março 03, 2022

Ucrânia vs. Rússia – Escolha o seu lado, se puder!



 

Enquanto cidadãos, precisamos assumir posturas e opiniões porque delas dependemos para votar, reagir, apoiar e participar de um processo que sustenta nossas vidas através do entrelaçamento dos contextos sociais, econômicos e políticos, sendo este último o resultado dos dois primeiros.

O maior problema é que precisando entender o processo para assumir postura, deparamo-nos com a desinformação, seja por meios de inverdades, ou seja pela omissão de detalhes.

O evento da invasão da Ucrânia pela Rússia é um exemplo perfeito.

De um lado, a priori, é fácil entender que a invasão de um país por outro em tempos modernos, século XXI, é algo dinossáurico, insustentável.
Isso justifica e explica a postura ocidental rechaçando e condenando as ações de Putin, pela Rússia.

Se fosse só por isso, simples assim, o julgamento seria algo trivial.

A coisa complica quando começamos a “pinçar” os detalhes que vazam à medida que os eventos prosseguem.

Observe os detalhes deste fragmento de texto publicado hoje pelo Jornal Estadão

“Rússia exige "desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia, assim como o reconhecimento da soberania russa sobre a península da Crimeia, anexada em 2014, e da independência das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, assim como o status neutro ucraniano em relação à Otan.”

Estadão



Se fizermos uma pesquisa em qualquer máquina de busca, por exemplo Google, com os termos “ukrania denazification” vamos coletar uma montanha de informações julgando ser um pretexto de Putin, explorando um trauma mundial.
É uma possibilidade!

Isso poderia também servir como  uma desculpa para o início de uma expansão à semelhança da expansão da OTAN, mas no sentido inverso, empregada por Putin como uma forma de defesa. Muito provável como uma reação ao expansionismo de regimes simpáticos à democracia, ou que fogem da tutela “Russa”.

Quanto ao argumento de “desnazificação” ficamos novamente diante de algo que não temos informação suficiente para dizer se de fato houve uma intensificação do movimento neonazista na Ucrânia em especial, no entanto, sabemos que o neonazismo está crescendo no mundo, tanto na Alemanha como nos EUA.

Vamos fazer um “Gedankenlabor”   “laboratório do pensamento”, termo alemão muito utilizado como a base de experimentação de Einstein nas elaborações das suas teorias, incluindo a da relatividade, já que muitas vezes o cientista não dispões de meios e avanços tecnológicos que permitam concretizar seus experimentos.

Aliás, prática esta já realizada em várias áreas da ciência há muito tempo atrás a exemplo de Platão e seu mestre Sócrates.


“By the way”, somente recentemente vão-se comprovando na prática os princípios da teorias da relatividade de Einstein elaboradas no seu “Gedankenlabor”, como por exemplo a compressão do tempo, através da viabilização de técnicas mais avançadas tais como os relógios atômicos e quânticos.


Em nosso “Gedankenlabor” vamos supor uma hipótese e dela testar a nossa tese: “o respeito incondicional às fronteiras de um país”, que é justamente o tema atual no caso da Ucrânia.

Suponha que um país X venha desenvolvendo um forte crescimento de atividades extremistas de direita, como por exemplo  neofascismo, o neonazismo, a Terceira Posição, a direita alternativa, a supremacia branca, o nacionalismo branco. Wikipedia 

Ou seja, tão ruim quanto os extremos da esquerda.

Suponha que você é líder de um país que faz fronteira com esse país X.
Então fica a questão:

Você deixa que esse movimento neonazista no país vizinho cresça e repita a história?
E se já tiver esgotados todos os outros meios possíveis?

De repente, chega seu assessor de assuntos externos e sugere uma medida mais drástica: invadir o país e cortar o mal pela raiz?

Parece absurdo para você?

Então acontece a dicotomia cruel:

De um lado, se não fizer nada, aquele país provavelmente pode repetir o exemplo da Alemanha de Hitler.

Se no passado a Europa e o mundo soubessem o que viria a ser o partido de Hitler, teriam certamente cortado o mal pela raiz enquanto partido nascente mesmo que tivessem que invadir fronteiras e desrespeitar a vontade de um povo.

Por respeito às decisões de um povo, o mundo assistiu quieto o crescimento da vontade popular do povo alemão aderindo em massa às propostas de Hitler e suas manobras políticas até que ele alcançasse o poder total tornando-se um ditador.

A democracia tem disso: cria seus próprios monstros, efeito colateral da liberdade extrema.

NOTA:
Até que tentaram assassinar Hitler muitas vezes, mas exterminar uma cobra “sortuda” depois de adulta e cheia de filhotes iguais a ela fica muito mais difícil. Hitler, para o nosso azar, teve muita sorte. Escapou de muitos atentados, até mesmo do próprio namoro com o suicídio.


Se por outro lado, o mal cresceu a tal ponto que a única solução é uma confrontação bélica logo no início do problema, antes que o baobá crie raízes que engulam o planeta (Pequeno Príncipe), você estará “desrespeitando a vontade de um povo e suas fronteiras”, repetindo o mesmo erro de Putin.

O Estado Islâmico é um exemplo clássico que justificou as incursões estadunidenses a título de segurança nacional da mesma forma que Putin argumenta em defesa de sua invasão na Ucrânia.

O assunto é vasto, mas buscando encurtar o texto que já vai longo e não sem razão, podemos ver que a solução do assunto não é simples.


