novembro 15, 2022

Minha experiência com a plataforma de media digital Reddit

  

 




Minha experiência com a plataforma de media digital Reddit foi um momento divertido recheado de surpresas boas e não tão boas.

Afinal de contas, qualquer inciativa humana tem suas restrições, mas se você transformá-las em uma oportunidade de diversão e desafio, o que antes era “chato” fica muito divertido — serei capaz de “baipassar” o sistema?

Eu procurei o Reddit como uma plataforma de intercâmbio de ideias onde pudesse divulgar as minhas.
A priori, o Reddit cumpre seu dever, porém, ainda deixa muito a desejar...

Parte do seu direito de se expressar vem do número de pontos que você possui em termos de aprovação da comunidade, que são chamados de “karma”, nome aliás que vem bem a calhar já que uma ideia compartilhada acresce seus “Karma” no sentido teosófico.

Ao votar você pode retirar o acesso de postagem do autor dependendo do número de pessoas que concordem com você ou não. A discordâncias subtraem pontos do seu karma.
Ou seja,  você tira do indivíduo o direito de opinar contrariamente à maioria, pois muitas comunidades exigem um número mínimo de karma.
O sistema dá essa deixa, funciona assim.

O lado positivo dessa política é que se evita os ataques das dissidências, algo que seria tão comum se não fosse essa barreira de proteção.

O lado negativo dessa mesma política é que a plataforma vira instrumento do fisiologismo e da ditadura do pensamento.

O algoritmo atual é infeliz, acho eu!

A plataforma de postagem tem sucesso, talvez também porque reforce um sentimento que hoje é o desejo da maioria.

O efeito disso é que o isolamento da diversidade oposta à ideia do grupo, a médio e longo prazo, cria nichos de condicionamentos mentais, onde as pessoas ficam com a sensação de que estão absolutamente certas porque todos comungam o mesmo pensamento.
Isso é uma condição de conforto, mas infelizmente e cruelmente imprópria à autocrítica.

Esse tipo de estratégia incentiva à auto-hipnose de grupos que se isolam em suas ideais, o que vai criando uma crença cada vez maior naquilo que se deseja acreditar.

É o caminho para o fanatismo.

Ou o algoritmo reflete de fato esse desejo da plataforma, ou é incapaz de prover uma filtragem da diversidade de pensamento adequada às hostilidades das divergências.

Seja como for, Reddit necessita de melhoras para habilitar a expansão livre de ideias de seus usuários.

E quanto ao sistema de moderação? Como funciona?

Foi divertido burlar suas barreiras e pareceu bastante ingênuo à medida que existem muitas formas de burlar o sistema que não detalho aqui por motivos óbvios.
Bom, eu sou um profissional de TI e reconhecer padrões e algoritmos faz parte da profissão.

Minha história em poucas palavras:

- Fui condenado por ideias não extremistas em grupos que se autoproclamam como “brasileiros que sustentam um site de pensamento livre” (eu disse, livre!  kkk),  mas que na verdade abrigam o sentido do radicalismo que é moda no momento.

A desaprovação geral foi rápida e perdi todos os meus pontos, ficando sem “Karma” suficiente para postar, ou seja, para publicar minhas ideais.

A comunidade me puniu, saindo de quase 30 pontos para apenas 6 pontos em poucas horas, o que me deixava inelegível para publicar nos sites, ou comunidades, que exigem um mínimo de pontuação a partir de 15 pontos  ou mais (karmas).

Achei o algoritmo uma ode ao fisiologismo.
Você fala o que querem ouvir, tudo bem!

Do contrário, você é execrado.

Eu não recorri ao Reddit para suprir meu ego mas para divulgar minhas ideais que extremismo não é solução para o crescimento de uma nação.

Aceitei a perda dos “karmas” como quem aceita a perda de pontos num jogo onde o juiz é tendencioso.

A plataforma não deveria punir você porque as pessoas discordam, restringindo sua capacidade de expressão.
A plataforma, através do algoritmo atual favorece o autoritarismo, à ditadura.

Neste aspecto o Reddit é uma plataforma pobre que deixa muito a desejar.

Veicular ideias e ser capaz de exercer um poder moderador imparcial ainda parece um desafio aos algoritmos de moderação.

Quem sabe se o tempo não trará ao Reddit a evolução necessária para acompanhar seu tempo no tempo certo, nas necessidades que o hoje impõem?

Tenho certeza que “meu colegas de TI” lutam por isso.

 

 




novembro 12, 2022

Poder Moderador Uma Necessidade e Um Meio Para a Autocracia e a Manipulação De Massa





Postei hoje de manhã no "reddit" o seguinte texto no canal de "artigos":


Afinal, o que seria ser um gênio?

Podemos observar três qualidades principais que suportam a genialidade.

A partir destas três características, podemos imaginar contextos especiais de acordo com a intensidade de cada qualidade na composição da natureza de uma pessoa.

E se o gênio tiver alta capacidade de inteligir, mas for desprovido das demais?

Genialidade precisa de um toque especial.

A capacidade exclusiva de lembrar tudo é algo extremamente valioso, mas se for despojada de um toque pessoal de criatividade e inferência que diferencie do comportamento humano médio, torna-se algo parecido com o potencial que máquinas são capazes de suprir.



Após alguns minutos, o post foi censurado e removido pelo moderador do site.





Inconformado com o critério de arbitrariedade, torne a postar no canal de "discussão", o seguinte:


Quando um poder “moderador” deixa dúvidas à manipulação da autocracia?

O moderador removeu hoje um post meu e documentei.

Fiquei na dúvida do porquê.

O texto é apolítico, não tem discurso de ódio ou preconceito.
É uma análise tranquila tratando da distinção da capacidade de inteligir e da sua interação com a memória na formação do talento.

Vejo, no entanto, post e textos liberados com palavras de baixo escalão e com viés de toda natureza.

Seria justo que o moderador desse SIM satisfação do seu critério de reprovação de forma pontual, ou seja, não basta apresentar um link para “as regras”. É necessário apontar no post removido onde está o texto e a respectiva regra que ele inflige.

Do contrário, media vira ferramenta de manipulação de massa.
O que então nos diferiria da política Russa, Chinesa e etc.?



Além dos pontos que também me removeram, pois a pontuação é importante para ter direito a publicar, também censuraram o direito à discussão democrática, como eu já esperava.




www.reddit.com/r/brasil/comments/yt6xcr/quando_um_poder_moderador_deixa_duvidas


Então eu pergunto para o leitor:

Já vivemos numa "ditadura do sistema", porém silenciosa, sub-reptícia?

Enquanto as postagens mais descabidas circulam, textos que levam análise ampliando o horizonte do "pensar" parecem não agradar, seja qual for a desculpa para censurá-los.

Então decorrem algumas questões...

Imagine o perigo que o poder do sistema tem através da media nas mãos manipuladoras de um sistema que poderia, por exemplo, favorecer a desinformação e conduzir subliminarmente seus leitores?

Tudo com aparência de algo muito democrático, lícito e mesmo ingênuo.

Então eu penso nos jovens.
Se eles não podem ser preparados para analisar e pensar, o que seria deles no futuro, num sistema assim?

"Assets" do sistema?


Quando jovem recebi aulas de "raciocínio" durante os últimos anos de preparo que antecediam o ingresso ao terceiro grau de instrução.

Nestas aulas o objetivo não era memorizar a informação dada pelo professor para então, apenas demonstrar a capacidade de repetí-la em uma prova. O objetivo era outro: éramos estimulados à análise e questionamento livres.

Isto foi no final do período da ditadura militar.
Pensando bem, parece que aquela ditadura tinha seu viés de liberdade mais tolerante que o atual!

Tik-Tok e "diversions", mesmo perniciosas podem!
Até mesmo na China!!!!

Agora.... Pensar é censurável!  :-)




novembro 06, 2022

O Governo Nem Sempre é a Causa, Mas Pode Ser a Consequência

 



Este post vai ser curto e o leitor vai entender rapidamente o porquê.


