem das coisas inanimadas.

Então, programação pode imitar tudo, até alma, mas é fake!  :-)
Este é o ponto de limite!
Imitação é imitação.
Imitar a vida não é dar vida, mas uma tentativa de reproduzir algo o mais próximo possível dela, ou seja, uma simulação.

E isso é muito perigoso, sim!

Imitar a vida de um psicopata conduzirá a uma "engenhoca" com os mesmo efeitos.
Os autômatos (computadores que se locomovem) já se locomovem com incrível poder e agilidade.

Imagine uma máquina com incrível poder de locomoção sendo conduzida por um programa "psicopata", que certamente foi produzido por outro psicopata, no caso, um humano?
E que ainda possa voar (drones)!!!

O estoque de "psicopatas" parece estar em alta ultimamente.

Então você se pergunta: é o nosso fim!?
Sim, poderá ser, ou não!!!

Por isso Elon Musk imagina que seja uma das soluções, acelerar programas que levem nossa civilização a povoar outros mundos. Desse modo servirão também como sementes para repovoar a Terra em casos de extrema autodestruição.

Então por que os governos parecem não dar ouvidos a Elon Musk?

A resposta aqui é simples e vou dar como exemplo o que ocorre hoje na Ucrânia.

No passado, as nações assinaram acordos de redução de armamentos bélicos nucleares.
A Rússia fez parte destes acordos.

O países que seguiram o acordo acabaram atrasados em relação à Rússia, que segundo as notícias, detém hoje o maior poder de destruição nuclear do mundo.
Isso significa que se os outros reduziram as suas atividades, provavelmente a Rússia não.

A razão que sustenta a força de Putin em seu projeto de expansão territorial é justamente a superioridade da sua capacidade de destruição por armas nucleares transcontinentais.

Não pensem que a Europa e EUA estejam reagindo às restrições e às moderações relativas ao suporte à Ucrânia sem uma boa razão.

Se você não cria a arma, o seu inimigo pode criar por você.

O ser humano é um ser territorialista e autoritário — eu preciso controlar o meu espaço e a crença daqueles que habitam nele, tudo o mais é ameaça.

Hoje as armas se tornam necessárias para manter a equivalência de poder.
Se o seu inimigo tem o mesmo poder que você tem, atacá-lo torna-se um suicídio, um contrassenso, já que você pretende sobreviver para poder aproveitar do lucro gerado pela derrota do seu inimigo.

IA é uma super arma.
Quem não desenvolver vai se tornar "satélite" político das nações que tiverem desenvolvido, assim como foi com a energia nuclear.

Uma nação que depende da proteção de outra, queira ou não, é algo parecido com uma "colônia" com esteroides, mas ainda uma colônia.

Então, países como o Brasil, parecem oscilar entre optar por ser "colônia" de um lado, o leste, ou do outro, o "oeste", com referência aos países de esquerda que dominam o leste do meridiano de Greenwich. 




O velho pensamento: Quem é o mais forte para me proteger?

Rússia e China mudaram o equilíbrio mundial.
EUA lutam para manter o "cinturão" neste ring de gigantes.



IA pode simular humanos para a criação em massa de "fake news" que irão influenciar e dirigir as massas em escala muito mais intensa do que é feita hoje por "humanos", porque humanos são incrivelmente lentos quando comparados às máquinas.

IA pode criar armas nucleares com inteligência suficiente para driblar os sistemas de defesa.

E no futuro, à medida que a cybertrônica evolui, a integração de chips inseridos em humanos poderá criar super soldados, os "super warriors" tão desejados pelas nações que disputam o poder mundial. Ou simplesmente super robots de guerra. Serão máquinas infernais, certamente.

É uma corrida onde quem ganhar se torna o "mestre", e aos perdedores caberão a entrega de "suas liberdades".

A regulamentação que Elon Musk propõe é bem intencionada mas não carrega a realidade do jogo sujo que sustenta a cabeça dos criminosos.
Seria recomendável, mas regulação só segura o desenvolvimento de quem a segue, e poderia acontecer com a IA o mesmo que aconteceu com o investimento em armas nucleares que tornaram a Rússia um líder mundial de destruição.

