abril 21, 2022

Até Onde Vai o Direito da Democracia Defender-se?

 



Para os que acompanharam os posts anteriores, onde as formas de governo foram analisadas por vários ângulos, incluindo as suas transformações como uma consequência da transformação social, neste post propõe-se uma busca pelo próprio leitor pela revisão de seus pontos de vistas. Algo pessoal que precisa estar consolidado antecipadamente para que não se fique à deriva na tempestade de tendências e decisões a que estamos submetidos.


Hoje, na primeira página do Jornal "Estadão" li esta pérola!
E das grandes!!!  

Mesmo que você não assine o Jornal, ao menos hoje poderá acessar a notícia na primeira página.
(clique na foto abaixo).




Supondo que a notícia seja fiel aos fatos, vamos aproveitar a oportunidade para avaliar um assunto que se transformou em manchete mundial, presente no cotidiano das primeiras páginas dos jornais e que vai trazendo consequências drásticas à paz mundial e à sua economia e por conseguinte ao nosso modo de viver.


A "democracia pura" é suicida porque permite que o "seu inimigo" a mate em nome da liberdade que ela defende a qualquer preço.
Lindo conceito. Os puristas amam.

Popularmente, entende-se democracia como liberdade de expressão, tanto pelos jornais brasileiros como americanos e etc. O STF com essa decisão,  parece querer proteger algo que também parece ter começado a  ser extinto em nosso país, como em outros, já que a Internet acelerou este processo de avaliação da conduta social.

Este post é apartidário e não defende políticos nem seus funcionário públicos, já que ministros também o são.

Portanto, aqui não se faz a defesa de "Daniel Silveira", contudo, a decisão do STF parece algo como "enxugar água", ou cuidar de algo terminando com ele — visto pelo prisma da democracia purista.


Se entendermos que a democracia precisa de proteção, decisões de prender oposição nos tornam semelhantes àquilo que queremos evitar, tal como acontece na Rússia, China, Belarus, Coréia do Norte, Mianmar, Venezuela, etc., etc., etc.

Penas severas por expressão de opinião não ocorrem apenas na "democracia" brasileira.
EUA, a grande nação defensora da democracia, também têm seus problemas e citando o exemplo mais popular do momento, temos Elon Musk buscando comprar o Twitter  para garantir total expressão de liberdade.

Elon Musk parece um democrata purista, ou não?
Interesse e jogada econômica? Ou de fato a defesa da liberdade total de expressão?!!!
Só na prática saberíamos...


Seria o purismo factível?
Pode um direito buscar defender-se de algo que já tirou?

Não sei, mas parece meio estranho...
Contraditório?

Se pensarmos em uma democracia de meio termo que não seja suicida, mas que busque defender-se, seria necessário um senso de equilíbrio que o modismo atual pelo extremismo não tem.

Democracia que prende a liberdade de expressão?
Como regular essa liberdade?

Talvez esteja na hora de criar um novo "regime de governo" com nova denominação.
Semidemocracia, Liberalismo Contido?
Sei lá. Deixo para os sociólogos.

O fato é que Putin virou moda no mundo!!

Sucedendo à pandemia do Covid-19, temos agora a pandemia Putin-22.


Podemos resumir as mazela mundiais numa simples frase:

Extremismo: onde sobra a emoção falta a inteligência e o respeito.

E você, o que defende?
Prisão seria excesso?
Sem prisão, quais os limites de contenção até onde não se tornem contraditórios aos objetivos que pretende defender?

A minha opinião, contudo, é muito simples.
Tudo reside na qualidade social do planeta.
Os excessos de uma parte evocam os excessos da contraparte.

Enquanto isso... continuaremos na gangorra dos ajustes que desajustam exigindo novos ajustes, sustentando a oscilação desse círculo vicioso que compromete o equilíbrio e aumenta a confusão.


Qualquer regime funcionaria bem com boa qualidade social.
Dessa forma, a solução maior não está na política e seus regimes, mas no amadurecimento do ser humano como humanidade, nos dois sentidos que a palavra evoca.

Tudo o mais é evolução — um processo lento em que a melhoria da vida é o prêmio.

Esta é uma questão que a evolução vai encontrar a resposta no senso comum daqueles que viverem.


abril 19, 2022

A Democracia em Cheque no Tabuleiro Político da Globalização E Alguns Desfechos Possíveis

 




A maioria do eventos humanos tem dois lados: o bom e o ruim de acordo com o ponto de vista do observador.

Apesar dos vários interesses em jogo na guerra entre Ucrânia e Rússia, vamos abordar aquele que é mais divulgado: a luta pelo direito de um povo decidir seu próprio destino, ou seja, o que está em jogo é o direito de escolha.

Esse princípio é basicamente o modelo político que sustenta o conceito de "democracia".

O direito de escolha (democracia) está sob ameaça não apenas na Ucrânia, mas no mundo.
É um modelo de governo que está na corda bamba do panorama futuro do cenário político mundial.


Por que a democracia adoeceu?


A história da humanidade sempre foi a luta pela disputa de interesses.
Uma das formas de amenizar esse processo foi delegar para outra entidade o arbítrio da disputa. Nos regimes democráticos delega-se ao povo o direito de escolha do viés político assim como se delega a um juiz o julgamento de um conflito.

Dessa forma, a democracia é extremamente dependente do imaginário social popular cuja maioria detém o poder.

Suponha que tenhamos um país onde a maioria da população é dedicada ao trabalho e se concentra em produzir. Em determinado momento é atacada por outra que não é afeita à produção, mas à exploração de terceiros, como era o modelo econômico de Roma à época dos imperadores. Eles eram especialistas na arte da guerra e através dela dominavam povos em desvantagem. Mediante a pilhagem e a cobrança de impostos mantinham o luxo de sua capital e sustentavam o seu povo.

Certamente um povo que foi subjugado passará a ter uma visão diferente daquela que vinha tendo diante da perda da liberdade e da exploração a que foram submetidos. Só um povo que já perdeu a liberdade pode entender o sacrifício de mantê-la, a exemplo do povo judeu.


Agora imagine uma outra sociedade onde a criminalização é crescente.
Esse processo vai gradativamente reformulando os padrões de conduta social e econômica.
Atingindo a maioria da população, certamente os cargos chaves de comando daquela sociedade irão sendo substituídos por pessoas dessa maioria, incluindo suas leis e meios que lhes sustentem o poder à força de coerção pela propaganda ou pela injunção da dependência econômica e da pobreza.

O crime depende de apoio legal para sobreviver já que a base econômica das suas atividades está no poder imposto, não consentido, e portanto é escravocrata por natureza pois que nada adiantaria tal poder se não for possível submetê-lo a outros. Afinal, o homem mais poderoso do mundo, se isolado, tem tanto poder quanto um lavrador nas mesmas condições cujo trabalho vira a própria subsistência.

O crime se legaliza à medida que vai reformulando leis e desconstruindo a cultura de um povo para atender seus objetivos. Tudo o mais se resume na disputa entre os próprios poderosos, enquanto os demais terão utilidade à medida que atenderem aos seus propósitos.

Amor???
Respeito???

O crime floresce justamente por se opor a esses conceitos, idolatrando a ambição, egoísmo, a insensibilidade e a violência como modus operandi e filosofia de vida.

Então, o que prevalece é a monetização do trabalho serviçal alheio onde o fim em si mesmo resume-se apenas em construção de poder para garanti-lo apto à disputa com os outros candidatos a essas lideranças.

Com base nesse raciocínio sociológico, econômico e político podemos agora observar alguns dos prováveis cenários emergentes do conflito na Ucrânia, que foi apenas o estopim de uma bomba que vem sendo construída desde o período anterior à segunda grande guerra mundial, que terminou na sua expressão bélica mas perdura até hoje através de ideologias.


CENÁRIO PESSIMISTA - O ENFRAQUECIMENTO DA OTAN

O aparente "rejuvenescimento" da OTAN é mais uma esperança que uma sólida aliança.

A UE (União Europeia) é uma colcha de retalhos costurada à força de uma necessidade comum e várias conflitantes.

A Alemanha retarda sua ajuda à Ucrânia, também evitando o envio de armas pesadas, tendo uma participação bem menor que países como a Letônia que tem contribuído muito mais com a causa da Ucrânia, apesar do seu potencial econômico menor que o da Alemanha. Tal conduta da Alemanha é bastante sugestiva.

Na França temos Le Pen (extrema direita que prefere a aproximação com Moscou ao invés do embate), e competindo com ela nesta eleição de 2022, temos Macron cuja política é oposta.

Se Le Pen sair vitoriosa das eleições francesas, somando com a Alemanha que vem manobrando uma política à semelhança de Pequim pelas mãos de Xi Jinping, vai reconduzir os destinos da UE para outra direção cujos ventos favorecerão Putin, pois ambos os países são pesos pesados dessa frágil união.

A Espanha que já foi a última a se manifestar e cuja tendência não se distancia muito da Alemanha e da França, poderá provavelmente também mudar a orientação diante da mudança desses dois países,  fragilizando a perspectiva de vitória do bloco, que pode apressar o efeito cascata sobre outros que adotarão a estratégia de minimização de perdas juntando-se àqueles que venham a ter mais chances de sucesso.

Aos demais restará contemporizar para não terminar da mesma forma que a Ucrânia.

França e Alemanha podem ser peças valiosas, se não vitais, para o sucesso de Putin.

A Inglaterra por sua vez ficará em posição de extrema desvantagem.

O EUA diante de uma OTAN esfacelada, poderão contar com o provável apoio da Inglaterra, do Canadá e da Austrália, este último também em posição de desvantagem dada à localização geográfica e à falta de investimento militar que o momento está requerendo.

