agosto 05, 2022

Imersos no Sonho de Nós Mesmos Imaginamos Viver a Realidade

 




Este post é sequência do anterior
Céu e Inferno: Razão e Fé - Inferno Eterno Faz Sentido? 
, onde questionamos verdades que imaginamos como tais.


Todas as percepções que fazemos do meio externo são projeções de nossos sentidos.
Não temos como avaliar a cor real das coisas, nem tão pouco o som real daquilo que ouvimos.
Nem se o nosso paladar é capaz de desfrutar exatamente do mesmo sabor que outros desfrutam.

Não temos, ainda, como comparar as diferenças.

O nosso cérebro é reflexo daquilo que os nossos sentidos, ou seja — os nossos "sensores", são capazes de traduzir em informação que adquire um sentido racional e emocional de acordo com a nossa bagagem cultural e com a nossa sensibilidade.

Vivemos a vida imersos na realidade daquilo que "fazemos real" porque acreditamos nos proxies que nos traduzem os estímulos que recebemos.
Cada sensor é um proxy.
Cada sensação é meramente uma tradução repassada por esses sensores.

Cada indivíduo vive isolado em seu mundo, compartilhando apenas as faixas comuns desses estímulos.
Ninguém pode garantir que o "azul, ou o vermelho" que vemos seja visto exatamente da mesma forma pelos demais. 

Assim também o é com todos os demais sentidos.
Habitamos uma faixa comum de conforto social que é traduzida convenientemente para aquilo que entendemos por realidade.

Mergulhamos nessa realidade virtual de nossos sensores biológicos e vivemos a vida como se fosse uma resposta única da nossa existência, ou seja, uma experiência que se esgota em si mesmo ao término de suas possibilidades genéticas.

Não conseguimos ver o amanhã, então imaginamos algum.
Não conseguimos entender o ontem, então elegemos algum.
Mal conseguimos definir o hoje se não fossem as demandas do cotidiano, então pegamos carona no afã diário para fugirmos da nossa ignorância.

A solidão é fruto dessa ignorância, que nos isola daquilo que não podemos perceber, até de nós mesmos, quando então o vácuo construído nesse sentimento de intenso vazio é preenchido pelas querelas do intercâmbio cotidiano que busca sentido no agora, satisfação no hoje, diversão às nossas almas órfãs de sentido e que buscam abrigo da solidão.

Temos tanta certeza da realidade quanto mais intensa for a dor de seu sofrimento.
Ao contrário, quando a felicidade extrema bate à porta parece transportar-nos para o sonho.

A dor é a realidade filha da ignorância.

Se desejar ressentir os brios de alguém, basta alertá-lo para aquilo que realmente somos: profundamente ignorantes.

E diante de tanta ignorância, onde um pequeno passo adquire um relevância de sucesso tão infinita quanto proporcionalmente desconhecemos tudo o mais, faz crer que o que fazemos hoje para atender aos nossos sentidos mais primitivos transforme-se no próprio sentido da vida.

E na luta pelo poder, pelo domínio, onde prevalece o usufruto do labor alheio em benefício próprio, criamos as rédeas do poder através da religião, da política e da ciência.

Pela religião, a ignorância é alimentada com dogmas cruéis para impor o respeito pelo medo.
Pela política, a mentira prevalece com forma de conduzir indefinidamente a esperança de uma massa cega, carente, mendigando amparo na esperança de promessas que se cumprirão no vazio do infinito. porquanto seu termo inexiste.

E finalmente, pela ciência que constrói o sonho perfeito através da realidade criada por transdutores humanos, ou seja, os sensores eletrônicos(óculos 3D, etc.), iremos sendo seduzidos assim como são seduzidas as cobras ao sopro de flautas que exalam o odor da urina de roedores, seus alimentos.

Não o som, mas o odor.
Não o que é produzido, mas o que desejamos consumir.

Certamente não sabemos quando a ignorância em sua expressão menor nos permitirá descobrir de fato o Universo à nossa volta, cuja beleza deve justificar tanto esforço nestas aquisições ao longo de nossa evolução.

Disso tudo, concluímos que, sonho por sonho, é melhor escolher o mais belo, cuja beleza não seja exclusivamente a nossa própria imagem nem o anfitrião da dor do amanhã.





julho 24, 2022

Céu e Inferno: Razão e Fé - Inferno Eterno Faz Sentido?


 

Um dos pontos que sempre despertou minha atenção é o conceito de eternidade na premiação ou punição de nossos atos.

Todos os nossos erros ou acertos ocorridos durante nossa existência física têm duração finita, já que se encerra o ciclo ao final da nossa existência — aliás, único evento com absolutamente 100% de ocorrência. Não escapa uma única alma...

Quando eu penso nas crenças que contemplam o céu ou inferno eternos como recompensas de nossos atos durante a existência, fico perplexo diante do carácter infinito da recompensa ou da punição em face da contrapartida de acerto ou de erro sem a mesma natureza de eternidade.

Se pensarmos um pouco com os olhos da matemática, quando dividimos qualquer número por infinito, ele tende a zero. Assim fica que a duração de qualquer ação humana durante a existência, quando comparada ao infinito, torna-se tão pequena que tende a zero.

Então, pagar-se por algo infinitamente pequeno com preço infinitamente grande torna-se um absurdo cruel, acrescendo-se o agravo que todos nascem e vivem em circunstâncias tão desiguais sendo cobrados da mesma forma.


Eu vejo Deus como expressão de amor, o que é compatível com a mensagem de Cristo.
Um homem simples nas vestes e no falar, buscando traduzir conceitos avançados da forma mais assimilável possível, através de suas parábolas e pelo seu modo de explicar.

Não construiu templos, não criou igrejas.
Concentrou-se em pregar, divulgando os conceitos, e também em preparar seus discípulos para que continuassem a fazê-lo assim que voltasse para o Pai.

Um "Deus" de amor extremo não combina com punição eterna para algo finito, nem recompensaria eternamente por um acerto também finito já que estaria estimulando o ócio.
Fica estranho. De um lado pune demais, do outro dá mole total.

Se a alma humana realmente aceitasse esse princípio como verdadeiro, lá no fundo do coração, estaria diante do melhor investimento jamais oferecido. Viva sua vida corretamente, seja lá quanto for pois não passa de 150 anos, e terá regalias por toda a eternidade!!!
Não existiria melhor negócio que esse!


Quando a esmola é demais o santo desconfia! :-)


Um "Deus" de amor proveria sim a chance eterna para que absolutamente todos encontrassem um meio de corrigir suas falhas e alcançar a felicidade através de quantas oportunidades fossem necessárias, sem exceção, até que a natureza de nossos espíritos passem a refletir a luz dos ensinamentos de seu mestre.

Faz mais sentido que sempre exista um tempo de correção e outro para seguir adiante através de uma nova oportunidade de aprendizado até que a nossa alma não precise mais ditar-se pelo medo mas pelo desejo de amar.

E na grandiosidade dessa generosidade, nem a morte soa como congo de término, mas sim como uma nova oportunidade de recomeço que permita estabelecer uma nova chance mais promissora de superarmos os limites que ainda nos impedem de viver a felicidade plena, onde a consciência troca o chicote do arrependimento pelo amparo seguro da consciência tranquila forjada no equilíbrio do amor.

E se a morte é recomeço, a vida se renova sempre, assim como todo o planeta a cada amanhecer, favorecendo a conquista paulatina através de oportunidades recorrentes, quantas forem necessárias.
Isso sim, soa como um "Deus" de amor.

No fundo, se as pessoas levassem realmente a sério a lenda de "inferno eterno", ninguém realmente vacilaria. Um dia no hospital com queimaduras severas já tem sabor de eternidade, o que se dirá da própria eternidade!!!

A lenda dessa "punição eterna" de tão exagerada, perdeu efetividade porque compromete a credibilidade.

Se de fato assim fosse, também não haveria céu sem que estivesse povoado de almas aflitas vivendo o "inferno" por não suportar a perspectiva de sofrimento de seus entes queridos que estivessem no inferno.
Se o céu é expressão de amor, como então estas almas poderiam conviver com a perspectiva de impotência diante do imenso sofrimento diário e sem fim de seus entes amados?!