Nem sempre o governo é a causa da ditadura, muitas vezes é a consequência da ditatura cultural que o povo endoça, carrega, seja no lar, no trabalho ou politicamente.

Diz a máxima popular:
"Cada povo tem o governo que merece!".

Ao longo do tempo, o que a história tem demonstrado é que governos assíncronos com a vontade popular acabam mais cedo ou mais tarde caindo (revolução bochevique, etc.)

O Brasil autocrata de hoje não é necessariamente uma consequência top-down, mas bottom-up.

Em outras palavras, grande parte do povo sustenta a autocracia.

Por isso o leitor possa compreender, através de outro vetor social, porque a polarização está em voga.

:-|



novembro 02, 2022

A Provável Causa da Radicalização Conduzindo a Maioria ao Extremismo

 






Por que povos pacíficos tornam-se radicais sustentando o extremismo como solução de massa?


Soluções extremas surgem do desespero alimentado pela desesperança.
Extremistas são pessoas como outra qualquer, que em determinado ponto, perdem a esperança pelas vias da espera e demandam solução imediata, a qualquer preço.

O sistema político e judiciário, sustentado por uma economia viável são os antídotos aos extremismos de toda ordem.

Democracias sustentam-se por quatro vias principais: politica, justiça, economia e educação.


Quando a política entra em crise de conduta e credibilidade, espera-se que a justiça reestabeleça a ordem.

A "lava jato" representa o grande gatilho de intensificação dessa polarização.
Coincidência???
Não, certamente.


Um sistema judicial que condena e inocenta a mesma ação, demonstrando a sua volatilidade e fragilidade, deixa de representar a esperança de milhares de almas, que perdem o rumo quando a última esperança cai por terra diante da ordem que precisava ser reestabelecida através da verdade.

Afinal de contas, o poder judiciário é o guardião da ordem de uma nação.
É Ele que sustenta a credibilidade do povo em suas Leis.

Se o guardião falha, se confunde, vacila, a crença na ordem cai por terra, fazendo fermentar o desejo de ajuste social por meios radicais, através da luta onde as facções irão medir suas forças.

O nome disso é "guerra".

Brasil está em "guerra" social e política e o grande fator de contribuição foi a perda do prestígio do sistema judiciário onde a máxima autoridade é o STF (Superior Tribunal Federal).
O máximo comando sempre recebe os créditos da vitória ou da derrota, não é isso?

Eu me pergunto como um juiz poderia garantir sua imparcialidade mediante indicação política!!!
Justiça não pode ter viés de qualquer espécie, jamais!!!

A imparcialidade é o capital que constitui o direito ao crédito de seus julgamentos.


O STF jamais poderia ser composto por indicação política, e sim por "meritocracia".


Se um presidente ou partido persiste muito tempo no poder, ele pode querer ir moldando politicamente seus ministros, incluindo o STF.
Um exemplo recente:
Bolsonaro quer 'controlar' STF com proposta que amplia nº de ministros, diz Celso de Mello

Temos também o mesmo exemplo pelo PT, cujo ministro esforçou-se por retribuir sua indicação.

Você não faria o mesmo?
O ser humano é fraco e o sistema deve proteger-se de sua fraqueza.


Os cargos no STF não deveriam ser vitalícios, mas temporários e com espaço de tempo entre os exercícios de mandato para habilitar uma reeleição.


Isto seria o mínimo para reduzir o efeito do "interesse pessoal" sobre o "coletivo".


O STF está devendo à nação o "mea culpa".

E se os ânimos continuarem a escalar, a lei vira mera decoração constitucional, como já aconteceu várias vezes ao longo da história das nações.

Afinal, o que é lei?
É um conjunto comum de princípios comuns aceitos pela maioria e sustentados pelo poder econômico.

Quando o poder econômico se divide, a lei se fratura.
Qual versão vai valer?
Nas guerras, a vitória determina a conquista do espólio e força uma versão sobre a outra.


Ainda temos tempo de consertar, mas será um caminho muito difícil diante de um novo presidente com um passado tão polêmico, independente de quem fosse o vitorioso.
Ambos tinham processos e têm!!!


Quem deveríamos culpar: os que condenaram ou os que inocentaram?
Quem está certo???


Ambos estão na corda bamba da dúvida e da desconfiança que sustenta a desordem que leva à exaltação de ânimos conduzidos pelo extremismo da desesperança que busca uma solução rápida a qualquer custo.

Este é o Brasil de hoje, e também o "status quo" de outras nações que têm problemas semelhantes.
Dessa forma, não temos do que nos envergonhar já que é um mal comum, mas muito a temer pela desagregação da ordem e da economia, já que a política está esfacelada por conveniências.

A democracia está em "cheque", mas o autoritarismo também!!

A diferença é que a situação da primeira é transparente e da segunda é aparente pela repressão.

Precisamos reconstruir o senso de respeito e de ordem começando pela revisão e aplicação da Lei com mais lisura, transparência e coerência.

Difícil conviver com um presidente cujo passado é tão polêmico, tão pouco o seria com o outro, cujo presente deixou tantas lacunas, que se não fossem por elas, teria vencido com tranquilidade.

Mais difícil ainda aceitar um sistema judiciário que ao invés de aclarar e colocar os pingos nos "Is", adiciona mais combustível na fogueira da dúvida com duas decisões antagônicas.

STF, apesar do seu "egrégio saber", que parece ser insuficiente para alijar os efeitos da indicação política, ou seja do vetor "viés de QI", o que não se coaduna com o senso de imparcialidade de juízes, ainda mais ocupando as mais altas posições do sistema judiciário.

STF, como cidadão, eu sinto que devem um "mea culpa" à nação, principalmente pela forma como reverteram o processo com provas fora do mesmo, o que é uma aberração, ainda mais de forma não transparente.

Também aqueles que condenaram devem um "mea culpa" porque, afinal de contas, alguma coisa no processo deu margem a um retrocesso pelo STF.


Eu não consigo aceitar a dubiedade de algo que precisa ser por natureza justo e certo, e acredito que também os aproximadamente 25% da nação que não aceitaram as opções propostas à presidência.


A minha crença que extremismo é um mal maior resguarda-me pela certeza que faz conter meus ânimos, o que me protege da paixão do extremismo, mas a muito custo, porque nas minhas veias corre sangue "verde, amarelo, azul e branco" da nossa democracia, jamais o vermelho que se derrama através de soluções autoritárias como assistimos pelo mundo não democrático.


NOTA:

A autor não tem partido político no momento, porque não crê que a política possa ser algo em que se abandona os princípios defendidos para atender negociações de alianças convenientes de última hora.
Uma coisa que assistimos como algo trivial e normal durante estas eleições, mas que para mim é parte da causa que nos conduz ao caos da descrença. Você não sabe, de fato, em quem vota, porque seu candidato pode mudar a bandeira conforme a oportunidade dos ventos políticos.


novembro 01, 2022

Extrema Direita ou Esquerda? Qual a Sua Opção?


 


A sociedade é uma rede de conexões humanas.

Cada um de nós, ao longo da vida, ao menos uma vez já experimentou a paixão do radicalismo, adotou alguma atitude extrema, seja pelo desespero ou pela paixão, ou ainda por uma certeza tão certa quanto à nossa incapacidade de perceber alguma alternativa melhor quando a alma, extremamente envolvida emocionalmente, não deseja outra coisa que alimentar esse mesmo sentimento.

Politicamente, extrema direita e extrema esquerda acabam se unindo pelas pontas no círculo da vida por seus resultados finais comuns. Ambas, terminam em ditadura, opressão, autocracia e terror.
Nota: se lhe parece inverossímel, veja nota no final da publicação com informações adicionais.

Não importa se ditatura de esquerda ou de direita, pois todas as ditaturas são imposições de minorias sobre maiorias. Seja pelas mãos fascistas, nazistas, socialistas, comunistas ou pelos excessos do capitalismo. Nascem da certeza que um pequeno grupo ou um homem pode consertar o mundo.