O bloco de oposição à supremacia oriental acabaria muito enfraquecido.

Dentro deste cenário, teríamos uma Europa sob a influência da Russa e da China, invertendo-se o cenário anterior cuja influência era americana. remodelando a forma de governo na Europa.

Este é justamente um dos objetivos de Putin, o enfraquecimento da OTAN e da nação rival americana desde os tempos da guerra fria, que por sua vez atende aos interesses da China que soube tirar vantagem dos EUA oferecendo mão de obra e condições mais favoráveis às suas indústrias — uma guerra fria executada com outra estratégia tirando vantagem de um sentimento muito forte no ser humano: a ambição de mais lucro a qualquer preço.

Enquanto a União Soviética falia como bloco, a China construía seu futuro.
O desejo de Putin é reconstruir esse passado, porém reescrevendo a história com poder suficiente para angariar o apoio chinês sem terminar súdito pela relatividade de forças.

O partido Democrático estadunidense, através de Joe Biden, já trabalha na correção desses erros do passado e será preciso que a consolidação do sucesso dessa política renove a mentalidade americana contribuindo para atenuar as suas discrepâncias que enfraquecem o país como nação.

O Brasil e outros países da América que caminham para as ditaduras (ou Estadismo) pelas mãos do extremismo, ou aqueles que já caminharam, ficariam numa posição relativamente confortável politicamente, mas o povo precisaria se adaptar às consequências da nova realidade que decorreria do apoio e do "modismo" ditatorial mundial.

No Brasil, a reformulação trabalhista é um dos processos que poderá ser convertido para atender tais objetivos de concentração de poder.

Não improvável, que qualquer partido extremista que venha ganhar as eleições, diante de um Congresso rebelde e face a um cenário mundial favorável ao despotismo, acabe solucionando o problema de governabilidade da forma que já conhecemos, e como já temos experiência anterior, o que dispensa comentário.


CENÁRIO OTIMISTA


A interrupção do ataque comprometeria a estabilidade da política russa atual e a sua imagem perante o mundo, o que abriria oportunidades para o fortalecimento interno dos opositores de Putin, embora seja uma hipótese frágil diante da determinação de Putin, do apoio interno que recebe e da superioridade numérica das suas forças militares.

Um eventual fracasso de Putin na Ucrânia , também abriria caminho para a exacerbação dos ânimos contemplando recursos nucleares de efeitos menores, o que recai no cenário pessimista.

Se a OTAN ressurgir das cinzas com toda a força, já que o próprio Macron antes era favorável de substituí-la por um tratado "mais europeu", os ventos da democracia ocidental voltariam a alimentar as velas das naus políticas e econômicas de oposição às tendências ditatoriais do oriente, contendo-o.

O EUA saem fortalecidos e a política brasileira torna-se mais contida quanto às suas tendências centralizadoras.

O extremismo de Trump simpático a Putin seria reavaliado pelo partido Republicano gerando oportunidade para uma nova liderança que precisaria endossar o crescimento interno a exemplo do que o partido Democrático já faz. Esta circunstância poderá contribuir para redução das consequências de um país fortemente dividido, polarizado. Americanos têm um senso prático extremo e poderão resgatar sua força com um país mais unido.


ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS DO CONFLITO

Na mão dos Democratas, o EUA voltam à sua lição de casa quando resolveram abandonar a produção interna em busca da mão de obra farta e barata do oriente, reaquecendo sua economia interna em direção à sua reconstrução e fortalecimento, a exemplo da China.

O mundo entendeu que a interdependência econômica não é suficiente para conter guerras, como muitos políticos de liderança acreditaram para formular suas estratégias nacionais e internacionais, que agora foram pegas desprevenidas e se provaram equivocadas.

O mundo buscará mais coesão de alianças e de recursos, passando a intensificar a concentração em blocos. Teremos um remanejamento do modelo de globalização e um retrocesso, algo semelhante a uma feudalização desse processo mundial.

O remanejamento de recursos causará uma lacuna temporária agredindo as economias e consequentemente o equilíbrio de suas moedas. A inflação retornará, impulsionada pela especulação e pela demanda de esforços no redirecionamento dos novos recursos que cobrarão o ônus da insensatez mundial. Posteriormente a esta fase de adaptação, os novos recursos proverão o suporte necessário contribuindo para reequilibrar o quadro mundial.

O INESPERADO

Sabemos que a história conta com muitos exemplos em que acontecimentos inesperados acabem por mudar o rumo dos destinos da humanidade.
E contando com o otimismo, ficamos na torcida por algo assim, que possa atenuar a nossa insanidade.

LIÇÃO QUE A UCRÂNIA DEIXA INDEPENDENTE DE RESULTADO

A força da determinação de um povo que compreendeu a importância da liberdade.


abril 16, 2022

Sinais de Alerta... Hora de Reagir Dizendo Não!




Através de uma pequena retrospectiva, um mini resumo de 1985 até 2022 apresentado uma sucessão de eventos, vamos alavancar no passado a contextualização do presente, porque o hoje é consequência do ontem.

É relembrando ou conhecendo os fatos que tomamos decisões mais racionais, pois diante do esquecimento ou do desconhecimento, tanto a emoção quanto o impulso assumem a direção dos nossos atos. Não deveriam, já que a razão e a calma são a base do equilíbrio e da melhor escolha, dependendo esta da lembrança ou do aprendizado que nem sempre estão vivos em nosso pensamento. Afinal, são tantas coisas num mundo atolado de informação, que dificilmente temos cabeça e tempo para tudo, mas que em épocas eletivas, relembrar ou conhecer é útil e necessário.

É do esquecimento ou do desconhecimento que os políticos tiram vantagem.

 Diz o ditado:
"O povo tem memória curta".


Iniciamos com Tancredo até o primeiro mandato de Lula, período já descrito no link a seguir, através de um post anterior. 

Um Resumo Para Entender o Brasil das “Eleições 2018” de Uma Forma Simples e Seu Possível Futuro...

Àquela época este post e subsequentes já antecipavam a polarização pelo extremismo.


Agora passamos para 2011, quando Lula permaneceu por dois mandatos e entregou o bastão para a Dilma Rousseff, que também, assim como Lula, conseguiu reeleger-se.

O PT vai perdurando no poder por quatro mandatos sucessivos, acumulando 13 anos quando em 5 de agosto de 2016 o impeachment interrompe o mandato de Dilma.

Dilma classificou de golpe a aprovação do impeachment e acusou o então vice-presidente, Michel Temer, e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de conspiração.

Fonte: Agência Senado


Michel Temer sucede e exerce o mandato até o fim, encerrando em 2018, apesar da pressão para que renunciasse.

O PT durante tanto tempo no poder — 16 anos, foi gerando uma série de conveniências recíprocas  envolvendo a elite do empresariado nacional, causando distúrbios e escândalos que entre o vai-e-vem dos reveses, nem juízes e nem o próprio STF obtiveram a postura necessária para consolidar a imagem de respeito sobre as correções que se provassem devidas aos eventuais erros perpetrados, de tal forma que pudessem angariar solução de fato, impedindo que ocorrências tais como o caso da Odebrecht e outras construtoras conduzissem a nação pelos novos rumos da seriedade e do combate efetivo à corrupção.

Se de um lado a força tarefa da Lava Jato, que buscava higienizar a política brasileira, acabou percorrendo caminhos que conduziram a envolvimentos emocionais indesejáveis à imparcialidade que a justiça deve prover em seus julgamentos, também de outro lado os erros não são punidos e corrigidos adequadamente, conduzindo o STF para outra atitude igualmente questionável, fazendo uso de provas obtidas em condições discutíveis quanto à sua legalidade, penalizando decisões ulteriores que apenas serviram para desprestigiar ainda mais o cambaleante disvinculamento da jurisprudência das influências do poder político e dos estranhos vieses comportamentais sob a falta de transparência de um processo revertido sem a contrapartida da indenização que seria devida se de fato indevido tivesse sido todo o processo.

Algo como o velho "Deixa pra lá, que o bicho pegou. Encerra, passa a régua e chama o próximo, ou melhor, apaga a luz e deixa quieto pro povo esquecer, porque esse nó não dá pra desatar sem piorar ainda mais as coisas..."

Uma demanda perdida pelos entrelaçados caminhos do direito atabalhoado por interesses, conduz ao acerto de contas em retaliações futuras e sucessivas através de medidas que caracterizam a falta de pudor ético e o jogo da vingança típico das situações onde o desmando é a ordem do dia.


Michel Temer diante da baixíssima popularidade, representava uma esperança que também malogrou.

As decepções e os escândalos de corrupção do PT, sucessivamente, foram somando ao sentimento popular o desespero pela mudança a qualquer custo.
Então o velho ditado prevaleceu: "Quem não tem cão, caça com gato!"

Bolsonaro assume a presidência em 2019, ganhando as eleições pela tremenda vantagem provida pelo impacto emocional que as notícias foram construindo no sentimento do povo, levando a população a optar por um candidato que mesmo que eleito não governaria. O Povo não vê e não quer ver isso, porque o desespero é cego e a falta de opção é o curral eleitoral de uma massa que não sabe dizer não à falta de alternativa.




E diante dessa dificuldade de governança, a exaltação encontra seu quintal favorito onde as concessões da presidência foram se alastrando em busca de apoio em troca de negociações que beneficiaram o Congresso, desequilibrando ainda mais o exercício entre os poderes, o que conduz a mais exaltação e a mais extremismos, culminando em orçamentos secretos e uma sucessão de escândalos e subversões graduais dos padrões de transparência.