Imagine o amor de um Pai ou uma Mãe sabendo de seus filhos naquela situação?
Não rogariam a Deus, dia e noite, uma oportunidade de redenção para eles?
Ou ficariam conformados e "anestesiados" pelo conforto pessoal que desfrutam no céu conseguindo esquecer o sofrimento daqueles que amam?

Alguém que realmente ama consegue paz para desfrutar diante do sofrimento alheio?
Isso soaria mais como indiferença e egoísmo que não combinam com o conceito de amor àqueles cuja natureza pertenceria ao céu.

O sofrimento seria eterno para todos e o sentido de céu esmaeceria...

Realmente, não faz sentido pagar com a eternidade por um erro que não tem a mesma natureza.

julho 23, 2022

À Medida Que O Tempo Passa, A Ciência Vai Comprovando A Evolução Da Alma





 Nova lei da física: Entropia da informação diminui com o tempo


A notícia do link acima é simplesmente um marco na história do conhecimento humano e na sua relação com a "religião" como sistema de pensamento válido.


Geralmente meus textos são acompanhados de dissertação mais explicativa.
Este fala por si mesmo. Acresço apenas um comentário.


Àqueles que não aceitam a repetição de experiências da alma no decorrer do tempo, ficará cada vez mais difícil conciliar os avanços tecnológicos às suas crenças religiosas.

A religião é uma mera extensão do desconhecido.
O que não podemos entender ou comprovar cientificamente, transformamos em fé e da fé transpomos para a religião que fabricamos com diversos nomes e "sabores".

É assim que as religiões fabricadas ao longo da história humana — e faço referência a todas elas — irão sendo contestadas pela ciência no processo de depuração da crença à realidade, da ignorância ao conhecimento.

A fé, pura e simples, é ferramenta de poder.
Poder que pode ser utilizado por aqueles que desejam guiar súditos em direção à sustentação de seus interesses.

A religião que será a religião do futuro, será aquela que puder conviver pacificamente com o avanço tecnológico à medida que o mesmo for comprovando seus preceitos.

No futuro, religião e ciência serão irmãs, onde a religião apenas estende o que a ciência ainda não pode alcançar.

A fé baseada no raciocínio que cresce em harmonia com as leis que a ciência vai lapidando conduzem ao crescimento real da compreensão.


Aquelas outras que não passam de manifestação de poder de grupos que utilizam a fé como meio de conduzir as massas como frente de batalha na guerra de poder, serão erodidas pelos tempo à medida que a ciência avança no conhecimento do Universo e do sentido de existirmos nele.


A boa religião é amiga da ciência, senão filha.



junho 13, 2022

Inteligência Artificial Pode Ser o Nosso Fim? Robot Senciente (com Sentidos e Consciência) é Possível e Já Existiria?

 



Um colega de TI (tecnologia da informação), diante da notícia publicada no G1 sobre "programa de AI senciente em desenvolvimento pelo Google" perguntou-me pelo WhatsApp se seria possível, expondo que na opinião dele provavelmente não.

Logo pensei que esta dúvida poderia ser também uma dúvida de muitos.


AI é a sigla em inglês para "Inteligência Artificial".

As pessoas gostam de respostas simples, assim como eu também, mas muitas vezes não cabe a simplicidade sem que se corra o risco de criar um vácuo de compreensão que conduza a mais problemas.

Se você quiser ler a notícia do G1, está neste link:
Google afasta engenheiro que diz que sistema de Inteligência Artificial tem consciência


E se você leu a notícia, deve estar se perguntando...
Até onde pode ser verdade tudo isso?
Seria mesmo possível?


A resposta simples seria "SIM!
É possível".

Este é o motivo que tem levado Elon Musk a advertir há anos as autoridades mundiais sobre este risco, mas cuja resposta ele reclama ser lenta e não efetiva o suficiente.

Ao final do texto, deixei alguns links, infelizmente em inglês, pois a maioria deles está no idioma original. Em um post anterior há um link para uma versão traduzida para o português, onde o mesmo assunto é abordado por outro prisma: 
Elon Musk: Dois Pesos e Duas Medidas


Primeiro é preciso estabelecer os limites entre a imaginação conduzida pelo desconhecimento do assunto e insuflada pelo cinema que precisa vender filmes.

IA (Inteligência Artificial), como o próprio nome diz, busca copiar o modelo humano com base nos estudos sobre neurônios e a forma que desenvolvemos nossas comunicações externas e internas, ou seja, como pensamos, utilizando reconhecimento de padrões.
É um assunto bem mais extenso, mas o principal é isso, resumidamente.

E seria possível?

Sim, é possível e provavelmente todo sistema de AI no sentido de "imitar a vida" precisa desenvolver algum programa reflexivo avançado.

Não só é possível como esse projeto do Google não é único.
Em TI é um assunto já antigo.
Cada empresa busca desenvolver sua própria tecnologia.

IA nada mais é que do que uma programação de computador e programação é perigosa dependendo do objetivo a que se destina, com AI ou sem AI.

Atualmente, todo equipamento avançado tem programação e cada vez mais precisamos da IA para atingir objetivos de otimizar resultados, a exemplo de aviões, carros (Tesla, etc.) e tudo o mais que estiver sendo criado para o presente e que tenha futuro.

Quais os motivos de usar reflexão, ou seja, uma referência para si mesmo?
Um sistema é formado por objetos interagindo uns com os outros.
E que de outro modo um objeto poderia se posicionar em relação aos demais e vice-e-versa sem tais referências?

Em outras palavras, toda programação é feita de blocos de códigos que têm referências para si mesmos, ou seja, o "endereço desses blocos" dentro da codificação.
Se você deseja uma definição menos amigável, poderá encontrar mais detalhes aqui:
Reflexão (Programação) - Wikipédia

Reflexão não é novidade, pelo contrário, é tão velha quanto a computação.
Dessa forma referências reflexivas terminam como requisitos de projeto.

Imagine uma referência mais inteligente que possa acumular mais informação sobre si mesma, tal como "um sentido de autopreservação" para que não deixe que seus blocos de programas sejam apagados, ou ainda que tal programação sobre si mesma faça simular aspectos humanóides.

Muito natural se você estiver programando algo para imitar a vida!

Contudo, por mais sofisticado que seja um programa de IA, ainda é uma mera imitação da vida, sem vida de fato, sem alma, sem aquele princípio básico que os seres vivos possuem e que os distinguem das coisas inanimadas.

Então, programação pode imitar tudo, até alma, mas é fake!  :-)
Este é o ponto de limite!
Imitação é imitação.
Imitar a vida não é dar vida, mas uma tentativa de reproduzir algo o mais próximo possível dela, ou seja, uma simulação.

E isso é muito perigoso, sim!

Imitar a vida de um psicopata conduzirá a uma "engenhoca" com os mesmo efeitos.
Os autômatos (computadores que se locomovem) já se locomovem com incrível poder e agilidade.

Imagine uma máquina com incrível poder de locomoção sendo conduzida por um programa "psicopata", que certamente foi produzido por outro psicopata, no caso, um humano?
E que ainda possa voar (drones)!!!

O estoque de "psicopatas" parece estar em alta ultimamente.

Então você se pergunta: é o nosso fim!?
Sim, poderá ser, ou não!!!

Por isso Elon Musk imagina que seja uma das soluções, acelerar programas que levem nossa civilização a povoar outros mundos. Desse modo servirão também como sementes para repovoar a Terra em casos de extrema autodestruição.

Então por que os governos parecem não dar ouvidos a Elon Musk?

A resposta aqui é simples e vou dar como exemplo o que ocorre hoje na Ucrânia.

No passado, as nações assinaram acordos de redução de armamentos bélicos nucleares.
A Rússia fez parte destes acordos.

O países que seguiram o acordo acabaram atrasados em relação à Rússia, que segundo as notícias, detém hoje o maior poder de destruição nuclear do mundo.
Isso significa que se os outros reduziram as suas atividades, provavelmente a Rússia não.

A razão que sustenta a força de Putin em seu projeto de expansão territorial é justamente a superioridade da sua capacidade de destruição por armas nucleares transcontinentais.

Não pensem que a Europa e EUA estejam reagindo às restrições e às moderações relativas ao suporte à Ucrânia sem uma boa razão.

Se você não cria a arma, o seu inimigo pode criar por você.