Faz parte da nossa herança cultural extremamente arraigada à ordem disciplinar da hierarquia que nos salva do caos já que precisamos de líderes, uma vez que não somos capazes de agir coletivamente através de pensamentos comuns que nos conduzam à produção harmônica de resultados.

A maioria de nós é incapaz de imaginar uma sociedade em que a liderança seja um "sentimento comum agregador" e que portanto, liderança transforma-se apenas em coordenação, mas nunca em imposição, já que precisa ser consubstanciada também pelo sentimento de aprovação geral.

A diversidade ainda é inimiga da harmonia enquanto falta a inteligência para compor a malha do jogo da vida pelas vantagens que ela traz diante da riqueza de alternativas diferentes, transformando tudo o que não é reflexo de nós mesmos em inimigos de nossos valores.


O resultado coletivo final é sempre a submissão popular ao comando de ditadores.
Estes,  muitas vezes nascem de intenções iniciais autênticas que terminam corrompidas pelos egos inchados daqueles que acabam por acreditar que possuem o poder consertar o mundo através de seus métodos.

Nenhum dos grandes líderes religiosos, em todos os tempos, e que se consagraram notoriamente reconhecidos por sua grandeza espiritual rogou a si mesmo a possibilidade de impor sobre o livre arbítrio alheio as regras de suas convicções pessoais.
Nem mesmo Jesus, um ser capaz de multiplicar alimentos, curar e levantar mortos.
Gandhi alicerçou suas ações inspirado por seu exemplo  para reconstruir a identidade de seu povo.
Foi uma das raras pessoas que entendeu o poder de seus ensinamentos e que conseguiu aplicá-los na prática. E o significado deste feito é enorme, provando-se que são exequíveis mesmo na modernidade, quando o Homem começa a galgar sua evolução pautada fundamentalmente pela tecnologia.

 

Quando me desespero, eu me lembro que durante toda a história o caminho da verdade e do amor sempre ganharam. Tem existido tiranos e assassinos e por um tempo eles parecem invencíveis, mas no final, eles sempre caem - pense nisso, sempre.
Mahatma Gandhi


"Olho por olho e o mundo ficará cego. "
Mahatma Gandhi


E o tempo passa...
O tiranos entram e saem, e o mundo continua mundo, apenas agravado pelas consequências dos extremos.


Radicais ou extremistas não respeitam lei nem a divergência negociada, apenas seus próprios desejos devem prevalecer. Eles se tornam a personificação da brutalidade dos ditadores e autocratas.

Tudo não passa de delírio, um misto de ego sem limites e a perda da noção daquilo que sustenta uma sociedade.
Perdem o principal propósito que um líder reúne, já que dele é esperado a orientação à transformação social na escalada evolutiva sem transpor o senso individual de crescimento coletivo, já que evolução não é imposta, mas é, antes de tudo, a percepção espontânea de novos valores sociais e materiais mais harmônicos com o sentido da vida compartilhada quando o indivíduo passa a perceber suas vantagens em detrimento da violência tirana.

Todos os ditadores, a seu tempo, caem e desaparecem apenas enriquecendo fatos históricos sem muita importância já que apenas repetem os mesmos erros de sempre: imposição do Homem pelo Homem.

Alguma imposição é uma necessidade porque sem ela não haveria ordem.

Então o leitor deve se perguntar:
Isso não seria uma contradição?
Ou, ainda, um mal necessário??

A resposta vem da observação de fatos naturais, da mesma natureza que nos provém a criação e que nos sustenta até hoje.


"A batata é uma alimento conhecido e popular, porém contém glicoalcaloide que age como fungicida ou pesticida. Em grandes doses, ela causa problemas gastrointestinais, paralisia e alucinações, podendo levar à morte em casos mais raros. Consumir pequenas porções do tubérculo não faz mal, mas comer dezenas de batatas grandes, de uma vez, pode ser arriscado."
summitsaude.estadao.com.br

O uso de insulina é solução às diabetes.
Em doses maiores que as necessárias, mata.

Morfina anestesia a dor, mas acima da dosagem recomendada é fatal.

A água constitui a maior parte do nosso corpo — 50 a 75%, porém se consumirmos água em excesso causará problemas sérios, desequilibrando as taxas de sódio e potássio podendo levar a graves consequências, inclusive à morte.

O sódio e o potássio são essenciais, desde que participem dentro de taxas adequadas.
O excesso mata.

Se a floresta é derrubada para criar gado, gera-se proteína para sustentar a vida.
Se houver excesso, converte-se em morte pelo superaquecimento planetário.


Tudo na natureza é regido pelo princípio da "proporcionalidade adequada".


Extremismo é antinatural e representa desequilíbrio.
O resultado final é sempre destrutivo.
E não importa o carácter da atividade, se política, econômica, religiosa, etc.


Extremismo ou radicalismo social é fruto da exacerbação alimentando os excessos dos sentimentos negativos calcados no imediatismo brutal.

Fanatismo é cego porque é fruto da paixão.

Paixão é um extremo da emoção que perde a conexão com a razão, que vira serva do sentimento a criar subsídios aparentemente racionais para dar suporte à paixão, de modo que pareça razoável, lúcida e racional.

E desde quando a racionalidade com viés pode ser considerada racionalmente justa?

Você se submeteria ao julgamento de um juiz fanático?

Fanáticos pensam menos. Temem e ambicionam demais.

É o princípio da "loucura sã".
Parece normal, age como um indivíduo equilibrado mas está consumido pelo vírus da paixão.

Não existiram facções sem que uma delas existisse primeiro.
Uma sustenta a outra, ambas filhas da incapacidade de se conectar à vida com equilíbrio.

O equilíbrio planetário depende da melhoria do nosso equilíbrio comportamental coletivo.

É necessário afastar o ego e o medo para aproveitar o que há de positivo em todas as iniciativas que precisam contemporizar com o meio social e físico que sustentam a vida.

Nenhum extremo, até hoje, provou ser solução, pelo contrário, foi sempre o caminho para a dor das revoluções sociais e das guerras.
O fanatismo patrocina ambas.

Enquanto isso... o desequilíbrio dos extremos sociais vão patrocinando o desequilíbrio dos extremos climáticos.


NOTA:

É bom lembrar que os extremos conduzem às situações extremas.
Extrema esquerda e direita unem-se pelas pontas extremas.
Não importa o regime, acaba tudo na mesma vala!

E para quem desejar conhecer um pouco mais sobre os descaminhos dos radicalismos:

https://alsdias-eassim.blogspot.com/2022/03/e-foi-assim-que-aconteceu-e-continua.html

https://alsdias-eassim.blogspot.com/2018/10/voto-de-reprovacao-nao-e-voto-nulo-ou.html

https://alsdias-eassim.blogspot.com/2018/04/regimes-socialistas-vs-regimes.html

E também pode pesquisar sobre nazismo, facismo, comunismo (Mao Tse Tung/China, Stalin/União Soviética).

A história é rica de fatos e ensinamentos neste sentido.

Só nega quem não quer ver ou não conhece...

outubro 22, 2022

Preconceito - Origens, Raízes e Polarizações






Antecipadamente, peço desculpas ao leitor.
Este é um texto de conteúdo intenso porque questiona hábitos sociais, entretanto são justamente eles que oferecem boas oportunidades de reavaliação e um bom teste de autoanálise e de percepção coletiva.
A imagem de um copo foi elegida por sua simbologia forte pois remete à última ceia de Cristo e à mística do Santo Graal, sendo contudo, parte do contexto cotidiano 
que também simboliza posturas sociais independentes de crenças religiosas ao longo de gerações desde tempos remotos.



Por que tanto preconceito?

O preconceito tem sua origem na necessidade de autodefesa através da vaidade pela busca da superação constante dos nossos complexos de inferioridade.

Sentir-se superior é fonte de autoconfiança e conforto emocional, mas depende da existência de algo relativamente inferior.


Por que tanto complexo de inferioridade?

Todos nós temos limitações, embora diferentes, que deixam claro a mensagem de que somos muito restritos e vulneráveis.