Então o jogo do vale tudo para uma reeleição aquece ainda mais o ebuliente caldeirão dos ânimos, face ao ressuscitamento do PT através do arquivamento súbito dos processos de seu líder que lhes renderam meses de encarceramento, não pelas vias judiciais mas pela improvisação de meios extra judiciais que pinçaram a recondução judicial de algo tido como julgado, conduzindo a uma competição eletiva onde ambos os candidatos advogam o extremismo de suas causas deixando o povo sem alternativa aparente e sem confiança no judiciário já que, enquanto os políticos ensaiam uma terceira via, ao mesmo tempo não desejam perder cadeiras uma vez que os ânimos nacionais exacerbados não deixam espaço para a moderação, reduzindo ainda mais as perspectivas de uma opção de centro já sem representatividade suficiente para angariar chances reais de vitória, transformando tal possibilidade em uma ilusão filosófica da media e de parte da população órfã de opção.

O povo termina mais frustrado, desesperado, exaltado e dividido por esses dois períodos sucessivos de naturezas tidas como opostas e capazes de correções e soluções mútuas, mas cujos resultados na prática parecem assemelhar-se,  onde o combate à corrupção e a conservação do poder de cidadania ficam à deriva, virando mero tema de palanque.

É necessário ter muita segurança para não se deixar envolver pelo desespero nessas horas e rejeitar as polarizações, mesmo não refletindo o consenso popular. Requer uma certeza que a maioria não consegue construir. 

Se não há opção, não há pelo que optar.
Neste contexto, o voto nulo ou branco passa a representar um não ao extremismo.

Chega de "Putins", "Xi Jinpings" e "Trumps".


No momento, infelizmente, ao que parece, estamos na mesma situação que os franceses entre Macron e Le Pen.

Resta o consolo que o Brasil não está só e não é o único na contramão da história.
Nestes momentos, mesmo os "países desenvolvidos" igualam-se aos "subdesenvolvidos" na gangorra da história.

Parece mesmo ser um problema mundial em que o extremismo vai nos deixando às portas da terceira guerra mundial, só que desta vez com o risco de confrontação nuclear já no tão agonizante equilíbrio térmico planetário, quando estes mesmos esforços e seus bilhões deveriam ser empregados em prol da restruturação da cadeia de produção que garantisse a reversão desse quadro de extinção da vida em larga escala.

Receberemos o que merecermos e infelizmente a minoria pagará pelo desatino da maioria exaltada.

O resto é coragem e tranquilidade para não acabar fazendo parte da maioria.

A consciência tranquila, ou não, é o único bem que levamos da vida.

Tudo o mais ficará mergulhado nas consequências do que restar, onde as desconstruções de um passado  furioso ficarão dissolvidas na poeira de um solo varrido pelas ventanias superaquecidas — o legado do extremismo do presente que decidiu olvidar o futuro.


Leituras adicionais:

As Democracias em Perigo de Extinção
Democracia e Voto Útil - Prós e Contras


abril 13, 2022

Quando faz Sentido o Diálogo?



Sempre ouvi, desde criança, a seguinte premissa:

"É preciso dialogar porque é conversando que se entende!"

Parecia uma premissa sensata aos ouvidos jovens.

Eu sentia, no entanto, que faltava alguma coisa nesse "ensinamento" martelado em meus ouvidos, mas na dúvida decidi vivê-lo.
Só o tempo veio me sussurrar as respostas cavalgando nas ventanias de meus erros.


Que tal dialogar com Putin sobre paz? 

👀 👀 👀


Talvez, a esperança justificou tantas reuniões para discutir a paz entre Ucrânia e Putin.

Afinal é uma premissa universal e que alimenta quase uma obrigação de uma "verdade" tida como básica, preliminar.
Enfim, dizem que a esperança é a última que morre (ou matam!).

Hoje, depois que os anos passaram, enquanto os fracassos foram somando os aprendizados, eu penso que o diálogo só é efetivo quando ambas as partes fazem uso da palavra sobre o mesmo leito de ética e crença.

Do contrário, é o mesmo que dialogar em idiomas diferentes que são reciprocamente desconhecidos.
Não faz sentido e nem faz pontes de entendimento.

O diálogo tem como pré-requisito a necessidade que haja algo em comum entre as partes.

Por exemplo, quando um casal perde o diálogo é porque seus valores e objetivos já estão tão distantes um do outro, que se abriu uma vala entre ambos que vai engolindo tudo, inclusive o sentido de razão.

Diálogo só faz mesmo sentido se ambos adotam códigos comportamentais e de ética compatíveis, onde haja pontos em comum (as pontes de entendimento) que tecem a costura que mantém o sentido desse diálogo.

As premissas de Putin são exclusivamente dele.
Idem de Zelensky.

Em necessidades diametralmente opostas, diálogo é mero blá, blá, blá.

Serve para ganhar tempo, ou apenas perder.
O risco é que, além do tempo, muitas vezes também arriscamos outros valores.

É muito custo sem retorno que faça diferença. 

Passei a ter muito mais retorno adotando a técnica da ação mediante o "diálogo silencioso". 👍



abril 12, 2022

Lidando Com A Decepção



 


A decepção é um padrão comportamental cultural entranhado em nossas almas como algo natural e que alicerça o direito de cobrar um indivíduo por algo que se esperava dele, mas que ele, por qualquer motivo, não delegou.

Pais, cônjuges, amigos, parentes, patrões e etc. penalizam suas "vítimas" sentindo-se com o amplo direito de expressar-lhes essa decepção em forma de amargor, repreensão, desprezo, afastamento ou qualquer outra maneira de punir.


Pensar através de exemplos permite ver as coisas por outros ângulos, principalmente quando nosso ego fica no meio bisbilhotando.

Imagine que você foi ao jóquei, gostou de um cavalo e apostou nele, mas ele perdeu.
De repente, o cavalo naquele dia não estava com toda aquela vontade de correr...
A culpa é sua ou do cavalo?

Se entender que é do cavalo, não vai ajudar muito você demonstrar todo o desprezo pelo animal.
Uma coisa é certa... brigar com cavalo, acaba em coice.  :-)

Se em contrapartida, ao invés de você se concentrar na própria frustração, você buscar aperfeiçoar sua percepção, o seu conhecimento sobre cavalos e corridas, as suas chances de sucesso na próxima aposta aumentarão muito.

Pois é...

Nós somos os únicos responsáveis por uma avaliação equivocada e pela expectativa que depositamos.

A decepção é uma projeção, também uma forma de "escravidão" imposta pela ditadura do sentimento, transpondo nossos anseios para que outra pessoa realize, seja amparada pelo dever de cuidar, amar ou qualquer outro argumento que o seu amor próprio improvise.

Nós não temos o direito de projetar nossos sonhos de realização como obrigações de terceiros.
As pessoas são livres para escolher seus próprios sonhos e construir suas vidas através dos próprios erros e acertos porque é justamente através desse livre arbítrio que nos defrontamos com nós mesmos. Do contrário, a culpa acaba repassada à contingência.

A decepção ainda carrega o viés da presunção.
Atitudes presunçosas alimentam o ego que uma vez confrontado com a realidade que nunca existiu torna a dor de aceitar nossa responsabilidade ainda maior.


É preciso ter coragem para assumir integralmente a responsabilidade pela avaliação errada que fizemos sem transferir a culpa para alguém.

Se a decepção é fruto daquilo que desejávamos de melhor para a pessoa, cabe no máximo suportar a tristeza da expectativa malograda e a nossa própria tristeza por descobrirmos que planejamos mal.
Um comportamento assim, abre espaço para substituir a acidez da crítica pelo silêncio do amor, ou a depressão pela reavaliação, lembrando sempre que certeza excessiva é sinal de comportamento presunçoso e de autoritária arrogância.

Sem esperar muito, sabendo observar melhor, a decepção mingua em nossas vidas, levando junto os ressentimento recíprocos que destroem as relações humanas.

Assim como as decepções andam de mãos dadas com as expectativas, estas alimentam as cobranças que são como os venenos que matam gradativamente, parecendo não deixar rastros, mas que o passado só potencializa seu efeito acumulativo.


Decepcionou-se?
Perdoe-se!



abril 10, 2022

Fim de Uma Era e Seu Sonho. Começo da Nova Pelo Recomeço.




Cristo morreu por sustentar seus princípios acima da própria vida, fazendo da divulgação deles sua razão de viver.

A maioria que se diz cristão, constantemente esquece desses fatos no afã diário — a mensagem da vida de Cristo e seu último exemplo.

Ser cristão, seria seguir Cristo e portanto cultivar a coragem e a determinação de fazer o mesmo, ou seja, de irmos até onde for preciso, vivendo exclusivamente por nossos princípios cristãos sem nunca abdicar dos ensinamentos que Ele deixou.

Muitas vezes durante a vida trocamos ou vendemos esses princípios a título de conforto, ou do prolongamento dela, o que torna incompatível com o legado de Cristo.

A morte é a única experiência certa na experiência da vida, contudo, ainda também morremos antes mesmo que a morte nos alcance à medida que matamos os nossos princípios em troca desse conforto material. 

Escolhemos morrer de múltiplas formas, tal como excessos alimentares, emoções radicais e etc., mas raramente por não abdicar dos ideais mais nobres. Nosso espírito imaturo deslumbra-se com outras prioridades.


A era que se extingue viveu o sonho de que a vida tinha em seu propósito maior a capacidade de desfrutá-la.

A nova era vai transpor a consciência humana pela dor através do sofrimento mundial para um novo estágio de compreensão.

