março 07, 2023

O Desafio Social Nos Tempos da Cibernética e a Educação Sob Novo Ângulo

 




A sociedade cibernética precisará vencer o desafio autoimposto para evitar a exclusão social em massa que poderá escalar até consequências graves fecundando ainda mais os problemas econômicos e comportamentais que alimentarão as correntes radicalistas com o combustível inesgotável da marginalização que busca a sobrevivência. Os desesperados e revoltados são os mais suscetíveis.

Além da ideologia, também o desespero pela falta de alternativa torna-se uma fonte adicional de radicalismo. A última talvez seja numericamente mais significativa que a primeira diante de condições extremas. Afinal, a subsistência corre sempre à frente dos princípios para a maioria de todos nós.
A fome não pensa em outra coisa que não seja obter comida.

O radicalismo é como um rio cuja nascente tem origem na rejeição de modelos tradicionais como meio de estratégia ágil, cuja corrente vai arrastando a todos que se aproximam premidos pelo desejo de solução.


A robótica é a inteligência artificial (IA) embarcada, ou seja, móvel, representando talvez a competição mais severa que o ser humano já criou para si mesmo.

A ciência da computação viabilizou o tratamento da informação em larga escala e com isso multiplicamos a produção do volume de informação que é preciso absorver para acompanhar as novas necessidades.

Gerações anteriores necessitavam de menos informação para se tornarem "produtoras aptas".

A título de exemplo, vamos usar a própria informática como demonstração através de uma linguagem de programação, escolhendo entre as muitas, uma das mais populares, por exemplo, a linguagem Java que nasceu para embarcar qualquer dispositivo.

No momento que escrevo este post, a linguagem Java está consolidando sua 21° versão, e seguindo para a próxima em ciclos semestrais.

Quando essa linguagem teve seu grande impulso há alguns anos atrás, o aluno tinha àquela ocasião cinco versões para estudar.

Compare com o aluno atual que terá que conhecer todos os detalhes de 21 versões, ao invés de apenas cinco delas.


Convém ainda lembrar que sistemas digitais normalmente utilizam uma malha de linguagens e recursos estruturais onde todos têm suas versões próprias, em constante evolução através da criação de novos recursos e métodos de trabalho ou pela modificação dos anteriores em busca do aperfeiçoamento ou da correção (eliminação de bugs).

Conclui-se que o conhecimento necessário é diretamente proporcional ao número de versões multiplicadas pelo número de tecnologias utilizadas em um projeto, que atualmente é superior a pelo menos meia dúzia delas.

Por essa conta simples, o leitor pode perceber a quantidade de informação adicional que a geração atual precisa assimilar, e então ponderar o que será exigido das gerações seguintes.

A informática é a nascente da cibernética, o que amplia ainda mais o escopo de conhecimento, cuja tendência natural irá modificar todos os campos do conhecimento humano pois que a cibernética tomará parte em todas as atividades como o meio e a forma de materializar não somente a informação mas o gerenciamento de processos através de seus eventos e correspondentes ações pertinentes a cada atividade.

Conclusão!
O volume de informação cresceu e continua crescendo exponencialmente, mas a capacidade do cérebro humano não acompanhou nem acompanhará, a não ser que venhamos a sofrer uma mutação genética à moda X-men! :-)


A questão da aceleração crescente ficará cada vez mais intensa, pois o crescimento desse crescimento é assustador.

A grande maioria da sociedade não pode lidar com esse volume de dados.
Dessa forma, aumentaremos a fragmentação das atividades que por si só acrescerão mais problemas de gerenciamento e integração, e inevitavelmente constituirão o caminho para o impasse de uma complexidade crescente.

Neste contexto, quando tudo urge novas medidas, ainda fazemos provas baseadas em repetição por memorização quando deveríamos tratar da "habilidade informacional" e aperfeiçoar nossas habilidades interativas levando esse conhecimento como a base fundamental que deve alicerçar o ensino!

Desculpas por cunhar um termo na frase acima (em itálico), mas no restante do texto fará sentido.


Por exemplo, quando um candidato é indicado para ser sabatinado, as questões exigem mais memória que a capacidade de organizar e concluir de forma produtiva e harmônica às necessidades do cargo mediante um fluxo de coleta de informações que ele precisará administrar durante o seu exercício.


Nossos métodos de avaliação estão ultrapassados, insistindo em uma fórmula adaptada para outra era cujo tempo vai obrigatoriamente colocá-la em cheque e em desuso na atual.

Vejamos um exemplo.

Através de serviços inteligentes, um juiz não precisa conhecer a legislação completa, porque a mesma cresce e se modifica continuamente. A tentativa de atualizar-se abordando estratégias antigas acabaria por roubar o tempo disponível para exercer a profissão.

Os sistemas inteligentes serão capazes de lidar com a complexidade dessa volumetria de dados, e portanto, a educação necessita apenas revisar seus métodos de modo a não continuar exigindo a inutilidade de disputar habilidades de memória quando a habilidade que realmente fará diferença está na integração e utilização dos recursos ditos "inteligentes", de modo a acrescer valor aos mesmos oferecendo resultados compilados pela nossa capacidade de inteligir que seja efetiva à sociedade e não um simples repasse de uma "cola" de algo oferecido por uma máquina, que parece conduzir a percepção atual dos usuários.


A educação precisa reinventar-se trabalhando novos métodos de desenvolvimento dessas habilidades aliados às novas estratégias de avaliação para adaptar-se à Cibernética.

Cibernética é a comunicação entre homem e máquina e vai definir o futuro em todas as atividades humanas cada vez mais intensamente, a exemplo dos carros autônomos.

Ontem e hoje, a educação trabalha mais policiando e rejeitando as novas ferramentas da Cibernética, enquanto mantém a tradição do mesmo estilo de avaliação quando o volume de informação e complexidade eram incomparavelmente menores, privilegiando mais a memória que a capacidade de se aliar aos novos recursos que expandem os limites do cotidiano às nossas vidas.

Esta política de rejeição que percebe mais a ameaça ao "status quo" do que as vantagens de crescimento, agindo  em detrimento da construção da habilidade do futuro — a capacidade de conciliar e elaborar múltiplas fontes de informação e não simplesmente em armazená-las.

Esse comportamento é observado ao longo de toda história a cada novo degrau que impõe mudança ao anterior, e aqueles que permanecem no anterior sempre sucumbem.

Resistir às mudanças necessárias mantendo métodos ultrapassados produzirá cada vez mais exclusão em massa já que a maioria não dispõe dessa capacidade de memorização, algo que as máquinas podem suprir alternativamente, e que portanto já não faz mais sentido continuar acumulando tal tarefa para o ser humano.
Seria o mesmo que negar o valor das máquinas agrárias retornando às enxadas.


Os frutos da Cibernética, tal como ChatGPT e os demais serviços precisam ser absorvidos na grade educacional promovendo a habilidade de seu uso, e não sendo demovidos ou  restringidos por seus efeitos causados pela falta de orientação dos professores justamente pelo despreparo destes!


Sem uma nova estratégia, continuaremos fazendo "cola", tanto alunos como não alunos, quando podemos de fato usar a capacidade de coordenar um conjunto de dados para suprir entendimento e elaboração sob demanda, cabendo às escolas educar seus alunos mais para a análise do que para a retenção de dados em memória.

Alguns podem argumentar que memorizar é útil, pois agiliza.
Sim, é verdade, mas uma verdade relativa e temporária.

A "computação vestível" (Wearable computer)  irá suprir essa última lacuna completamente.
A memória digital integrada às atividades humanas será cada vez mais utilizada para interagir com esse universo, substituindo a forma tradicional de memorização que age na tentativa de competir com bancos de dados. Não faz sentido!

A pressão aumentará obrigando a remodelação dos conceitos de interação e educação.
Se não bastasse a mobilidade computacional, seremos nós mesmos biônicos, não por opção, mas pela necessidade de competirmos.


Recentemente, Elon Musk não obteve sucesso na liberação do uso de chips em humanos, mas outros virão.
U.S. regulators rejected Elon Musk’s bid to test brain chips in humansVideosPicturesGallery


É só questão de tempo, até que o primeiro chinês com um chip implantado em seu corpo comece a fazer maravilhas, e também desastrosas ameaças aos que ficarem de fora.
Esse povo tem uma visão muito pragmática da "utilidade humana".

E não duvidem disso, pois que o governo chinês não terá tantos pudores em utilizá-la, depreendendo-se pelo que conhecemos do perfil ditatorial de seu governo, recentemente consubstanciado durante a imposição da quarentena sobre o povo a qualquer custo — até onde puderam aguentar, quando então começaram as manifestações em massa apesar da repressão intensa — Afinal, é melhor ir para a rua apanhar que morrer dentro de casa sem tentar algo. Na rua, suas chances aumentam.

Se os chineses ainda não o fizeram, é porque lhes falta o chip, pois a China por enquanto não domina o processo da alta integração de chips, dependendo do ocidente para obtê-los.


Infelizmente, a implantação de chip tem o lado extremamente negativo já que potencialmente poderia terminar com o último bastião da liberdade humana — o pensamento.

As imposições da competição colocam a ética em segundo lugar.
A forma como pensamos e agimos hoje definem outras prioridades, colocando a sobrevivência pela competição no topo de todas as outras.