Então, resta a pergunta...
Você!, cidadão como eu, opta por apoiar ou não o investimento em armas que tornem a sua nação apta a ficar em "pé de igualdade" para não ser submetida?


A Europa entendeu isso tarde demais, como sempre, afinal na segunda guerra mundial os países europeus cometeram o mesmo erro, só que àquela época o poder destrutivo do homem era muito menor e havia tempo para compensar o atraso da falta de visão.

Merckel (Alemanha) que me perdoe... Macron (França/UE) também!
Repetindo erros do passado!!!


Hoje, boa parte do mundo pode ruir em alguns minutos ou mesmo segundos.

Não temos solução enquanto a alma humana não entender melhor o sentido do respeito à vida em escala global, onde psicopatas dinossauricos sejam uma minoria controlável em seus hospícios.
 


E por que o "cientista" do Google fez tal declaração?

Ego é uma das possibilidades.
Autopromoção é outra.
Ou ambas! 

Quando você cria algo que parece vivo, o efeito colateral é a "sensação de pai/mãe".
E todo pai/mãe tende a amar seus filhos até mesmo próximo à idolatria, quando perde a noção da realidade que seu próprio filho pode vir a representar no papel da vida.

Quando você desenvolve um programa que "começa a falar com você" a sensação é incrível, algo parecido como assistir ao nascimento de um filho, menos intenso certamente, mas ainda assim muito envolvedor — Criadores são altamente suscetíveis às suas criações.

Moralmente, poucos estão preparados.
Geralmente a inteligência supera o senso moral e ético.
Evoluímos mais tecnologicamente, que moralmente.

Então esse é o destino de uma civilização assim.
Poderá mudar?
Certamente.

Tudo depende da capacidade do crescimento de consciência em escala global.
Talvez uma sucessão de eventos que tragam muito sofrimento em escala massiva dentro de uma sequência certa sejam suficientes para redirecionar os caminhos da humanidade, quanto à frivolidade, à ambição e todas as mazelas que façam não valer a pena por suas consequências destrutivas.

Esse é o caminho da evolução.
Ou evolui, ou desaparece.

Este artigo visa colaborar para que através da consciência popular, possamos melhorarmos as chances de garantir um futuro promissor através da informação e da conscientização.

As autoridades sempre adotam a estratégia de omitir ou camuflar para não criar pânico.
Ao menos este é o pretexto, mas a verdade é que o ser humano só toma ação diante de algo muito sério.

A omissão na conscientização popular trabalha contra as nossas próprias possibilidades de sobrevivência.

É preciso divulgar.
Neste aspecto, concordo totalmente com Elon Musk.





Algumas entrevistas com Elon Musk:

- ellon musk: Video: Joe Rogan shares "2050 documentary" clip of Elon Musk warning governors about "AI danger"




junho 12, 2022

Indo Mais Além Sobre o Sentido do Voto, da Democracia e de Suas Alternativas

 


Democracia é possível?

O conceito democrático que vivemos é muito questionável já que a escolha é efetivada entre as opções impostas, algo que em si mesmo não soa democrático.

O modelo atual está muito longe do que democracia poderia realmente representar.

Sim, as opções de candidatos elegíveis são impostas por grupos de poder que lideram o status quo do sistema que apresenta um pacote fechado de candidatos que lhes são favoráveis, mas que necessariamente não representam a maioria.

O povo tem que optar por uma delas.

Só por aí, temos um modelo democrático que é pura maquiagem de uma "elite" que determina a cadeia de poder do sistema.
O povo é mera ferramenta de decisão desta disputa entre os mais poderosos, quando não lhes é possível resolver por si mesmos.

Não acredita?

Então vamos evoluir a ideia inicial — Democracia Pura, e vamos ver onde isso nos leva.

Imagine uma comunidade onde decidissem aplicar a democracia no seu estado mais puro de direito.
Seria mesmo possível?

Basicamente, o princípio de hierarquia seria quase que abolido e todos teriam os mesmos direitos, efetivamente, e não apenas como algo exercido em oportunidades eletivas, como é o caso atual.