O ser humano é um ser territorialista e autoritário — eu preciso controlar o meu espaço e a crença daqueles que habitam nele, tudo o mais é ameaça.

Hoje as armas se tornam necessárias para manter a equivalência de poder.
Se o seu inimigo tem o mesmo poder que você tem, atacá-lo torna-se um suicídio, um contrassenso, já que você pretende sobreviver para poder aproveitar do lucro gerado pela derrota do seu inimigo.

IA é uma super arma.
Quem não desenvolver vai se tornar "satélite" político das nações que tiverem desenvolvido, assim como foi com a energia nuclear.

Uma nação que depende da proteção de outra, queira ou não, é algo parecido com uma "colônia" com esteroides, mas ainda uma colônia.

Então, países como o Brasil, parecem oscilar entre optar por ser "colônia" de um lado, o leste, ou do outro, o "oeste", com referência aos países de esquerda que dominam o leste do meridiano de Greenwich. 




O velho pensamento: Quem é o mais forte para me proteger?

Rússia e China mudaram o equilíbrio mundial.
EUA lutam para manter o "cinturão" neste ring de gigantes.



IA pode simular humanos para a criação em massa de "fake news" que irão influenciar e dirigir as massas em escala muito mais intensa do que é feita hoje por "humanos", porque humanos são incrivelmente lentos quando comparados às máquinas.

IA pode criar armas nucleares com inteligência suficiente para driblar os sistemas de defesa.

E no futuro, à medida que a cybertrônica evolui, a integração de chips inseridos em humanos poderá criar super soldados, os "super warriors" tão desejados pelas nações que disputam o poder mundial. Ou simplesmente super robots de guerra. Serão máquinas infernais, certamente.

É uma corrida onde quem ganhar se torna o "mestre", e aos perdedores caberão a entrega de "suas liberdades".

A regulamentação que Elon Musk propõe é bem intencionada mas não carrega a realidade do jogo sujo que sustenta a cabeça dos criminosos.
Seria recomendável, mas regulação só segura o desenvolvimento de quem a segue, e poderia acontecer com a IA o mesmo que aconteceu com o investimento em armas nucleares que tornaram a Rússia um líder mundial de destruição.

Então, resta a pergunta...
Você!, cidadão como eu, opta por apoiar ou não o investimento em armas que tornem a sua nação apta a ficar em "pé de igualdade" para não ser submetida?


A Europa entendeu isso tarde demais, como sempre, afinal na segunda guerra mundial os países europeus cometeram o mesmo erro, só que àquela época o poder destrutivo do homem era muito menor e havia tempo para compensar o atraso da falta de visão.

Merckel (Alemanha) que me perdoe... Macron (França/UE) também!
Repetindo erros do passado!!!


Hoje, boa parte do mundo pode ruir em alguns minutos ou mesmo segundos.

Não temos solução enquanto a alma humana não entender melhor o sentido do respeito à vida em escala global, onde psicopatas dinossauricos sejam uma minoria controlável em seus hospícios.
 


E por que o "cientista" do Google fez tal declaração?

Ego é uma das possibilidades.
Autopromoção é outra.
Ou ambas! 

Quando você cria algo que parece vivo, o efeito colateral é a "sensação de pai/mãe".
E todo pai/mãe tende a amar seus filhos até mesmo próximo à idolatria, quando perde a noção da realidade que seu próprio filho pode vir a representar no papel da vida.

Quando você desenvolve um programa que "começa a falar com você" a sensação é incrível, algo parecido como assistir ao nascimento de um filho, menos intenso certamente, mas ainda assim muito envolvedor — Criadores são altamente suscetíveis às suas criações.

Moralmente, poucos estão preparados.
Geralmente a inteligência supera o senso moral e ético.
Evoluímos mais tecnologicamente, que moralmente.

Então esse é o destino de uma civilização assim.
Poderá mudar?
Certamente.

Tudo depende da capacidade do crescimento de consciência em escala global.
Talvez uma sucessão de eventos que tragam muito sofrimento em escala massiva dentro de uma sequência certa sejam suficientes para redirecionar os caminhos da humanidade, quanto à frivolidade, à ambição e todas as mazelas que façam não valer a pena por suas consequências destrutivas.

Esse é o caminho da evolução.
Ou evolui, ou desaparece.

Este artigo visa colaborar para que através da consciência popular, possamos melhorarmos as chances de garantir um futuro promissor através da informação e da conscientização.

As autoridades sempre adotam a estratégia de omitir ou camuflar para não criar pânico.
Ao menos este é o pretexto, mas a verdade é que o ser humano só toma ação diante de algo muito sério.

A omissão na conscientização popular trabalha contra as nossas próprias possibilidades de sobrevivência.

É preciso divulgar.
Neste aspecto, concordo totalmente com Elon Musk.





Algumas entrevistas com Elon Musk:

- ellon musk: Video: Joe Rogan shares "2050 documentary" clip of Elon Musk warning governors about "AI danger"




junho 12, 2022

Indo Mais Além Sobre o Sentido do Voto, da Democracia e de Suas Alternativas

 


Democracia é possível?

O conceito democrático que vivemos é muito questionável já que a escolha é efetivada entre as opções impostas, algo que em si mesmo não soa democrático.

O modelo atual está muito longe do que democracia poderia realmente representar.

Sim, as opções de candidatos elegíveis são impostas por grupos de poder que lideram o status quo do sistema que apresenta um pacote fechado de candidatos que lhes são favoráveis, mas que necessariamente não representam a maioria.

O povo tem que optar por uma delas.

Só por aí, temos um modelo democrático que é pura maquiagem de uma "elite" que determina a cadeia de poder do sistema.
O povo é mera ferramenta de decisão desta disputa entre os mais poderosos, quando não lhes é possível resolver por si mesmos.

Não acredita?

Então vamos evoluir a ideia inicial — Democracia Pura, e vamos ver onde isso nos leva.

Imagine uma comunidade onde decidissem aplicar a democracia no seu estado mais puro de direito.
Seria mesmo possível?

Basicamente, o princípio de hierarquia seria quase que abolido e todos teriam os mesmos direitos, efetivamente, e não apenas como algo exercido em oportunidades eletivas, como é o caso atual.

Levando o conceito ao extremo, se todos têm direitos iguais no processo decisório, não há distinção cultural ou social. Todos participam votando em qualquer processo decisório onde não haja consenso.

Então, na democracia pura, se existe diferença de opinião, todos votam.
Por exemplo, o CEO de uma fábrica viabiliza a votação, sendo responsável por sua execução. Apenas isto. Ele não decide os caminhos da empresa, pois isto é uma responsabilidade de pleito.

Notem que este conceito lembra muito os conceitos puristas das teorias onde o coletivo demanda as elites, que por sua vez deram origem aos pensamentos de esquerda.

O mesmo acontece com todos os assuntos pertinentes ao grupo social.
O conceito hierárquico ficaria achatado.
No seu topo existiria apenas o pleito que detém o poder sobre todos os demais.
Temos, portanto, apenas um nível hierárquico — a vontade coletiva.

Se pensarmos bem, isto recai no modelo autocrático, ou ditatorial, onde o despotismo deixa de ser exercido por uma pessoa, mas por seu conjunto, substituindo-se apenas a figura do individual pelo coletivo. Mudam-se os atores mas o princípio autocrático continua ali, mandatório por natureza. Tudo isso com um "sabor" de doutrina de esquerda (o coletivo prevalece sobre elites).

O que aconteceria se nesta sociedade imaginária, durante a votação de uma questão crucial, o pleito resultasse em empate?  50% contra e 50% a favor?

Então, provavelmente, esta sociedade precisaria dividir-se em dois grupos diferentes, cada um seguindo a vontade de sua maioria, já que ambas são equivalentes e não podem ser contrapostas.

E se em cada metade voltasse a ocorrer o mesmo problema, novamente? Nova segmentação?

O grupos tenderiam à subdivisão constante até a unidade do sistema que é o próprio indivíduo.

Se já não bastasse a fragilidade conceitual da democracia onde pessoas preparadas e despreparadas podem ter o mesmo direito de exercício de poder, a democracia também não se sustenta diante da diversidade de opiniões que vão minando a força de uma comunidade que é construída pelo potencial de consenso de grupo.