O comportamento humano não tem deixado outro recurso.


A reeducação da educação social deveria ser uma das mais altas prioridades para os governos que não pretendem ver a sua hegemonia implodida pela inadaptação de seu próprio povo.

Se hoje os governos secundarizam o incentivo ao raciocínio na educação, mantendo o foco na "repetição" pelo que guardamos na memória temporariamente, amanhã esse enfoque continuará a produzir cada vez mais uma casta de desajustados não pagadores de impostos, ameaçando a estabilidade desses governos e onerando as suas administrações.


A ironia do lado negativo da evolução é o seu poder pelo lado positivo.

Inevitavelmente o sistema terá que reverter o pensamento que povo educado é contrário aos seus interesses demagógicos já que a base econômica futura dependerá da capacidade de seu povo interagir de forma inteligente com a cibernética, extraindo o máximo. Este é um dos novos palcos da competição futura entre as nações.


Evolução é algo fantástico porque transforma a destruição no próximo capítulo da reconstrução que acresce um próximo passo.





março 06, 2023

O Feudalismo no Terceiro Milênio — Um Produto de Exportação Para Marte


Ainda garoto, quando estudei o feudalismo no segundo grau, sentia-me aliviado que vivesse no século XX.

Na minha inexperiência jovial, sentia-me seguro e feliz por pensar que a humanidade houvesse superado uma fase tão negra de sua história.

Superamos o século XX, tido como um símbolo de progresso e avanço científico, entrando para o auspicioso século XXI sob o imaginário dos avanços da exploração espacial e da cibernética com todas as outras riquezas da criatividade humana pelas mãos da ciência.

Nesse cenário auspicioso, a política sempre representou um braço da atividade humana em dissonância com esse panorama.

À medida que o século XXI foi caminhando, se de um lado a ciência foi nos surpreendendo com a materialização de muitos sonhos, do outro parecemos retroceder a um feudalismo com nomes diferentes.


Afinal... O que é mesmo feudalismo?

"O feudalismo foi a forma de organização social e econômica instituída na Europa Ocidental entre os séculos V a XV, durante a Idade Média. Baseava-se em grandes propriedades de terra, chamadas de feudos, que pertenciam aos senhores feudais, e a mão de obra era servil."

fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/feudalismo.htm


Transpondo o conceito para os dias atuais, podería-se dizer que "feudalismo" é toda relação de poder que submete à servilidade seja através de hierarquias políticas e/ou econômicas.

A relação de 'poder" e "servilismo" são a base da nossa sociedade em todos os tempos.
O que muda é apenas o nome para caracterizar a época que ela marca através de suas características, porém mais ligadas ao desenvolvimento tecnológico do que ao social já que a relação de poder é  intrinsecamente a mesma — quem detém o recurso determina a vassalagem de quem não o possui.

Socialmente, continuamos praticamente no mesmo lugar, com pequeninos avanços, porém sem mudança de base.

A conclusão é que a sociedade evoluiu mais em suas alternativas de produção de recursos que em sua estrutura social.

  • A leis são aplicadas pelo poder que define quando atendê-las ou não.
  • A leis são criadas pelo mesmo poder quando convenientes para mantê-lo.
  • A relação de servilismo mantém-se com todas as gradações da hierarquia social em função do status econômico ou político, algo que sempre houve.
  • O trabalho escravo é materializado através de pagamentos insuficientes, horas de trabalho excessivas, condições insalubres, e uma infinidade de circunstâncias que não deixam a "escravidão" pertencer ao passado, de uma forma ou de outra, respeitando a sua gradação.

Se você utilizar os tópicos acima para analisar a história em todas as suas fases, ignorando os avanços tecnológicos, poderá perceber que a música tem a mesma letra, só muda a melodia e o ritmo.

À maioria de todos nós nem mesmo consegue imaginar uma sociedade sem "servilismo", embora possível, e muitos ao lerem o texto podem estar indagando o autor sobre como poderia ser diferente de algo tão natural como "eu mando e você obedece"?!

Uma sociedade sem servilismo seria viável?
E se for, como seria?

Esses princípios foram ensaiados em teorias de esquerda, cujos ensaios saíram do papel para serem transformadas em pesadelo de um servilismo estatal generalizado com mãos férreas.

Karl Marx é brilhante no idealismo de algumas propostas.
Por exemplo:


Se esse princípio fosse aplicado na prática, o servilismo sofreria um severo golpe, mesmo sem citar os princípios filosóficos defendidos por Jesus Cristo através de uma visão filosófica e humanitária que justificou uma divisão na forma como o tempo é contado para a maioria das civilizações atuais, mas não para todas.

Infelizmente a aplicação da assertiva de Marx falha dos dois lados.

Na realidade, em cada um há o desejo de dar o menos possível e obter o máximo de suas necessidades, quando não "infinitas", pois a ambição parece não conhecer limites.

Conclusão: o socialismo ou comunismo na prática apenas justificou a mudança de mãos no poder.

Quando trafegarmos do servilismo para uma sociedade cuja relação de trabalho não adoeça pelo poder e pela ambição, teremos então alcançado um novo marco da civilização humana, cujo resultado será um estado de consciência pessoal coerente com os meios que a sustenta, promovendo produção e a distribuição de recursos que sinergizam o progresso mediante o bem-estar geral.


Nossos problemas seriam relativamente simples se não fosse pelo caráter doentio de nossas emoções.

Então acabamos achando mais viável transferir o problema para uma provável civilização em Marte em condições muito mais adversas do que resolver nossos problemas por aqui mesmo à medida que vamos comprometendo nosso meio ambiente!

Sonhos de visionários cegos pelos egos megalomaníacos?!!!


Por acaso essa civilização colonizadora seria emocionalmente diferente da nossa?

E se continuarmos como estamos indo, "logo logo" nem precisaremos viajar tão longe para viver o desafio de habitar um planeta inóspito!!!  :-|
Poderemos colonizar um planeta estéril por aqui mesmo! :-)

Marte só faria sentido se pudesse suprir a Terra.

Não é a primeira vez que se transfere  a solução para o meio externo quando na verdade ela está dentro de nós mesmos, por nós mesmos!


março 01, 2023

ChatGPT e O Boom da Inteligência Artificial - Reflexos Sociais

 





Assim que você, após o seu cadastro (sing-up), acessa o site do ChatGPT, vem imediatamente o aviso informando que as suas informações "poderão" ser analisadas (vide acima).

O aviso é necessário pois um grande ponto fraco desta tecnologia é que a privacidade inexiste em virtude da forma como o dado precisa ser manipulado, e sem criptografia.

Um efeito interessante é que a maioria da sociedade jogou pelo ralo a noção de privacidade pessoal quando surgiu o Facebook e outras medias pessoais.

Depois, então, vão acontecendo os problemas...

O indivíduo não entende como o criminoso tinha tantas informações a seu respeito a ponto de permitir planejar um sequestro, roubos ou golpes de todos os tipos e etc., como se já não  bastassem as "viroses digitais" e toda sorte de meios de invasões de sistemas, além dos vazamentos de senhas de serviços importantes como Google Gmail e uma fila sem fim de notícias do gênero.

Inteligência Artificial (IA), como a maioria das coisas da vida, traz o lado bom e o ruim.

O lado ruim também ganhou mais um apoio funcional poderoso:
Versão ‘do mal’ de ChatGPT ignora filtros da IA e cria softwares maliciosos


As notícias vão aparecendo, muitas delas anúncios disfarçados, mostrando como o indivíduo pode "se dar bem" usando ChatGPT para seus negócios.

4 ways ChatGPT can radically up your job search
(4 maneiras pelas quais o ChatGPT pode melhorar radicalmente sua busca por emprego)


É bom lembrar que quando você está "logado" em uma plataforma, a sua identidade é conhecida, os seus dados e tudo o mais que você digitar poderão ficar gravados de tal forma a compor um banco de dados com um perfil inteligente a seu respeito, mais esperto do que você desejaria.

A sua atividade e o seu perfil ficarão tão mapeados, que talvez o sistema venha a lhe conhecer melhor que você mesmo, dependendo da intensidade com que você troca informação com a plataforma.

Assim como outras plataformas de serviços, o ChatGPT também fica sujeito a vazamentos de informações.

Ficará cada vez mais difícil preservar o siligo de empresas, porque seus empregados em perfis próprios vão buscar socorro neste tipo de ferramenta diante dos prazos apertados, insanos, ou simplesmente por comodidade ou necessidade competitiva.

O Walmart destacou-se pela sua visão aguçada, arrancando na frente diante do perigo:

(Preocupações com a privacidade do ChatGPT: Walmart diz não discutir segredos comerciais com a IA)


Algumas notícias vão surgindo, onde se discute também os efeitos sobre o nosso comportamento psicológico pessoal e coletivo.

Uma hipótese sugere a crescente dependência do ser humano na tomada de decisão através da ajuda desse tipo de ferramenta de consulta que propõe solução pronta, estimulando o indivíduo a comprar "comida pronta", e portanto "saber cozinhar" vai ficar cada vez mais raro, o que vai contribuir gradualmente com a perda da capacidade de fazê-lo por si mesmo.
Uma hipótese que faz sentido porque, ao gênero humano, o que é fácil vicia, e quanto menos se pensa, menor é o desejo de pensar.