Quanto menor a convicção maior é o efeito social de massa (ou de grupo), e muitos dos nossos aprendizados são apenas incorporados em nosso comportamento a partir dessa noção vivida comunitariamente, ou seja, quando a verdade parece inquestionável por ser adotada por muitos.

A "racionalidade pobre" curva-se apenas àquela "verdade" popularizada, apesar da possibilidade de ser um mero equívoco.


A "dualidade" da polarização vai nos obrigando a fazer escolhas cada vez mais árduas e restritas.

As restrições impostas pela degradação ambiental e social, através do aquecimento global, das guerras e do descompromisso irão tornando a vida cada vez mais desafiadora, fazendo das opções escolhas cruciais na arte de fenecer ou sobreviver.


A nova era virá reescrevendo os sonhos existenciais da era anterior em novas realidades que motivarão a reformulação do pensamento humano, em todas as áreas.

A vida prevalecerá, porém adaptada pela força do aprendizado materializado em seu comportamento.

A vida segue uma natureza evolutiva irrefreável.
Sucederá a extinção dos dinossauros sociais com a proliferação da consciência global que buscará sobrevivência e perspectiva de futuro com realizações fecundas de toda ordem.

A natureza se transforma pela extinção das formas inadequadas e renasce em mutações adaptativas.
É a lição que Darwin aprendeu com a mãe natureza.

A nossa sociedade obedece a regras semelhantes, já que somos seres integrantes dessa mesma natureza.
Não é porque temos um instinto de percepção maior que as outras espécies que nos tornaremos exceção.
A natureza é a mãe única de todos.


Não se aproxima o fim do mundo, mas o recomeço dessa mudança a caminho da era de reconstrução.
As mudanças são as ferramentas da evolução.    

Muitas vezes as mudanças trazem a impressão de caos e final dos tempos, quando de fato é o final de um modo de pensar que não vê solução de continuidade justamente por ser a causa de sua própria extinção.

E se a morte traz tanto medo é porque não vê nela a perspectiva desse recomeço, a exemplo de Cristo.


abril 06, 2022

Sistemas de Governo, Comportamento Humano, Espécies Invasoras e As Máquinas de Fazer Escravos

 



Ao longo da uma série de publicações venho mostrando várias facetas de ordem social, econômica e política.

A sociedade é uma cadeia de relações onde cada pessoa é conectada a outra por uma relação de interesse.

Interesse no sentido amplo é qualquer sentimento ou necessidade que mantém a relação entre pessoas.

O interesse dos pais no bem dos filhos, o interesse político no bem da nação ou dos próprios interesses, o interesse do povo em manter condições de subsistência dignas, e assim por diante.


Tentar entender o panorama geral implica analisar essa cadeia de interesses à luz do comportamento humano face às suas necessidades através da malha econômica e política.

É preciso analisar por tópicos e depois, ao poucos, ir conectando as coisas assim como fazemos com as nossas amizades.

Primeiro fazemos um amigo que depois nos apresenta à família e seus amigos, e progressivamente você vai conhecendo um a um e aprendendo como eles se relacionam.


Não existe sistema de gestão política que possa sobrepujar as contingências da natureza humana.

Pelo contrário, se a natureza humana fosse melhor, o tipo de sistema político seria secundário, e não ao contrário, como pensamos hoje.



Nua e cruamente, o principal estímulo das lutas é a luta pela liberdade.

Ela começa cedo, logo em nossa adolescência marcada pela contestação ao pátrio poder que começa a incomodar à medida que vamos "criando asas". Então descobre-se que dinheiro sustenta a liberdade e resulta na solução de muitos problemas imediatos.


Sistemas políticos têm raízes profundas na temática das drogas.
Assim como as drogas provêm escravos, as ditaduras e os excessos capitalistas (Síndrome de Burnout) também.

Escravos são fontes de recursos extremamente lucrativas e embora a escravidão tenha sido abolida na maior parte do mundo, ela continua sendo exercida de múltiplas formas.
O "tráfico de escravos" em formas equivalentes ainda é a fonte de renda mais lucrativa e praticada.

As drogas provêm um rio "absurdo" de dinheiro cuja correnteza arrasta tudo que se aproxima, incluindo a democracia, fazendo mover as turbinas do poder que sustentam ditadores, políticos, guerras e etc.

Provendo fonte de recurso inesgotável, infiltra-se no sistema, seja qual for a sua ideologia.

A sua ilegalidade é justamente o adubo que sustenta ambos os lados: aqueles que lutam contra e os que se beneficiam dela, por mais incongruente e inverossímil que isso pareça ser à primeira vista.

É como a natureza que provê lobos para controlar a quantidade de mamíferos herbívoros, pois do contrário estes exaurem a terra, ficando sujeitos às epidemias pela excessiva concentração de indivíduos que acabam desequilibrando o ecossistema.


As drogas — álcool, alcalóidesalucinógenos, psicotrópicos — sustentam a necessidade da fuga de si mesmo como meio de encontrar alívio rapidamente e acabou criando uma "espécie invasora" que foi promovendo um ecossistema próprio através da produção em abundância de escravos por dependência química que vai desestruturando o equilíbrio social original a exemplo da natureza, tais como os casos do javali, coral-sol e peixe-leão.

Esse paralelo com a ecologia (uma vez que estuda a interdependência dos seres) permite entender melhor que a nossa sociedade econômica segue regras semelhantes à natureza uma vez que fazemos parte dela. 
Tudo está conectado na grande teia da vida.


A tática que sustenta as drogas terce os fios de interesse que se atam ao poder da forma mais discreta possível e vão provendo os recursos que financiam vários interesses políticos que por sua vez viabilizam suas atividades. É um exemplo clássico de simbiose que atravessa séculos.

Lembrando Sun Tzu:

"O máximo em dispor de tropas é não ter forma determinável.
Então os espiões mais penetrantes não podem se intrometer, nem os sábios podem fazer planos contra você." 
Sun Tzu (544 BC-496 BC)


Simplificando Tzu, significa que manter o sistema disperso faz parte da estratégia de disfarce e proteção.

A troca de poder acaba cumprindo parte deste objetivo, renovando as fontes já que as velhas tornaram-se muito expostas.

O povo alimenta-se da esperança a cada vez que ouve notícias que determinado líder foi preso, e que a sua quadrilha foi desfeita ou eliminada, trazendo a sensação de proteção, de equilíbrio social e  de que o mal está sob controle.

Apenas a redução da demanda e a sua descriminalização seriam efetivas na redução drástica desse problema.


Dessa forma, apenas educação e reeducação poderiam prover o controle que esperamos, mas ambas necessitam de contexto social favorável e não só de recursos.
O antídoto eficaz para as drogas depende da vontade do dependente em abraçá-lo, que por sua vez depende da crença e da força de vontade de construir a solução de redução da dor por outros meios que não sejam os químicos. Os meios químicos são rápidos, mas temporários, deixando sequelas em que o vício desmantela o autocontrole.

Não se tem interesse na regeneração mesmo quando disponível.

Ainda, piorando o contexto, se o indivíduo observa que aqueles que trilharam o caminho pela educação acabaram de certa forma "traficados" pelo sistema sem a contrapartida necessária que sustente a sensação de realização e felicidade, ele continuará buscando outra alternativa para a realidade que ele rejeita intensamente, a ponto de assumir riscos abraçando a solução que imagina a menor dos males, a exemplo do que é feito nas eleições quando a polarização não oferece opção, levando muitos a adotar a mesma tática — votar no menos ruim.

Se é ruim, não é alternativa de escolha.


Paralelamente, o sistema judicial também se degradou e portanto a penalidade abrandou, o que serve de incentivo a soluções ilícitas. Esta é a responsabilidade que o Congresso, o Senado e o STF carregam nos ombros.

Como vêm, novamente, tudo está conectado, inter-relacionado.
É tal qual um defeito numa máquina. A peça ruim vai penalizando as demais.

Infelizmente, a imaturidade e uma natureza pessoal pouco afeita ao trabalho irá sempre conduzir ao caminho mais lucrativo pelo menor esforço, ao menos aparentemente, apesar de pouco duradouro para a maioria, através da extinção de si mesmo.


O mal se alimenta do mal numa cadeia de sinergia crescente.
Um canibal voraz sem ética, exceto a dele própria.

O indivíduo cuja natureza abraça esse caminho só tem dois destinos possíveis: tornar-se escravo desse sistema ou ter meios de disputar pela liderança que o obriga a se tornar o pior entre os piores.

Se ele alcança a glória fugaz da liderança seu tempo termina quando o sistema precisar renovar o poder.

Grande parte da sociedade, em todos os níveis sociais, é consumidora de drogas e portanto sustenta este desequilíbrio, enquanto cobra responsabilidade do sistema pela segurança e combate à corrupção e ao crime. A ironia é que, se de fato o "sistema" for realmente eficiente no combate ao crime organizado, ela acabaria sem as drogas, logo contraproducente aos seus interesses.

A hipocrisia espera um milagre delegando cinicamente a responsabilidade a um mágico que resolva o problema, e este realiza suas magias apenas em tempos de eleição.

O consumo de drogas não afeta apenas o indivíduo, mas o torna cúmplice desses crimes que transformam milhares em escravos que sustentam a corrupção, as ditaturas, as guerras e etc.

Nossas ações definem se somos parte do problema ou não.

Não resolve apenas transferir esta responsabilidade para líderes que prometem solução quando a base de sustentação desses mesmos líderes não sustenta na prática os ideais que serviram de pretexto para sua eleição. A maioria do que é dito é "puro discurso eleitoreiro", puro pretexto de palanque. Blá, blá, blá...

Tudo fica resumido num jogo de empurra-empurra entre povo e candidatos através de cinismo e muita hipocrisia.