Este fenômeno explica a degradação de nações movidas pelo espírito democrático e o crescimento de seus rivais autocráticos.

A Democracia torna-se um modelo exequível, poderoso e eficiente desde que haja forte consenso.
O consenso é construído com a uniformização cultural e a capacidade de compreensão alinhada por experiências comuns. Acesso à educação e possibilidades igualitárias de crescimento social são os alicerces que sustentam o modelo democrático, há muito tempo tais alicerces não passam de utopia.

Por isso, democracia é algo que só existe em nosso imaginário!

Na prática, o termo "Democracia" é utilizado apenas como forma de estabelecer decisões para os jogos de poder quando este mesmo poder decisório foge das mãos dos poderosos diante da equidade de forças entre eles. 
É como se duas pessoas que pudessem se destruir, mutuamente, decidissem jogar dados como forma de evitar uma contenda que resultaria na morte de ambos. Você, nesta situação, também não aceitaria decidir jogando os dados, ou transferindo para um terceiro a decisão final, do que submeter-se ao autoextermínio?

Dessa forma, vagamos pelo inconsciente de nossos sonhos coletivos onde a prática vai nos conduzindo aos resultados cujos efeitos não entendemos ou preferimos não aceitar, ou ainda achamos muito "tedioso".

A autocracia é o modelo de gestão natural às sociedade primitivas socialmente, independente de seus avanços tecnológicos. A "democracia" como é vivida hoje é apenas uma amenidade deste processo.

E como se tudo isso não bastasse, somos idólatras por natureza.
Adoramos eleger ídolos de toda espécie — nos esportes, na música, nos empreendimentos, na política, etc.

A idolatria exerce o poder de fascínio pelo extremo desejo pessoal de ter as mesmas qualidades de nossos ídolos.

A idolatria é o combustível da autocracia.
A corrupção é a doença que destrói a importância do senso comum que expressa a maioria.

E democracia é a esperança que nos sustenta o sentido de liberdade.

Vivemos de sonho enquanto caminhamos para a realidade.



NOTA:
O autor não defende o modelo autocrata, porém reconhece que democracia é um modelo imaginário já que a nossa sociedade está aquém dos requisitos necessários para exercê-la.
O modelo mais próximo da nossa realidade seria a meritocracia, porém a nossa medíocre capacidade de avaliação somada à nossa natureza corrupta também torna o mesmo inexequível no mundo real.
Um mundo real cujo passado ao longo da história é o atestado de nossa natureza, onde não existe espaço para sustentar modelos socialmente avançados.


Veja também:
Democracia e Voto Útil - Prós e Contras


Elon Musk: Two Weights and Two Measures


Recently, Elon Musk, faced with the proposal to buy Twitter, defended total freedom of expression in the application, opposing any regulation that impedes free expression.

Defending total freedom seems contradictory to the stance adopted in previous interviews where he proposes regulation warning that they are moving not fast enough to make it happen in time of a major irreversible issue.

According to Elon Musk, AI may be used to spread fake information.

What would Twitter come to having total freedom?


So I asked Elon Musk over Twitter:

"You've said that AI shall comply with surveillance and that it may start a war by generating fake emails and news.
Total twitter freedom too.
It seems a contradiction.
Two similar things and two different approaches.
Please, tell us the difference. Could you?"


His main statement is that things that pose a threat to humanity shall be regulated.

If AI must be regulated, why information over social media, in general, should not, since the former is just a spreading vector of the latter?




And If Twitter were used as bad propaganda making use of its total freedom???

We are talking about thousands of people working systematically to achieve a target using faking information.

Knowing that Elon Musk has a prodigious memory, he certainly knows what he has said in the past and therefore leads us to believe that being aware of what he does leaves room for us to believe that perhaps the policy he promised it is part of his strategy to buy the social media platform.

Or not?! :-)

Either way, that doesn't detract from his value as an entrepreneur and human being, but it certainly makes it clear that he could be acting like politicians in general.

Two weights and two measures.



"A man may die, nations may rise and fall, but an idea lives on."
John F. Kennedy (1917-1963)



Some Additional Events After Publishing Date











junho 08, 2022

Elon Musk: Dois Pesos e Duas Medidas


Recentemente, Elon Musk diante da proposição de comprar o Twitter, defendeu a liberdade total de expressão no aplicativo sendo contrário a qualquer regulação que impedisse a livre expressão.

A postura de defesa de liberdade total parece contraditória à postura adotada em entrevista anterior:
O Último Aviso de Elon Musk: "Eu Tentei Alerta-los" (2022) [ML40359]


Então, perguntei a Elon Musk pelo Twitter:



Eu não esperava pela resposta que muito provavelmente não viria, pois observando seu perfil pelo Twitter, ele parece ter o hábito de apenas responder comentários que lhes são favoráveis e próximos.  :-)


Ao assistir o vídeo observe a postura que ele defende. Abaixo, para facilitar, identifiquei alguns pontos. 
Nota: o video está traduzido para o português.


A partir deste ponto ele mostra como a informação sem controle pode ser nociva e perigosa.




Neste ponto em diante, começa a se definir sua postura controladora, que lhe é peculiar.




A partir deste ponto, fica muito clara a contradição onde ele definitivamente sugere controle.



Sabendo que Elon Musk tem memória prodigiosa, certamente ele sabe o que falou no passado e portanto leva-nos a crer que consciente do que faz deixa espaço para acreditarmos que talvez a política prometida por ele fizesse parte de sua estratégia para comprar a plataforma de media social.

Ou não?!  :-)

De qualquer forma, isso não tira seu valor como empreendedor, mas certamente deixa claro que age como os políticos em geral.

Dois pesos e duas medidas.


Other sources in English (original)




Alguns Eventos Posteriores à Data de Publicação












maio 29, 2022

A Democracia Termina Onde A Hierarquia Começa e Na Prática, Não Existe Democracia Pura





 


De uma forma simples, democracia seria como atender o pedido da maioria.

Imagine uma casal com 3 filhos na faixa de 13 a 17 anos, idades difíceis, quando o jovem quer exercer sua liberdade mas ainda não tem plena consciência de suas possibilidades e capacidade de julgamento.

Todo ano, esses pais promovem férias familiares, e sendo uma tradição de uma "família democrática", o destino é escolhido por votação. Durante bom tempo, o hábito tem sido um ponto alto para o convívio deles, um momento de aproximação e de diversão para todos.

No último ano, o contexto foi modificado por duas premissas: um dos filhos precisa se preparar para admissão em escola superior, já que vem apresentando fraco desempenho precisa de muito reforço. Concomitantemente, os pais, diante das instabilidades pandêmicas, viram que o risco de viagem implicava em risco para a saude de todos.

Durante a reunião familiar para decidir o novo local das férias daquele ano, os pais anunciam que não haverá nenhuma viagem. Os filhos indignados pelo posicionamento dos pais cobram o princípio democrático que foi sempre defendido por eles através da votação. Naturalmente os pais vão perder porque os três jovens não vêm os riscos apontados pelos pais, principalmente o mais velho que deseja fugir das aulas de reforço.

A história termina, após muitas tentativas dos pais em arrazoar a necessidade daquela decisão, quando os pais então encerram a questão informando que o debate está fora de cogitação e que não haverá viagem de férias naquele ano, já que o mais velho precisa se preparar melhor para admissão na faculdade e também não podem e não querem correr o risco de ver alguém da família, ou toda ela, prejudicada pelos efeitos de uma possível contaminação.

As "crianças" (não mais tão crianças) ficam revoltadas e a reação é intensa, gerando um clima de "guerra familiar".

Os pais neste exemplo representam aqueles que, mediante uma visão mais precisa e madura, fariam o papel do governo, supondo um governo sério e competente. Vamos excluir temporariamente incompetências, sejam elas técnicas ou morais (corrupção).

A corte suprema estadunidense está prestes a anular a liberdade dada ao aborto, estabelecendo regras mais rígidas.

Supreme Court has voted to overturn abortion rights, draft opinion shows


Alguns podem ver o momento como uma questão apenas ética, porém americanos são muito pragmáticos e podem existir razões adicionais, além daquelas religiosas e éticas, pois a redução da população de um país abaixo de certo nível torna aquele país 
enfraquecido e descaracterizado culturalmente, pois decréscimo populacional implica em consequências de ordem econômica.