Pais, professores e filhos terão mais tensão social.

Se antes o indivíduo incauto entregou seu "bate-papo", agora vai entregar todo o resto, incluindo sua proatividade, paulatinamente.


Outro aspecto negro da IA é a manipulação implícita do viés.

IA é programação, e portanto programas podem ser programados para ter viés de qualquer natureza, exercendo dessa forma influência ideológica.

Seria o mesmo que "fake news" com "esteróides", capaz de reagir com inteligência de acordo com o perfil do leitor, e portanto, tornando-se muito mais efetivo na arte do convencimento e da condução de massa.


('Eu trabalhei na IA do Google. Meus medos estão se tornando realidade')


Temos ainda, ao menos, mais um efeito colateral de viés.
O robô do chat utiliza a Internet como fonte de consulta.
À medida que aumenta o conteúdo enviesado na rede, maior a tendência de que a informação acabe fazendo parte da base de dados do sistema, contaminando a elaboração da informação entregue.

Os filtros de informação agem .por duas formas antagônicas.
Se muito restritivo, empobrece os resultados. 
Se mais flexível, deixará vazar o viés indesejável.

E se o volume de informação considerada "negativa" aumentar indefinidamente formando um perfil de pensamento predominante? 
Os administradores da plataforma ficarão em situação difícil, sujeitos às exigências legais, que por sua vez abrem também a oportunidade para a manipulação "legal" de conteúdo imposta à maioria — o nome disto é ditadura embalada na sua forma digital.

Internet e IA juntas apenas multiplicam o velho problema humano em lidar com a natureza do pensamento.

Anteriormente, as barreiras naturais de comunicação e produção de informação que não dispunham desses recursos conduziram o comportamento humano às revoluções e guerras.

Agora teremos um fator crescente de aceleração, dada às novas condições, intensificando o processo de convergência de pensamentos em massa e com mais intensidade, lembrando que antes havia o benefício de uma população planetária menor e com também menor poder destrutivo.

Dois fatores colaterais deste contexto, já por si só difícil de regular e governar, catalizarão a velocidade desse processo de transformação. São eles:

- Diante da velocidade da transformação, sobra menos tempo para o indivíduo pensar, refletir e observar os efeitos. Mais decisões em menor tempo.

- Estimula o "efeito cardume", ou seja, quando as decisões pessoais acabam seguindo a maioria já que decidir torna-se um processo mais difícil.


Serviços de media social — Twitter, Facebook, TikTok e etc. — agregarão tais recursos às suas plataformas, contribuindo ainda mais com a "produção de informação" que se transformará em uma fábrica mais sofisticada, produzindo a influência mediante o tom adequado ao receptor, como quem embala o vinho de acordo com o gosto do cliente, onde a qualidade do conteúdo é consumida pela aceitação da embalagem personalizada "ao gosto do freguês".

Teremos a customização da informação qualificada não apenas pelo tipo de público alvo como também adaptada à forma individual de cada um.

O que antes era feito pelo rádio e pela TV, esta última principalmente em horários privilegiados, hoje é ubíquo em horário integral por todos os meios de comunicação, levando o indivíduo a acreditar ainda com mais intensidade na realidade que lhe é projetada tal como uma avalanche de informação que desce o morro dos interesses humanos levando os mais incautos e desprotegidos.


Uma coisa é certa.
Inteligência própria e informação pessoal preservadas irão valer ainda mais, muito mais, porém será também mais difícil para quem não utilizar a ferramenta, podendo ficar em desvantagem competitiva.

O cachorro correndo atrás do próprio rabo?


Existe alguma contrapartida a favor do usuário.
Ele poderá, por exemplo, aperfeiçoar a criação de perfis falsos, mas poucos serão capazes.


A tecnologia não caminha de mãos dadas com a democracia, porque a perda da privacidade favorece a manipulação social.

A massificação da produção de informação "enlatada" por "robôs digitais" vai reduzir o valor da  produção de informação, muitos perderão o emprego e terão seus salários achatados, porém super valorizará a informação que não pode ser produzida por meios digitais inteligentes, e que portanto, depende da centelha do talento humano.


Hoje, nossa era dará à maioria a oportunidade do começo no uso de robôs.
Amanhã, serão os robôs que usarão os humanos sem "centelha divina" — robôs estes conduzidos por uma elite (intelectual/financeira) que elegerá o recurso como meio ainda mais poderoso de manipulação e controle.



Seria possível ver algo bom em tanta coisa aparentemente apenas negativa?

Dependendo das convicções pessoais do leitor, tais fatos podem ser positivos ou até mesmo extremamente ameaçadores.

Analisando a conjuntura pelos olhos do evolucionismo, aliados à crença de uma força maior diretriz, podemos então pensar no lado positivo dessa mente diretora extremamente superior à nossa.

Tal quadro de conjunturas negativas poderá reverter positivamente quando o ser humano começar também a mudar a sua índole e mentalidade social através da necessidade advinda da luta pela sobrevivência.

Talvez seja aquele caso em que as coisas precisem ficar realmente ruins para que tenham conserto.

Não é assim a maioria das vezes, quando só colocamos a tranca depois que a casa foi invadida?

Neste caso, a solução advirá quando entendermos melhor que é preciso respeitar uma porta, mesmo sem tranca!

Então saberemos entender pelo sofrimento onde realmente termina o nosso direito e começa o do próximo.

Por enquanto, é apenas teoria e plataforma para palanque político.

A solução existe.
Resta aplicar.
É só questão de tempo cobrado em muita destruição.

Fênix.



fevereiro 19, 2023

As Vantagens da Polarização - A Face Divina da Dicotomia

 

Diante das desvantagens que a tensão social provoca em nossas vidas através da polarização de ideias conduzindo parcelas da população ao extremismo, parece inexistir uma mão divina conduzindo a evolução dos fatos.

Eu sei!
O texto parece revoltantemente inaceitável, vindo mesmo de uma cabeça religiosa, beata, presa exclusivamente em seus fervorosos pensamentos, negando a realidade dos riscos e prejuízos que corremos.


Um fato interessante é que se pode observar que algumas leis da física parecem também migrar para o universo da psiquê.

A sociedade normalmente age como um cardume, onde na falta de estímulo externo, o indivíduo permanece confortavelmente seguindo a maioria que segue o momento de alguns que seguem outros, formando um círculo vicioso onde a cabeça confunde-se com os pés. 

Tirar um corpo da inércia custa energia, e a física nos conta isso.
A polarização é um vetor psicossocial que obriga o cardume a se dividir, sendo que cada parte vai lidar  obrigatoriamente com a escolha de lado, ou arriscar uma posição mais isolada desse cardume, expondo-se aos perigos maiores que o isolamento parece acarretar.

Física, matemática, química, biologia, psiquiatria e etc. são divisões meramente estratégicas necessárias à didática humana para lidar com a complexidade da diversidade da riqueza do Universo.

A natureza não as separa, pelo contrário, interagem como um corpo único e harmônico, onde leis da física parecem aderentes às da psicologia na medida certa pela forma com que se pode transcrever seus princípios comuns.

Quando somos obrigados a escolher, somos obrigados a gastar esta energia para nos tirarmos da cômoda inércia que tanto preservamos — a nossa zona de conforto.

Esse esforço contribui para acelerar nosso aprendizado independente do lado que venhamos escolher.

Aprendemos no acerto, e evoluímos.
Aprendemos no erro, e evoluímos.
Aprendemos sempre, em uma trajetória infinita cumprindo a Lei de Lavoisier — nada se cria, tudo se transforma.

A morte vista como fim, de fato é o resumo de uma etapa precedente, recriando-se no momento seguinte através de um processo contínuo que conhecemos por "evolução" — uma lei que parece reger todo o Universo posto que está sempre em movimento, transformando-se ao sabor do acaso para alguns, e para outros, orientado por algo superior à nossa compreensão, e portanto nada mais cômodo do que negá-la.

A polarização tem seu preço, mas também carrega seu prêmio social.
Certamente promove a necessidade da escolha, e pela escolha aprendemos, acelerando o nosso processo de aprendizado.

A impressão que se tem é que Deus é um grande transformador, utilizando até mesmo aquilo que parece ameaçá-lo em um belo vetor de contribuição à sua causa: "O Progresso da Alma".

A percepção que o sentido da vida traduz-se na capacidade de reter bens da matéria, seria o mesmo que amarrar o sentido da vida à brevidade desses bens materiais, no entanto, até eles, segundo Lavoisier,  se transformam numa nova expressão de existência contínua.

O espírito é apenas um estado da matéria na dimensão da energia, lembrando que, segundo Einstein, a matéria é energia condensada.





Abaixo, uma foto dele durante seus cálculos.
Nossa demonstração de carinho imenso pela figura do cientista e do ser humano que foi.




E se um dia puder, leia sua biografia.
Vale muito a pena.


Veja também:

À Medida Que O Tempo Passa, A Ciência Vai Comprovando A Evolução Da Alma

A Robótica e o Senso de Sentido da Vida

 

Qual o sentido da vida?

Todos nós já teremos, em algum momento, pensado a respeito, mesmo que brevemente.