Levando o conceito ao extremo, se todos têm direitos iguais no processo decisório, não há distinção cultural ou social. Todos participam votando em qualquer processo decisório onde não haja consenso.

Então, na democracia pura, se existe diferença de opinião, todos votam.
Por exemplo, o CEO de uma fábrica viabiliza a votação, sendo responsável por sua execução. Apenas isto. Ele não decide os caminhos da empresa, pois isto é uma responsabilidade de pleito.

Notem que este conceito lembra muito os conceitos puristas das teorias onde o coletivo demanda as elites, que por sua vez deram origem aos pensamentos de esquerda.

O mesmo acontece com todos os assuntos pertinentes ao grupo social.
O conceito hierárquico ficaria achatado.
No seu topo existiria apenas o pleito que detém o poder sobre todos os demais.
Temos, portanto, apenas um nível hierárquico — a vontade coletiva.

Se pensarmos bem, isto recai no modelo autocrático, ou ditatorial, onde o despotismo deixa de ser exercido por uma pessoa, mas por seu conjunto, substituindo-se apenas a figura do individual pelo coletivo. Mudam-se os atores mas o princípio autocrático continua ali, mandatório por natureza. Tudo isso com um "sabor" de doutrina de esquerda (o coletivo prevalece sobre elites).

O que aconteceria se nesta sociedade imaginária, durante a votação de uma questão crucial, o pleito resultasse em empate?  50% contra e 50% a favor?

Então, provavelmente, esta sociedade precisaria dividir-se em dois grupos diferentes, cada um seguindo a vontade de sua maioria, já que ambas são equivalentes e não podem ser contrapostas.

E se em cada metade voltasse a ocorrer o mesmo problema, novamente? Nova segmentação?

O grupos tenderiam à subdivisão constante até a unidade do sistema que é o próprio indivíduo.

Se já não bastasse a fragilidade conceitual da democracia onde pessoas preparadas e despreparadas podem ter o mesmo direito de exercício de poder, a democracia também não se sustenta diante da diversidade de opiniões que vão minando a força de uma comunidade que é construída pelo potencial de consenso de grupo.

Este fenômeno explica a degradação de nações movidas pelo espírito democrático e o crescimento de seus rivais autocráticos.

A Democracia torna-se um modelo exequível, poderoso e eficiente desde que haja forte consenso.
O consenso é construído com a uniformização cultural e a capacidade de compreensão alinhada por experiências comuns. Acesso à educação e possibilidades igualitárias de crescimento social são os alicerces que sustentam o modelo democrático, há muito tempo tais alicerces não passam de utopia.

Por isso, democracia é algo que só existe em nosso imaginário!

Na prática, o termo "Democracia" é utilizado apenas como forma de estabelecer decisões para os jogos de poder quando este mesmo poder decisório foge das mãos dos poderosos diante da equidade de forças entre eles. 
É como se duas pessoas que pudessem se destruir, mutuamente, decidissem jogar dados como forma de evitar uma contenda que resultaria na morte de ambos. Você, nesta situação, também não aceitaria decidir jogando os dados, ou transferindo para um terceiro a decisão final, do que submeter-se ao autoextermínio?

Dessa forma, vagamos pelo inconsciente de nossos sonhos coletivos onde a prática vai nos conduzindo aos resultados cujos efeitos não entendemos ou preferimos não aceitar, ou ainda achamos muito "tedioso".

A autocracia é o modelo de gestão natural às sociedade primitivas socialmente, independente de seus avanços tecnológicos. A "democracia" como é vivida hoje é apenas uma amenidade deste processo.

E como se tudo isso não bastasse, somos idólatras por natureza.
Adoramos eleger ídolos de toda espécie — nos esportes, na música, nos empreendimentos, na política, etc.

A idolatria exerce o poder de fascínio pelo extremo desejo pessoal de ter as mesmas qualidades de nossos ídolos.

A idolatria é o combustível da autocracia.
A corrupção é a doença que destrói a importância do senso comum que expressa a maioria.