Enquanto isso o clima agoniza.
Os cientistas já advertiram que o momento é agora, ou nunca.

Infelizmente, o "agora" está tomado pelo aumento de tensão crescente em direção a um conflito amplo, e talvez generalizado, agravando ainda mais o agonizante equilíbrio já que guerras aquecem ainda mais o planeta.

Leia "Mudança climática: 'é agora ou nunca' para evitar catástrofe, diz novo relatório".

É importante trabalhar nossas consciências de modo a reduzir cada vez mais nossa participação daquilo que repudiamos através de pequenos atos pessoais. Do contrário, fica difícil olhar no espelho.



Ao assistir o filme abaixo, nos emocionamos.




De fato, o filme documenta uma atitude maravilhosa, cujo trabalho foi realizado na forma mais discreta possível.

Infelizmente o holocausto não terminou não!!

Ele continua todos os dias através das milhares de pessoas que sucumbem pelas drogas, nas guerras, não só da Ucrânia, mas em todas, nos hospitais sem preparo para atender a população resultando em óbitos desnecessários, nas crianças abandonadas e uma lista infindável de outros holocaustos diários.


Se o vídeo fez diferença tocando sua emoção, então você pode fazer parte dela através de algo semelhante, contribuindo com instituições que cuidam de crianças, ou aquelas que tratam da saúde mundial como os "Médicos Sem Fronteiras", ou reduzindo seu consumo de carne para reduzir o aquecimento global, ou ainda compartilhar temas e notícias que encorajem as pessoas neste sentido, enfim... existe um zilhão de formas de nos tornamos um protagonista a exemplo do Sr. Nicholas Winton, lutando pela liberdade que sustenta o equilíbrio social.


abril 03, 2022

Democracia, Meritocracia e Voto Obrigatório: São compatíveis?

 




O voto no Brasil é obrigatório.

A pessoa que não quer votar já demonstra que não deseja participar do processo por alguma razão pessoal.
Este tipo de obrigação já não é compatível com o princípio democrático.
Se uma pessoa é obrigada a fazer algo que é seu direito optar ou não, muito provavelmente não fará tão bem quanto se o fizesse motivada, ou vai apertar a mesma tecla da maioria seguindo o instinto de grupo (efeito cardume). Esta última opção é tudo que "eles" precisam.


Então, não seria mais coerente que essa pessoa optasse pelo voto branco ou nulo?


Voto branco ou nulo faz muito sentido.
É legítimo, tanto é que não existe apenas um botão para se anular o voto, mas dois!!!


Em todos os setores da vida, somos filtrados pelo merecimento.
Na vida pessoal, profissional ou comunitária as portas se abrem dependendo do seu perfil.
Até a amizade que cultivamos está sob constante supervisão do julgamento de mérito.
Um deslize e você perde a amizade.

Qualquer um pode votar, mesmo aqueles que não querem e outros que não estão preparados para lidar com problemas muito acima de seus próprios perfis.

Você viajaria numa companhia aérea onde qualquer brasileiro pudesse fazer parte do grupo de avaliadores que elegem os pilotos de avião?

Eu não.

Então porque usamos o mesmo critério para elegermos os pilotos da nação, e ainda obrigamos aqueles que não se sentem preparados a participar desse processo?



Manobra política para angariar votos fáceis?

Democracia assim, funciona?




Leituras adicionais:

As Democracias em Perigo de Extinção
Democracia e Voto Útil - Prós e Contras



março 31, 2022

E foi assim que aconteceu... E continua acontecendo


Este post encerra a série sobre democracia e ditaduras, regimes extremistas, polarização de opiniões, tanto no contexto Brasil como mundial, propondo um momento rápido de reflexão sobre o passado.

A radicalização não ocorre só no Brasil, mas na Europa, nos EUA, etc.,  refletindo uma reação mundial de buscar solução pela  concentração de poder e posteriormente pela força que este poder consolida.

(nota: os textos marcados em laranja são links)

"ALGUNS LÍDERES FAMOSOS DE EXTREMA DIREITA"


Benito Mussoline (Itália/Facismo)
Adolf Hitler (Alemanha/Nazismo)
Plínio Salgado (Brasil/Integralismo)


"ALGUNS LÍDERES FAMOSOS DE EXTREMA ESQUERDA"

Mao Tsé-Tung (Comunismo/China)
Stalin (Comunismo/Rússia)
Putin(Estadismo/Rússia)


A lista por si só dispensa maiores comentários.


No caso mais recente, vale lembrar que Putin foi eleito por voto popular e quem se recorda sabe que ele construiu uma imagem muito simpática posando ora como piloto de helicóptero, ora como piloto de jet sky, etc. buscando associar-se às imagens dos agentes secretos que Hollywood construiu, algo que faz todo sentido pois trabalhou para a KGB (agência de segurança russa, algo equivalente a uma CIA americana). Excelente estratégia, diga-se de passagem, pois juntou a fome com a vontade de comer, ingrediente básico de toda boa propaganda política a exemplo de Goebbels, o gênio do marketing político de Hitler, foto abaixo.




Putin depois de conquistar a confiança do público, aos poucos foi tecendo sua rede de poder para permanecer no governo mesmo ao término de seu mandato, transformando as eleições em "cartas marcadas" onde os opositores adoecem e desaparecem. 
Nota singela:
Os que estão presos e "ainda não desapareceram", costumam adoecer depois de um julgamento que os condenam invariavelmente há muitos anos de prisão.



A trajetória é sempre a mesma.

Hitler foi eleito pelo povo alemão na esperança de resgatar "a dignidade alemã", uma nação que saíra humilhada em sua derrota na primeira guerra mundial e precisava se recuperar em todos os sentidos. Conquistou a confiança do povo como líder forte, pois de fato era, e foi tecendo sua malha de poder até o momento que o povo alemão se tornou mão-de-obra para a segunda guerra mundial.

Radicais e ditadores são diferentes apenas porque os primeiros ainda não conquistaram o poder para si mas todos sofrem dos mesmos males: ambição, egolatria e megalomania.

Por exemplo, a opinião de um ditador é sempre melhor que a opinião dos melhores médicos e cientistas  mesmo que ele nem médico ou cientista seja.
Uma pessoa assim sobrepõe o próprio ponto de vista à opinião de seus ministros e especialistas. Aliás os ministros não mandam. São meros bonecos, ou são exonerados, e o troca-troca corre solto, o povo se acostuma, achando natural e que tudo vai bem. 

"El gobierno soy yo.
¡Y la garantía también!"



A trajetória é sempre a mesma.
A receita é quase infalível.

Pegue uma pessoa normal, conceda-lhe cada vez mais poder, e ela muda.
Então imagine o que acontece quando a pessoa já é radical antes mesmo de ter poder!!
A intensidade é multiplicada inúmeras vezes e acaba na insanidade, bombardeando crianças, hospitais e a vida em geral. 

Nunca ficarão satisfeitos.
Mesmo que tenham sucesso, vão sempre querer cada vez mais.


O resultado dessa "poção mágica dos infernos" é violência, depois a decadência geral pela destruição, inclusive daqueles que pela ingenuidade, ignorância ou medo sustentaram a criação desses monstros, seja através do voto ou do apoio em múltiplas formas, tanto pela ingenuidade, omissão ou simplesmente ambição.

Pondere... e partilhe.



março 30, 2022

E Quando Não Se Tem Um Candidato? Vota no "Menos Ruim"?




 

Imagine que você vai morar numa cidade onde pretende criar seus filhos.
Então você descobre que só existem dois supermercados na cidade, embora com muitas lojas espalhadas pelos bairros.
Ao fazer compra em qualquer um deles, descobre que as opções de marcas também são restritas.
Cada cadeia tem seu lobby de produtos, o que restringe a oferta, embora que, para disfarçar, uma marca ou outra apareça na prateleira para depois desaparecer, dando aquele toque de "diversidade" aparente.

Tentando tomar um partido, ou seja, escolher qual desses supermercados é o melhor, você chega a conclusão que ambos tomam o seu dinheiro, porque o desconto em alguns produtos é compensado com sobrepreço em outros.

No auge do seu desespero, você logo pensa em comprar apenas as ofertas, no entanto descobre que a estratégia não atende às suas necessidades e ainda adiciona um custo em tempo e transporte que acaba não compensando o esforço.

Embora este exemplo seja hipotético, ele foi inspirado em casos reais.
Algo como um filme da Netflix, Disney+, etc.
A arte imita a vida ou a vida imita a arte?   :- )


Então, cansado, abatido e com um sentimento de impotência monstruosamente grande, você se descobre vítima de um lobby, quando o poder encurrala o seu direito de escolha e de opção, tornando-o um boi indo para o seu curral, conformado embora ansioso.
Já viu a expressão do gado nestas situações?

Nestas horas é que você entende que a sua cidadania agoniza na mão do lobby.

Nenhum deles "vende" o produto que vai resolver as necessidades reais, porque ambos já tiveram a sua chance.

Nenhum deles melhora a sua vida.

O que você faz?


Alguns tentam mudar para outra cidade ou estado, ou até mesmo país, na esperança de fugir da situação de encurralamento.
Outros não têm a mesma chance, então tentam comprar farinha em outra cidade, ou evitam simplesmente comprar farinha.


Para quem pôde acompanhar a série de posts neste blog (alguns links ao final), certamente terá uma visão bem mais ampla do problema aqui retratado, não só em termos nacionais mas também em termos globais e vai perceber que a conclusão final deste post é apolítica mas sobretudo pró-humana.

Hoje, as opções partidárias com chance de sucesso para o próximo pleito estão polarizadas em dois partidos extremistas.