A taxa de natalidade vem caindo em todo o mundo, ao passo que adeptos da religião mulçumana têm taxas superiores.

"Segundo relatório do Pew Research Center, em 2050 os muçulmanos deverão chegar a 29,7% da população mundial, bem perto dos 31,4% de cristãos. A proporção atual é de 22,5% para 33%. Uma das grandes surpresas é que a Europa deverá ter 10% de muçulmanos em 2050. A população cristã na Europa e nos Estados Unidos encolheu de 93% em 1910 para 63% em 2010, embora tenha crescido na África e América do Sul."
Fonte: 
O islã e a profecia

À medida que a população original de um país decresce vai deixando lacunas que são preenchidas mediante a intensa migração de mulçumanos de outros países. Países europeus como França e Alemanha poderão ter maioria mulçumana se as taxas destes países não forem capazes de reverter esta tendência.


A Corte Suprema estadunidense deve ter em mente outros pilares que sustentam a batalha atual cujo custo político é alto, e que certamente não compartilhariam com a população.

Há momentos em que a Democracia desaba e se confunde com autocracia!

Os pais quando precisam adotar posicionamento contrário aos filhos, ou os dirigentes de uma empresa ou nação cuja visão mais ampla e perspicaz entende uma necessidade ainda não compreendida pela massa.

Não existe Democracia Pura.
Não existe Liberdade Total, ilimitada.

Elon Musk defende liberdade total no Twitter.
Ele que me perdoe!
Assim como qualquer um não pode entrar na SpaceX, na Tesla ou na Boring, também não podemos invadir "espaços" alheios ao nosso, a exemplo dos discursos de ódio que incitam toda sorte de violência e transgressão de direitos.


Todo processo tem suas restrições.

Infelizmente, é justamente no limiar entre o direito de impor e o direito de escolha que se infiltra a corrupção moral para estabelecer e justificar as imposições de qualquer espécie a favor de si mesma.

O discernimento apurado às necessidades maiores é o antídoto à ditadura.
Se o povo está muito distante destas necessidades maiores, cresce sua subjugação, seja pelas mãos políticas ou pelas contingências econômicas, ou ainda pelas imposições da guerra de conquista sobre os povos enfraquecidos.

O texto visa dar ao leitor uma visão mais ampla das várias injunções que um tema carrega.
Então não basta opinar com base em um aspecto do problema.
É preciso buscar outras injunções que participam das consequências que advirão daquela decisão.

Raramente, as pessoas são levadas a raciocinar em múltiplas dimensões de um problema.
A escola normalmente não ensina a racionar dessa forma.
Não há interesse.

Quando dei um curso rápido a um grupo de crianças sobre a forma de pensar nas coisas por vários meios, elas vibraram. Os pais não gostaram porque algumas crianças começaram a mostrar resultados superiores em termos de lógica conclusiva. 

Esse breve fato ajuda a ilustrar o tema, onde o interesse político começa em casa.
Filhos mais espertos que os pais são um problema.
Povo mais esperto que os políticos também!  :-)

Contudo, democracia depende exatamente dessa capacidade de raciocínio e percepção.
Consequentemente, a democracia nasce e morre em casa.

A origem de nossos problemas geralmente residem nos sentimentos primários relativos ao nosso ego inflado.

Se deseja contribuir para a melhora do mundo, comece por você mesmo, e depois pelo seu lar.
Nesta singela estratégia começa a solução de vários problemas.

De qualquer forma, quando falamos de democracia precisamos ter em mente que tudo tem limite, sendo este limite o que vai definir se a democracia converteu-se em autocracia.

Democracia pura requer inexistência de hierarquia e portanto a liderança ficaria restrita apenas à organização e proteção democrática sem direito a legislar ou estabelecer regras de qualquer ordem que não tivessem sido anteriormente aprovadas pela maioria.

Se há hierarquia, então há exercício de autoridade não consubstanciada pela maioria mas a partir de um topo social, e retorna-se para o que conhecemos bem:
"Manda quem pode e obedece quem tem juízo."



Mais informações sobre o tema:

 Pew Research Center

 The Future of the Global Muslim Population

O Crescimento da População Mulçumana

Falling birth rates are an economic issue. Here’s how we can fix it

Bye, bye, baby? Birthrates are declining globally – here's why it matters

Germany's birth rate drops, confirming dramatic predictions for the whole world

Islam Is Taking Over Europe—’Without Swords, Without Guns, Without Conquest’

Will Britain have a Muslim majority by 2050?

Which European country will become Muslim majority by which year? Here is what one research says




maio 27, 2022

Espiritualista ou Positivista? Uma Visão Otimista da Evolução

 

Nem um, nem outro, mas ambos.

Para um niilista, este texto soará ingênuo, sonhador.

Diante de tanta destruição, seja ela planetária ou moral, através da agressão constante ao equilíbrio do meio ambiente, ou pela desconstrução dos valores que se oponham à corrupção, ficamos tomados do pessimismo ou do medo que o futuro passa a representar.

E tomados por sentimentos negativos de medo, pessimismo, insegurança e dúvida, acabamos por somarmos ao padrão corrente dessa desconstrução social.

Acreditar no melhor, só por opção, também torna o indivíduo refém da fuga que procura pensar que está tudo bem porque é mais conveniente.

Extremos são excessos onde o desequilíbrio encontra moradia.

Como construir uma atitude positiva diante de um panorama tão destrutivo?

A desconstrução não é boa nem ruim, é apenas um estágio de instabilidade na reconstrução de algo melhor.

Para espiritualistas/reencarnacionistas, a existência física é uma projeção na matéria do pensamento do espírito. O exemplo mais próximo que podemos encontrar é tema do filme "Avatar".



Àqueles que acham inconcebíveis as ideias reencarnacionistas, este filme oferece uma trilha que facilita o entendimento do conceito.
O espírito é eterno, e a sua existência projeta-se no meio físico através do pensamento, onde o corpo é apenas um meio físico inerente ao meio que lhe permite transitar em dimensões de estado mais denso da matéria já que o pensamento/alma pertencem a outro muito mais etéreo.

Do ponto de vista físico é algo complacente com a ciência atual, embora ainda não consubstanciado pela mesma, mas tecnicamente viável já que a existência de Universos em dimensões diversas vem sendo longamente contemplada pelos cientistas.

Com base nesse pensamento que a fé não precisa distar da ciência, necessariamente, podemos construir um modelo de pensamento que promova suporte ao aparente caos do possível ocaso da nossa civilização.

O planeta é regido por leis muito precisas e acreditar que tudo seja obra do acaso é encontrar uma solução muito simples para as coincidências voluptuosas com que nos deparamos. É o mesmo que negar algo muito maior que nós mesmos, seja por mera ignorância ou extrema prepotência.

Seguindo o raciocínio emprestado do filme "Avatar", podemos entender que atrás de cada avatar existe uma organização que o mantém, que nós podemos chamar de "coordenadores da vida na Terra".
Se o objetivo é evolução, a Terra torna-se sua escola.

Quando o aluno é extremamente renitente, só restam as experiências vividas pelos desfavores da sua renitência para que possa aprender através da reflexão de seus próprios atos aquilo que rejeita através de terceiros.
Faz sentido, não faz?

Sendo assim, esse aparente caos é apenas a etapa inicial desse processo que vai conduzir a etapas mais desafiadoras que proporcionarão o espelhamento comportamental coletivo em prol da evolução social, massivamente.

Repare, que hoje, porque temos um poder destrutivo que nos levaria facilmente à autodestruição, estamos mais atentos aos seus riscos.

Repare, que hoje, o desiquilíbrio do ecossistema vai nos reconduzindo o comportamento, vagarosamente, mas ainda assim constante. Carne animal sendo substituída pela vegetal, redefinição de políticas energéticas, crescimento da administração compartilhada dos recursos e políticas mundiais que começam a formar consenso para uma ética internacional.

Não estamos aprendendo pelo amor, como Cristo desejava, mas tão pouco o amor deixa de existir como participante vital deste processo através dos laços sentimentais da família e da sociedade.

Não avançamos pela estrada desse amor que partilha, mas pela estrada que começa a aprender compartilhar para não fenecer.

Toda escola tem seus níveis de graduação.