“Então, André!... Eu li tudo isso para não ter nem ao mesmo uma sugestão de solução? “
“Fala sério... Qual a sua posição, ou vai ficar em cima do muro?”  :-)

 

Bom, então aqui vai a minha.

Eu imagino que teremos uma solução quando for consenso mundial que os direitos de um povo sejam respeitados desde que esse mesmo povo não adote nenhuma filosofia ou comportamento que coloque em risco a harmonia mundial.

Infelizmente, essa sugestão também falha, porque poderia servir de pretexto e justificativa para invasões diversas, a exemplo do que está acontecendo. Então é preciso algo mais.

Haveria de existir uma entidade internacional realmente efetiva para que dirimisse a legitimidade de ações críticas, no caso uma “ONU” de verdade (uma UMP: união mundial de pacificação), mas como pode existir uma “ONU autêntica” em meio a tanta diversidade de posições, sendo que o espírito humano ainda adota a mentira e a ambição como estratégia válida de sobrevivência?


CONCLUSÃO:


Putin pode estar usando as desculpas certas para fins errados.
Americanos e OTAN, idem.

Putin pode ter sua parcela de razão já que a OTAN se alastra à sombra da “democracia” ou em nome dela.

Estaria a Ucrânia bem como o resto da Europa sendo gradativamente consumida por movimentos extremistas tais como o “Estado Islâmico”, Neonazismo ou seja lá o que for?
Isto então serviria de justificativa para Putin ir mais além, não serviria?

Em meio a tantas possibilidades, tenho apenas uma certeza:

O respeito aos direitos de um povo depende da forma como esse povo exercita sua liberdade sem que comprometa a liberdade de outro povo.

Não é com base nisso que prendemos “bandidos” e lotamos cadeias quando um indivíduo extrapola o comportamento em sociedade?

É... Mas nem isso fazemos corretamente... o que se dirá entre nações!

Então eu me posiciono sim: sou contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, sendo a favor de levar a questão para um tribunal mundial, mesmo sabendo que um tribunal absolutamente íntegro inexiste.
Se o mundo todo reagir dessa forma e com firmeza, incluindo a China, colocando-se interesses econômicos à parte (coisa difícil) teríamos uma boa chance de sucesso.

Fora isso, o que sobra é o enfrentamento e a conflagração mundial pela “força bruta” onde vence o “mais forte”.
O problema é que "a rinha já não aguenta mais". O planeta está doente.

Ou o Homem aprende a viver por princípios autênticos ou perecerá pela falta deles.

A esperança é a última que morre e a evolução sobrevive aos grandes conflitos, sempre, mesmo que disfarçada de algo novo ou recomeço.

Enquanto isso, o planeta agoniza, seu equilíbrio mingua ainda mais aceleradamente pelas atividades belicosas.
Guerra que acontece lá, ou em qualquer lugar, também mata geral e aos poucos!

É preciso que as pessoas compreendam isso de forma muito clara e firme.
O povo será salvo por ele mesmo, através de sua conscientização geral.
O resto é esperança e comodismo aguardando que alguém faça a nossa lição de casa.
Pura ilusão.

 


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Torne-se um Ativista ou um "Mini Ativista", mas faça algo pela continuidade da vida!

 

fevereiro 17, 2022

Personal Gain Actions — The Next Step of Environmental Activism?




"Evolution is the path to consensus."



Greta Thunberg: 'I'm a different person in private' - BBC News


NOTE: Also published at Medium


After watching an interview with Greta Thunberg, I started to think about one of the questions asked by the reporter whether activists, like politicians, were also practicing just "blah, blah, blah".

The Activism strategy has been practiced through rallies, speeches, and blocking activities, such as Green Peace, which in the past gained notoriety through its worldwide activity of denunciations and radical resistance movements, as well as the action of activists that started through individual efforts of oral or written manifestations, as is the case of Greta Thunberg and other activists.
Greta Thunberg, for being still very young when she started and having an eloquent speech,  soon made headlines in all the newspapers.

These strategies belonged to the extremely important initial phase at the beginning of awareness of the need to preserve environmental balance, but now, like everything else, it needs to evolve.



ACTIVISM NEEDS TO EVOLVE AND WATCH ITS TIME


Time passes inexorably, and with it, our actions change the context.


It is necessary to rethink environmental activism, expanding its strategies so that it survives more for its effectiveness than for hope, through the pragmatism of the worldwide coordination of activities that direct the population to change habits and support political leaders and vice-versa.


One of the strategies is to raise awareness of the coordinated economic power of society and provide means of directing it.


Synergy and representation between people and politicians are necessary, as the latter often do not have the stimuli and support necessary to compete with the economic forces that support lobbies that make their gains from the establishment and therefore oppose the changes, eventually succumbing to their best offers.


There will always be two forces: the new one that wants change, and the old one that wants to maintain the status quo from which its profit or survival comes.


Expecting people to abandon their lives in favor of humanity without any compensation is beyond common sense. It would be demanding from others something that we would not be willing to do the same as consumers who don't want to abandon the comforts of their current habits.



THE MEANS OF SOCIETY'S TRANSFORMATION OUTSIDE THE EXTREME SUFFERING


Survival cannot be relegated but must be guaranteed by its transformation through one of the most powerful forces — how do I profit from it now? The "now thing". Not the future thing.