Certamente haverá muitas respostas diferentes.

Eu prefiro algo que possa ancorar o raciocínio em lógica, ainda que mais difícil que simplesmente adotar o caminho da "fé" pura e simples, pois oferece um caminho mais seguro à sanidade quando a mesma lógica permanece coerente com um sentido de contexto Universal.

A Terra se destaca justamente pela oportunidade ao exercício de existirmos como forma pensante materializada em um corpo físico com liberdade de desenvolver seu aprendizado através de experiências.

Robots são apoiados em conceitos que utilizam justamente este princípio.


O que concluir do pensamento deste homem?

"O chefe da IBM diz que pode ser "bom" que os robôs substituam uma tonelada de empregos de colarinho branco"

IBM chief says it might be ‘a good thing’ that robots will replace a ton of white collar jobs


Fica evidente o senso de egocentrismo que pessoas assim carregam considerando-se como uma casta superior onde o sentido da vida gravita em torno de suas necessidades em detrimento de todas as outras.

Sem emprego, sem uso, o ser humano marginaliza ou fenece.


Declarações assim refletem  a inconsciência do egoísmo prepotente que cega o indivíduo que não pode ver o propósito maior da vida, que é a vida por ela mesma!

Imagine que o planeta Terra perdesse toda forma viva existente, desaparecendo seus meios principais de sustentação — água e oxigênio?

O planeta acabaria como Marte, apenas rochas sem o ar e a água que sustentam a vida, ao menos como a conhecemos por aqui.

Que diferença faria mais um planeta desse tipo entre os "zilhões" de outros planetas iguais, e que formam a maioria daquilo que conhecemos no Cosmos?

A exceção é justamente a Terra, pelo valor da vida, não para o benefício de alguns, mas como meio de crescimento de todos.


Então qual o sentido ético da evolução da robótica dentro desta perspectiva em que a vida é o propósito em si?
Não comprometeria estes valores?

A robótica surge como uma consequência da evolução da vida que se reconstrói pelo otimização de suas necessidades, excluindo cada vez mais as tarefas automatizáveis que conduzirão a humanidade pelo caminho do crescimento da capacidade de inteligir em detrimento da importância do poder físico em tarefas repetíveis.

Será o grande desafio e a grande ferramenta de estímulo da vida por ela mesma no aperfeiçoamento próprio através da sobrevivência, não mais pela força física, porém através da sua capacidade de inteligir em competição direta com a disputa de atividades que vão sendo substituídas pela IA (inteligência artificial).

É o grande estímulo conduzindo-nos a um estágio novo da inteligência, cujos detalhes ficam além da nossa percepção usual, mas que formarão as civilizações que poderão repor o que foi consumido ao longo dessa trajetória de investimento cobrada por essa mesma evolução em destruição.

A vida dispõe apenas de uma meio de proliferar.
O seu término porém, dispõe de um número imenso de meios alternativos que mais parecem infinitos, e no entanto, ela supera, floresce, reinventa-se, aperfeiçoando, adaptando e evoluindo sempre.

Calculando-se o número de meios de extreminá-la comparativamente ao número de meios de reproduzí-la, a vida mais parece um milagre desafiando a morte.

A robótica é apenas mais um instrumento que dignificará a vida através do exercício de atividades mais nobres que apenas a vida é capaz de oferecer, arremetendo o ser humano para as atividades mais sofisticadas que aquelas apenas programáveis.

A robótica, assim como tudo, cresce pelas mãos da ganância e do egoísmo, mas estes são os instrumentos atuais que impulsionam a vida no caminho do desenvolvimento, onde o mal sempre termina redundando o bem, de uma forma ou de outra, renascendo em um novo caminho, um novo aprendizado.

Deus é tido como a suprema inteligência.
Tudo, ao que parece, caminha na mesma direção.



Neutralidade ou Hipocrisia Conveniente? Um Brasil à Deriva!

 

A guerra da Ucrânia segue exigindo esforços contínuos dada a determinação de Putin em usar a força para submeter o povo invadido aos seus delírios de poder na tentativa de reeditar a extinta União Soviética.

Segundo as notícias que vamos lendo, afirma-se que os nossos meios diplomáticos (Itamaraty) seguem a linha de neutralidade e dos meios pacíficos que caracterizam o Brasil.

Por estas e outras razões, acena aos dois lados do conflito alegando neutralidade muito conveniente aos seus interesses econômicos, de onde vem buscando tirar vantagens entre os conflitos ideológicos e militares dos dois grandes blocos, que cada vez mais alinham-se para um confronto bélico.

Lula diz a chanceler da Alemanha que Rússia está errada, mas nega envio de munição à Ucrânia - Estadão


Tanto o ex-presidente quanto o atual abordaram o tema pela mesma estratégia.

Então eu me pergunto:
E se o Brasil for invadido por algum país?

Manteremos nossa posição pacífica de negociação, confraternizando com o inimigo enquanto ele toma parte do nosso território ou mesmo tudo!!!???

Afinal de contas, pela argumentação que se vem sustentando, seríamos um país da "paz e do amor".
Obrigado meu inimigo, seja bem-vindo! Paz e amor!!

Nessa hora, onde ficam a paz e a neutralidade?


A Ucrânia foi invadida porque seu povo escolheu um novo caminho, um direito assegurado pela democracia, que é um dos pilares ideológicos do Brasil, ou ao menos é o que dizem.

Fica claro que o posicionamento do Brasil é vergonhoso, hipócrita e busca tirar vantagem ignorando o profundo abismo ideológico e político que está cavando para si mesmo.

Se o Brasil for invadido por uma potência, pois é um país continental rico e cobiçado, será muito justo recebermos como resposta de outras nações que devemos continuar seguindo nossa política da "paz e do amor", submentendo-nos ao invasor pacificamente porque, apesar do país invasor estar errado, não podemos fazer nada pois também nós defendemos a paz e a neutralidade na solução dos problemas.

Seria ou poderá ser uma resposta mais que justa, mais que merecida!

Através da sua omissão, o Brasil nega o direito de defesa e do exercício da democracia que consubstancia o direito de escolha de um povo mediante argumentos insustentáveis, já que contraditórios à lógica de sua própria autopreservação e ideologia.

Existe uma distância enorme entre sermos pacíficos e sermos omissos.

A paz só se sustenta quando os valores de autopreservação de uma nação não são colocados em xeque.

O Presidente reconhece o erro de Putin mas decide não fazer nada para apoiar os valores que nós mesmos defendemos como um direito nosso, a exemplo de um passado recente durante os conflitos do Brasil na defesa das suas 200 milhas marítimas, pois "mar" também é território.

Então, deixamos o Brasil exposto à esperteza política de qualquer nação que se aproveite da infeliz oportunidade política deste momento para desrespeitar nossas marcações territoriais, sejam terrestres ou marítimas.
Nesta hora qual será a nossa reação?

É a hipocrisia inaceitável buscando tirar vantagem dos dois lados, 

Pode terminar sem nenhum, virando pelego de todos, diante da falta de dignidade para sustentar a defesa dos próprios princípios que nos sustentam a soberania, o nosso sentido de nação e de liberdade de opção de uma democracia que não é capaz de vislumbrar nem a própria incoerência ou prefere virar o rosto descaradamente para o outro lado, vergonhosamente.

Democracia estranha!
Contraditória, hipócrita e descarada.

Shame on you, Brazil !!!


fevereiro 18, 2023

Precisamos de Uma Democracia Mais Coerente, Mais Inteligente - É tempo de Reconsiderar Valores Democráticos

 

O princípio democrático de "igualdade para todos" carrega a percepção de um grande trunfo social que dá a todos direitos iguais.

Extremamente lindo!!!
É, no entanto, um sofisma.


Vejamos outro princípio;

"Nada mais desigual do que direitos iguais para pessoas diferentes!"

Este princípio é a base da meritocracia que rege nossa sociedade, desde a educação que recebemos no lar através de nossos pais e que persiste no meio escolar através de nossas notas e merecimentos.

"Se você for bonzinho, Papai Noel traz presentes".

É o velho "Se isto, então aquilo".


Em suma, de um lado nossa sociedade sabe que para ter direitos é preciso atender antes as obrigações ou os quesitos.

Nós somos regidos pelo conceito do "merecimento", seja na educação, seja na religião ou no trabalho, ou  ainda no comportamento social diário.

A democracia plena subverte este princípio.
Nivela todos com os mesmos direitos apesar das diferenças que comprometem o resultado da qualidade dessas decisões coletivas.

O voto deve ser para todos, mas não em todos o níveis, assim como a educação determina os direitos do cidadão no exercício de suas profissões.

O voto deveria ser estratificado.

Voto para Presidente, Senado e Deputado Federal não poderia ter o mesmo perfil de eleitor daquele para posições mais regionais, onde o nível de percepção é mais acessível, tal como Vereadores, etc.

É por isso que democracia atual é um engodo nas mãos da propaganda e dos artifícios demagógicos e que só atende aos interesses da elite que rege os fios da marionete.

Onde esta proposição falha, ou seja, tem seu ponto fraco?
Seu ponto fraco está no critério de filtragem e no fato de que a grande maioria da população tem pouca noção de contexto, o que resultaria em um impacto social e político severos.