Temos intensa dificuldade de lidar com estes dois sentimentos porque ameaçam o nosso instinto de sobrevivência física e emocional. 

Então, para equilibrar esses sentimentos que as restrições instigam, criamos padrões e ações que busquem contrapor tudo isso.

Sentimos que beber em um copo especial faz de nós alguém também especial, superior em alguma forma.

Então criamos padrões de superioridade.

Inventamos diversos copos, um para cada finalidade.

As regras sociais vão sendo rebuscadas com sofisticações desnecessárias a pretexto de refinamento social. Aqueles que atendem a elas fazem parte de uma elite. Por conseguinte, aqueles que estão fora desse "clube" então em desvantagem, taxados em posição inferior.

Criamos termos tal como "bárbaros" ou designamos uma pessoa como "simples" para apontar a falta desse "refinamento social" pertinente a uma cultura, bem como uma multidão de outros eufemismos para sustentar o disfarce elegante de uma natureza emocional insegura.


O preconceito nasce assim.
E ele é alimentado toda vez que criamos e mantemos pretensas regras ou justificativas para categorizar a qualidade superior de algo ou de alguém em detrimento dos demais, quando as diferenças de fato não determinam um incentivo a uma verdadeira natureza espiritual efetivamente agregadora. Pelo contrário, são regras de consequências deletérias, desagregadoras pois infligem o látego da humilhação e instigam a revanche, estimulando ações ora pelo desejo de pertencer ao "clube social", ora pelo desejo de destruí-lo quando a rejeição dói no ego, ou mesmo pela frustração quando inacessível.

A história está repleta de casos assim, pois a maioria de seus grandes eventos nascem do fruto dessa desagregação. 

O preconceito é um padrão incentivado em cada escolha que fazemos, mas não é uma condição "sine qua non", e portanto, devemos ficar atentos para dirimir o quanto de nossa decisão foi proveniente deste mal.

A escolha de nossas roupas no sentido de agregar valor a nós mesmos e de nos qualificarmos em faixas próprias da sociedade é tão discriminador quanto as sociedades que classificam seus cidadãos em castas.
Enfim, são conceitos que partilham o mesmo sentido de criar estratificações sociais.

E fazemos tudo isso sem pensar, sem sentir, como se fosse algo tão natural como atender às nossas necessidades físicas. Tais como elas, as necessidades psicológicas impõem necessidades tão prementes quanto.

O comportamento impensado é vivido de forma natural, normal ou mesmo como uma grande obrigação social trivial do cotidiano, sem levar em consideração que nesses pequenos gestos vamos alimentando a torrente do preconceito de múltiplas formas, porque embora diversos têm a mesma origem emocional.

Raramente pensamos nisso porque, afinal de contas, a cultura social é um pacote fechado que você ganha de presente mas que representa uma obrigação, antes mesmo que você seja capaz de avaliá-lo. A mente infantil é condicionada pelo hábito comportamental sem muita capacidade de análise ou objeção, contudo, compete à mente quando adulta reavaliar cada um dos itens dessa herança cultural.



Na busca de uma diretriz, quando eu penso em Jesus, o modelo comportamental dos que se dizem cristãos no sentido de seguidores de Cristo, observa-se que Ele viveu um exemplo oposto — simplicidade e amor sem discriminação.

Então, diante da contradição de nossas idílicas crenças culturais, precisamos buscar o "perdão" das nossas contravenções à nossa própria crença, quando então, convenientemente, inventamos meios de expurgar a culpa através de pequenas ou grandes "penitências" oferecidas pelos cultos religiosos como subterfúgio ao peso da consciência, todavia sem trabalhar a mudança do hábito.

Não funciona, apenas alivia provisoriamente.

É como soprar um machucado. Alivia a dor, mas aumenta a infecção.

A "majestade" de Cristo não veio de atos externos emprestados à força de convenções, mas do comportamento moral e da capacidade intelectual que banhavam de luz a todos que se aproximavam, sem que Ele precisasse fazer alarde de suas próprias capacidades.

Jesus era antes de tudo um agregador pelo amor e repudiou cada hábito que nos incentivasse no caminho oposto, fosse ele consagrado pela cultura de seu povo ou não. Deixou sua mensagem clara, repetidamente, ou melhor, exaustivamente.



Temos que viver em sociedade. É verdade.


Podemos e precisamos acompanhar alguns padrões básicos necessários para que possamos conviver socialmente. Importante seria fazer isso sem alimentar o sentimento de superioridade e de vaidade. Principalmente a última que vive sob o disfarce da dignidade.


Negar-se a tomar um copo de vinho usando um copo de água pode ser uma ação de escolha sutil.

Se o momento é definido pelo rigor da etiqueta social, nada mais natural que atendê-la para não ferir sentimentos desnecessariamente. Se o seu sentimento não comunga os propósitos que atendem à futilidade da vaidade e do sentimento de superioridade, torna-se uma ato de carinho e tolerância com aqueles que ainda não entendem seu ponto de vista.

Se o momento não requer tal rigor, ou tanto rigor, pode ser uma oportunidade para o exercício da simplicidade e da lembrança que devemos manter viva em nossas mentes — a rejeição às regras que alimentam esse rio caudaloso da descriminação e do preconceito.

É preciso sorrir das nossas próprias frivolidades, porque afinal de contas... um copo é um copo, cuja utilidade básica é conter líquidos, mesmo que pensem aqueles que procurem justificar as suas diferenças como atributos de qualidades especiais à cada tipo de bebida!

Se o odor de uma bebida é afetado de alguma forma, talvez pela proximidade do seu manejo ao segurá-la, então uma sanitização poderia resolver, substituindo a longa haste.


No singelo ato de segurar um copo, você pode definir a natureza e a forma de participar da sociedade, se engrossando as fileiras da discriminação e do preconceito ou buscando agregar valor à união social.


O preconceito é o berço das divisões que finalmente culminam em conflitos que escalam até as polarizações radicais, eventualmente terminando em guerras.


Então você reclama da miséria que a guerra traz no bojo da destruição de toda ordem, inclusive daquela dignidade que você tanto protegia e alimentava quando segurava orgulhosamente o seu copo de vinho, fazendo da haste e dos dedinhos arranjados o seu símbolo de status. Nestes momentos, sob o manto da miséria que a guerra traz à maioria, a dor e a desesperança descobrem a frivolidade das ações que pareciam ingênuas, mas que reforçavam ações maiores no mesmo sentido, tornando-se os tijolinhos da construção dessa destruição.

O sofrimento nos desperta para a realidade dos nossos erros.


Pequenas ações e grandes efeitos — efeito borboleta.


NOTA: 

Se você, ao ler o texto, ficou desconfortável por sentir-se de alguma forma identificado, console-se comigo, porque este texto nasceu das minhas próprias ponderações pela autocrítica.

:-) 

:-| 

:-(



outubro 18, 2022

Sem esperança?! Meio "down no high society"? Não fique não!...

 



Vivemos atolados de notícias radicais de toda natureza.

Ainda mais nesta eleição de 2022 para presidente onde os candidatos destilam suas diferenças indiferentes aos planos de gestão que deveriam estar propondo!!!...

O povo realmente quer plano de gestão?
Ou o povo quer mesmo "rinha de galos"?

O povo tem o que deseja, o que merece.

O povo é culpado?
O sistema é culpado?

Não existe culpa no processo evolutivo.

Somos o que somos, frutos de uma natureza cuja origem desconhecemos, mas cujo destino nos cobra as consequências.

Do mosto ao vinho, leva tempo.

Quantas vezes você precisa repetir algo até que você incorpore e não esqueça, e não erre mais?
Várias vezes, não é?

Assim é com o aprendizado coletivo.
Quem gosta de história, parece vê-la repetir-se muitas vezes.
A cada repetição, um pequeno passo adiante é somado na escala do aprendizado, mesmo que aparentemente desprezível ou até imperceptível.

É assim que tem que ser.
A verdadeira escola segue o ritmo de seus alunos porque o aprendizado é algo que se deva incorporar naturalmente e de boa vontade. É um ato espontâneo de volição pessoal que provém do esforço individual cujos limites vão sendo testados pelos embates de interesses.