Profit cannot be abandoned, at the most reduced, because without the notion of gain there is no stimulus for the transition of the production chain for economic purposes.


There is also the challenge of the amenities we are used to and that need to find an alternative, if not better, at least bearable.



Thus, it is seen that the challenges are immense and numerous, and therefore, activism needs to evolve, assuming a posture of cooperation in the search for solutions rather than denunciations, making the latter a complementary activity.



HUMAN NATURE


In a previous analysis, detailed here, I remembered about the means of change that really bring about profound social changes — humanity is moved by the same force that brought it here: fear and ambition.


These are the human forces that need special attention and need to be worked on in favor of the preservation of the planet, instead of those of purely ideological origins that become mere theoretical concepts ignored in the face of so many other needs that occupy the immediate emotional space of the everyday life, becoming "blah, blah, blah". 


Human nature hardly accepts losing something, except when something has already been inevitably lost or is practically on its way out at the same time it makes you feel the pain of its absence and ends up imposing desperate measures.


Human beings are very efficient when exchanging for profit.

And the best stimulus for this exchange is to overcome fear and self-indulgence by offering a profit or a gaining alternative in some way.


Yes, I said “convenience” and not “self-preservation”.

The second term is weaker because the common sense of the individual values ​​much more the present moment, the convenience of the now than any future or communal advantage.


In each exchange option, he first thinks about what he will lose immediately, and then accepts it or not. It is a natural part of our obvious sense of short-term self-preservation, the strongest and most instinctual feeling we have.


Thus, the most effective way to obtain practical results for changing habits that preserve the planetary environment needs to be born out of this principle of individual advantage.



ACTIVISM MUST SEDUCE HUMAN NATURE



Environmental activism needs to reform its strategies on two fronts.


One in order to become the great coordinator of this work of “taking the individual profit” so that the common citizen begins to adopt these ideas and strategies en masse.


And another front, together with politicians, using the strength of their popular representation acquired by the previous one.


That's just what the moment asks for.

The stage of environmentalist speeches that in the past generated a sensation is now something like "raining in the wet", they have become the routine of "blah, blah, blah" like the politicians themselves, that becomes a "blah, blah, blah" game from both sides.


Humanity has always been driven by basic instincts pressed by the need of the moment, and such behavior, in the short term, will not change.


First, it is necessary to change the strategy of those who guide their lives for a greater understanding of this objective.

In this case, activists are better options than politicians since politics is a "consequence" of the game of popular and economic interests while activism is an "ideological projection" that fights to redirect.




MULTIPLE STRATEGIES FOR ACTIVISM



Human beings are also prodigal in creating ideas, the creative and innovative instinct is part of their nature, and we will certainly have an immense flow of proposed solutions, and there is no doubt about that. All it takes is to channel, coordinate and provide.


There are commercial companies that come up with advanced concept projects, anticipating solutions, such as the food industry initiatives that seek to replace animal meat with vegetable meat, since extensive and intensive cattle raising contribute to the CO2 emission.


The automobile industry has made great strides in this regard and it is already starting to make electric vehicles available, concurrently with the creation of refueling infrastructure.


The scientific effort to make life on Mars viable despite all the extreme adversities will bring as a side effect a great diversity of technological solutions, as happened in World War II (WWII), where, pressed by the needs, we took a technological leap in several areas of the science.


The recycling industry, as well as all vital productive segments, needs popular support through preference at the time of consumption, honoring companies committed to sustainable solutions.


Startups can encourage consumption through green coupons that give discounts to those who consume green products.

What matters for the pocket, matters now!


Directing advertising funds to direct mass consumption in favor of industries based on self-sustainable production is the aspect that will be able to bring about the changes that environmentalists have been working for.


Legislation encouraging green proposals and penalizing those that have not yet adapted to new needs may come from the well-directed mass political force of global activism.


Sites that aggregate green activities would catalyze interaction with the population, laying the foundations for this interaction that enables the exchange of information and reciprocal influence.

It is necessary to hear and to be heard. This is the essence of the dialogue that activism needs and the information technology can provide.


It is necessary to show results to encourage skeptics and encourage all those who fight for a sustainable tomorrow.


If fake news have been so effective through the mass production and dissemination, then authentic news production must adopt the same strategy.


It is necessary to involve everyone, attract the people.

Only economic power changes the economy through the production/consumption relationship.

The economy is the result of consumption.

Who does consumption and politics is the attitude of the majority of the people in non-dictatorial regimes.


Today, we need more "marketer" activists than "ideologues", because the space of ideology has already been extinguished by the obvious and has become "blah blah blah".




IF WE LIVE BY PROFIT, THEN BY PROFIT WE WILL SURVIVE



Only the competition for profit sensitizes the industry to promote its effort to change its strategies.

Only ambition changes the course of ambition, only fear takes care of fear.

Just one habit changes another.


At least, for the time being, that's how it is until one day our moral and intellectual evolution comes to define new behavioral patterns.


The exception does not count for changes.

Entrepreneurs only stop making something harmful to the planet if consumption plummets.


Loss and profit are the means to propagate the changes we need, and our strategies need to be guided by these stimuli.


Pure ideology and denunciation had their moments but today it's more "blah, blah, blah".

It occupies the space in the media for fleeting moments, but given the profusion of so many others, it is diluted, contributing only to increase the feeling of the impotence of the people, which is counterproductive.