Após o ímpeto de destruição que prevalece hoje, que será deposto pela insustentabilidade de suas ações, advirá o período de reconstrução física onde o amor aprenderá galgar degraus mais altos na escalada da vida.




"We are slowed down sound and light waves, a walking bundle of frequencies tuned into the cosmos. We are souls dressed up in sacred biochemical garments and our bodies are the instruments through which our souls play their music."

"Somos ondas de som e luz desaceleradas, um feixe ambulante de frequências sintonizadas no cosmos. Somos almas vestidas com vestimentas bioquímicas sagradas e nossos corpos são os instrumentos pelos quais nossas almas tocam sua música."

Albert Einstein


maio 22, 2022

Os Descaminhos do STF, Crise Institucional e a Ameaça ao Estado de Direito





Lula foi condenado por três instâncias.

Após o vazamento dos diálogos nos celulares de Moro e Deltan, o STF simplesmente foi anulando os processos de Lula que acaba retornando livre, como se houvesse havido um grande engano processual consubstanciado pela parcialidade do juiz.

Em toda essa estranha história, muita coisa gera questionamentos.

Um julgamento é feito com base na natureza das provas.
Não importa a opinião pessoal do juiz.
Todo juiz é antes um ser humano, e certamente sempre acaba adotando uma opinião pessoal independente dos autos do processo, pois tem ideologia como qualquer cidadão.

O que garante o "Estado de Direito" é que, independente da opinião pessoal do juiz, o mesmo não pode proferir uma decisão incoerente com as provas feitas no processo, o que resultaria em grave falta e justa anulação de suas decisões.

Oras, no caso de Lula, temos três cortes confirmando a decisão dada pela primeira, incluindo o STF que corroborou a sentença de Lula que o levou à prisão.


Se um documento a posteriori de caráter espúrio ao processo já transitado em julgado tem a força de reverter tudo, podemos concluir algumas coisas constrangedoras:


1. A lei e o sistema processual não seriam suficientemente eficientes para garantir que, mesmo diante de um posicionamento pessoal do juiz, o mesmo não pudesse alterar a força da provas apresentadas.
Só isso é suficiente para abalar qualquer confiança no processo judicial.


2. A mesma falha teria sido cometida por todas as três instâncias.
Isto resulta em uma desconfiança cuja intensidade do abalo é multiplicada por três. Surreal.

3. O STF com base em uma documentação que não tem amparo legal decide anular o que já foi julgado, levando a população à confusão que posteriormente vai resultando no descrédito do sistema.
É justo que todos os brasileiros que confiaram nos trâmites legais tivessem acesso transparente aos detalhes que levaram o STF a "atirar nos próprios pés", pois que revogar uma decisão reiterada várias vezes por várias instâncias é equivalente a anular a credibilidade no sistema judicial.

O STF está sofrendo as consequências da desmoralização crescente que vem construindo através de suas decisões.
Não se trata apenas de Lula, mas de todos os envolvidos em crimes que foram liberados intensivamente  e especialmente por um ou outro ministro do STF.
Não é necessário menção a nome algum, pois está na boca de qualquer cidadão inconformado, fazendo prova que para bandido rico não tem lei que o prenda e o mantenha preso.

O desgaste tremendo de um poder cuja estabilidade deveria ser o estandarte da credibilidade e da estabilidade, já que aquilo que é certo é certo, não se torna errado da noite para o dia por equívoco, o que leva a questionar a competência do sistema que se torna seriamente comprometido.

Os desafios constantes de Silveira ao STF, cujo poder desgastado vem arguindo com réus, coisa inaceitável para aquela instância, sofrendo descréditos constantes à sua autoridade, é resultado do desempenho que o mesmo vem apresentando ao longo do tempo.

Ministros de outras pastas, quando não são capazes de atender às metas esperadas, são exonerados e substituídos, algo normal em qualquer sistema de produção.

O STF jamais deveria ser composto por indicação, porque até aqueles que indicam podem um dia sentar no banco dos réus, o que tornaria o ministro indicado pelo réu inábil para o seu julgamento. Mesmo que esse ministro não venha a participar do processo de um caso assim, ainda assim ficaria muito conveniente para ele o seu afastamento evitando morder a mão que lhe deu comida.

O STF precisa ser composto por meritocracia independente de qualquer indicação porque justiça imparcial não pode ser composta por mãos políticas.

O STF também deveria ter cargos por tempo determinado, evitando que se formem as crostas de ego cuja estabilidade lhes dá a sensação de divindade, resultando nas mesmas desvantagens de quando se concede poder indeterminado a um ser humano, a exemplo de reis que invariavelmente acabam imbuídos de arrogância, prepotência e outros excessos psicológicos a que todos estão sujeitos.

Silveira, INFELIZMENTE, representa o sentimento represado no coração da maioria dos brasileiros inconformados com os descaminhos do STF, embora sua atitude seja deplorável como um cidadão público que deveria proteger a Democracia pelas mãos do "Estado de Direito".


maio 17, 2022

O Cenário Mundial e Suas Boas Lições Para O Brasil Em Dois Tópicos

 




É mais um exemplo de radicalismo o recente massacre ocorrido em Buffalo (EUA), onde um atirador disparou contra as pessoas no supermercado motivado por crenças supremacistas adotadas por Republicanos nos EUA, atualmente partido de extrema direita, que tornou-se ainda mais exacerbado depois de Trump.




Segundo o noticiário internacional, o autor do ataque motivou-se pela "doutrina da substituição", cujo autor Camus é um escritor militante da esquerda cultural da França na década de 60 e teórico usado pelos supremacistas brancos.


Como tem sido constantemente frisado neste site, os extremos se confundem, e os fatos vão comprovando e falando por si.


EUA, um país consagradamente democrático e anticomunista, acaba contaminado por doutrinas de esquerda ameaçando o "país da liberdade democrática mundial" que moveu e move "céus e terras" para protegê-la, o que "justificou" a sua participação nas guerras da Coréia e do Vietnã.

No Brasil, a extrema direita é hoje representada por Bolsonaro.
Da primeira lição aprendida com o cenário mundial conclui-se que extrema direita acaba trilhando os descaminhos da esquerda.

É uma pena que tantas pessoas ainda não percebam que a reação de rejeição aos partidos de esquerda, atualmente representados por Lula, acabe por atirá-los em solução cujo "tiro pode sair pela culatra" — expressão à gosto do clima belicoso do "Partido Bolsonaro", já que ele não tem partido, mas o partido que o tem, o que é comum aos partidos de extrema direita, a exemplo do "Partido dos Trabalhadores Alemães (Deutsches Arbeit Partei, ou DAP)", como era denominado o partido no início da carreira de Hitler durante suas campanhas eleitorais na Alemanha, e que posteriormente evoluiu para o partido nazista quando então o partido passou a ser o próprio "Hitler", como ocorre nos casos dos ditadores onde o "partido que o tem", já que o ditador é o partido.

O leitor se for atencioso, irá conectando os pontos que formarão a imagem das possibilidades brasileiras.


Outro tópico interessante, que vai se encaixando na sequência da degradação da democracia no mundo, é o exemplo do que ocorreu na Rússia, publicado ainda hoje (17/05/2022) na BBC, onde um coronel aposentado expõe a realidade da delicada posição militar da "operação especial russa", conforme eles denominam por lá, furando o bloqueio de informações imposto por Putin através de forte censura que mantém o povo desinformado, buscando fazê-lo acreditar que a Rússia está sob a ameaça mundial, ou seja, o contrário da realidade imposta pelos fatos pois a Rússia que representa a ameaça como o país agressor ao invadir seu vizinho na esperança de uma conquista fácil, relâmpago, como aquela em que Israel se consagrou na guerra de 6 dias (Six-Day War). 




É notável a coragem desse militar aposentado e a forma educada e sagaz com que vai se opondo à apresentadora daquele programa semanal russo de 60 minutos, buscando mostrar e sinalizar ao povo russo que as coisas não são bem assim como o governo tem noticiado, driblando a apresentadora que vai visivelmente apresentando tom de voz e expressão agressivas.