Não existe fim, exceto o da ignorância e do ódio. Então, o que antes era um exercício de liberdade através da força medida nesses embates de interesses, perde seu propósito quando os interesses começam a convergir para um sentido único de compreensão.

A verdade é uma só.
Se houvesse duas conflitantes, uma delas seria mentira.
A paz advirá dessa convergência de compreensão na descoberta dos verdadeiros valores que subsidiam a felicidade efetiva de todos, onde a felicidade pessoal não encontra os limites dos sentimentos de restrição pois que compartilha um sentido comum mais harmônico.

Uma sociedade radicalizada pela divisão de percepções díspares e conflitantes sugere um longo caminho, porém o processo de aprendizado é acelerado pelas consequências proporcionais à intensidade com que se manifesta.

Tudo se resume no custo deste caminho cobrado em sofrimento e que acolhemos a cada opção, e que também através dela aprendemos a escolher. É o exercício do livre-arbítrio na busca pela felicidade.

O destino é único mas o preço da passagem é cobrado em tempo e contrição.







outubro 09, 2022

Você Daria Uma Segunda Chance?




Se o seu filho repete de ano, o que você faz?

1. Tira o seu filho da escola e o condena a uma vida com menos recursos do que aqueles que a instrução oferece.

ou

2. Dá ao seu filho a chande de repetir o ano até que supere a dificuldade e aprenda a lição?


Qual das duas decisões parece mais coerente com o sentido de amor, perdão e correção pelo aprendizado?

Qual das duas opções é mais próxima do sentido de falta de perdão e de punição exagerada, injusta?


Se Deus é capaz de fazer nascer uma vez, porque não poderia fazer nascer uma segunda, uma terceira e etc. até que o "aluno" aprenda e corrija o seu comportamento?

Se nós que somos os aprendizes das mensagens de amor e perdão trazidas por Cristo, então por que todos não mereceriam uma nova oportunidade até o aprendizado?

Por que Deus, que seria algo tão perfeito e de puro amor, condenaria alguém a uma pena eterna?

Uma "única chance de acertar", "uma única vida" e "inferno eterno" não têm coerência com Cristo.

Múltiplas vidas até que se alcance a felicidade é muito mais compatível com tudo aquilo que Cristo veio nos ensinar através do amor e do perdão.





Então Jesus lhes contou esta parábola: "Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la? E quando a encontra, coloca-a alegremente nos ombros e vai para casa. Ao chegar, reúne seus amigos e vizinhos e diz: 'Alegrem-se comigo, pois encontrei minha ovelha perdida'. Eu digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se.
Lucas 15:3-7

Da mesma maneira, vosso Pai, que está nos céus, não deseja que qualquer desses pequeninos se perca. 
Mateus 18:14







setembro 24, 2022

Mariposas e Humanos: Alguma coisa em comum!





Mariposas e Humanos trafegam na escuridão.
Mariposas por serem insetos de hábitos noturnos.
Humanos por serem seres navegando através do tempo pela busca do conhecimento na escuridão da ignorância. É a força que provém do "dom da razão" e que disputa pela curiosidade o domínio do meio que o subjuga.

Humanos e mariposas, ambos se deslumbram com a luz, podendo eventualmente fenecer por essa mesma atração irresistível.

Diante da "débil razão", o instinto de sobrevivência toma lugar nas decisões, assessorado pela intuição e estimulado pelo desejo. 

Quanto menor a nossa capacidade de compreensão, maior é o papel do sentimento na definição de valores e ações.

Em nossa busca, emprestamos "conhecimento" daqueles que admiramos por ter uma qualidade que não possuímos, acreditando que esse processo seja confiável justamente porque, de tão natural, passa mesmo desapercebido à nossa autocrítica.

Alguém, cuja projeção social se destaque, é candidato a influenciar seus admiradores pelo ofuscamento da razão que o brilho do sucesso lhes causa. Almas desejosas de preencher o vazio daquilo que tanto estimam, mas não possuem, são presas fáceis do deslumbramento.
Esse processo de transferência alivia o "void" da impotência e da frustração.

Fãs "emprestam" ou "copiam" algo que muitas vezes nem mesmo ponderam a respeito.
Simplesmente copiam.
Simplesmente replicam.
Simplesmente endossam.
Simplesmente aplaudem por estarem felizes em idolatrar seus ídolos.
Simplesmente agem no embalo do deslumbramento.
Um processo hipnótico autoinduzido.

E a propaganda, através do marketing, tira imenso proveito desse deslumbramento hipnótico, tornando obrigatória a rotina da associação de imagens, ícones e comportamentos que são avidamente consumidos pela compulsão psicológica de massa.

Esse processo é tão velho e intrínseco à alma humana quanto ela mesma.
Civilizações mais antigas idolatravam, e algumas ainda idolatram, elementos naturais (fogo, água, terra, ar, etc.) como seres divinos.
À medida que fomos aprendendo um pouquinho, começando a entender melhor o ambiente que nos sustenta a vida, fizemos a transposição de nossas crenças dos elementos naturais para as entidades imaginárias, caminhando pela criatividade do universo politeísta à singularidade do monoteísmo.

É justamente este instinto de idolatria que alimenta grande parte dos fenômenos sociais, dos quais muitos terminaram conduzindo seus seguidores às catástrofes que a história vai catalogando aos milhares.


Hitler magnetizou a geração de uma nação.
A população em massa votou espontaneamente endossando suas ideias que refletiam a falsa luz do ressurgimento da dignidade alemã através da submissão pela força de outros povos, usando a discriminação como meio agregador para fortalecer o sentido de união de um povo através da pretensa superioridade de uma raça.

Vivemos ainda o extremo absurdo onde um povo justifica o direito de submeter outro, ou mesmo exterminar, a pretexto de razões diversas que acabam diluídas pelo tempo no caldo da insanidade dos genocidas, deixando escorrer de seus escombros os efeitos deletérios às nossas construções do hoje, infectando o presente e o futuro, como se já não bastasse destruir o passado.

E assim, vemos o ressurgimento do fascismo, do nazismo, além de outros extremismos, tais como fantasmas ressurgindo da morte trágica causada por seus próprios efeitos, voltando a assombrar a paz mundial, tirando vantagem do "esquecimento do aprendizado social" que foi virando passado para as gerações futuras, algo que passa a pertencer ao imaginário sem a experiência da dor que é vivenciada.

Simplesmente copiar o pensamento daqueles que admiramos é um movimento do sentimento que rouba à razão a sua função de análise.

È preciso colocar o sentimento em seu devido lugar, sob a contenção da cautela e da parcimônia.
Mais ainda, exige cuidado redobrado com aqueles que nos cercam de afetividade construída no cotidiano da convivência orientados pelo desejo de influenciar e controlar as nossas ações.

A razão precisa pautar-se pela imparcialidade enquanto busca um aprendizado.
O processo exige esforço contínuo na busca da resposta que muitas vezes só a persistência logra sucesso.

É cômodo e prazeroso "clonarmos" o comportamento daqueles que admiramos.
É como se estivéssemos adquirindo uma parte dos poderes e qualidades dos nossos heróis, algo que tanto ambicionamos a ponto de tornar o nosso bom senso cego, de fato!

Os sentimentos podem se transformar na tumba da razão enterrada sob a laje do prazer e da preguiça que buscam o caminho mais fácil e confortável ao ego.

Infelizmente, o sentimento não raciocina, apenas compila a soma de nossos desejos, consolidando o seu atestado de incompetência para dirimir as decisões. Baseia-se naquilo que somos hoje, quando a razão busca construir aquilo que podemos ser amanhã à procura de suprir as lacunas do hoje que tanto nos prejudicam.

O melhor caminho indica o controle que suporta esse sentimento de ansiedade até encontrarmos a resposta daquilo que procuramos, porém através de nós mesmos, para então consolidar ou não o pensamento daqueles que admiramos e respeitamos. Não existe aprendizado real sem a vivência na prática através da experiência que marca as nossas almas. E este processo exige paciência e espera, tal como amadurecem as boas bebidas que pagam o seu tributo ao tempo até que possam assumir seu lugar no topo do paladar mais exigente.