It is again necessary to contextualize activism so that it makes a difference.


And activists who still imagine themselves doing the same thing they've been doing, the same kind of "blah, blah, blah" along the same lines as in the past, will be doomed to gradual oblivion.



The proposal is to materialize the important and necessary "blah, blah, blah" transforming it into actions that encourage not only political but also changes in the population's habits through the strategy of individual gain, since only one habit changes another and only one advantage replaces another, so we need re-education through advertising that brings direct and personal gain that the individual can obtain in his daily life, on a massive scale.


The human being only changes when he gains from change or when it is too late through pain and despair.

It is necessary to bring immediate gain to the small world of individuality, whether through commercial competition or individual gains in consumption rules.


At this point, you might think about working on emotivity, just as the cinema does, but it works more as a marketing tool to garner empathy. Emotion is key, but even more important than that is the sense of acquisition, that is, what you get from it for yourself.


Awareness in "practical life" comes from profit, because as long as we have food and breathe, we go on crying and laughing while the fear of the future will always remain where it is, in the future.



Politicians live on "blah, blah, blah".

The time has come for activists to prove themselves better than politicians, but not through violent protest, but through the means that trigger our change of habits.


Wasn't that Gandhi's strategy?




Ações Com Ganho Pessoal — O Próximo Passo do Ativismo Ambiental?

 

  


"Evolução é o caminho para o consenso."




 Greta Thunberg: 'I'm a different person in private' - BBC News


Depois de assistir uma entrevista da Greta Thunberg, comecei a pensar sobre uma das perguntas feitas pela repórter questionando se os ativistas, assim como os políticos, também não estariam praticando apenas "blá, blá, blá".

A estratégia do Ativismo tem sido praticada através de passeatas, discursos e atividades de bloqueio, a exemplo do Green Peace que no passado ganhou notoriedade através de sua atividade mundial de denúncias e movimentos de resistências radicais, como também através de esforços individuais de manifestação como é o caso de Greta Thunberg e outros ativistas.
Greta Thunberg por ser ainda muito jovem quando começou e ter discurso eloquente logo ganhou as manchetes de jornais.

Essas estratégias pertenceram à fase inicial extremamente importante do início da concientização da necessidade de preservar o equilíbrio ambiental, mas agora, assim como tudo, precisa evoluir.



O ATIVISMO PRECISA EVOLUIR E ACOMPANHAR SEU TEMPO


O tempo passa inexoravelmente, e com ele, as nossas ações vão mudando o contexto.

É preciso repensar o ativismo ambiental ampliando suas estratégias de modo que sobreviva mais por sua efetividade que pela esperança, através do pragmatismo da coordenação mundial de atividades que direcionem a população à mudança de hábitos e à sustentação das lideranças políticas e vice-e-versa.

Uma das estratégias é despertar a consciência de poder econômico coordenado da sociedade e constituir meios de direcioná-la.

É necessário sinergia e representatividade entre povo e políticos, pois muitas vezes estes últimos não dispõe dos estímulos e do suporte necessários para rivalizar com as forças econômicas que sustentam lobbies cujos ganhos se contrapõem às mudanças, sucumbindo às melhores ofertas destes.

Sempre existirão duas forças: a nova que deseja mudança, e a velha que deseja manter o status quo de onde vem seu lucro ou sobrevivência.

Esperar que as pessoas abandonem suas vidas em prol da humanidade sem nenhuma compensação foge ao senso comum. Seria exigir dos outros algo que nós mesmos não estaríamos dispostos a dar e que realmente também não damos enquanto consumidores que não querem abandonar as comodidades de seus hábitos correntes.



O MEIO DE TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE FORA O EXTREMO SOFRIMENTO

A sobrevivência não pode ser relegada, mas precisa ser garantida pela sua transformação através de uma das mais poderosas forças — como eu levo vantagem agora. A coisa do já, não do amanhã.

O lucro não pode ser abandonado, no máximo reduzido, pois sem a noção de ganho não existe estímulo para a transição da cadeia produtiva com fins econômicos.

Existe ainda o desafio das comonidades a que nos habituamos e que precisam encontrar alternativa, se não melhor, ao menos suportáveis.

Assim, vê-se que os desafios são imensos e numerosos, e portanto, o ativismo precisa evoluir assumindo uma postura de cooperação na busca de soluções mais que de delações, tornando-se esta última uma atividade complementar.



A NATUREZA HUMANA

Em uma análise anterior, aqui detalhada, comentei sobre os meios de mudança que realmente efetivam alterações sociais profundas — a humanidade é movida pela mesma força que a trouxe até aqui: medo e ambição.

São essas forças humanas que necessitam de atenção especial e precisam ser trabalhadas a favor da preservação do planeta, pois que aquelas de origem puramente ideológicas tornam-se meras intenções teóricas ignoradas diante de tantas outras que ocupam o espaço emocional imediato do dia-a-dia, ou seja, vira bla bla bla...

A natureza humana dificilmente aceita perder algo, exceto quando algo já foi inevitavelmente perdido, ou praticamente está em sua extinção ao mesmo tempo que faz sentir a dor da sua falta e que termina impondo medidas desesperadas.

O ser humano é muito eficiente em trocar para obter lucro.
E o melhor estímulo para essa troca é superar o medo e o comodismo oferecendo alternativa de lucro ou ganho de alguma forma.