Independente disso, democracia sem meritocracia é um contrassenso.

Resta à sociedade começar a trilhar este caminho, conciliando melhor direitos e deveres.

Ter os mesmos direitos sem as mesmas obrigações é um desprestígio ao estímulo de crescimento pessoal.


Por que iria me esforçar se posso conseguir a mesma coisa sem esforço?











Mazelas da Ignorância Que Superaquecem o Planeta


O que você imagina que resultaria de uma sociedade onde: 

  • Tem um grande avanço tecnológico enquanto a maior parte dela não tem acesso à educação, ou pior ainda, é avessa à ela?
  • Acredita que a subsistência deve pautar pela vantagem que se pode tirar pelo menor esforço possível?
  • Entende que o importante é o agora sem amanhã, porque o amanhã nunca chega, e se chegar já estaremos "bem", ou então será o final de tudo e dane-se?
  • Deus é algo para os "beatos", ingênuos, quando os "inteligentes" são aqueles que tiram proveito com ética social que não entende que o "amor ao próximo" não é um conto de fadas para idiotas?

A lista poderia ser imensa, mas tão pouco tenho paciência como o leitor também não...
O importante é a conclusão a partir destas características, que aliás, sabemos todos.


A ignorância leva à fantasia, porque a realidade torna-se algo distante da compreensão.

Se a maioria da população está despreparada para a realidade, porém extremamente preparada e ávida de tudo aquilo que diverte, o resultado de uma condução democrática leva a um governo "insano", já que a maioria é manipulável através dessa incapacidade de perceber o que realmente importa.

Isso nos conduz a um pensamento "autocrático", ditatorial, onde a solução estaria nas mãos de uma elite capacitada.

O que falha neste modelo é que esta elite, embora capacitada em suas habilidades culturais está, em sua maioria, exclusivamente interessada no poder pessoal e nas vantagens que poderia auferir deste poder.

Não há solução.

E na falta dela, temos que conviver com a decadência da democracia por falta de opção melhor onde uma população vai trilhando suas ilusões à medida que a realidade bate à porta através de suas consequências.


A ignorância permite à propaganda conduzir a massa por meios de um viés desleal.
No exemplo do link a seguir o público alvo é aquele que acredita que pode ganhar muito sem esforço.
Então, uma nova tecnologia é divulgada como meio de ganho fácil, onde você "emprega" um robot para fazer o seu serviço:

People are using AI bots like ChatGPT to work side hustles and earn thousands of dollars — check out these 6 hot freelancing gigs

Make money with ChatGPT by using it for emails, blogs & research


Pessoas por falta de noção do que é IA (Inteligência Artificial), mais conhecida como AI do inglês (invertido), incapazes de entender suas reais possibilidades, acabam, por ignorância, confundido-a com oráculo!!!
Então começam a fazer questionamentos que não fazem sentido à capacidade exequível da tecnologia se pudessem entender um pouco mais daquilo com que estão lidando:

We asked ChatGPT what will be Ethereum price in 2030

AI usa matemática por trás dos panos, e seja por regressão linear ou não, as flutuações de mercado estão sujeitas a fatores matematicamente difíceis de aplicar, haja visto a crise das criptomoedas que pegou o mercado de sopetão.


Alucinados pela novidade, começam a questionar o "pretenso oráculo", quando então a verdade aos poucos vai se mostrando a respeito das verdadeira possibilidades:

Bing and Google's chatbots are a disaster - The AtlanticThe Atlantic

Microsoft tightens controls over AI chatbot - The Washington Post



O desejo de se livrar dos problemas é uma sanha que todos enfrentam.
O desejo de um "oráculo" mais vip, digamos um "business slave" que não reclama, não exige férias, não tem direitos trabalhistas e principalmente "não reclama dos erros de seus superiores" é o desejo insoptável de todo CEO que não conseguiu conciliar sua administração com o ROI (Return On Investment), então delega para outra empresa o controle de grande parte de seu patrimônio — seus dados (ou melhor, os dados de seus clientes!!!):

Vivo migra data center em Campinas para nuvem da Oracle

E fazem isso como se fosse um grande feito, com direito à foto e todo o glamour.

É claro que ninguém vai apontar que isso não é realmente o melhor dos mundos.
Existe por trás disso um grande movimento de capital e de interesses.

Neste caso a empresa é americana.


O EUA já aprenderam a lição da ambição desmesurada que ajudou a tirar a China do seu atraso até elevá-la à sua arquirrival, parte com capital e tecnologia deles próprios que buscavam fugir das imposições e dificuldades trabalhistas americanas atrás de altos lucros.

E agora, os Americanos estão desesperados com o "retorno do Jedi - versão chinesa"!


E se a Oracle fosse Chinesa?

E se o Brasil, que se diz neutro nos assuntos relacionados à Ucrânia, visse o problema escalar a tal ponto que o colocasse no "dá ou desce": contra ou a favor da OTAN (EUA & Cia)?
Vai decidir ou fica à deriva?

Como ficam os dados da companhia se o Brasil se decidir pelo "desce", ou seja, apoiar o outro lado?
Argumentarão uns que isso é algo remoto, mas os americanos usavam o mesmo argumento quando injetaram capital na China, e tarde demais quando finalmente entenderam o grande erro que cometeram e que hoje buscam desesperadamente consertar recrudescendo o crescimento de sua economia por meios domésticos.

O outsourcing tem seus setbacks!!!


Delegar seus dados a terceiros tem duas conotações mínimas:

- Assume-se a incapacidade de administrá-los

- Entrega-se parte do patrimônio da empresa a outra empresa que tem viés geográfico e portanto político.

É mais uma dependência contrária à soberania nacional quando os dados de brasileiros não estão em mãos e capital brasileiros.

Desculpe-me, mas a foto do dito cujo na notícia, posando sorrindo do seu grande feito por essa iniciativa, torna-se um desfavor para ele próprio. 
(Procurei ser o mais gentil possível! Não podem negar!)


A inconsciência continua além, até mesmo "amarrando cachorro com linguiça", colocando alguém que despreza o povo indígena para tomar conta dele:

Quem é Chico Rodrigues, senador flagrado com dinheiro na cueca e a favor do garimpo que vai presidir comissão da crise Yanomami | Roraima | G1

Provavelmente o Presidente ainda não foi advertido por seus assessores, ou se foi, é mais uma "das curiosidades políticas desse Presidente e desta nação".


Finalmente, para fecharmos com chave de ouro sobre o estado de ignorância, e consequentemente, da falta total da habilidade de julgar que tamanha ignorância pode trazer, temos o exemplo deste filho:

Após serem desconvidados para o casamento do filho, pais decidem vender a casa onde o jovem morava - Lifestyle - R7 Lifestyle


Eu imagino que o exemplo acima resume bem o estado Universal das coisas.

Uma civilização de extremos — suprema ignorância da maioria e extremo conhecimento da minoria —
onde a maioria "governa" conduzida pela pseudodemocracia da propaganda e das "urnas eletrônicas" (que nos dizem confiáveis mas cujo código é um segredo), onde todos, por ignorarem  as prioridades, vão aos poucos caminhando para a "fornalha" do desequilíbrio planetário, cujo aquecimento poderia ser evitado ou reduzido se houvesse menos inconsciência.

Vamos esperar até quando, para levar a vida a sério?
Quando o "bronze" da praia virar queimadura de terceiro grau?


fevereiro 12, 2023

A Fantasia Que Substitui a Compreensão


Como comentei no último post, política caiu numa "mesmice" muito chata (really boring), um repeteco sem imaginação! 

Enquanto o presidente Lula vai à luta para tentar alçar vôo em sua tentativa de projeção internacional às custas de Biden, pois que lhe seria o trampolim para liberar-se dos grilhões do passado através do prestígio internacional, e por conseguinte readquirir o poder que já teve e busca reconquistar, vamos falar de algo realmente novo em nossas vidas e bem mais interessante — Inteligência Artificial.

Li hoje um artigo, enquanto descansava depois do almoço, sobre um assunto que comenta que "cientistas" tinham descoberto capacidades extras de programas de IA (Inteligência Artificial) que não haviam sido programadas.

Coloquei a palavra "cientistas" entre aspas propositalmente, pois duvido que reais cientistas se prestassem a uma reportagem como aquela.

O artigo a que me refiro, está neste link:
Scientists Made a Mind-Bending Discovery About How AI Actually Works

Resumindo o artigo, ele informa que fizeram um experimento com algoritmos de IA e que puderam constatar que a aplicação era capaz de obter resultados sem treinos, ou seja, obter mais capacidade de análise que a esperada.

Trocando em miúdos para o leigo, algoritmos são programas, ou seja, o modo de fazer as coisas em uma aplicação.

A "IA" é normalmente baseada em um algoritmo que necessita de treino, ou seja, é um programa que precisa rodar várias vezes com os dados que queremos que ele "aprenda".

Na verdade, não existe aprendizado no sentido que nós humanos emprestamos.
Buscando simplificar o assunto ao máximo para torná-lo digerível, "aprender" nessa área de IA seria algo como uma equação paramétrica onde você possui pesos, ou seja, variáveis, cujos valores vão sendo ajustadas durante os "treinos" para que a equação funcione.