É preciso sempre questionar os nossos heróis, agindo ora como promotores públicos na defesa da sociedade, ora como seus advogados de defesa.
A imparcialidade é o que faz diferença na qualidade final da destilação de nossos pensamentos.

Afinal de contas, seremos nós que arcaremos com as consequências de nossas decisões e não aqueles que elegemos como ídolos.

Proteja o seu corpo pela sua cabeça, que é o seu melhor escudo.

É preciso caminhar pelas próprias pernas ao invés de buscar a carona de um "colo" mesmo que elas sejam fracas, porque o seu fortalecimento se consolida justamente por essa caminhada.

Os lobos se alimentam de cordeiros.
Os influenciadores de mariposas.



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"Every man has his own courage, and is betrayed because he seeks in himself the courage of other persons."

"Todo homem tem sua própria coragem e é traído porque busca em si mesmo a coragem de outras pessoas."

Ralph Waldo Emerson (1803-1882) 



"Men often bear little grievances with less courage than they do large misfortunes."

"Os homens muitas vezes suportam pequenas queixas com menos coragem do que grandes infortúnios."

Aesop (620 BC-560 BC) 



"Efforts and courage are not enough without purpose and direction."

"Esforços e coragem não são suficientes sem propósito e direção."

John F. Kennedy (1917-1963) 



"There is no living thing that is not afraid when it faces danger. The True courage is in facing danger when you are afraid"

"Não há ser vivo que não tenha medo quando enfrenta o perigo. A verdadeira coragem está em enfrentar o perigo quando você está com medo"

Frank Baum (1856-1919)


Coragem é a capacidade de conviver com a incerteza apesar do medo que nos aconselha.

O sinismo precede ao golpe, que sucede ao aprendizado, muitas vezes adicionado das consequências da vingança.

Do autor do post


setembro 11, 2022

PROATIVIDADE - Precauções de Segurança Com Roubos de Celulares




Prevenir, reduz o stress e os riscos nestas horas em que menos esperamos que algo assim aconteça conosco.
Geralmente, é só com os outros! :-)

Proatividade é o melhor remédio, porque depois...
não adianta chorar o leite derramado. 

Seguem algumas coisas que, feitas antecipadamente, podem reduzir ou mesmo evitar o problema.


1. Criar limites de movimentação financeira:

a. da conta corrente

b. do PIX


2. Anotar o IMEI do seu celular.

Digite *#06#
Será útil nos procedimentos em caso de roubo.


3. Ter um celular de reserva, ou utilizar um celular exclusivo quando em trânsito.

Este celular deve conter o mínimo que você precisa.
Pode utilizar apenas uma conta bancária de segurança, isolada da principal, ou apenas alguma forma de pagamento por cartão de crédito cujo débito pode ser anulado se agir em tempo.

Evitar PIX atrelado na sua conta principal.
Se quiser mesmo utilizar o PIX, vincule àquela outra conta de segurança e limite os saques de ambos, da conta e do PIX. Valores maiores ou excedentes ao limite diário, usar o cartão de crédito.

4. Ao atender o celular no carro, se estiver dirigindo, não o faça. Há golpistas especializados na quebra de vidros.

Se não estiver dirigindo, acerte uma posição de corpo que proteja o celular, por exemplo, atendendo com a mão que não fica do lado da janela, ou dando um giro de corpo, mas se você ficar de costas, sem visão alguma, ficará mais vulnerável.


5. Não atender o telefone no passeio público.

Entrar em alguma loja, banco, etc.


6. Não expor o celular em mesas ou deixar em bolsas.

Bolsas acabam penduradas ou trafegando ao lado ou atrás do portador o que facilita o roubo.
Também podem ser arrancadas cortando-se a alça (é algo que acontece muito rápido)


7. Não clicar em links desconhecidos, não importa se e-mail ou sites de Internet. 

Se precisar fazê-lo, não utilize o celular onde residem os aplicativos de operação financeira.
Faça de outro celular, o celular de guerra (aquele mesmo que você utiliza para andar na rua).
Deixe o celular sensível em casa ou algum lugar seguro.

Se precisar de movimentar a conta por estar viajando, converse com o seu gerente sobre formas alternativas de proteger-se nestes períodos, como cheques de viagem ou mesmo uma conta corrente aberta para este propósito e desvinculada da sua conta corrente principal, que contém seus recursos principais, ou a mesma conta de segurança que utiliza no seu dia-a-dia.
Dessa forma, você poderá ir fazendo transferências parciais de uma conta para outra à medida da necessidade dirigindo-se à instituição bancária, ou talvez, se houver, depósitos programados.


8. Manter seus dados principais em ambiente seguro, não aqueles mais sensíveis pois estes devem ficar exclusivamente na memória, relembrando-se todos os dias.

Por exemplo, adotar e-mails criptografados.
Há diversos serviços de e-mail oferecendo este serviço.
Uma busca trará vários deles, incluindo gratuitos (proton) e a bom preço (tutanota).


9. Guardar na memória as senhas vitais.

Evitar anotar em qualquer lugar que tenha contato com a Internet.

Uma alternativa é utilizar um driver USB (ou cartão) encriptado, tendo o cuidado de guardá-lo em lugar seguro (não carregue com você) e ao conectar usando o notebook ou o celular, desligar previamente o serviço de dados (conexão Internet).

O único momento sensível acontece quando você grava dados na media (driver USB ou cartão).
É vital ter certeza que, além de estar desconectado da Internet, Wi-Fi ou qualquer rede que não seja a sua rede local utilizando cabo, desde que seu ambiente de sistema operacional seja confiável (observar próximo item, antivírus/firewall).
Sempre retirar a media ao término do uso ou quando for reconectar serviços externos (Internet, etc.).


10. Utilizar antivírus pago de preferência com firewall.

A sugestão anterior tem um ponto frágil.

Se o seu notebook ou celular contiver algum software que rastreia o seu teclado, ele gravará todas as informações digitadas que serão transmitidas tão logo você volte a se conectar.

A parte positiva é que, nesse período, você terá digitado a senha de encriptação do driver USB(ou cartão), que será inefetiva quando acessar a Internet porque o driver já não estará mais lá.

Resta apenas o risco ao digitar a sua senha bancária no aplicativo da instituição (aquela que você apenas leu do arquivo no driver para relembrar mas não digitou ou copiou em nenhum lugar).

Este risco é minimizado em virtude das precauções de segurança adotadas pelas instituições financeiras responsáveis pelos aplicativos.

Ainda assim, um bom antivírus, bem conhecido, respeitado e licenciado, vai ajudá-lo na tarefa de ressarcimento junto à instituição em caso de logro.

Convém conversar com o suporte da sua instituição ou o seu gerente,  ou ainda atentar para as constantes orientações fornecidas pelo aplicativo através da sua instituição financeira.

Se ficar evidente o desleixo da vítima, dificilmente ela conseguirá obter ressarcimento.



Fonte adicional - O que fazer depois de roubado:

brasil.estadao.com.br/noticias/geral,celular-roubado-saiba-o-que-voce-deve-fazer


DICA

No texto, comenta-se apenas a segurança da leitura do driver ou cartão, porém em algum momento é necessário gravar essas informações e para isso precisamos ter certeza que o nosso celular, tab ou notebook seja seguro. 

Segurança total só existe quando o equipamento fica isolado do mundo, ou seja, sem qualquer comunicação externa. Ele não se conecta a Internet e também não se conecta a rede local se houver. 

Um celular velho, um tab fora de uso, ou mesmo aquele velho notebook que parece imprestável, pode realizar essa tarefa. As informações passam a ser gravadas no driver ou cartão exclusivamente em aparelhos isolados, sem comunicação alguma, e nos aparelhos que se conectam de alguma forma, o driver ou o cartão é apenas lido quando desconectado da rede.