Sim, eu disse “comodidade” e não “autopreservação”.
O segundo termo é fraco, porque o senso do indivíduo comum valoriza muito mais aquilo que é seu no momento presente,  a comodidade do agora, do que qualquer vantagem futura e comunitária.

Em cada opção de troca ele pensa primeiro no que ele perderá de imediato, para depois aceitá-la ou não. Faz parte natural do nosso senso óbvio de autopreservação de curto prazo, o mais forte e instintivo sentimento que possuímos.

Dessa forma, a maneira mais efetiva de obter resultados práticos para a mudança de hábitos que preserve o ambiente planetário precisa nascer desse princípio de vantagem individual.


O ATIVISMO DEVE SEDUZIR A NATUREZA HUMANA

O ativismo ambiental precisa reformar suas estratégias em duas frentes.
Uma de modo a se transformar no grande coordenador desse trabalho de “levar lucro individual” para que o cidadão comum comece a adotar em massa as suas ideias e estratégias.
E outra frente, junto aos políticos, mediante a força da sua representatividade popular adquirida pela anterior.

É justamente isso que o momento pede.
A fase dos discursos ambientalistas que no passado geraram sensação já é algo como "chover no molhado", tornaram-se a rotina do "bla, bla, bla" inclusive pelos próprios políticos.

A humanidade sempre foi movida por instintos básicos premidos pela necessidade do momento, e tal comportamento, a curto prazo, não mudará.

Antes é preciso mudar a estratégia daqueles que orientam suas vidas pela compreensão desse objetivo, e neste caso, os ativistas são opções melhores que os políticos, uma vez que a política é "consequência" do jogo de interesses populares e econômicos, ao passo que ativismo é "projeção ideológica" que busca direcionar. 


MÚLTIPLAS ESTRATÉGIAS PARA O ATIVISMO

O ser humano também é pródigo em criar ideias, o instinto criativo e inovador faz parte da sua natureza, e certamente teremos um imenso fluxo de propostas de soluções, e sobre isso não resta dúvida. É preciso apenas canalizar, coordenar e prover.

Existem companhias comerciais que surgem com empreendimentos de conceito avançado, antecipando-se na solução de problemas, tais como as iniciativas da indústria alimentícia que buscam substituir a carne animal pela vegetal, já que a criação de gado extensiva e intensiva contribui para a emissão de CO2.

A indústria automobilística avançou muito neste propósito e já começa a disponibilizar veículos elétricos, concomitantemente à criação de infraestrutura de reabastecimento.

O empenho científico de viabilizar a vida em Marte a despeito de todas as adversidades extremas, trará como efeito colateral uma grande diversidade de soluções tecnológicas assim como aconteceu na  Segunda Guerra Mundial (WWII), onde premidos pelas necessidades demos um salto tecnológico em várias áreas da ciência.

A indústria da reciclagem, assim como todos os segmentos produtivos vitais, precisa do apoio popular através da preferência na hora do consumo, prestigiando empresas empenhadas em soluções sustentáveis.

Startups podem estimular o consumo através de cupons verdes que conferem descontos àqueles que consomem produtos verdes.
O que importa para o bolso, importa agora!

O direcionamento de fundos de propaganda para direcionar o consumo da massa a favor das indústrias baseadas em produção autossustentável é a vertente que poderá efetivar as mudanças pelas quais os ambientalistas vêm trabalhando.

Legislação incentivando propostas verdes e penalizando aquelas que ainda não se adaptaram às novas necessidades poderão advir da força política da massa bem direcionada pelo ativismo global.

Sites que agreguem as atividades verdes seriam catalizadores na interação com a população, formentando as bases dessa interação que viabiliza a troca de informações e influência recíprocas.
É preciso ouvir e ser ouvido. Essa é a essência do diálogo que o ativismo necessita e que a tecnologia da informação poderá prover.

É necessário mostrar resultados para incentivar os céticos e estimular todos aqueles que lutam pelo amanhã sustentável.

Se fake news (notícias falsas) têm sido tão efetivas pela sua produção e disseminação em massa, então a produção de notícias autênticas deve adotar a mesma estratégia.

É preciso envolver todos, atrair o povo.
Só o poder econômico muda a economia através da relação produção/consumo.
A economia é fruto do consumo.
Quem faz o consumo e a política é a atitude da maioria do povo em regimes não ditatoriais.

Hoje, precisamos mais de ativistas "marketeiros" que "ideólogos", porque o espaço da ideologia já se extinguiu pelo óbvio e virou "bla bla bla".



SE VIVEMOS PELO LUCRO, ENTÃO PELO LUCRO SOBREVIVEREMOS


Só a competição pelo lucro sensibiliza a indústria para promover seu esforço em mudar suas estratégias.
Só a ambição muda o rumo da ambição, só o medo cuida do medo.
Só um hábito, muda outro.

 Ao menos, por enquanto, é assim até que um dia nossa evolução moral e intelectual venha a definir novos padrões comportamentais.

A exceção não conta para mudanças.
O empresário só para de fabricar algo nocivo ao planeta se o consumo despenca.

O prejuízo e o lucro são os meios de propagar as mudanças que precisamos, e nossa estratégias precisam pautar-se por estes estímulos.

Ideologia pura e denúncia tiveram seus momentos mas hoje é mais "blá, blá, blá".
Ocupa o espaço na media por fugazes momentos, mas diante da profusão de tantas outras, fica diluída, contribuindo apenas para aumentar o sentimento de impotência do povo, o que é contraproducente.
É preciso novamente contextualizar o ativismo para que ele faça diferença.