Desse exemplo, podemos tirar mais outra lição de um tópico tão cabalmente ilustrativo:

Não acreditar necessariamente naquilo que um governo publica, principalmente quando tem veia ditatorial e extremista, mesmo disfarçado em governo eleito pelo povo, já que isso não serve de base uma vez que Putin foi eleito pelo povo, Hitler foi eleito pelo povo, e assim por diante, uma vez que o povo não sabe bem o que elege já que uma boa parte dele não condiz com o perfil necessário para avaliar adequadamente a escolha do líder de uma nação.

O exemplo russo serve para qualquer país, inclusive o Brasil.
Acreditar em propagandas governamentais é um sinal de desinformação cultural, ingenuidade e falta do conhecimento contemporâneo para entender o contexto do país onde se vive.

A solução para a desinformação é o cruzamento de informações através do maior número de fontes possível e mesmo assim, sempre paira no ar a necessidade da comprovação pelos fatos posteriores que irão reafirmando ou desmentindo as informações que vamos colhendo.






maio 04, 2022

Democracia de Mãos Amarradas


 


Teoricamente, democracia oferece mais liberdade que regimes autocráticos, monocráticos, ditatoriais, etc. etc. etc.

Maravilhoso... porém, na prática o que você pode fazer quando:

- A corrupção corre solta em escândalos um atrás do outro..

- Quanto a polícia não cumpre seu papel, ou pior, age no papel inverso...

- Quando políticos agem em desacordo com suas promessas...

- Quando temos ações do STF completamente em desacordo com o desestímulo ao crime.
Processos revertidos ou arquivados, ou pior ainda, colocados para frente num tempo em que ninguém mais se lembre, de condenados e pessoas autoras de ações ilegais com passado desabonador, etc...

- Quando o presidente da nação age contrariamente ao desejo da maioria do seu povo...

- Quando não temos um candidato em quem votar porque nenhum deles representa avanço, mas retrocesso, ou seja, quando o processo eleitoral foi monopolizado!!!...


- Quando "isso ou aquilo", que daria para fazer um lista imensa, não tem meios efetivos pelos quais o seu povo possa efetivar a sua vontade e que não passe por mãos já contaminadas?...


Então?

Temos alguma forma efetiva de exercer o direito democrático que não seja outro senão o voto de curral (monopolizado)?

A falta de representatividade dos candidatos nas eleições através da manifestação clara pelos números de votos brancos ou nulos farão alguma diferença?
Não, mas ainda assim é o único meio que resta.


Democracia de mãos atadas soa algo democrático?

Democracia de mão atadas, onde o exercício torna-se uma propaganda de época na época da colheita na lavoura de um povo de mão atadas e com apenas duas opções de voto: o ruim e o pior.


Se o povo tivesse consciência, não lutaria por uma democracia mais representativa?!


Leituras adicionais:

As Democracias em Perigo de Extinção
Democracia e Voto Útil - Prós e Contras



abril 30, 2022

Putin: Um Caminho Sem Volta

 



Eu não sei se foi o tempo ou se foi o conhecimento que vai tecendo as estradas do meu pensamento e da minha emoção.
Certamente, ambos!

O que sei é que à medida que entendo melhor o mundo, a emoção adapta-se muito melhor às contingências que a vida vai impondo, e a minha convicção é o que me sustenta o equilíbrio onde a depressão tem pouco ou nenhum espaço.

Eu não sou um homem religioso, porém também não sou areligioso no sentido geral que as pessoas normalmente emprestam ao termo.

Eu não acho que a fé deva ser o sustentáculo de nossas atitudes sem o apoio da razão esclarecida.

Onde a razão falha, sobra a convicção cega que é presa fácil da demagogia e da manipulação ideológica.

Hoje, eu posso olhar para esse homem, Putin!, não como um líder da Rússia, já que líderes não reprimem seu povo nem tão pouco o mantém sob a ignorância da propaganda política como única fonte de informação, mas como um homem lutando por uma convicção equivocada.

Coitados dos russos.
Se ligam a TV, o que escutam é notícia filtrada pelo Kremlin de modo a conduzí-los à lavagem cerebral através da desinformação. Apenas aqueles que conseguem vencer a barreira da comunicação obtêm notícias do ocidente de modo a poder analisar melhor a situação de seu país.

O povo russo é refém do ditador que elegeram sem que o soubessem.

O mesmo pode acontecer com o Brasil pelas mãos dos candidatos extremistas.

E com a tranquilidade que os anos me proveram, eu olho para Putin sem qualquer sentimento que não seja de respeito pela queda a que todos estamos submetidos: a luta por nossas convicções até que se provem equivocadas.

Putin é um "Russo" com letra maiúscula, lutando por aquilo que entende como sendo a luta pela identidade do povo russo, da recuperação do poder de uma malograda União Soviética que marcou a alma dos seus nacionalistas extremistas.

Até o amor tem suas contraindicações.
Em excesso, perde a mão e se mete pelos descaminhos da paixão.

Putin é isso: um nacionalista apaixonado, crente que a sua missão é devolver à Rússia o patrimônio perdido.

O caminho de Putin é sem volta.
Retrocesso é a sua decadência total.

Como havia dito em post anterior, quem imagina que Putin esteja blefando, vai se decepcionar.

Qual o lado positivo que podemos aproveitar de um processo tão doloroso, cujo preço mal começamos a pagar?

Diz o ditado que Deus escreve certo por linhas tortas.
Ou seja, Deus aproveita nossos descaminhos na recondução de nossas condutas.

Os atos de Putin eclodem num momento global onde ideologias extremistas polarizaram a atenção popular.

Isto significa que o povo está extremista.
Razão do extremismo?
A resposta infelizmente não é curta, porque é uma colcha de retalhos, ou seja, muitos motivos diferentes resultantes num efeito comum: descontentamento.

Já começamos a sentir os efeitos no "bolso" dessa crise mundial que clama por uma definição ideológica, onde a luta pelos extremos "parece a solução".

Nazismo, nunca morreu!
Fascismo, nunca morreu!
Escravatura, nunca morreu!

Enfim, as mazelas do desespero humano através de uma solução radical sempre persistiram na alma humana através de gerações.

Ela nasce do extremo desejo que um indivíduo nutre por um "desejo-ideal", onde não há preço estipulado a se pagar pela sua conquista.

Putin é uma ferramenta da vida, originada por ela mesma, que conduzirá o extremismo à sua redefinição.

A guerra na Ucrânia apenas começou.
Perdurará por um bom tempo, mesmo que por um milagre os combates fossem suspensos.
No entanto, o problema permaneceria em solução.

EUA que abraçaram Trump com força, aproximadamente 43% da opinião popular.
Venezuela tomada por Maduro.
Myanmar tomado pelo general Min Aung Hlaing.
França optando em mais de 40% por Le Pen, uma candidata de extrema direita.
Alemanha sob a influência de líderes conectados à causa russa.
Espanha que navegou pelo despotismo e conta com a democracia restaurada recentemente.
Brasil disputando preliminarmente duas extremidades já testadas e com passado nada recomendável: Lula e Bolsonaro.

Bolsonaro apresentando uma tendência declarada ao golpe militar e Lula cuja indicação (Dilma) não evitou utilizar as cores vermelhas no planalto, mesmo sob a desculpa de comemorar-se outra coisa.
Nossas cores são: verde, amarelo, azul e branco, se é que ela (Dilma) ainda não sabe disso!

Duas facções cujos destinos não parecem muito democratas!

E por aí vai...
E o povo na sua ingenuidade e desconhecimento também vai...


Tudo isso é bom apesar da negritude do horizonte!

O mundo precisa amadurecer.
O extremismo precisa ser varrido da esperança humana como solução social.


Putin é apenas um estopim de um processo acumulado ao longo da história humana e que assume proporções mundiais porque a tecnologia nos uniu em tempo real através de todas as regiões do planeta.

Esse fenômeno já era esperado quando a Internet começou a prover tal integração.

AI (Inteligência Artificial) virá multiplicando o "modus operandi" cujas consequências poderemos reconhecer através dos resultados de suas consequências.
A alma humana multiplicada pelos bits da própria inexperiência, espelhando-se no processo de autoconhecimento. 

Este processo ira produzir uma aceleração do amadurecimento planetário através do estímulo de massa que, aliado à guerra que obriga à escolha de um lado, e portanto à definição de seu carácter, irá imprimir pelas consequências da própria escolha o caminho do aprendizado que precisamos percorrer como nações.