É algo absolutamente sem vida própria, sem alma alguma.
É uma outra forma de lidar com a matemática, e portanto é algo que pode ser entendido como um programa que tem uma equação que pode ser ajustada para cada caso, e que através dela podemos "reconhecer" padrões e etc.

Então o artigo prossegue adentrando a fantasia do jornalista que pouco ou nada entende do assunto, levando ao texto a conotação de uma "descoberta incrível" o fato daqueles "cientistas" do artigo terem descoberto efeitos colaterais que não haviam sido previstos.

Não dá mesmo para confiar na media, e o leitor hoje fica ainda mais "vendido" e desorientado!

Alguns momentos depois, parei de assistir um filme e decidi escrever algo a respeito.


É bobagem o tom do artigo, e ainda mais, seria bobagem se os "tais cientistas" realmente afirmaram as coisas nesse mesmo tom. Ou o fizeram por ego, aproveitando-se da ignorância de quem iria escrever a reportagem, ou... sinceramente, fica a minha dúvida sobre a competência ou a ética deles.

É corriqueiro na área de programação ter efeitos que não esperávamos, seja a seu favor ou não, com ou sem IA. É por isso que existem os bugs.  :-)

Idealiza-se uma coisa, porém muitas vezes não percebemos outras que são os efeitos secundários ou colaterais.

Isso acontece com todos nós frequentemente, inclusive em nossas vidas pessoais.
Você planeja algo e não percebe que poderá ter de quebra um efeito bom ou ruim.

Quando fiz minha primeira tese individual na área de IA, acabei maravilhado com um efeito adicional que favorecia o resultado de que necessitava.
Não havia nada de vivo no programa, mas sim muito mais daquilo que eu não pude imaginar que ocorreria! kkk

É difícil elencar todas as possibilidades das coisas, o que se torna realmente complexo, mas o fato de não as perceber não as torna vivas!!!

É mais o efeito da nossa ignorância, burrice ou seja lá o que for, do que propriamente a genialidade de um código e da sua possível faceta de carácter "humano", ou de algo que incorpore o dom da vida.

Fala sério!!!
Ler jornal, e não importa a media ou a fonte, necessita cada vez mais de muita paciência, cada vez mais...

Parece que a única coisa que importa é vender audiência, e a humanidade que se...  ou melhor, que se vire!  :-)


fevereiro 10, 2023

Por que dei uma parada nos blogs?


Eu fico estimulado em agregar, somar e acrescentar valor.
Quando inexistem esses estímulos, escrever perde o sentido porque não há sentido chover no molhado.

Escrevo por idealismo, indiferente ao resultado final.
Escrevo sobre aquilo que tenho certeza que pode agregar valor social na construção da felicidade de um povo.

Grande parte do que havia por dizer, deixei "transcrito" na série "Hot Crowns" publicada neste blog.
Observar que o presente está sob seus reflexos é tão tedioso quanto repetir o desnecessário.

O Brasil atravessa o desafio onde a improvisação do STF/STE no apoio à Lula fazendo-o ressurgir das cinzas de seu passado nada harmônico com as necessidades atuais, no auge do desespero em buscar uma álibi que justificasse os resultados das urnas eletrônicas, que a propósito afirmam ser confiáveis mas não provam, a despeito de rogarem crédito às suas declarações de que o são depois de tudo o que fizeram, contrário a si mesmos.

Não queremos acreditar.
Queremos que nos provem!

Desgaste imenso desses ministros, que só se justifica pelo desespero que não vê alternativa melhor para defender a democracia de sua pátria.
Confraternizo, mas não apoio.

Existia sim, alternativa melhor!
Optaram pelo caminho mais fácil.
Erraram e o tempo vai provar e a história vai documentar, como sempre!

Lula é um retrocesso social carregando um passado que arrasta em seus pés a bola de ferro desse passado cujos grilhões foram miraculosamente liberados sem maiores explicações.
Afinal, o que somos?
Somos apenas povo, enquanto a elite roga a si o direito divino de decidir o caminho de todos.

Não consigo aceitar isso!

Como o ditado diz:
"O lobo perde o pelo mas não perde o vício!".

Para quem acompanha os jornais vemos uma reedição lamentável dos mesmos erros do passado de um presidente que nem mesmo consegue manter-se coerente com seu próprio discurso de posse: "Unir o Brasil".

Sua gestão não parece coerente, muito menos as suas declarações.
O discurso é separado da ação.

Liberações de capitais para os países latinos "amigos", ou melhor, simpáticos ao Presidente, através do BNDS, e tantas outras notícias que vão repassando o enfadonho filme que se repete indefinidamente, uma espécie de maldição do passado, sustentada por um homem superado, cujo tempo de extensão veio-lhe às mãos graças à inépcia de outro que o precedeu.

Isso tem um lado bom!
Será o fim de uma era e o começo de uma nova, através da experiência coletiva de uma nação tão nova e tão pujante, que saberá colher seus frutos em tempo de se reconstruir, assim como outras o fizeram ao longo dos séculos, mas que para o Brasil terá que ser realizada em apenas algumas dezenas de anos.

E acredito que o fará.
Mesmo que aos "trancos e barrancos".
O Brasil como povo está descobrindo a força que tem.

Sempre resta o otimismo, pois a esperança é a última que morre, diz o ditado.
Quem sabe o lobo, desta vez, perde os pelos.


NOTA:
Para decepção de muitos, o autor é contra extremismos e nunca acreditou no governo anterior.
Não apoia o triste legado que nos deixou e tão pouco apoia o legado que o atual pretende nos deixar, exceto se, em um momento de "luz divina" ele venha a mudar suas diretrizes. Quem sabe?
Você acredita?
Eu não, mas o impossível às vezes acontece.
Só não espere por ele. Pense mais como uma surpresa.



fevereiro 03, 2023

Brasil, Quando Seu Passado Condena o Presente e Aconselha o Futuro

 

Vou buscar ser sucinto quando o tema é tão extenso, contudo fica a sensação de algo que se deixa para trás quando a mala é pequena.

Não existe ação sem reação, seja na física ou na sociologia.

Os eventos que parecem esquecidos com o tempo, na verdade vão paulatinamente moldando o subconsciente.

O consciente coletivo é ainda mais inflamável, e foi a causa da derrocada de muitos governantes na história que acabaram subjugados pela massa.

Os exemplos são muitos.

Temos os exemplos clássicos que destronaram reis poderosos tais como a "Queda da Bastilha - Luís XVI", Revolução Russa de 1917 e outros sócio-políticos  tal como a revolução de extrema direita na Alemanha com a "Ascensão do Regime Nazista".

Todos calcados na insatisfação crescente pelos inflamados chicotes do autoritarismo que buscaram consertar pela repressão.


NÃO FUNCIONA!!

É como morfina, a dose tem limite porque senão o paciente morre!


A ditadura militar no Brasil é um exemplo vivo.

Repressão e autoritarismo estimulam cada vez mais pessoas a se organizarem, e cada vez melhor.

E o governo atual é um exemplo disso.

Lula tem o seu passado construído na luta pelos ideais em que acreditava, e foi se adaptando para sobreviver ao sistema e assumir o poder.

Dilma Russef foi militante política com um passado semelhante ao comportamento daqueles que hoje são reprimidos com mão de ferro à guisa de salvar a democracia.

Vejamos um pedacinho da vida de Dilma:

"Em 1964, iniciou sua militância na Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (Polop), aos 16 anos.

Depois, ingressou no Comando de Libertação Nacional (Colina), movimento adepto da luta armada.

Em julho daquele ano, o Colina e a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) se uniram, criando a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

No entanto, ela afirma que nunca participou efetivamente da luta armada.

..."

Trechos da biografia de Dilma Russef publicado em memorias da ditadura.org.br


Tanto Lula quanto Dilma foram pessoas extremamente reacionárias.

Se Dilma acreditava em "Revolução Marxista", não estaria Ela na contramão da democracia?

Lula que transitou e sustenta um partido vermelho pode de fato garantir que esteja realmente comprometido com essa democracia quanto ela não lhe for mais conveniente?

Lula defende tanto Dilma, que torna ainda mais difícil acreditar que tanta empatia não tenha nascido de afinidade ideológica! Ainda mais no meio político!


Os Excelentíssimos Ministros do STF poderão acabar exercendo o mesmo papel do tio do último Czar da Rússia, um mau conselheiro e que era favorável às repressões rígidas, o que facilitou ainda mais o caminho dos Bolcheviques, fornecendo o combustível da revolta.

O governo atual tem um passado ligado com o comunismo, e esta foi uma experiência mundial nada democrática.

A solução de equilíbrio da nação não advirá do poder de repressão capaz de amordaçar o sentimento popular.

É como represa. Conserta-se um vazamento aqui e ali, mas se o volume do rio não diminui, uma hora ela estoura.

E o volume do rio de corrupção no Brasil é justamente a causa que sustenta o espírito de radicalismo, que levado pelo desespero, acaba trafegando pela via da violência.

O volume do rio também é sustentado pela corrupção sem correção, cujo exemplo vem de cima, onde processos judiciais são revertidos assim, sob justificativas insustentáveis, contrárias até mesmo às decisões judiciais "transitadas em julgado", ou será que aos poderosos sempre caberá um novo recurso, ao que parece pelo que vivemos!