E os ativistas que ainda se imaginarem fazendo a mesma coisa que vinham fazendo, o mesmo tipo de "blá, blá, blá" seguindo na mesma linha do passado, estarão fadados ao esquecimento paulatino.

A proposta é materializar o importante e necessário "blá, blá, blá" transformando-o em ações de incentivo, não só político, mas também de mudanças dos hábitos da população através da estratégia do ganho individual, uma vez que só um hábito muda outro e só uma vantagem substitui outra, então precisamos da reeducação através da propaganda que traga ganho direto e pessoal que o indivíduo pode obter no seu dia-a-dia, em larga escala, massivamente.

O ser humano só muda quando ganha com a mudança ou quando já é demasiadamente tarde através da dor e do desespero.
É preciso levar ganho imediato ao pequeno mundo da individualidade, seja pela competição comercial ou pelos ganhos individuais nas regras de consumo.

A essa altura você poderia pensar em trabalhar a emotividade, assim como o cinema o faz, mas isso funciona mais como um recurso de marketing para angariar empatia. Emoção é fundamental, mas ainda mais importante que isso é o senso de aquisição, ou seja, o que você consegue para si.

A concientização na "vida prática" vem do lucro, porque enquanto temos comida e respiramos, vamos chorando e rindo enquanto o medo do futuro ficará sempre onde está, no futuro.


Políticos vivem de "bla-bla-bla".
Chegou a hora dos ativistas se provarem melhores que os políticos, mas não pela contestação violenta, porém pelos meios que disparam a nossa mudança de hábitos.

Não foi essa a estratégia de Gandhi?


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janeiro 25, 2022

Sofismas são armadilhas traiçoeiras






"A soul that is kind and intends justice discovers more than any sophist."

Sophocles (496 bc-406 bc)

 

"Uma alma que é bondosa e pretende justiça descobre mais do que qualquer sofista."  

Sófocles (496 ac-406 dc)


 Os sofismas são traiçoeiros.

Eles nos conduzem a conclusões que parecem absolutamente lógicas e verdadeiras, mas não resistem a uma análise mais cuidadosa.


Uma garota com o ar vitorioso e domidador diz para a colega:

"Não é ele quem vai me comer. Sou eu quem vou comê-lo!"

E ri toda segura de si...


Já que os direitos são, em tese, iguais, a lógica reversa parece correta e se tornaria relativa ao ponto de vista de ambos.

Uma coisa é certa, se os direitos fossem iguais, então por esse mesmo ponto de vista haveria no máximo empate.

Ninguém ganha.

Então... o "riso" vitorioso da garota se dilui em suas próprias ilusões.

O argumento, no entanto, não resiste à análise por outro viés.


Se o garoto ficar com todas de sua cidade e redondeza, ele vira herói.

Ele é "O Cara"!

Pode casar que a esposa sai ostentando o marido ao seu lado como seu troféu — foi comigo que ele ficou!

Eu sou "a mulher" para esse garanhão.


Se uma garota fez o mesmo, ela termina com a fama de galinha, vadia, mulher fácil e até prostituta(mesmo que ambas as partes tenham repartido as despesas, ou não...).

Se casar, o marido também ostentaria um troféu, porém de natureza muito distinta.


Se uma pessoa admite depender da opinião alheia, então a acertiva inicial cai por terra mostrando as suas garras sofistas que vão lacerar o futuro do incauto.


Filosofia é algo traiçoeiro.

É preciso "rodar o cubo" para ver todas as facetas, analisar de todos os ângulos e ver qual deles lhe serve melhor.


Onde foi que a pessoa se deixou pegar por um sofisma?

Quando ela viu o mundo como ela gostaria que fosse, justo; no entanto, o mundo é como ele é.

Para dicidir bem é preciso ter olhos de ver e pés no chão.

Buscar olhar as coisas como elas são e não como gostaríamos que fossem.


E este raciocínio é valido também para aquele que deseja contribuir para a mudança do mundo em algo mais justo.

Se não escolher um caminho sincronizado com a realidade, termina como sonhador.

Se desejar uma mudança muito grande, tropeça no degrau.


Todo limite nasce dos nossos limites e daqueles que nos cercam.


janeiro 08, 2022

Pandemia e Aquecimento Global: Fim de mundo? Ou Começo?

 



Conversando sobre o tema, diante de tantos acontecimentos globais, fica a sensação de ameaça e fim de mundo. Alimentar esse pensamento, só desistimula nossos melhores propósitos de vida, tornando-nos proprensos a mergulhar nas alternativas que desacreditam da vida porque talvez desconheçam a sua capacidade de recuperação nas mãos de forças maiores que sustentam a vida Universal.

Foi quando então, lembrei das previsões do Chico Xavier, que noticiou que a lua teria água para prover a sua colonização científica, mais tarde confirmado pela NASA, que à ocasião da descoberta não divulgou.
Se quiser obter mais detalhes sobre a previsão do Chico e outros assuntos super interessantes, sugiro esta reportagem repleta de depoimentos e comentários. Vale a pena! É uma mensagem de esperança coerente que vai tornar sua alma mais leve, seu espírito mais confiante. O nascer do sol depois do anoitecer.