Se votar em um ou outro é como tentar escolher farinhas de marcas diferentes porém embaladas do mesmo saco. E pior de tudo, uma farinha ruim, que lá na frente dá dor de barriga e diarreia, "brabíssimas"! :-)

Eu não creio em nenhuma orientação extremista.

Eu não creio que se conserte o mal tornando-se parte do problema.

Eu não creio que se conserte um país pelas mãos do revanchismo, pelo contrário, piora tudo ainda mais porque exacerba os ânimos e todos perdem porque soluções extremas trazem consequências extremas.

Então, qual a saída?

Se houver um grande número de votos brancos ou nulos, a representatividade do processo eletivo fica comprometida, o primeiro passo para se começar uma mudança democraticamente através da pressão popular.


E qual a diferença entre voto nulo e branco.
Na prática, ambos não contam e são excluídos.

É justamente isto que fará contar ao mundo que o Brasil talvez esteja na mesma situação do povo russo em que você não concorda com a orientação de seu governo — é claro e sem dúvida  que guardando as devidas proporções, ao menos por enquanto...

NOTA: o povo russo à ocasião em que este post foi escrito fez severa oposição à postura do governo, através de muitas manifestações. Algumas semanas depois, através de forte repressão às líderanças que se opunham ao ataque à Ucrânia, somada à manipulação através da media, o governo de Putin começa a reverter este quadro através do convencimento popular de que a Rússia defendeu-se de eminente risco à sua soberania e segurança. Atualmente cresce o apoio popular a favor dele e quem continua contra é considerado "traidor". (02/04/2022)

Só resta a manifestação do seu repúdio à tudo isso que vivemos hoje.

Partido dificilmente têm bandeira.
Eles fazem coalizão e negociam com qualquer um que lhes permita ganhar.
Partidos são fidelizados com eles próprios, como regra geral mas não universal.

Não importa a favor de qual extremo você seja, ambos fazem a mesma coisa.
Quem nega não lê jornal ou de má fé argumenta que "vale tudo" para ganhar. Eu não escrevo para este último, porque ele faria parte daquilo que rejeito e a razão do lodo em que se enterra o nosso país.


Mas então as pessoas argumentam:
Se você não votar em A, então B vai ganhar.

E que diferença faz se os dois são farinha do mesmo saco?


Quem argumenta assim é ingênuo, talvez por falta de informação ou quem sabe um idealismo imaturo ou simplesmente porque "trabalha" para algum partido porque tem algum interesso pessoal em seu sucesso. Ou é um alienado!

O medo é o melhor meio de manipular a massa.

Infelizmente, o medo já não faz mais diferença quando no final, não importa a farinha que venha a escolher, ambas lhe darão dor de barriga.

Ao menos, o voto em branco ou nulo deixará sua consciência tranquila ao fazer exercício do seu repúdio a tanta corrupção que aos poucos vai sendo legalizada, que através de pequenas mudanças "vão passando a boiada", encurralando cada vais mais as suas opões de cidadão no supermercado das ideologias.

Torne o seu voto uma extensão da sua crença, porque votando "no menos ruim", seja por medo, estratégia ou por defesa, sempre estaremos aderindo às polarizações sem que se efetive a razão daquilo que dá sentido ao voto — a representatividade.

Embora o voto nulo ou branco não dê direito a reprovar os candidatos, ainda assim demonstra rejeição, portanto tornando os eleitos menos representativos (mais detalhes aqui).

Se o voto deixa de ser representativo e se torna reativo, o sistema perde autenticidade e abre uma chance para mudança, do contrário você estará reforçando e validando a situação atual.
Esse é justamente o meio pacífico de exercer a democracia para dar início a uma grande mudança.

A desaprovação fica evidente se houver um grande número de votos brancos e nulos.
É o mesmo que fazer passeatas, bater panelas, porém muito mais simples.



O segredo da liberdade de um povo é evitar a concentração de poder.


Do contrário, continue na mesma cidade, comprando nos mesmos supermercados que drenam seu salário, e consumindo a mesma farinha que lhe dá dor de barriga.




ALGUNS DOS POSTS ANTERIORES DA SEQUÊNCIA DESTE

A Ditadura Está na Cultura do Povo - A Sagacidade Chinesa, A Política Ogra Russa e o Mundo Livre Refém do Despreparo de Sua Democracia

Extrema Direita é Solução?

VOTO DE REPROVAÇÃO NÃO É VOTO NULO OU BRANCO


Leituras adicionais:

As Democracias em Perigo de Extinção
Democracia e Voto Útil - Prós e Contras


março 28, 2022

A Ditadura Está na Cultura do Povo - A Sagacidade Chinesa, A Política Ogra Russa e o Mundo Livre Refém do Despreparo de Sua Democracia




A estratégia política do partido comunista Chinês concedendo a Xi Jinping a honraria de digná-lo  como grande lider tal qual o fundador Mao e seu sucessor Deng (China's Xi Jinping cements his status with historic resolution) é uma manobra sagaz para encobrir uma permanência extensiva de Xi no poder, que vem consolidando mais um ditador.

Que outra justificativa sobra para manter um ditador exceto reconhecer suas qualidades insubstituíveis?


"Eu não compro essa!"


Mais uma vez a habilidade chinesa surpreende o ocidente, o que não é de agora.

A China soube converter seu problema social de desemprego mediante atrativas ofertas de lucro corporativo. Disponibilizando mão de obra barata sem as proteções sindicalistas ocidentais, que somadas à cultura oriental e à sua então "política de abertura", serviram como isca para atrair capital e "Know-How" ocidentais, tornando possível àquele país ingressar nesse rico grupo econômico e dele se beneficiar.

Estratégia lícita e inteligente que parecia resolver os problemas das economias abertas e capitalistas que lutavam, e continuam lutando, com as dificuldades domésticas da sua cadeia produtiva decorrentes da degradação social de seu sistema.

Assim nasceu uma nova potência mundial que agora rivaliza com os seus próprios patrocinadores.

Paralelamente, assistimos a retrógrada e ogra política russa que insiste nos velhos métodos de coerção pela violência através de poder exercido à força de bala, quando não bomba, onde a inteligência e a sagacidade deveriam convidar à sedução a exemplo da estratégia chinesa.

Ao que parece, muitos daqueles que já experimentaram a política russa, uma vez livres, preferem arriscar a morte que suportar seu regresso.

Potências comunistas sofriam do agravo da falta de estímulo e capacidade de produção.
A China construiu sua vocação sabendo seduzir o ocidente para crescer, e a Rússia amparou-se na sua rica natureza provedora de recursos energéticos e de insumos básicos que subsidia a riqueza de seus oligarcas. 

Agora que potências comunistas vão se firmando, aos poucos também vão deixando transparecer que o antigo ideal comunista nunca morreu a despeito de sua aparente abertura econômica e tolerância ao capitalismo.


E por que os sistemas comunistas tendem à ditadura?

Porque nascem de um princípio que a ordem comum deve prevalecer.


O princípio é a base da organização atual em qualquer regime, de uma forma ou de outra, já que a necessidade de todos sobrepuja a pessoal, porém necessita a dosagem correta, uma coisa que o extremismo não tem equilíbrio para quantificar.

O efeito colateral desse princípio é que também serve como ponte para ditadores que se arvoram como salvadores e detentores do que é melhor para o seu povo!!!

Encarnam Moisés atravessando o Mar Vermelho, mas sem o poder de apartar as águas.

Utilizando a desculpa de proteger valores pátrios, plantam-se em seus governos convertendo-se em "Deus", ou seja, naquela "entidade" que detém a verdade sobre tudo e sobre todos.

Faz lembrar o "princípio da natureza divina" que justifica os "reinados" e suas monarquias.


E por que o povo aceita isso?

Porque em qualquer regime humano, o princípio hierárquico vem embutido em suas almas, a exemplo do que acontece com muitos outros animais na natureza, inclusive insetos.

A hierarquia nas organizações militares e paramilitares segue o mesmo princípio, e o pátrio poder também.

No regime capitalista (e não confunda capitalismo com democracia, por favor!), o patrão é o mesmo "Deus", ou seja, é por definição o ditador de regras porque detém o poder econômico.
Na ditadura, o ditador detém o poder político, pelo menos.

Na democracia, o "efeito ditadura" é amenizado porque o poder fica mais distribuído.

Quando mal distribuído, todos mandam e ninguém manda, prevalecendo a luta entre os poderes a exemplo do que vivemos hoje no Brasil, ainda que com o apoio popular esteja às portas de uma ditadura pelas mãos da extrema direita ou da esquerda.
Arrisco que Lula possa radicalizar face às experiências passadas onde certamente terá o tom da desforra que já vem demonstrando, o que conduz ao extremismo, competindo com o status quo atual de um governo tomado pela mesma sanha.

O ódio e a vingança são péssimos conselheiros. São conselheiros extremos.


Enfim, todo sistema organizacional hierárquico do tipo top-down (de cima para baixo) é ditatorial por sua constituição estrutural.


Então o povo acostumado a receber ordens dos pais, depois dos professores, depois do patrão, de um superior qualquer, acaba acostumado e não vê diferença prática de receber ordens de um ditador.

O instinto rebelde que caracteriza líderes e livres-pensadores é dom de alguns, mas não da maioria, fazendo lembrar a música "Admirável Gado Novo" de Zé Ramalho.

A ditadura na prática não doe ao povo desde que o mesmo tenha "pão e circo".
O extinto império romano é um exemplo excepcional de poder através da manipulação do comportamento humano através de suas necessidades básicas.

Garanta ao seu povo o básico e governe como desejar.