Até mesmo um cidadão pacato acaba levado por uma indignação crescente onde o governo que reprime em defesa da democracia tem em alguns de seus líderes mais emblemáticos um passado contraditório e obscuro.

Essas mesmas excelências libertaram em passado recente vários daqueles muitos que estão envolvidos em processos de corrupção e operações ilícitas.

Enquanto Vossas Excelências, nossos Ministros de Justiça não se preocuparem mais em reprimir a corrupção que começa de cima, e que alimenta  a indignação inflamada do povo, continuarão eles também alimentando um futuro incerto.


Enquanto a ordem não vier pelo exemplo, a repressão é o último recurso.

Ou continuará até seguir os caminhos de Putin?



janeiro 17, 2023

A Difícil Arte de Não Julgar

 

Jesus nos diz:

"Não julgueis".

Mateus 7:1-5


Difícil né?!

Têm julgamentos dos quais não podemos fugir.

E então? Como fica?


É quando a gente lembra de outro ensinamento Dele, vem a resposta:

"É pelos frutos que se conhece a árvore".


Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
Mateus 7:20


Trocando em miúdos...

Na hora de julgar pense em duas coisas:

1. É realmente essencial?

2. Se for, a ponto de valer as consequências, então pense nos frutos da ação.
Se os frutos são ruins, a "árvore é ruim". Aborte.


A exemplo, transpondo o princípio para questões corriqueiras...

Sexo é ruim?

Uma faca é algo ruim?

Uma faca na mão de um médico, salva.
Na mão de um criminoso mata ou prejudica.

Assim como a faca, "sexo de uma forma geral" não é ruim nem bom.
Tudo depende dos resultados finais, ou seja, dos frutos da árvore.


NOTA DO AUTOR:

O texto menciona Jesus porque de todos os "teólogos", Jesus pode ser resumido em poucos ensinamentos que resolveriam todas as mazelas da humanidade, independentemente de religião.

E se tivéssemos que escolher apenas um ensinamento Dele, bastaria este:

"Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".





janeiro 16, 2023

Não existe batalha entre o Bem e o Mal

 

Nós pensamos e agimos como somos e vivemos.
A frase é óbvia, concordo!

Há, porém alguma consequência importante dessa obviedade.

Grande parte da nossa forma de pensar é herdada da fase infantil quando podíamos arrazoar menos e aceitar mais, ou seja, muita coisa do que acreditamos não passou pelo crivo da "razão mais madura", preparada pelas experiências da vida.

Muitas "verdades" que aprendemos com nossos pais, famílias ou amigos em tenras idades, precisam ser reavaliadas após algum tempo quando a experiência enriqueceu nossa capacidade de pensar.

Um conceito aceito "sem pensar" é o conceito de "luta", "batalha", "guerra", "contenda", "disputa", etc.

Vivemos neste pesadelo onde o melhor precisa superar para sobreviver.

Isto parece muito óbvio também!

Seria contudo uma verdade universal?

Vamos analisar a famosa frase:
 "A luta entre o Bem e o Mal"

É outra coisa que entendemos como óbvia ao nosso cotidiano, uma verdade absoluta que define a saga da humanidade.

Na verdade é um "sofisma"!

O link está aí, deixa de preguiça e clica nele para aprender ou relembrar.  :-)


A afirmação "a luz venceu" é falsa quando você estende seu conhecimento para além de uma vida.

Por que???????????????   :-)

É uma expressão de quem alguma vez já duvidou. 
É uma coisa nossa, do nosso medo, da nossa ignorância e da pouca compreensão sobre a tudo mais que rege a evolução da alma.

A luz não precisa vencer pois ela é a fonte da vida!

O bem não vence o mal, pois o mal sempre termina no bem, mais cedo ou mais tarde, através do processo evolutivo que justifica as encarnações.
É por isso que fica difícil entender o processo da vida quando você pensa que tudo acaba com a morte.
Pensando assim, a vida parece sem sentido de continuidade.

Os conceitos de "guerras", "lutas" e "batalhas" pertencem àquilo que pode ser extinto.

A luz é inextinguível porque ela é o destino final enquanto o mal  é apenas um estado ou um processo temporário da ignorância e do desequilíbrio da alma.

Não se aplica, portanto, o conceito de luta quando existe apenas um destino único: 
o Bem absoluto e geral, o estado crístico da alma, cujo representante maior aqui na Terra foi Jesus.

Por isso Jesus nunca travou batalha na sua postura única de educador.


Agora, você pode acreditar que o mal vence porque você vê coisas ruins todos os dias.

Isto é natural porque o erro faz parte do processo de aprender.
Nenhum aluno aprende sem errar, mas isso não invalida a escola, os professores e o resultado final da importância da educação.

A vida é assim!
Uma oportunidade para o erro na construção do aprendizado constante cujo destino final é a luz.

A Terra é um planeta-escola.
E a vida se renova até a completa iluminação da alma.

O nome disso é evolução, um princípio que rege toda a vida, todo o planeta.



janeiro 12, 2023

O Discurso de União

 


O discurso de posse do governo atual propondo a promoção da união do Brasil não é coerente com as diretivas de governo que começam a rolar no panorama político do mundo real.

Como é possível conclamar à união de todos incitando a guerra da revanche, do toma lá dá ca?

União é "passar a régua" nas diferenças do passado para conciliar uma ação conjunta no presente.


A teoria na prática é outra.
E o discurso de palanque também...

E de pensar que ainda tem gente que perde tempo assistindo discurso...



janeiro 10, 2023

Os Guerreiros do Apocalipse Democrático




Foto publicada pelo jornal O Estadão:
Extremista que prometeu ‘colapsar o sistema’ e antecipou atos de golpismo é presa pela PF

Venho colecionando e filtrando fatos por várias fontes jornalísticas há bom tempo, resultando nas análises aqui publicadas, antevendo situações que vamos testemunhando para a nossa agonia e desprazer.

A necessidade de reforma do STF/TSE e uma série de outras postagens que culminaram com uma distopia cuja série apelidei de "Hot Crowns" e que descreve um cenário deixado pelo tempo e que também antecipa uma sucessão de eventos que infelizmente povoaram esse nosso passado e que decorrentemente vão sendo materializados pelas suas consequências em nosso "presente ... do ... futuro" dentro de um contexto muito peculiar à realidade brasileira.

Tal situação era muito previsível àqueles que mantêm os olhos atenciosos nos detalhes desta "corte tupiniquim" que ainda mantém o hábito ancestral de "flechar" a oposição como forma de defesa e solução.


Excesso de política é também "fake news".
Qualquer deturpação de um evento buscando viés político é candidato a esse tipo de realidade falsa.

E um viva para as amenidades!
Minha vontade era mesmo de escrever "mentira deslavada".... mas não é elegante, né?!!
Ainda que tão humano! Que pena... kkk

Este texto tem um espírito mais descontraído porque não consigo ver como algo sério "esta tomada das cortes brasileiras", o tal do "golpismo" ameaçando a democracia!!

Fala sériooo!
Foi um mero caso de polícia contendo arruaceiros.

A verdade é que já estamos mais para virar piada, tal a seriedade que se deu para um assunto que na verdade é mais o efeito do sentimento dos "intocáveis" ao descobrir, ou relembrar, que estavam (e estão) à mercê das vicissitudes da massa.

Invasão em Brasília vira piada em talk show nos Estados Unidos - Estadão
"Apresentador Stephen Colbert compara em vídeo a invasão do Capitólio, sede do legislativo norteamericano, com o vandalismo praticado contra o Congresso, STF e Palácio do Planalto no domingo"


Estes pretensos golpistas não passam de uma pobre massa de manobra de uma política igualmente pobre e inepta.

Esses "revolucionários apocalípticos colapsadores de sistema" são, em sua maioria, pessoas simples, desprovidas de cultura e sagacidade política como se pode constatar por esse video apresentado no link acima publicado pelo jornal o Estadão, além do noticiário em geral.


Uma parte desses "revoltosos" são apenas vândalos levados pelo extremo do sentimento nacionalista defendendo sua pátria contra um "comunismo" que imaginam galopar nas mãos do PT.
Outra parte, apenas desejava demonstrar o repúdio às manobras políticas que causam o furor da indignação.

Utilizando uma linguagem mais "popular", poderíamos dizer que são pessoas "pilhadas por malandros". Estes sim, precisam de muita punição.

Infelizmente o sistema não vai punir os cabeças porque o que manda é a "grana".
Pobre é fácil de trancafiar num galpão.
Rico é difícil, haja visto a nossa experiência passada com a Lava Jato!!!
Né?!!!
Aliás..., passada?... ou ainda presente?...

Não que sejam esses revoltosos e vândalos desprovidos de total razão se não fossem pelas lições que o PT e seu presidente colheram das experiências passadas e que o Bolsonarismo ainda deve colher no presente e no futuro, assim como o Trumpismo, que apesar das piadas americanas, tem muito em comum com as nossas mazelas.