E ponderando sobre o assunto, arrisco o seguinte.


O prazo de 50 anos terminou em 2019.

Ou seja, segundo a previsão de Chico Xavier, foi dado o prazo que, se em 50 anos não ocorresse tal guerra, teríamos grandes avanços científicos, do contrário mergulharíamos num caos geofísico e climático planetário.

Porém... contudo... todavia... a ameaça de guerra nuclear e extermínio em massa permanecem.

Ou seja, durante o período de observação estipulado não houve guerra mas também tal ameaça não se extinguiu, não é?!!

Observando estes acontecimentos por outros ângulos, podemos supor que as entidades responsáveis pelas conduções planetárias (sim, "conduções" pois somos uma comunidade planetária Universal onde a vida se manisfesta de múltiplas formas em múltiplos planetas), procuram reduzir o nosso sofrimento no caminho do aprendizado, buscando interagir no processo através de meios que colaborem no sentido de se evitar desfechos mais sofridos tal como aqueles advindos de um planeta em agonização repentina pela destruição nuclear massiva, deixando aos sobreviventes o legado de furacões, terremotos generalizados, tsunamis, enchentes drásticas, secas extremamente serveras e os efeitos nocivos da radiação residual, diante inclusive da possibilidade de alteração do eixo da terra ou até mesmo a fissura planetária (hipótese levantada por alguns).

"Pandemia" e "Aquecimento" são duas forças conjuntas, aliadas.


A pandemia acelerou o convívio digital, ou seja, aquele efeito através da imagem, como temos no cinema onde "sentimos, choramos e vivemos momentos" com algo que de fato não está ali fisicamente, pois é pura imagem, mas capaz de comandar nossas emoções sem interação física.

A comunicação digital e a virtualização aumentam a capacidade do ser humano crescer na área do pensamento e da introspecção já que não tem mais o convívio físico diário como a fonte principal de suas atividades.

A pandemia estimulou a introspecção através do isolamento, já que a fuga de si mesmo ficou mais difícil porque a vida "social externa" ficou mais reduzida e passamos a exercitar o desenvolvimento da “afetividade e emotividade” sem os meios físicos diretos como forma preponderante de convívio.

Isso tem um efeito de importância vital porque exercita a emotividade além dos nossos círculos pessoais conectados fisicamente.

A media social, tal como Facebook, WhatsApp e etc., também têm construído essa ponte de conexão que aos poucos vai nos mantendo unidos mais pelo pensamento que pelo convívio físico.

A aceitação desse processo é difícil, a rejeição é grande como em todo processo novo que causa desconforto aos velhos hábitos, porém vai se estabelecendo principalmente junto às novas gerações que ainda não construiram este hábito arraigado aos padrões anteriores.

O efeito imediato parece ser que esse processo estimula o ser humano ao isolacionismo, reforçando o egocentrismo; porém é um efeito inicial logo contrabalançado pela descoberta que o isolacionismo é apenas físico, pois mentamente ele precisa conviver com uma comunidade virtual.

A diferença fica apenas na redução da crença na associação que convívio físico é mandatório para nos sentirmos conectados às pessoas. Elas descobrirão que esse sentimento de conexão, de proximidade, pode ter equivalência tão intensa quanto ao que estamos habituados porém através de outras formas.

Isso não é um pensamento novo, mas antigo, inclusive já explorado pelo cinema no filme Cocoon.


O enfraquecimento deste hábito mandatório que demanda aproximação física para aumentar nossa sensibilidade vai abrir caminho para tornar o ser humano mais sensível com aquele que ele necessariamente não convive dessa forma.

Esse processo contribui para que a hierarquia de sentimentos que determinam as nossas ações torne-se mais flexível, fazendo-nos mais sensíveis aos problemas que estejam ocorrendo fora do nosso "mundo pessoal territorialista".

Assim teremos a reconstrução pela reavaliação dessa hierarquia de valores que crescerá do territorialismo (dependente do espaço em que circulamos) para o universalismo, força essa que comanda nossas atitudes emocionais e determina a nossa escala de importância onde vem primeiro nossa casa, nosso bairro, nosso time de futebol, nosso estado, nosso país, e etc. em detrimento da importância do todo, como se o todo não pudesse determinar a sobrevivência das nossas prioridades no sentido inverso.

A redução dessa dependência emocional territorialista vai contribuir definitivamente para nos tornarmos mais sensíveis aos problemas do próximo, de forma generalizada.

As fronteiras das nações se tornarão menos mandatórias que o sentido de comunidade global.
E para que isso aconteça, é preciso que a mudança seja de baixo para cima, a partir da soma das mudanças de atitudes individuais.


A lição através do isolamento é dura, mas também somos duros de aprender a lição de "amor ao próximo" trazida por Jesus.


A seu termo, a ciência encontrará a solução para a pandemia, mas tal como uma guerra, deixará seus frutos.


Outra contribuição vital da pandemia é a redução da poluição através da aceitação e incorporação de novos hábitos pela substituição de antigas práticas por novas tecnologias, como é o caso do trabalho remoto, conduzindo-nos ao segundo fator: o aquecimento global.


O aquecimento glogal, diante da fragilidade da planeta, nos levará a entender, cada vez com mais intensidade, que temos um problema único.

Da psicologia, é fato consumado que interesses comuns unem as pessoas.