É uma oportunidade de aprendizado fantástica provida por uma força maior que sustenta a vida desde os primórdios quando nem mesmo sabíamos que seríamos descendentes de "homo sapiens".

A coragem, a pré-disposição em aprender e o desejo de acertar são os nossos únicos aliados na sustentação do equilíbrio durante a nova fase de aprendizado que iremos vivenciar coletivamente.


Democracia Sem Meritocracia Adoece

 



Este post estende uma análise sob a perspectiva de senso comum, dando continuidade ao post anterior neste link: "Repensando a Democracia (Raciocina Comigo...)", onde o conceito de "Igualdade Democrática" é revisado, apresentando a distorção de um entendimento amplamente adotado mas inadequado à manutenção saudável da Democracia.



Consertar a Democracia é relativamente simples.
Destruí-la, também!

Agora concertar a Democracia no sentido de harmonizá-la com os vários entendimentos é o grande desafio.

Grandes desafios têm solução desde que se encontre uma estratégia de lidar com a questão complexa em segmentos menores, cuja solução final provê a interação deles.

Se eliminarmos da análise apenas um princípio — corrupção, teremos um bom início de solução.

Por que desconsiderar justamente a corrupção, um ponto tido hoje como central?

Porque a corrupção é falta de comprometimento.
Ou seja, corrupção é qualquer ato contrário às regras pré-estabelecidas, sejam elas morais, econômicas, sociais, religiosas, etc. Dessa forma,  considerar a "corrupção" seria uma decorrência óbvia do não cumprimento do esperado. Oras! Qualquer ação cujo objetivo não conta com o comprometimento dos envolvidos é fadada ao fracasso como consequência natural. O ponto vital é o que está por trás dela, ou seja, o que alimenta a corrupção, já que ela é a causa genérica.


Podemos começar por dois princípios fundamentais que barram o desempenho da Democracia:

- Ego
e
- Meritocracia


Ego encandecido destrói tudo! 
Empresas, famílias, ambientes de trabalho, amizades, e tudo o mais que você puder elencar aqui.


Nós ficamos cegos pelo medo, pela ambição e pelo orgulho e nossas ações perdem coerência com o objetivo principal.
É uma espécie de autosuicídio social e econômico que "adoramos" praticar diariamente, em pequenas ações ou em grandes. As pequenas até que passam batidas, mas as grandes nos colocam no buraco.

Ego é fruto do medo.
Medo de perdermos o respeito, a dignidade e o apreço que julgamos necessários à nossa sobrevivência psicológica — o valor que precisamos construir sobre nós mesmos face à percepção de que somos apenas um mero "ponto" na vastidão do contexto externo. Essa percepção alimenta o medo que atiça o instinto de sobrevivência e se externaliza inconscientemente na idolatria de nós mesmos.

A ambição conduz ao egocentrismo diante de uma necessidade pessoal insaciável que se torna insensível à necessidade alheia.

A humildade nasce da aceitação incondicional da superioridade de tudo o mais que nos cerca sem que o medo faça parte desse sentimento, portanto sem competir com o nosso senso de existência, seu propósito e o sentido de segurança de que necessitamos.

Humildade necessita de coragem, muita coragem, e uma convicção plena de que a única ameaça real vem daquela que justamente o ego insufla.

Seria talvez, a mais difícil conquista que desafia a nossa persistência já que a humildade é uma das últimas qualidades que construímos porque parece colidir com o nosso instinto de autopreservação.


Uma sociedade com leis que incentivassem seus cidadãos a controlar seu ego, certamente obteria uma divisão de trabalho mais harmoniosa, pois esta é um dos alicerces da democracia.

É bom frisar o termo utilizado: "incentivo".
A luta contra o medo e a sensação de ameaça ao ego não pode ser imposta, justamente porque alimentaria o efeito que se procura reduzir — imposições açulam o ego.


A segundo ponto é a "meritocracia".

Esse é um assunto também muito difícil porque todos nós naturalmente entendemos que é preciso "merecer a recompensa", mas na prática ignoramos isso em diversas circunstâncias.

Um exemplo muito comum vem da distorção de critério quando estamos muito envolvidos emocionalmente. A título de ilustração vamos lembrar de um exemplo clássico: "os pais".
A relação pais vs. filhos é algo único. Pais decididamente têm o critério de análise muito influenciado pela emotividade. Embora natural, pode prejudicar o "juízo" de análise.

Casos assim, onde há muito envolvimento emocional, colocam a "meritocracia" no fundo do poço, porque para analisar mérito dependemos do senso de "justiça" e da equidade emocional que conduz à imparcialidade.

Mais uma vez, observe o termo utilizado — foi dito "equidade emocional" e não "distanciamento emocional". No segundo, corremos o risco de cairmos na indiferença que alimenta a insensibilidade aos problemas que não sejam os próprios, o que também gera distorção de julgamento.
Na "equidade emocional" conseguimos manter o equilíbrio das emoções às partes envolvidas de forma equilibrada, harmoniosa.

A emoção é algo fundamental ao comportamento humano e quando inexistente transforma a alma humana descaracterizando-a, e portanto inábil para julgamentos com humanidade.


A "emoção" é um dom único,  exclusivo da vida e que lhe sustenta o sentido, portanto vital desde que equilibrada.

Finalmente chegamos no "cerne do problema".

A maioria das ocorrências que populam as manchetes dos nossos jornais vêm justamente desta temática — a parcialidade no julgamento.

Censo de justiça é algo que varia de um extremo a outro.

Se uma sociedade justa é construída sobre a contrapartida do mérito devido, sem um senso de justiça comum também não há leis comuns que possam estabelecer um critério de mérito aceito pela maioria e através disso formar a base que sustenta a ordem.

Suponha um país com 60% de criminosos.
Logo, a maioria da população achará justo que os mais espertos tirem vantagem dos menos espertos na forma que puderem.
É a lei do mais forte, típica prevalecente das sociedades atrasadas.

Hoje, as nações no mundo começam a construir um senso comum onde a superioridade de armas não pode ser argumento de conquista. A recente ação de Putin vai agilizando e fortalecendo esta construção. É um dos efeitos positivos de algo que está sendo construído por um preço doloroso.


Se olharmos para o passado até o presente, fica fácil entender as sociedades cuja ordem social era estabelecida pela disputa em arena, ou através de guerras, algo que ainda faz parte do presente de uma sociedade cujo avanço tecnológico começa a vasculhar o Universo em busca de contatos interplanetários — com o nosso comportamento atual, o resultado final ficaria bem aquém das esperanças dos ideólogos e cientistas defensores dessa "confraternização extraterrestre"...

(Sinceramente desejo que ainda leve um bom tempo para que se logre sucesso pelo nosso bem e pelo bem deles.)  :-))  

Como é possível estabelecer uma democracia fortemente contaminada pelo conceito de vitória disputada pela força quando o senso de direito vem da justiça pelo mérito?

Não faz sentido algum — é contraditório uma vez que a força é uma estratégia antidemocrata, arma da ditadura, autocracia, monocracia, etc.


A democracia desse país fictício seria um apanágio para o crime organizado que assumiria o poder e o manteria como um rótulo de um vinho nobre aplicado sobre uma garrafa de vinagre.
O "Povo" compra pelo rótulo.

Se a população desse país fictício estiver ciente da situação e se mantiver condescendente, então ela faz parte desse processo, é conivente à mentalidade de seus líderes.

Na maioria dos casos, a crítica existe enquanto o cidadão não tem a chance de abocanhar uma fatia do bolo de impunidades. Repare isso nos jornais. A oposição reclama, ganha a importância dos holofotes jornalísticos e depois, mais valorizada, repentinamente, sob o mistério do silencio, ganha a "graça do esquecimento oportuno". No jargão da política isso recebe o nome de negociação. No meu recebe outro...


Não existe governo corrupto para sociedade "honesta" onde os ânimos estejam aplacados como solução de longo prazo.

A Democracia adoece quando seu povo adoece primeiro.


Leituras adicionais:

As Democracias em Perigo de Extinção


Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.4 - A Origem

A CONTRIBUIÇÃO DA SOCIEDADE PARA O RADICALISMO A sociedade é fruto da base de sua origem, ou seja, de como ela incorpora nela própria as nov...