"Patriotas exaltados" são  pessoas com fervor pátrio intenso, ou seja, são brasileiros fervorosos defendendo um Brasil de uma ameaça pela maneira que imaginam a melhor, ou seja pela forma mais desastrada e inepta possível, através de uma caravana de ônibus carregada de arruaceiros posando para mudar os destinos de uma nação continental cuja sofisticação política há muito deixou de ser aquela cuja simplicidade favoreceu D. Pedro I na proclamação da independência na forma como fez.
Não foi preciso nem mesmo de uma guerra atroz como foi a independência americana.
Tivemos sim, vários levantes, mas o Brasil parece de certa forma favorecido por seu destino único onde os eventos parecem suavizados quando comparados àqueles de outras nações.

Esses revolucionários são vítimas da falta de informação e tornam-se massa de manobra daqueles cuja alma não mede esforços para provocar qualquer reação ao preço do "lombo alheio", mesmo pagando o ridículo da ação perpetrada pelo vandalismo do final de semana.

O vandalismo deve e precisa ser punido para evitar a reincidência.

Convém lembrar, contudo, que estes brasileiros são pessoas com pouca cultura e sem visão ampla, diria mesmo ingênuas no sentido de acalentarem crenças tão simplórias que levam a crer na eficácia do que fizeram como estratégia eficiente de defesa, proteção e combate aos erros da nação que amam e que todos nós assistimos e amargamos em silêncio, enquanto eles explodem.

São mais emotivos que racionais.

Devem sim, ser punidos pelo vandalismo porque depredação é INACEITÁVEL.
Devem também ser lembrados pois que são patriotas pela força da intenção, mas infelizmente comprometida pela ignorância da execução imprópria.

Eu uso aqui a palavra "ignorância" com muito respeito, na forma daquele que ignora a realidade, incapaz de perceber o caminho adequado à realização de seus desejos, lembrando que dessa maneira, todos nós também somos ignorantes de alguma forma, mesmo os intocáveis.

A oposição, hoje situação, deveria festejar este despreparo (se já não o faz às escondidas), uma falta de traquejo político que tanto lhes favorece.

Pessoas fervorosas assim, à semelhança do povo indiano, lideradas por um Gandhi, efetivamente mudariam tudo, assim como Ele, Gandhi, tombou uma Inglaterra sem um único tiro, trazendo a independência para India e que, por ironia do destino, hoje é comandada por um de seus filhos que se tornou PM do povo conquistador (Rishi Sunak - The United Kingdom PM).

Afinal...

O que esperar de uma nação que investe mais em futebol, artes, política e corrupção do que em hospitais e educação???

Eu fico aqui... resignado por ver tanto patriotismo desperdiçado.

Ou seria mesmo só a vontade de quebrar?!!!
Raiva né!!!
Algo que acumulado em algum momento explode, tal como foi na queda da bastilha e a decaptação do rei Luis XVI?!


Deus continue me dando forças para assistir tantos erros políticos e tanta corrupção sem que eu perca a minha razão e o meu equilíbrio!

Rezo assim, todos os dias!


Veja também:

Você Acredita na Urna Eletrônica?



Você Acredita na Urna Eletrônica?

 

Eu gostaria de que fizessem um plebiscito!

Afinal de contas, se estamos mesmo numa democracia, o povo teria direito de opinar.
Esse plebiscito, porém, não poderia ser feito pelos procedimentos atuais.
Não faria sentido se você não acredita no processo atual.

Tudo fica contaminado pela incerteza.

Uma coisa é certa!
Que manda no país hoje é o STF/STE como eminências pardas (ultimamente não tão pardas assim)!!

Esses ministros são os únicos vitalícios elegidos politicamente.
A justiça deve ter viés político???
Afinal, se o ministro foi indicado por este ou aquele presidente, certamente terá seus laços, vínculos, etc...

Presidente vai.. Presidente vem... 
Seus ministros vão, seus funcionários de segundo escalão acompanham a dança do entra e sai, mas o ministros do STF/STE estarão lá, até o dia em que se aposentarem.

Quem mais tem tanto poder assim nesse país?

Afinal, não são ministros comuns...
Podem julgar, condenar e reverter processos em rollbacks espetaculares, anulando resultados anteriores de todas as outras instâncias.

É MUITO PODER MESMO!

Eu, cidadão brasileiro, considero estar vivendo numa semidemocracia diante de tanto poder pois eles próprios determinam se um processo eleitoral é confiável ou não.
E isto, faz TODA A DIFERENÇA.

Fica a palavra deles: "la seguridad soy yo"

Ouvi esta frase algumas vezes tentando fazer compras no Paraguai.

Não sou extremista, mas pelo contexto, só mesmo um alienado ou ingênuo poderia estar satisfeito com o que vem acontecendo aqui no Brasil.

Sair para votar sem confiar no processo eletivo é o mesmo que pegar um avião de uma companhia aérea em que você não confia, daquelas que estão sempre nas manchetes dos jornais.

O ingresso ao STF/STJ deveria ser desvinculado de indicações políticas substituídas por critérios de meritocracia.


Por que eu teria que confiar no STF se ele próprio desautorizou suas cortes judiciárias?
Então, penso... Ou o sistema judicial referente às instâncias inferiores estão precisando de um "upgrade", ou o sistema judicial está precisando de um "patch" (um ajuste).

Com todo o respeito... Eu não consigo acreditar, não consigo confiar e a minha garganta engasga só de pensar...

Como profissionais de TI, sabemos como é difícil garantir segurança.
Em algum lugar sempre tem um "leak" de segurança.
Se não tem, então publica o sistema, disponibiliza os códigos como são publicados os protocolos de segurança confiáveis!!

Protocolos públicos e abertos são confiáveis porque todos podem contribuir para fechar as lacunas ou abrí-las, e por isso fechá-las novamente, no constante caminho do aperfeiçoamento que pauta a constante evolução de TI.

Além de aberto, também é preciso algum procedimento auxiliar de confrontação de dados que fosse acessível ao público.
Não basta dizer "la seguridad soy yo".

Por hora, quem comanda a segurança das urnas, comanda o Brasil do amanhã...

Fica apenas uma certeza para mim!

Antes de ser a favor de alguém, eu sou mais a favor do meu país: BRASIL!
Porque o BRASIL fica, o resto passa!


Veja também:
Brasil Extremo: E Assim Vai Acontecendo, Apesar do Excesso de Propaganda



janeiro 09, 2023

Brasil Extremo: E Assim Vai Acontecendo, Apesar do Excesso de Propaganda


Não sou extremista!

Radicalismo é contraproducente já que é uma expressão da emoção exacerbada, onde a razão encontra menos espaço, e por conseguinte, desaconselhável.

Extremismo lembra experiências funestas, como a da Alemanha (Nazismo), Coreia do Norte (despotismo comunista retrógrado), Myanmar (despotismo militar inadmissível) e etc.

A história é rica de exemplos mostrando que os extremos trazem consequências extremas, e só mesmo aqueles que se beneficiam do caos do autoritarismo e da violência podem encontrar sentido.

Se você for um extremista, não leia.
Vai ser perda de tempo.

As notícias do final de semana(08/01/2023) sobre a manifestação no DF de "Bolsonaristas" foram divulgadas nas mais diversas formas.
Algumas delas destacam-se pelo exagero.
Por exemplo:
Fracasso bolsonarista na tomada dos palácios em Brasília beneficia Lula e Alexandre Moraes - Estadão


Se "os palácios" de uma nação pudessem "ser tomados" por apenas 100 ônibus ou mais, então há muito já teriam sido.

Existe exagero de todos os lados.

O evento deixa claro que os manifestantes tiraram proveito através de uma ação breve aproveitando-se da usual tranquilidade que acaba por minimizar os recursos de segurança.

Radicalistas de extrema direita inconformados buscam atenção, e "ocupar sem destruir "seria "soft" na opinão deles.


Um recado é claro!
O Brasil de antes terminou no ontem, quando o STF diante de ações polêmicas adubou o status quo que vivemos, já que são os guardiões da ordem e da justiça.

Quando o cidadão perde esse senso de respeito pelo sistema, acaba no autoritarismo, mais cedo ou mais tarde.

Democracia nutre-se do respeito, da crença e da mística que pode prover.

É difícil aceitar um judiciário pautando os caminhos que vem pautando, e ainda mais um presidente com o passado do atual, passado este "ajeitado" de uma forma grotesca, da noite para o dia, com documentos que fogem ao rito processual, obtidos ilegalmente e etc.

Talvez entenderam como necessário já que não havia nenhum candidato à altura para competir com "Bolsonaro"?

Isto faz lembrar de um ditado:
"Não adianta desvestir um santo para vestir outro".


E assim, a distopia anteriormente publicada vai se transformando na realidade que não gostaríamos de viver.

É assim, porque é como é...: Hot Crowns - Capítulo V - A Mortal Guerra dos Bastidores
dezembro 17, 2022



Apesar do respeito que devemos ter pelo STF, os caminhos escolhidos foram por demais conturbados.

Vamos torcer para que as coisas tomem o rumo do crescimento econômico apesar dos apesares.

Afinal, a esperança é a última que morre.

Ao menos é o que dizem...


 


O Radicalismo, A Dualidade e A Polarização Fazem Parte do Nosso Carácter Sem Quem Nem Mesmo Tenhamos Consciência da Sua Origem

  NOTA: É recomendável conhecer o conteúdo do post anterior para compreender melhor este. O esporte atrai milhares de torcedores desde temp...