março 06, 2022

Bilhões de Dólares e Bilhões de Pessoas = SUCESSO

 




Bilhões de dólares gastos na ajuda à Ucrânia em virtude da invasão pela Rússia representam não só a solidariedade das nações à causa como também um ato de resistência a uma prática de solução imprópria e inaceitável para o nosso século — a imposição pela morte quando a conquista deveria vir pela sedução. 

O que é bom, seduz.

Qualquer regime que não seja capaz de seduzir pela realidade da vida de seus cidadãos está fadado à transformação.


Um esforço financeiro a exemplo daquele poderia, e deveria, ser feito continuamente para prover meios de sustentar a vida através da criação de uma entidade representada pela maioria esmagadora dos países, ou então, corrigir as omissões da entidade, ou das entidades  que deveriam ter cumprido este papel mas que até agora falharam.

Uma parte desses recursos poderia ainda sustentar atividades ativistas genuínas porque ativistas autênticos não faltam.


A evolução é o caminho do consenso.


Acredito que seja consenso que uma guerra ampla e geral, onde o desespero vai levar às últimas consequências, não vai prover vencedores.


Dessa forma, sendo um princípio simples e amplamente percebido e aceito, torna-se perfeitamente factível que a grande maioria dos países possa convergir e consubstanciar a força de uma entidade mundial que discipline os modos de se resolver conflitos, exterminando o genocídio do século XXI.


Para que países tomem esse rumo, é preciso de incentivo.

O lado positivo da atitude de líderes com Putin, e outros que poderão vir, serviu como um grande incentivo para acordar o mundo inteiro, em especial a Europa.


Movimentos populares coordenados e pacíficos, porém persistentes e extremamente renitentes na sua determinação através de organizações ativistas apolíticas, ajudarão a fomentar esse propósito e fortalecer essa entidade reguladora em prol do mínimo – O DIREITO À SOBREVIVÊNCIA, e ainda melhor, O DIREITO À VIDA.

Nenhum povo, líder ou indivíduo tem o direito de ameaçar este direito básico e Universal.


Atitudes de ameaça a este princípio como meio de alavancar negociações é totalmente inaceitável e deve ser banido definitivamente.


O esforço pela convergência a esse princípio básico de respeito pela vida, nascido com “os direitos humanos” há longo tempo, seja através das iniciativas religiosas ou políticas, precisa de constante manutenção para não virar história, porque o tempo passa e nos momentos de paz parecemos “querer esquecê-los”, só vindo a lembrar nos momentos de desespero.


Precisamos manter ações constantes para construir o “efeito cardume” ou de “massa crítica”, ou seja, quando uma grande massa de opinião convergente arrasta o restante e passa a crescer por si só como uma bola de neve que desce a montanha da disparidade para terminar no vale da convergência.


Mesmo nações ditatoriais que restringem a liberdade de expressão popular a exemplo de Rússia, China , Coreia do Norte e outras terão dificuldade de conter um movimento assim, intrinsicamente pacífico, ordenado, organizado, constante como o pingar da água sobre uma pedra até que faça seu buraco, assim como vemos a água e o vento esculpindo a natureza mais rígida.


Acredito que o instinto de sobrevivência fale mais alto para todos, indistintamente.

E por isso, não podemos viver sob a constante ameaça de destruição, ora pela destruição climática, ora pela destruição da ecologia, ora pela destruição do ser humano pelo ser humano.

Em países que submetem a sua população ao ostracismo, a Internet com ajuda de redes especiais e dedicadas, pode manter a força da convicção viva e extrair ações “pacíficas de não colaboração”.


Essa estratégia da "não cooperação" foi empregada por Gandhi e o sucesso não veio sem a persistência tenaz e o sacrifício, porém ambos sustentados pela certeza, fizeram que, após a sua morte, estes princípios continuem a viajar no tempo emanando a mensagem viva do caminho a seguir.


Um movimento com a força da vida pela vida terá o dom de isolar os grupos de poder que insistem em nutrir-se da morte pela subjugação através da violência e do terror, minando seu número, isolando-os cada vez mais.


É preciso fazer pender o braço da balança da vida em prol dela própria.

Gandhi está certo: a não cooperação pacífica é o caminho do direito e do equilíbrio.

E abraçar algo assim, lutando e mantendo a chama viva dentro de nós, exige tanta ou mais coragem do que empunhar armas e enfrentar a morte, porque o prêmio do guerreiro pelas armas vem pelo imaginado descanso através da sua morte, mas sobreviver e apesar de tudo manter a determinação quando o sofrimento estraçalha os ânimos demanda muito mais coragem e energia para prosseguir com a vida, porque a vida não encontra na morte o refúgio, mas na esperança da sua renovação.


Não se iluda pela ansiedade do imediatismo, acreditando que soluções difíceis sem soluções rápidas são inefetivas.

Faça alguma coisa, por mais singela e pequenina que seja, mas faça ou continue fazendo.

E se achou que a mensagem deste artigo é válida, compartilhe, não importa como, se com as suas próprias palavras ou não, mas não espere que a solução aconteça pelas mãos dos outros.

Faça a sua parte. Participe e aja.

Fazendo uma ideia circular, vamos criando o consenso.

E evolução é isso: o caminho do consenso.




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