Comida, moradia e diversão.
Quem se importa se é um ditador que provê tudo isso?
O ditador encarna "o grande pai", uma figura que a maioria sonha como provedor de suas fraquezas e necessidades.

Neste tipo de contexto sofrem as elites e a classe média alta que fica subjugada aos desmandos do "rei" à semelhança da nobreza nos tempos dos regimes monárquicos puros (não confundir com o sistema Inglês atual), e é geralmente essa camada social que subsidia as reformas e golpes sempre que a cinta do ditador aperta suas gordas barrigas, tornando suas vidas insuportáveis.
É neste momento que então fazem uso da velha mão-de-obra: o povo.
Literalmente a "massa", a massa de manobra política.

Estudando história, a repetição dos fatos chega a ser tão cansativa como aqueles filmes que mudam os protagonistas mas o enredo é sempre o mesmo.

Porque escolas no Brasil e no mundo "falham"? 
Ou seriam realmente eficientes em transformar a história numa sucessão de fatos desinteressantes através de uma didática dinossáurica?
Conveniente, não é mesmo?

Povo sem consciência histórica é massa de modelar nas mãos dos marketeiros do poder.
Prover consciência a um povo é dar-lhe poder de decisão.

Não combina com a estratégia de extremistas.



Liberdade é um princípio difícil de entender, viver e de estabelecer limites, já que a verdadeira liberdade é aquela em que ninguém precisa ser delimitado dada à consciência de cada um quanto ao papel que deve exercer na sociedade. Neste contexto, não existe restrição porque não há objeção, não há desconforto.

Liberdade é o prêmio da evolução do carácter humano que nasce do consenso comum.


Eu sei... eu sei!!!
Esse conceito parece vir de outro planeta, surreal e tão distante que vira "lenda".


Mas, continuando...


Dessa forma, pode-se concluir que a globalização do mundo fortalece a necessidade de "senso comum" da humanidade.

Vivemos a aurora do nascimento de uma nova organização mundial cuja natureza herdará os princípios daquela sociedade que prevalecer na disputa de valores.

Hoje, os líderes mundiais disputam através de conglomerados socioeconômicos a orientação social que será vencedora, mas o fracasso de ambas poderá ser o caminho para algo que fará nascer uma nova forma de organização livre desse ranço hierárquico unidirecionado. Então os novos tempos favorecerão a meritocracia, cuja sinergia entre organização e realização fluirá em todos os sentidos, constituindo os alicerces de uma nova sociedade em escala global.


Parafraseando Joe Biden,  lembramos que a liberdade  do mundo está em jogo (World freedoms at stake), palavras estas ditas durante a sua visita recente à base americana na Polônia agora em março.

Certamente Putin e Xi Jinping sabem que seus modelos socioeconômicos também estão na mesma situação.


Ucrânia é apenas o início de uma disputa protelada enquanto a economia global favoreceu a todos por tal espera. 

Ucrânia não é um momento, ou um acontecimento isolado.
Ucrânia é a continuidade da disputa que justificou o muro de Berlim.

Talvez a vitória da liberdade possa surgir do fortalecimento crescente de uma OTAN renascida, cujas sementes foram aspergidas pela força das explosões arrogantes do Kremlin, trazendo seus frutos regados pelo sangue daqueles que conhecem o valor da liberdade de escolha, consolidando a agregação de necessidades materializadas no senso comum de que não há mais espaço para extremos dessa ordem, formando um bloco cada vez mais hegemônico, coeso e abrangente.

Espero sinceramente que o Brasil não venha a ficar na contramão da história.


Do embate das duas forças antagônicas, leste e o oeste, frutificará parte desse destino.
Um destino que presumo será apenas testemunhado pelas gerações futuras.

O muro de Berlim foi derrubado, mas a disputa continua e através dela talvez venha a nascer essa nova consciência planetária pela preservação da vida através da manifestação da cooperação múltipla fortalecida pelas diferenças que antes enfraqueciam, e então, passarão a formar os laços necessários à reconstrução.

Num futuro distante, destilado pelas experiências do tempo, não haverá necessidade de partidos ou facções já que o consenso será esmagadoramente uniforme, a única cola selando os destinos de uma nova humanidade em seu caminho de ascensão material e espiritual.

A vida sempre reencontra seus caminhos nos descaminhos do Homem.



Este post é qual  uma carta que colocada dentro dessa garrafa digital, a Internet, flutuará no oceano do tempo rumo àquelas gerações.


março 26, 2022

Pequenos Feitos, Grandes Efeitos na Luta Contra o Hoax

 




Diante do mundo, sobrevém o sentimento de impotência.

Acabamos delegando as tarefas de mudanças e melhorias para aqueles que conseguem projeção e têm influência.

Formigas são ainda menores, mas a soma de seus pequenos atos resultam num efeito poderoso.

Cada um de nós representa um "nó" da rede de informação.

Se temos muitos contatos, a influencia deste nó é multiplicada pelo número deles, e estes pelos seus e assim por diante, formando uma vasta cadeia de relações.

Quando não repassamos uma informação duvidosa, aquebrantamos o poder da disseminação de algo ruim. 

FAKE NEWS são ruins, péssimas.
Elas induzem pessoas a comportamentos que causam prejuízo à sociedade em que você vive, o que significa mais problema para você que, de uma forma ou de outra, vai sofrer as consequências da degradação social que elas promovem.

Seja muito seletivo.
Repasse de informação é algo muito sério.

Se a notícia é sensacionalista ou não pode ser comprovada, refreie o impulso de repassar.
Aguarde, pois se for uma notícia autêntica será replicada pelos canais que têm credibilidade, não apenas por UM mas POR MUITOS.

Então você poderá comparar as versões destes canais confiáveis e verificar que a notícia é mesmo confiável filtrando pelas diferenças e incongruências aquilo que devemos colocar no "stand by", ou seja "no modo de espera".

Até os canais ditos "confiáveis" precisam ser verificados, porque são fontes "humanas" de informação.


Replique, outrossim, aquilo que comprovadamente vai beneficiar a melhoria comportamental.

É neste ponto que ficamos na encruzilhada dos destinos.
O "conceito de melhoria comportamental" é relativo e portanto as opiniões são muito divergentes.
Afinal, o que pode ser melhoria para alguns, pode representar um desastre para outros.


É justamente o embate dessas divergências que define uma sociedade democrática e a mantém democrática.

Infelizmente, a democracia tem uma veia suicida.

Ela morre pela vontade de um povo que, ou não entende os efeitos daquilo que defende, ou acredita que extremismos, ditadura ou condução centralizada de poder são soluções melhores para a felicidade de todos.

Pois é...
Não fique em cima do muro porque pessoas assim não contam.

Faça sua vida valer e defenda suas ideias repassando apenas aquilo que tiver certeza absoluta de que vale a pena o risco de assumir as consequências de seu erro.

Quem foge do erro, foge da luta, não cresce, não aprende, mas continua errando por omissão.

Não há escapatória. Se está vivo, tem que viver!

Não repasse dúvidas ou aquilo que você não pode constatar.
Não repasse o que você "acha" que pode ser válido, porque "achismo" é semelhante aos efeitos de "fake news".

Por exemplo, o "kit Bolsonaro" de combate ao COVID foi efetivo?
Não.

O mundo só conseguiu controlar a pandemia por medidas preventivas e vacinas.


Não se torne um instrumento daquilo que não vale as consequências cujos resultados a sua consciência cedo ou tarde vai cobrar, indubitavelmente.

Consciência é a única bagagem que levamos para o túmulo.
Absolutamente nada mais.



março 25, 2022

Hoax e Sofisma – Qual a Diferença e Como Descobrir ou Desconfiar – Analisando um Exemplo

 


O que é hoax?

Em curtas palavras, uma inverdade, uma falsa informação, mentira elaborada visando induzir pessoas a comportamentos. É o famoso "papo de malandro" aplicando um golpe na vítima crédula e mal informada.

Hoax sempre existiu.

A mentira é estratégia de poder e faz parte do alma humana.
A Internet é apenas uma máquina de ampliar a comunicação, então amplia tudo, inclusive o lixo!

Um hoax se baseia em aparências de verdades, ou seja, um sofisma.

A notícia em questão começa com o velho esquema de toda a fofoca, mais ou menos isso:

"Você sabe o que está acontecendo?" (um grande segredo para pegar a atenção da vítima pelo medo e instinto de autoproteção)


"O fulano disse que ... blá, blá, blá" (transfere a responsabilidade para alguém de forma a criar credibilidade, mas geralmente nem mesmo o autor sabe de sua autoria")


Essa notícia começa no esquema fofoca buscando transferir coautoria a Ricardo de Aquino Salles e a um outro site abaixo mencionado.

Já começa mal porque se for mesmo esse "Ricardo", então ele é o homem, aquele ministro que disse naquela gravação no palácio da alvorada com o Bolsonaro que "enquanto isso vamos passando a boiada".

A atuação desse ministro do meio ambiente foi bastante controversa. Parecia mais trabalhar contra que a favor daquilo que se espera do Ministério do Meio Ambiente.
Mais informações podem ser obtidas em vários sites inclusive num site dedicado à proteção do meio ambiente, o site "Mar Sem Fim", com enfoque nos oceanos. Você vai gostar deste site se gosta do planeta! Vale a pena!


Seguindo, vem a frase bombástica para magnetizar a atenção do leitor. No caso do exemplo:
"Finalmente surge uma explicação..."
... e continua:
"Atenção, esta notícia é MUITO IMPORTANTE" e blá, blá, blá...

Uauuuu! O rei da cocada, o herói que traz a salvação!