Então passamos a ter um novo estímulo forte o suficiente — o da sobrevivência, para concorrer com aqueles que nos levam às guerras  — territorialismo, intolerância e ambição .


Embora dramático e muito sofrido, não podemos negar os efeitos positivos do que estamos superando.
Certamente, se não fosse nossa renitência nos velhos males, nossos sofrimentos seriam mais amenos e o processo mais leve.


Só mesmo o desejo de sobrevivência para enfrentar o de autodestruição.

Só mesmo o aumento da nossa sensibilidade emotiva para ampliar o interesse pelo próximo.


Isto faz lembrar aquele ditado popular:

"Deus escreve certo por linhas tortas."



Assista ao vídeo da reportagem repleta de depoimentos e comentários.


janeiro 03, 2022

Eleições de Segundo Turno Polarizam e Prejudicam a Democracia



 

Eleições de segundo turno no Brasil mais atrapalham do que ajudam.

Além do dispêndio dobrado de esforços, o eleitor é obrigado, eventualmente, a escolher no segundo turno um candidato que não o representa.

Oras, se voto traduz a representatividade e justifica a autenticidade de uma democracia, colocando dois "galos na rinha" obriga à tão indesejada polarização que vem descontruindo o sentido do voto no cenário brasileiro.

O segundo turno é o grande incentivador do voto útil, defensivo.

Uma verdadeira democracia não deforma a vontade do eleitor, ainda mais considerando que o voto no Brasil é obrigatório.

Polarização é um processo antidemocrático que favorece à centralização de poder subsidiando os caminhos da ditadura.

Se o seu candidato não foi para o segundo turno, como fica? Vota naquele que você não quer só para o outro não ganhar?

Se desejamos reduzir os efeitos nocivos da polarização, o voto de segundo turno deveria ser abolido.
Uma nova votação, e com todos os candidatos, só se justifica em caso de empate técnico em que as taxas sejam iguais, sendo pouco provável que isso ocorra duas vezes seguidas.

Democracia é justamente isso: governar com diferenças, compartilhando poder para compartilhar benefícios.


Extrema Direita é Solução?




"The accumulation of all powers, Legislative, Executive, and Judiciary, in the same hands, whether of one, a few, or many, and whether hereditary, self-appointed, or elective, may justly be pronounced the very definition of tyranny."

"A acumulação de todos os poderes, legislativo, executivo e judiciário, nas mesmas mãos, seja de um, de alguns ou de muitos, seja hereditário, autonomeado ou eletivo, pode ser justamente pronunciada a própria definição de tirania."

James Madison (1751-1836)


 

"Não podemos nos entregar!
Temos que lutar por nosso direito à liberdade, sempre!"


Esta frase tem sido muito utilizada pela extrema direita que apresenta propagandas mostrando a disseminação dos regimes socialistas e comunistas pelo mundo.
"O Brasil cercado pelo comunismo..." e etc.

Embora a frase faça total sentido àqueles que entendem o valor da liberdade política e social, ela esconde uma "pegadinha" que se você não estiver esperto vai acabar caindo no engodo dos regimes "extremos".

Se votamos na extrema direita com medo da esquerda então buscamos pelo voto útil evitar o segundo.

Contraproducente.
Buscando preservar a liberdade, apoiar um "ditador" de direita é um equívoco.
É o mesmo que pensar em corrigir um problema trocando por outro de mesma natureza.

Nos extremos não existe liberdade, seja de direita ou esquerda.

Essa filosofia me lembra aqueles que trocam de problema só pra variar um pouquinho, como se resolvesse.

E dessa vez, ninguém pode reclamar que não sabia! 😄

Este artigo neste link discute a respeito desta estratégia de voto defensivo, ou também chamado de "voto útil", mostrando como o radicalismo de um lado leva ao outro, e vice-e-versa, exemplificando como os desmandos do capitalismo (ditatura de direita, seja pela mão de militares ou não) conduziram a China ao comunismo (ditadura de esquerda).

A história ensina a gente.

Sem a história é como se a gente vivesse sem memória do que faz, então repete o erro porque já esqueceu o que aprendeu, ou nem aprendeu porque não procurou aprender!!! 😐

Se depois desse artigo mostrando o exemplo da China você não repensar, então certamente você também ainda não percebeu, ou sentiu, quanto despótico é qualquer regime extremo, ou quanto despótico e impositivo se torna qualquer tipo de extremismo.

Torne o seu voto uma extensão da sua crença, porque mudando o seu voto, seja por medo, estratégia ou por defesa, sempre estaremos reagindo às polarizações sem que se efetive a razão daquilo que dá sentido ao voto — representatividade.

Se o voto deixa de ser representativo e se torna reativo, o sistema perde autenticidade.

O segredo da liberdade de um povo é evitar a concentração de poder.

É contraproducente proteger a liberdade de um povo fortalecendo concentração de poder.
Concentração de poder sempre conduz à ditadura, seja da direita ou da esquerda.


E será assim enquanto não mudarmos nossa percepção social e política, cuja evolução virá pelas mãos da necessidade de preservar o planeta habitável, ou seja, de sobrevivermos...



  

O Radicalismo, A Dualidade e A Polarização Fazem Parte do Nosso Carácter Sem Quem Nem Mesmo Tenhamos Consciência da Sua Origem

  NOTA: É recomendável conhecer o conteúdo do post anterior para compreender melhor este. O esporte atrai milhares de torcedores desde temp...