E democracia é a esperança que nos sustenta o sentido de liberdade.

Vivemos de sonho enquanto caminhamos para a realidade.



NOTA:
O autor não defende o modelo autocrata, porém reconhece que democracia é um modelo imaginário já que a nossa sociedade está aquém dos requisitos necessários para exercê-la.
O modelo mais próximo da nossa realidade seria a meritocracia, porém a nossa medíocre capacidade de avaliação somada à nossa natureza corrupta também torna o mesmo inexequível no mundo real.
Um mundo real cujo passado ao longo da história é o atestado de nossa natureza, onde não existe espaço para sustentar modelos socialmente avançados.


Veja também:
Democracia e Voto Útil - Prós e Contras


Elon Musk: Two Weights and Two Measures


Recently, Elon Musk, faced with the proposal to buy Twitter, defended total freedom of expression in the application, opposing any regulation that impedes free expression.

Defending total freedom seems contradictory to the stance adopted in previous interviews where he proposes regulation warning that they are moving not fast enough to make it happen in time of a major irreversible issue.

According to Elon Musk, AI may be used to spread fake information.

What would Twitter come to having total freedom?


So I asked Elon Musk over Twitter:

"You've said that AI shall comply with surveillance and that it may start a war by generating fake emails and news.
Total twitter freedom too.
It seems a contradiction.
Two similar things and two different approaches.
Please, tell us the difference. Could you?"


His main statement is that things that pose a threat to humanity shall be regulated.

If AI must be regulated, why information over social media, in general, should not, since the former is just a spreading vector of the latter?




And If Twitter were used as bad propaganda making use of its total freedom???

We are talking about thousands of people working systematically to achieve a target using faking information.

Knowing that Elon Musk has a prodigious memory, he certainly knows what he has said in the past and therefore leads us to believe that being aware of what he does leaves room for us to believe that perhaps the policy he promised it is part of his strategy to buy the social media platform.

Or not?! :-)

Either way, that doesn't detract from his value as an entrepreneur and human being, but it certainly makes it clear that he could be acting like politicians in general.

Two weights and two measures.



"A man may die, nations may rise and fall, but an idea lives on."
John F. Kennedy (1917-1963)



Some Additional Events After Publishing Date











junho 08, 2022

Elon Musk: Dois Pesos e Duas Medidas


Recentemente, Elon Musk diante da proposição de comprar o Twitter, defendeu a liberdade total de expressão no aplicativo sendo contrário a qualquer regulação que impedisse a livre expressão.

A postura de defesa de liberdade total parece contraditória à postura adotada em entrevista anterior:
O Último Aviso de Elon Musk: "Eu Tentei Alerta-los" (2022) [ML40359]


Então, perguntei a Elon Musk pelo Twitter:



Eu não esperava pela resposta que muito provavelmente não viria, pois observando seu perfil pelo Twitter, ele parece ter o hábito de apenas responder comentários que lhes são favoráveis e próximos.  :-)


Ao assistir o vídeo observe a postura que ele defende. Abaixo, para facilitar, identifiquei alguns pontos. 
Nota: o video está traduzido para o português.


A partir deste ponto ele mostra como a informação sem controle pode ser nociva e perigosa.




Neste ponto em diante, começa a se definir sua postura controladora, que lhe é peculiar.




A partir deste ponto, fica muito clara a contradição onde ele definitivamente sugere controle.



Sabendo que Elon Musk tem memória prodigiosa, certamente ele sabe o que falou no passado e portanto leva-nos a crer que consciente do que faz deixa espaço para acreditarmos que talvez a política prometida por ele fizesse parte de sua estratégia para comprar a plataforma de media social.

Ou não?!  :-)

De qualquer forma, isso não tira seu valor como empreendedor, mas certamente deixa claro que age como os políticos em geral.

Dois pesos e duas medidas.


Other sources in English (original)




Alguns Eventos Posteriores à Data de Publicação












O Radicalismo, A Dualidade e A Polarização Fazem Parte do Nosso Carácter Sem Quem Nem Mesmo Tenhamos Consciência da Sua Origem

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