Hoax segue uma fórmula, assim como os roteiros de filmes.
Essas fórmulas são baseadas nos casos de sucesso de como lidar com o sentimento do público, já que o grande público é mais sentimento que razão.


Em seguida faz referência a uma fonte de informação, no caso o "Real Raw News", que é um site sensacionalista sem compromisso com a ética editorial e humana.

De fato, a notícia está lá "Putin Tells Trump, We’re Burning the Trash", mas de que vale se o site é sensacionalista.

Raciocine comigo: por que só eles pegam furos sensacionais, e ninguém mais? 
Estranho, não é?


Você pode ter uma análise mais detalhada desse site aqui: "A look behind Real Raw News’ sensational (and fabricated) headlines".

Todo hoax busca alavancar sua mentira através de alguma fobia humana para justificar alguma ação radical.
Resumindo, parte do texto busca justificar a ação de Putin na Ucrânia transformando-o em "salvador da humanidade" porque só ele foi lá para destruir os laboratórios que visavam produzir armas biológicas letais.

Oras, todos nós sabemos que este tipo de arma se volta contra o próprio criador porque virus não sabe a diferença entre amigo e inimigo. Uma vez que o virus inicia sua cadeia de disseminação em massa, torna-se incontrolável e vira pandemia. Temos o exemplo vivo e ainda muito vivo do COVID.

Um líder que usasse arma biológica dessa natureza contra o seu próprio vizinho seria no mínimo suicida para não dizer "estúpido".


Então vem o argumento que alguém poderia alegar que "eles poderiam ter uma vacina que ninguém mais teria".

Tal vacina seria a evidência de autoria para um crime de genocídio em escala mundial.
É o mesmo que inventar um míssil mortal que também pode voltar para o próprio atirador.

Certamente, depois da experiência com o COVID, a comunidade mundial  também se sentiria ameaçada e por conseguinte ao invés de apoiar Zelenskyy, o presidente da Ucrânia, estariam fazendo o mesmo que estão fazendo com Putin, ou seja isolando-o, já que algo assim também ameaça a ordem mundial de paz e segurança.

Mesmo que isso fosse absurdamente verdade, não é justificável atingir com mísseis escolas, teatro e instalações civis, enterrando pessoas vivas!

Eu disse "enterrando pessoas vivas"!
Sim, é isso mesmo, porque Putin além de bombardear esses alvos, também impede o resgate, o socorro das pessoas que estão ainda vivas sob os escombros!

Então aqueles que estão ainda vivos não conseguem socorro a tempo e portanto vão morrendo "enterrados vivos".

Se fosse um bombardeamento por engano, erro de alvo porque isso acontece em guerras, então podemos dizer que os russos têm a pior mira do mundo, porque vem se repetindo sistematicamente.

Tenho certeza que seus aviadores são bem treinados, como a maioria dessa classe de profissionais!
Sim, profissionais, pois um militar é um profissional da defesa e da guerra.

E se fosse mesmo engano, não estariam inviabilizando o resgate dessas pessoas, não é?
Pelo menos isso!!!

Putin faz uma guerra genocida cruel, como é do perfil de todo ditador alucinado pelo poder !

Dessa forma, o argumento é absurdo, tentando transformar uma estratégia desumana a título de proteção da humanidade.
Fala sério!!!

Eu não quero ser salvo por alguém que pode me enterrar vivo!

Em seguida o texto segue por outra vertente já supondo que o leitor está em dúvida e aberto a aceitar essas mentiras, na tentativa de enxertar mais outro hoax: NOM.

Segundo o artigo seria uma nova ordem mundial imposta por um grupo tão grande e tão poderoso e ainda assim seus autores e membros são desconhecidos por todos!
Nem o melhor governo do mundo, ou qualquer organização humana, conseguiria proteger um segredo assim, dessa magnitude, tão extenso.

De novo o mesmo esquema: só eles estão bem informados!

E por que esse tipo de informação atrai?
Porque têm muitas pessoas que adoram imaginar-se bem informadas com coisas que só poucos têm.
É uma mistura insana de vaidade e medo.


Continuando...

E seguem as incongruências onde diz que essa ordem mundial ameaça a democracia e nem eleições teríamos:
"Se Bolsonaro não tivesse corrido para fazer aliança comercial e militar com Putin, nem eleições teríamos."

Então agora virou piada!
Putin protetor da democracia quando ele mesmo se transformou num ditador! kkkkkk

Putin protegendo eleições quando ele mesmo encarcera e faz desaparecer seus opositores (Alexei Navalny, etc.)


Se ao receber uma notícia dessas pela media (WhatsApp, Twitter, Facebook, etc.) você chegou a ficar em dúvida sobre a veracidade dela, então você precisa urgentemente começar a se informar melhor, porque do contrário vai continuar presa fácil daqueles que leem por você e repassam a notícia de modo a atender seus próprios intere$$e$.

É tanta bobagem, que eu penso, como algo assim pode ser até repassado?

Então eu repenso, como fica a democracia que depende do juízo de seu povo?




TRANSCRIÇÃO DO HOAX A TÍTULO DE EXEMPLO E ILUSTRAÇÃO
A NOTÍCIA CARECE DE FUNDAMENTO


A look behind Real Raw News’ sensational (and fabricated) headlines

RICARDO SALES TRADUZ A PÁGINA  PARA O PORTUGUÊS.


 Finalmente surge uma explicação real para o início desta guerra. 

A EXISTÊNCIA DE VÁRIOS LABORATÓRIOS, INCLUSIVE SUBTERRÂNEOS, ONDE A NOM  (NOVA ORDEM MUNDIAL)- CRIAVA ARMAS BIOLÓGICAS CONTRA A RÚSSIA, VIA SUBORNO AO PRESIDENTE UCRANIANO.

Atenção, esta notícia é MUITO IMPORTANTE porque pode explicar o verdadeiro significado da intervenção russa na Ucrânia. Confirmando os muitos rumores que circularam nos dias de hoje, através de canais do Telegram, como Simon Parkes, o site de inteligência militar Real Raw News, publicou há poucos minutos que Putin ligou para Donald Trump em várias ocasiões, desde o início da invasão, para informá-lo sobre os detalhes do curso das operações.

Ontem, ele lhe disse, sempre segundo o Real Raw News, que suas tropas já destruíram 13 laboratórios de armas biológicas em toda a Ucrânia, alguns deles subterrâneos, por isso tiveram que realizar várias explosões para considerá-los destruídos.  

Putin tem informações de que o Instituto de Saúde dos EUA, o Instituto de Saúde Francês e o Centro Alemão de Pesquisa de Doenças Infecciosas   contribuíram com bilhões dos contribuintes desses países para a Ucrânia, para desenvolver armas biológicas, que o próprio presidente Zelensky participou de subornos.  

Putin prometeu mostrar provas do que diz no devido tempo.  (Meus seguidores no Telegram vão lembrar que na quarta-feira um deputado ucraniano acusou o presidente Zelensky de ter uma conta milionária no paraíso fiscal da Costa Rica, o que se encaixa perfeitamente.

Putin disse a Trump que vem alertando Zelensky desde fevereiro de 2020 que, se ele não desmontasse esses laboratórios, ele mesmo o faria, então ele é o único culpado pelo que está acontecendo.   

Certamente, alguns de vocês leram que ontem o exército russo tomou uma pequena ilha pertencente à Ucrânia no Mar Negro, chamada Ilha da Serpente.  Bem, de acordo com informações de Putin coletadas pelo Real Raw News, naquela ilha o Mossad israelense estava desenvolvendo uma arma biológica devastadora, que se espalharia pelo ar que mataria 100% dos afetados.  

Sempre de acordo com esta crônica, a versão que tem circulado de que os habitantes da ilha mandaram os marinheiros russos para o inferno é verdadeira.  

Depois de verificar que eles não queriam desistir da ilha/laboratório que guardavam, o navio Slava, iniciou um bombardeio da ilha que aniquilou todos os guardiões.

Pela crônica, parece que a marinha russa usou armas térmicas, já que Putin disse a Trump que eles verificaram que as armas biológicas foram completamente destruídas.

Finalmente, Putin garante que eles estão apenas atirando em alvos militares e, de fato, nenhum edifício residencial foi afetado em Kiev e a energia nem sequer foi cortada.

Portanto, estamos todos claros sobre o que Putin está fazendo: SALVAR A HUMANIDADE.

 https://realrawnews.com/2022/02/putin-tells-trump-were-burning-the-trash-biolaboratories-destroyed/


A Rússia não é a União Sovietica e Vladimir Putin não é Stalin.

O USA é mais uma das nações virtuosas.

Só existe a Rússia, China e a Liga Árabe capaz de enfrentar a NOM.

O comunismo tem outro nome, se chama progressismo, seu berço é a Europa.

O Brasil está no radar da NOM e toda a esquerda, o STF e mídia brasileira estão prontos a entregá-lo pela metade do preço que o presidente Tiririca da Ucrânia entregou seu país.    

Se Bolsonaro não tivesse corrido para fazer aliança comercial e militar com Putin, nem eleições teríamos.

Tirem as máscaras de pano e as que encobrem a verdade.

Pela primeira vez na vida encarem a realidade nua e crua,     a NOM (nova ordem mundial)  está pronta para instalar um governo hegemônico mundial e o Brasil será a horta deles.

O comunismo se transmutou, voltou para o seu berço europeu, agora não prega mais lutas de classes e sim pautas identitárias das minorias racionais, sexuais, prega a morte de Deus, ou seja, a fé das pessoas e a submissão de todas as nações a uma minoria com poder e dinheiro capaz de submeter toda a humanidade.


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