E se você não tiver um aparelho que possa isolar?
Só resta cautela, tomando todas as medidas de segurança que puder com o uso do seu dispositivo, o que vai reduzir muito a probabilidade de risco.

setembro 10, 2022

O Povo Não Tem Noção do Próprio Poder, Mas as Formigas Têm!




Sabemos que um dos efeitos colaterais da economia mundial é a tendência à concentração de poder.
O poder econômico vai ampliando seus monopólios através de intricados artífices políticos, contábeis e outros nem mencionáveis, mesmo que as leis tentem proteger o mercado e os consumidores.

Este relatório da Universidade de Waterloo, no Canadá, apresenta 10 atores financeiros de grande influência: Apenas 10 atores financeiros são a chave para enfrentar mudanças climáticas.

O poder econômico tem duas fontes principais:

1. Poder militar, ou seja, o poder pela força.

2. Poder financeiro.


O poder militar, porém, depende do financeiro, e portanto tudo se resume em capacidade de pagamento, ou seja, em poder financeiro.

A capacidade de pagamento decorre da capacidade de obter fontes de recursos.

As fontes de recursos, por sua vez, são regidas pelas leis do mercado, de oferta e procura.

Se a procura cai, o preço despenca.

É nisso que reside o enorme poder que o Povo tem nas mãos.

A falta de consciência de contexto, ou seja, entender o que realmente está acontecendo e como isso vai transformar uma pobre vida popular em algo ainda mais doloroso, é o primeiro obstáculo à percepção coletiva de poder.

O segundo obstáculo nasce das vantagens pessoais como prioridade, em qualquer contexto.
Isto impede a união de massa em nome de um objetivo maior.
Algo que depende de um líder para materializar essa união.
É a miopia da paixão, uma triste mazela popular que dita a maioria de suas ações, mais pela emoção que pela razão. E assim, o esporte e a música preenchem quase que totalmente a vida do quotidiano popular.
Muito similar à vida do cidadão romano nos tempos de Império Romano: "pão e circo".

O terceiro obstáculo é a descrença que a soma de pequenos atos é como as gotas da chuva que formam as enxurradas, e estas as avalanches.
O indivíduo não se move enquanto não vê outros na mesma ação — é o efeito "boiada" ou "cardume".
Vira um ciclo vicioso.
Falta a convicção de fazer o que se tem que fazer independente dos outros.

Oras, a grande massa detém as rédeas do consumo em pequenas ações, assim como as formigas podem tombar um elefante em ações coletivas.

Gandhi compreendeu que a libertação de seu país viria pela não colaboração em massa.
A história provou que estava certo.

A grande massa pode derrubar o valor de ações, fazer despencar preços, impor padrões de consumo e uma série de outras ações que irão diligenciar o poder econômico invertendo o processo usual onde o mesmo trabalha fundamentalmente em favor de si mesmo, do lucro do hoje, como se o amanhã não chegasse.

O consumo consciente de bens pode regular o mercado e reduzir a poluição, fomentando a pesquisa em fontes alternativas que venham a colaborar na solução da continuidade da nossa espécie através de uma evolução gratificante.

As formigas parecem, neste sentido, mais espertas que o HOMO SAPIENS, que de "SAPIENS" não me parece muito...
Talvez teria sido mais adequado denominar por algo como "HOMO PROPE SAPIENS", ou seja, "HOMEM QUASE SÁBIO". 





setembro 04, 2022

Na Mão Suprema, o Mal Converte-se em Bem






Diante de tantos eventos negativos, certamente todos nós já experimentamos a tristeza ou a depressão querendo alimentar a desesperança em nossos corações, quando nos perguntamos "o que será do futuro, dos filhos, da coletividade?...".


Na mão do Supremo, o Mal converte-se em Bem!
...porém cobra seu preço em sofrimento.


Olhando o passado, através de seus eventos, fica mais fácil alimentar a certeza que o mal é autodestrutivo, e portanto, temporário.
Ele parece eterno por estar indefinidamente em nossas vidas, mas na verdade o mal é como sementes doentias que logo são transformadas lá na frente em colheitas proveitosas.

A sensação de "eternidade" do mal e de seu aparente "poder" não vem da sua natureza, mas da sua repetição frequente, porque ainda precisamos caminhar mais pelas tentativas inadequadas que por aquelas melhores que serão o nosso cotidiano assim que atingirmos um grau de lucidez maior. Então, neste momento, o mal será como uma ocorrência espúria em nossas vidas, um obstáculo menor.

O mal não se sustenta por si mesmo, por isso precisa repetir-se como forma de sobrevivência.
Os eventos mostram isso. Vejamos alguns dos mais famosos pela repercussão que tiveram.

Quando pensamos na colonização da Índia pelo Império Britânico, podemos ver dois lados.

A colonização de um povo sobre outro geralmente é imposta, o que gera subserviência e leniência à cultura estrangeira. É uma forma de escravidão mais amena, onde os grilhões não forjam a liberdade individual mas ainda impõem que o coletivo seja um provedor de recursos dos colonizadores, portanto atendendo antes aos interesses destes.

A cultura indiana era muito distante da ocidental. Isso não é um problema, mas reduz a interação entre elas.
Hoje, os hindus têm o inglês como o seu segundo idioma.
O idioma, que antes era barreira, hoje é o meio que provê benefícios de aproximação e cooperação mútuas.
Seus hábitos e cultura mesclaram, enriquecendo-os, e portanto tornaram-se mais próximos das vantagens que a cultura ocidental tem por oferecer, somando-se àquelas da oriental.
Todas as partes ganham.


Outro exemplo de carácter global — Hitler!!


Uma catástrofe para o mundo e para a Alemanha que amargou, e que ainda amarga, os resquícios de seus excessos.

Nasceu de uma justificativa genuína que buscava retomar a dignidade do povo alemão, entretanto, foi transformada pelo ódio em ferramenta de sua própria desgraça pelos excessos e desrespeito de toda ordem onde a vida humana resumia-se a números.

O mundo conheceu a consequência do despotismo fanático.
Ao que parece, contudo, essa experiência ainda é insuficiente para evitarmos tais excessos definitivamente.

Continuamos alimentando polarizações exacerbadas e políticas despóticas sustentadas por aqueles que tiram vantagem da ignorância e da incapacidade de lembrança da maioria, consagrada pelo povo que não pode acumular o conhecimento necessário para entender melhor o mundo em que vive, e portanto vive à deriva da mentira.

O mundo, entretanto, diante do esforço de guerra na busca de se proteger da grave ameaça, promoveu  um avanço acelerado pelas necessidades competitivas que esta impõe através do engenho humano que não poupou esforços.

Nasce a utilização do computador ainda em seus estágios iniciais, porém ainda sim melhor do que havia à época, como uma máquina mais veloz para quebrar os códigos das comunicações inimigas. Tivemos o radar, o sonar e tantos outros feitos da engenharia, incluindo os foguetes desenvolvidos na Alemanha nazista por Wernhen von Braun, que mais tarde migrou para os EUA dando impulso à NASA.

A mesma semente que buscava destruir a Inglaterra e mudar o curso da história (essa foi uma das últimas esperanças do sonho de Hitler), tornou-se a semente que fomentou, nas mãos certas, o progresso tecnológico que expande os horizontes do homem além dos céus em que nasceu.


Putin


A Ucrânia representa um marco no nosso milênio, quando um povo torna-se disposto a doar a vida em troca de sustentar sua identidade patriótica, colocando um ponto final na crença que a conquista pelas armas, por si só, seja suficiente para expandir fronteiras. Tudo isso ao custo de muito sofrimento e muitas vidas.

Os EUA e os países aliados no esforço de apoio à Ucrânia, agora mais maduros pelas experiências anteriores acumuladas em suas incursões orientais, souberam conter-se, sem contudo omitir-se. 
Apoio que um povo fez e faz por merecer através da sua determinação e resistência.

Uma OTAN desprestigiada e questionada quanto à possibilidade de sua substituição por algo mais europeu através de proposta do presidente francês Macron, acabou revertendo a tendência sectarista em processo de percepção da necessidade de aumentar esforços europeus e americanos conjuntos.

Reviveu, energizando o conceito comum que as nações europeias e americanas têm sobre liberdade, respeito e proteção, fazendo renascer a Fênix da união ainda mais forte e consciente da sua necessidade de unir esforços em torno de um ideal único que vai abrir caminho para uma política mundial  e universalista.

É o começo daquele caminho para o futuro longínquo das "federações intergalácticas" através da engenhosidade das ficções, cuja imaginação precoce, porém madura, é capaz de ver o mundo como um processo evolutivo.


Então podemos imaginar...


O "mal" deve carregar um sentimento de frustração tão intenso quanto seu esforço de destruir o bem.

Quanto mais o "mal" apressa seu passo, mais acelera o avanço em direção ao bem, porém não sem cobrar seu pesado tributo em sofrimento.

"Deus escreve certo por linhas tortas."

Este dito remete para alguns dos pensamentos de Gandhi:


"Remember that all through history, there have been tyrants and murderers, and for a time, they seem invincible. But in the end, they always fall. Always."

"Lembre-se que ao longo da história, houve tiranos e assassinos, e por um tempo, eles parecem invencíveis. Mas no final, eles sempre caem. Sempre."







"When I despair, I remember that all through history the was of truth and love have always won."

"Quando me desespero, lembro que ao longo da história a verdade e o amor sempre venceram."



Einstein era um admirador de Gandhi. 
Muitos foram seus comentários de elogio.








setembro 03, 2022

Bem e Mal, Polarização e Decisão. Vivendo os Excessos da Dicotomia

 



A primeira impressão da foto acima é muito positiva, inspira carinho.
É a mística do Tarzan e da sua mãe Gorila que moldou nosso pensamento.

Lendo-se a notícia publicada pela BBC sobre esta foto(BBC tem versões em português, ou o tradutor do Google) verá, que segundo os especialistas, a interpretação é muito diferente da nossa singela cultura "cinematográfica".

Cinema é um misto de lenda sobre fatos reais, e por isso é tão amado.
Se o cinema espelhar uma realidade sem alavancagem no "background" do público, não emplaca bilheteria.

O problema é que a nossa cultura é formada por esta mistura entre realidade e ficção, e por falta de mais informação, acabamos incorporando a ficção como realidade.
Nós gostamos disso!

Talvez o sucesso das "fake news" seja também decorrente dessa cultura complacente com a ficção.
Não só adoramos ficção como também a mentira é parte do dia-a-dia.

O julgamento para formar a nossa opinião vive o período da dicotomia extrema, a polarização ditando que a sua escolha é o "Bem", portando os divergentes fazem parte do "Mal".

Essa lógica conduziu a muitas guerras, e ainda conduz.
Um exemplo clássico é "as cruzadas", promovidas por interesses econômicos sob o pretexto religioso cristão que à época era personalizado pela igreja católica. Erro crasso.

O "Estado Islâmico" reedita esta política.
Se não acredita no que eu acredito, ja era...

Por essa lógica, o indivíduo tomado de excesso de emocionalidade, acaba "encarnando o xerife que defende a sua cidade", como é caso ocorrido em Goiânia no link abaixo, pelo Jornal Estadão.

Violência política chega às igrejas e coloca em alerta lideranças evangélicas petistas
Fiel foi baleado na perna por um policial militar de folga após discordar do pastos; caso aconteceu no interior da igreja Congregação Cristã no Brasil em Goiânia

Esse comportamento em que o indivíduo encarna a personificação do "anjo vingador"  é fruto justamente do radicalismo, o que é aliás um contrassenso já que "anjo" que é anjo não poderia alimentar sentimentos de vingança. 
Neste caso, falta ao indivíduo o hábito de pensar sobre esses temas e diante de um conhecimento pobre adota soluções da mesma ordem.

Depois de ler o conteúdo da notícia da BBC (acima) ficamos diante de um fato mais realista.
Para alguns pode ser um "baque" no romantismo, gerando alguma decepção.

Saber que o macaco apenas preserva a futura comida (já que ele não tem geladeira), e que dificilmente um pet é adotado no clã, o nosso sentimento em relação à foto muda. Se a pessoa for radical, vai repudiar a natureza esquecendo que ela própria faz parte disso sendo carnívora e sustentando uma dieta baseada na indústria de consumo de outros seres vivos, inclusive semelhantes, pois muitos deles são também mamíferos.

Os estudos comportamentais sobre os golfinhos, animais com um halo mágico e que nem sempre são condizentes com as interpretações que damos, vão desvendando o lado negro destes seres tão maravilhosos.

Então autor? Está se contradizendo?
Chamando de "maravilhoso" o "lado negro da força"? (e viva Star War, um clássico!).

Então fica a pergunta no ar...
Como pode a natureza unir o bem e o mal, fazendo coexistir ambos na mesma criatura?

Nem amar ignorando a natureza intrínseca, nem tão pouco odiar.
O desafio é conquistar este equilíbrio.

Nisto resume justamente o processo evolutivo, ou seja, a trajetória da primitividade ao refinamento à medida que o mal é autodestrutivo, o bem vai se consolidando pela lenta experiência coletiva como solução às consequências que o mal sustenta.

É como olhar essa foto do macaco!
Tudo tem dois lados.
Se esta espécie de macaco não tivesse aprendido a guardar o alimento, simplesmente mataria o filhote ou o deixaria à mingua, já que a fome foi satisfeita devorando a mãe.
Os macacos aprenderam ao longo do tempo as vantagens de não desperdiçar "adotando os pets", o que é esperto!

Hoje, as culturas ocidentalizadas, não costumam comer seus "pets", a exemplo dos chineses que o fazem naturalmente, promovendo feiras permanentes que vendem cachorros e outros animais como vendemos coelhos, cabras, etc.

Nós não nos alimentamos dos "pets" simplesmente porque eles nos alimentam com algo mais importante que a sua proteína. Eles suprem a nossa carência emocional.

Não existe verdadeiramente "amor" onde há "carência".
Amor é dativo. Não pede nada em troca, nem mesmo atenção ou companhia.

Os cães e gatos conseguiram um bom emprego!
(o trocadilho faz sentido por ambos os lados...)

Nota: durante o cerco de Paris pelos nazistas, desapareceram todos os pets, inclusive os ratos que infestavam a cidade, quando as forças alemãs cortaram as linhas de suprimento.
Tudo é uma questão de momento e contexto!

Diante de uma análise comportamental rápida, fica claro que a radicalização da dicotomia só acresce emoção imprópria ao processo de aprendizado, conduzindo às soluções inadequadas, senão tristes que apenas retardam nosso caminho para conquistar a felicidade de uma sociedade melhor.

Não devemos acolher o mal, mas tão pouco combatê-lo com excessos já que eles, por si mesmos , são um erro. Não se combate o mal tornando-se parte dele.

Um dia, olhando para o problema como olhamos para a foto desse símio, podemos descobrir que não estávamos tão certos assim!

Temos hoje duas grandes lutas!
Esquerda ou direita, ambas radicalizadas.
Que diferença vai fazer se perdermos a minguante democracia que ainda temos, seja pelas mãos de um lado ou de outro, já que ambos buscam defender-se da mesma coisa?

O ódio, o rancor e o desejo de vingança vão alimentar muito provavelmente a composição do novo governo acirrando ações. 

E isso não é bom!

Encarar o que entendemos por mal ou por bem com equilíbrio emocional é a melhor forma de encontrarmos soluções melhores.

O dia que o povo comungar essa opinião, então a democracia vai se aproximar daquilo que idealizamos que ela possa se tornar.

Enquanto isso, só resta suportar com paciência e coragem o processo de aprendizado coletivo.





Série O Radicalismo e o Dilema Israel vs. Hamas - A Procura da Solução N.4 - A Origem

A CONTRIBUIÇÃO DA SOCIEDADE PARA O RADICALISMO A sociedade é fruto da base de sua origem, ou seja, de como ela incorpora nela própria as nov...